Martinho Júnior, Luanda
A noção contemporânea de
liberdade não é relativa, muito menos moderada, a noção de liberdade não passa
no crivo da rarefacção de democracia de que se alimenta a própria NATO,
devoradora até da vontade institucional dos povos!...
Perante tal rarefacção, nem a
representatividade democrática subsiste e qualquer participação ou
protagonismo, ainda que procure seguir o rumo da lógica com sentido de vida,
torna-se um “produto tóxico” que a aristocracia financeira mundial
exclui deliberadamente, intragável para o processo em curso de domínio do
império da hegemonia unipolar!
Está a ser assim paulatinamente
no Google, no Facebook, ou no Twitter, para citar três exemplos de fermentação
progressiva de censura!
01- De “mercado” em “mercado”,
de consumismo em consumismo, a busca irracional do lucro, cada vez mais lucro
ainda que seja lucro alcançado por via da especulação financeira, está
inexoravelmente a esgotar os recursos da Terra e paulatinamente a azotar os
povos e a asfixiar a própria natureza, cada vez mais ávida de água e de
oxigénio!...
A degradação ambiental está
intimamente associada ao processo de concentração de riqueza e de poder em cada
vez menos mãos no âmbito da poderosa aristocracia financeira mundial que se
capacitou para os expedientes de domínio e usa a dialética para seu próprio
proveito, o proveito de 1% sobre o resto da humanidade!
Nação alguma, país algum, estado
algum, povo algum escapa a esse poder concentracionário, mesmo que as economias
locais, regionais e até continentais alcancem uma importante capacidade de
diversificação, por que as tecnologias fluem a partir dos processos dominantes
e só a partir deles, garantindo por via de processos sofisticados de “soft
power” e duma assentada, as dependências, as ingerências e as manipulações,
explorando a vocação irracionalmente consumista do homem!
A democracia nestes termos é
simultaneamente uma ilusão, uma alienação e um processo filtrado de fomento
ideológico que abre espaços à inércia dum conservadorismo de séculos que
exaustivamente se alimentam as religiões e seus artificiosos ambientes
socioculturais e sociopolíticos!