segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Como Washington está a “libertar” os países livres


Andre Vltchek | Global Research*, 27 de janeiro de 2020

Obviamente, existem sérias questões linguísticas e desacordos entre o Ocidente e o resto do mundo. Termos essenciais como "liberdade", "democracia", "libertação", até mesmo "terrorismo", são todos confusos; eles significam algo absolutamente diferente em Nova York, Londres, Berlim e no resto do mundo.

Antes de começarmos a analisar, lembremos que países como Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, bem como outras nações ocidentais, estão espalhando o terror colonialista para basicamente todos os cantos do mundo. E, no processo, eles desenvolveram terminologia e propaganda eficazes, o que tem justificado e até glorificado atos como saques, tortura, estupro e genocídios. Basicamente, a primeira Europa e depois a América do Norte literalmente "escaparam com tudo, incluindo assassinatos em massa". Os povos nativos das Américas, África e Ásia foram massacrados, suas vozes silenciadas. Escravos foram importados da África. Grandes nações asiáticas, como a China, que hoje é “Índia” e Indonésia, foram ocupadas, divididas e completamente saqueadas.

E tudo foi feito em nome da propagação da religião, “libertando” as pessoas de si mesmas e “civilizando-as”.

Nada realmente mudou.

Até hoje, pessoas de grandes nações com milhares de anos de cultura são tratadas como crianças; humilhados como se ainda estivessem no jardim de infância, querendo obrigá-las a como se comportar e a como pensar.

Às vezes, se "se comportam mal", levam uma palmada. Periodicamente, eles levam a palmada com tanta força que depois levam décadas, até séculos, para voltar a erguer-se. A China levou décadas para se recuperar do período de "humilhação". Atualmente, a Índia e a Indonésia estão tentando recuperar-se da barbárie colonial e, no caso da Indonésia, do golpe fascista administrado pelos EUA em 1965.

Mas se você voltar aos arquivos de Londres, Bruxelas ou Berlim, todos os atos monstruosos do colonialismo são justificados por termos elevados. As potências ocidentais estão sempre "lutando pela justiça"; eles são "esclarecedores" e "libertadores". Sem arrependimentos, sem vergonha e sem segundas intenções. Eles estão sempre corretos!

Como agora; exatamente como é hoje em dia.

COMBATE À CORRUPÇÃO OU CAMINHO PARA A CONFUSÃO?


Alberto Castro*, Londres

Em nome da igualdade, liberdade e fraternidade, os revolucionários franceses cortaram a cabeça do rei Luiz XVI e da rainha Maria Antonieta. Em nome da revolução, Robespierre, o defensor do povo, o chamado incorruptível, mandou para a guilhotina os seus opositores girondinos e também os seus companheiros de luta jacobinos. Em nome da justiça e da revolução Robespierre foi ele mesmo guilhotinado pelos adversários por ter-se tornado cruel, ditador. Sangue e terror mancharam os nobres ideais da Revolução Francesa.

Em nome da libertação do jugo colonial começou de forma mais brutal a luta pela independência de Angola quando em março de 1961 a UPA matou e mutilou, muitos à catanada, centenas de colonos brancos e também negros nas fazendas de café na região dos Dembos, Negage, Úcua e Nambuangongo.

Em nome da luta contra o imperialismo norte-americano e seus lacaios no continente milhares de angolanos perderam as suas vidas outros tantos ficaram mutilados e milhares fugiram da guerra. O mesmo aconteceu em sentido inverso em nome da luta contra o comunismo o mesmo aconteceu em Angola. Em nome da luta contra o fraccionismo centenas foram mortos sumariamente e outros tantos implacavelmente perseguidos e desaparecidos sem deixar rastros. A pretexto de alegadas conspirações políticas e práticas de feitiçaria no "reino'' da Jamba famílias inteiras foram dizimadas, pessoas perseguidas e torturadas até à morte, mulheres e crianças queimadas vivas.

A ambição política e o revanchismo sempre marcaram os principais atores nos processos pré e pós independência em Angola. E o slogan "a luta continua" parece fazer também jus a uma história de continuidade de erros trágicos que lideranças políticas angolanas teimam em repetir. Do inicial entusiasmo com o necessário combate à corrupção somos tomados por uma inquietude com a repetição trágica da história quando vemos que a ambição política e o revanchismo parecem claramente guiar e manchar o imprescindível combate à corrupção que, na minha modesta opinião se faz acima de tudo com boa governação e criação de mecanismos de fiscalização da transparência na gestão da coisa pública, passando também por uma oposição capaz, uma sociedade civil atuante e uma imprensa vigilante.

Portugal | Ana Gomes critica "dois pesos e duas medidas" da Justiça em relação a Rui Pinto


A ex-eurodeputada socialista exige que Rui Pinto, a fonte dos documentos que levaram ao Luanda Leaks, tenha estatuto de denunciante.

A antiga eurodeputada Ana Gomes criticou, esta segunda-feira, os "dois pesos e duas medidas" da Justiça portuguesa em relação ao pirata informático Rui Pinto, o denunciante dos casos Luanda Leaks e Footbal Leaks.

"Há dois pesos e duas medidas", afirmou Ana Gomes, considerando "completamente obsoleta a posição daqueles que no sistema judiciário [português] não querem querer conhecer a luta, que é serviço público, por parte de um denunciante que expõe criminalidade organizada".

Rui Pinto, criador do Football Leaks, uma plataforma onde foram publicados vária documentação secreta relativa a transferências e contratos de jogadores, vai responder em julgamento por 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão.

O 'hacker' português está a ser julgado em Portugal por acesso ilegal a documentos, mas a justiça portuguesa já aceitou colaborar com a sua homóloga angolana, que utiliza documentação recolhida por Rui Pinto para acusar a empresária Isabel dos Santos de má gestão de dinheiros públicos.

Essa posição da justiça portuguesa, ao contrário de outros países europeus que aceitaram a documentação de Rui Pinto, "servem à criminalidade que capturou o sistema" judicial, disse a ex-eurodeputada.

"Tudo está capturado por interesses. Tudo o que tem poder para dar combate à criminalidade e corrupção no sistema político, económico e social é vulnerável e está infiltrado e é isso que explica muitas outras incoerências a que temos assistido nos últimos anos em Portugal", acusou Ana Gomes.

Portugal | Passos quer aliança à Direita para as reformas que o país precisa


O RESSUSCITAR DE UM DOS GRANDES INIMIGOS PÚBLICOS*

O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD Pedro Passos Coelho dirigiu este domingo um "voto público" ao PSD e ao CDS de "afirmação" e "união" para que os dois partidos possam fazer as "ações reformistas importantes" que o país precisa.

"Isso está perfeitamente ao nosso alcance e o país precisa disso, e nós precisamos disso. É o voto que aqui quero deixar. Que o exemplo da Barca possa ser inspirador para os nossos partidos, e em particular para o meu, que é o PSD", afirmou Passos Coelho.

O ex-governante, que falava durante a tomada de posse dos novos órgãos da concelhia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, terminou um discurso de quase 40 minutos, formulando um voto público aos dois partidos, em particular, ao seu.

"Que possa encontrar o seu caminho, certamente de afirmação e de união, porque as pessoas têm de se saber unir. Se andarem em desavenças é mais difícil chegar a algum lado. Não estou a dizer que é impossível, mas é mais difícil", referiu.

Passos Coelho lembrou que os dois partidos fecharam "ciclos políticos" e que novos se abriram.

"No PSD houve eleições há pouco tempo e haverá um congresso daqui a 15 dias para coroar essa eleição. O CDS fez hoje o seu congresso. Podemos dizer que aqueles que estiveram, no Governo, juntos no passado com essas responsabilidades fecharam um ciclo, em definitivo, e abriram outro. Ainda para mais com pessoas e dirigentes que não tiveram nada a ver nem com esse Governo, nem com outros passados, destes partido", especificou.

Portugal | Governo levará à AR eventual injeção extraordinária no Novo Banco


O ministro das Finanças, Mário Centeno, reiterou hoje que o Governo "não está a negociar nenhuma injeção extraordinária" no Novo Banco, mas disse que caso existam operações desse tipo, "terão que vir" a debate na Assembleia da República.

"Se e quando elas existirem, elas terão que vir a esta Assembleia da República. É esse um compromisso que aqui fica", disse Mário Centeno sobre eventuais injeções de capital extraordinárias no Novo Banco, durante o debate na especialidade sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

Tal como tinha dito em Bruxelas no dia 20 de janeiro, Mário Centeno assegurou que "o Governo não está a negociar nenhuma injeção extraordinária daquelas que têm vindo a lume na imprensa".

"Não há nenhuma negociação, não há nenhuma proposta, estamos muito longe disso acontecer", disse, na altura.

Em resposta à deputada Mariana Mortágua (BE) e ao deputado Duarte Alves (PCP), Centeno afirmou que "o quadro de venda do Novo Banco em 2017 foi claro e difícil".

"Foi sujeito a enorme escrutínio nesta Assembleia. Eu digo claro porque as condições de funcionamento do mecanismo contingente de capital são claras, são auditadas, e, portanto, foram reforçados esses procedimentos de auditoria sobre as injeções, e devem preocupar a todos e ter-nos todos atentos", prosseguiu.

Portugal | Isenções tributárias a partidos ou armas de arremesso à democracia?


Dois partidos apresentaram propostas de alteração ao Orçamento do Estado que, a pretexto de visarem eliminar isenções tributárias em nome uma suposta igualdade, não fazem mais do que atacar a democracia.

Tanto a Iniciativa Liberal (IL) como o BE defendem que no Orçamento do Estado (OE) para 2020 venha a ser contemplada a eliminação da isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de que os partidos políticos, assim como outras entidades, beneficiam no caso de património imobiliário destinado à actividade partidária e política.

A IL vai mais longe e também propõe a eliminação da isenção do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) na actividade político-partidária, que se aplica, entre outras matérias, em questões de propaganda e mensagem política.

Entre criar um soundbyte e procurar cavalgar em demagogia, este tipo de propostas escamoteia o facto de que os partidos políticos só beneficiam de isenção de IMI nas instalações de sua propriedade destinadas exclusivamente à actividade política, sendo que todo o seu restante património está sujeito à tributação geral. O mesmo princípio aplica-se na importância dada à difusão da mensagem política plural, que visa preservar os valores democráticos.

A opção política e constitucionalmente consagrada é a da defesa de que os partidos e a sua actividade política encerram valores e princípios que nutrem a dignidade na democracia, e que, consequentemente, merecem ter expressão no regime tributário.

Não se esqueça também que existem diversas outras entidades (cerca de duas dezenas!) cuja acção é classificada de interesse público e também beneficiam, por isso mesmo, de isenções tributárias e regimes próprios, no sentido da defesa dessa actividade.

O objectivo de trazer esta matéria à discussão não é novo. Recorde-se que em 2016 já o CDS-PP e o BE tinham avançado com propostas semelhantes que, estigmatizando os partidos e o seu papel na sociedade, atacam severamente a democracia.

AbrilAbril | editorial em 15.01.2020

Portugal | O CDS A FUGIR DA LEVADA


Pedro Ivo Carvalho | Jornal de Notícias | opinião

É da levada íngreme em direção à irrelevância que foge o CDS. É da absoluta necessidade de voltar à esfera do poder que depende o êxito dessa fuga. E é a urgência em consegui-lo que vai determinar o grau de empenho e o estilo do novo líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos.

Ele que, em poucos meses, poucos acreditaram ser capaz de chegar, ver e vencer. Ele que, ancorado numa estratégia pragmática, de afrontamento aos barões, fazendo uso da irreverência da idade e de um discurso menos tolerante com o status, sonha com um CDS como farol da Direita. Um CDS declaradamente conservador, mais musculado. Que faça caminho do extremo para o meio e não o inverso. "Seremos um partido que se tornará sexy", enfatizou o presidente que já não quer ser tratado por "Chicão".

Mas a Direita de hoje, esta Direita onde agora o novel presidente quer estacionar o partido, não é a mesma que guindou o CDS ao Governo de Passos Coelho. Que gerou ministros e secretários de Estado. A Direita onde o CDS versão 2020 quer florescer, a "nova Direita", como a designa Francisco, é também a Direita do Chega, dos populismos, do ascendente da mensagem acéfala das redes sociais no discurso político, da intransigência. Uma Direita com trincheiras, de facas na liga, sem travões que não os muito poucos que cria para si própria.

Ora, um CDS mais extremado do que aquele que vimos na vigência de Assunção Cristas terá necessariamente de disputar esse eleitorado. Porque a tal levada íngreme em direção à irrelevância de que foge um partido com cinco deputados pode transformar-se muito rapidamente num precipício sem retorno. Salvar-se ou morrer, eis o dilema do CDS. Veremos que efeitos terão no discernimento político de Francisco Rodrigues dos Santos os instintos de sobrevivência desta "nova Direita".

* Diretor-adjunto

Portugal/Luanda Leaks | Rui Pinto revela que entregou disco rígido com dados sobre Isabel


Os advogados de Rui Pinto revelaram que o seu cliente entregou, em 2018, um disco rígido com dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel Dos Santos.

"Os advogados abaixo assinados declaram que o seu cliente, o Sr. Rui Pinto assume a responsabilidade de ter entregue, no final de 2018, à Plataforma de Proteção de Denunciantes na África (PPLAAF), um disco rígido contendo todos os dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos, sua família e todos os indivíduos que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado angolano e, eventualmente, de outros países estrangeiros", refere uma nota enviada às redações.

Segundo o documento, a que o JN teve acesso, Rui Pinto "procurou, assim, ajudar a entender operações complexas conduzidas com a cumplicidade de bancos e juristas que não só empobrecem o povo e o Estado de Angola, mas podem ter prejudicado seriamente os interesses de Portugal".

Na nota enviada pelos advogados, em três línguas - português, francês e inglês - Rui Pinto "esclarece que entregou este disco rígido, no cumprimento do que entende ser um dever de cidadania, e sem qualquer contrapartida", depois de tomar conhecimento das missões realizadas pela organização PPLAAF, permitindo que usassem os dados como entendessem.

Rui Pinto "está satisfeito por ver que, graças ao intenso trabalho do consórcio de jornalistas ICIJ, todos os dados foram explorados, verificados, validados e, portanto, encabeçaram as revelações que necessariamente levarão à abertura de investigações criminais em muitos países, incluindo Portugal", lê-se ainda no documento.

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O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no dia de 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.

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Os advogados de Rui Pinto defendem também que: "está feita a prova de que, sem as imensas revelações de Luanda Leaks, tornadas possíveis graças ao nosso cliente, as autoridades reguladoras, policiais e judiciais nada teriam feito".

"Graças ao nosso cliente, os cidadãos portugueses e o mundo têm acesso à verdade de um extraordinário sistema de predação e corrupção, gravemente prejudicial para Portugal, Angola e outros países", acrescentam.

Dizem também que "as decisões já tomadas pelo Banco de Portugal, PWC e outras que estão por vir demonstram a importância excecional das revelações de Luanda Leaks".

"A responsabilidade das autoridades é agora agir e abrir as investigações necessárias - já abertas em Angola - e ao mesmo tempo recuperar elevadas somas de dinheiro, mas é preciso dizer que são as mesmas autoridades portuguesas que mantêm Rui Pinto na prisão há quase um ano, sob o pretexto de uma tentativa de extorsão, e que, até este momento, apenas pediram a sua colaboração com o exclusivo intuito de o autoincriminar", sublinham.

Os advogados de Rui Pinto frisam ainda que "esta colaboração com o PPLAAF e o ICIJ está relacionada exclusivamente com a entrega deste disco rígido e que não prejudica a cooperação histórica que tem realizado com o consórcio European Investigative Collaborations (EIC) desde as primeiras revelações do Football Leaks".

Jornal de Notícias

Portugal radical | Os sete minutos da detenção de Cláudia Simões


Aconteceu com uma mulher de pele escura, despoletado pela não apresentação do passe de viagens de uma criança que por lei até beneficia de viagens gratuitas (8 anos). Informou a mãe ao motorista que se havia esquecido do referido passe da criança – que parece que existe somente… parece que por nada.

Não estando pelos ajuste o motorista-cobrador da Vimeca solicitou a intervenção da polícia. Um polícia presente quis fazer a detenção da mulher, devido à falta de passe  de viagens da criança, quis algemá-la para a deter e levar para a esquadra. Com o que ela não concordou por considerar que tudo não passava de um exagero… e provável comportamento racista.

O que se deve perguntar é a razão que justifica tanto radicalismo, tanto exagero, provavelmente tanto racismo. Se acaso a pele da mulher não tivesse aquele tom escuro, se fosse “branca” (raça superior?), ocorreria tanto radicalismo, tanto exagero? E porque é necessário um passe para viagens que são legalmente gratuitas?

Diz-se compreensivelmente, justificadamente, que o racismo é estúpido – mas que ele existe todos sabemos - também a exigência de um passe é algo muito estúpido para uma criança a quem a lei reserva beneficio de gratuitidade nas viagens em transportes públicos. Igualmente estúpido foi a postura do motorista-cobrador, assim como a do elemento da PSP. E estúpida foi a reação da mãe da criança às posturas estúpidas do motorista-cobrador e do PSP.

Se é (se fosse) verdade que em Portugal não existe racismo e que o pomo da questão e atitudes não foi o racismo, então o que foi?

A seguir leia o constante no Jornal de Notícias de hoje, que o conduzirá ao visionamento de um vídeo de luta em parte semelhante a greco-romana. Prevaricadora (mãe da criança) a rebolar-se no chão em amálgama com um agente da PSP. Rebolanços no chão que só terminaram com a ajuda de populares que contribuíram para que o agente conseguisse algemar a senhora interveniente na luta radical gerada por mentes radicais, senão racistas. O que dificilmente será entendido por juízes igualmente radicais, racistas ou adeptos de exageros.

Além de tudo, o incidente mancha todos os intervenientes e a instituição PSP, mostrando, entre outras tendências e atitudes, quanto os seres humanos são capazes de se prestarem ao ridículo devido a mentes psicóticas e em certos lapsos de tempo ausentes de um pingo de humanidade e inteligência.

Entretanto houve uma criança a presenciar toda aquela cena execrável. Lembrem-se disso, pois é ainda o mais lamentável e condenável.

MM | PG

Leia e veja do Jornal de Notícias o texto e a ligação ao vídeo:

Os sete minutos da detenção de Cláudia Simões 

O JN teve acesso a um vídeo, de sete minutos, em que se vê um agente da PSP a deter Cláudia Simões, a mulher que se queixa de ter sido agredida pela Polícia e que foi constituída arguida por ofensas contra o elemento policial.

No vídeo vê-se que o PSP tenta dominar a mulher e queixando-se, várias vezes, de estar a sofrer mordidelas da mulher. Pede-lhe ainda que pare de resistir à detenção. Por outro lado, também se ouve a mulher a queixar-se de racismo por parte do agente e diz-lhe que nada fez, pedindo-lhe para a largar.

Alexandre Panda | Jornal de Notícias


Leia em Jornal de Notícias

Balanço na China sobe para 80 mortos e mais de 2.300 casos confirmados


Wuhan, China, 27 jan 2020 (Lusa) -- O número de mortos devido ao novo coronavírus detetado na China aumentou hoje para 80, após 24 novos óbitos registados na província de Hubei, o epicentro do contágio, anunciaram as autoridades locais.

Nesta região foram detetados 371 novos doentes infetados pelo coronavírus (denominado provisoriamente 2019-nCoV), elevando o número de casos confirmados para mais de 2.300 em todo o território da China, segundo dados do Governo central.

O novo coronavírus foi detetado na cidade chinesa de Wuhan (centro) no final de 2019 e o anterior balanço apontava para 56 mortos na China.

A maioria das pessoas infetadas encontram-se no território continental da China, mas há também casos confirmados em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

Em Portugal, não se confirmou a infeção de um homem que apresentava suspeitas e que foi hospitalizado no sábado, em Lisboa, depois de ter regressado de Wuhan.

Quanto às duas dezenas de portugueses que estão na zona afetada, Lisboa admite retirá-las para Portugal, mas não esclareceu ainda o modo como irá proceder.

O ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, alertou no domingo que os infetados podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas.

Durante aquele período, os infetados não revelam sintomas, o que anula o efeito das medidas de rastreio, como medição de temperatura nos aeroportos ou estações de comboio.

Os sintomas incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias.

PCR // MLS

China | Macau sobe para seis o número de pessoas infetadas


Macau, China, 27 jan 2020 (Lusa) -- Macau elevou hoje para seis o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus (2019-nCoV), que já causou 80 mortes na China entre os mais de 2.700 indivíduos infetados.

A nova pessoa infetada com o vírus é um jovem de 15 anos, que reside em Wuhan, província de Hubei, o epicentro do contágio, filho do quarto caso diagnosticado em Macau.

O paciente não tem febre nem tosse e vai ficar em isolamento, indicaram as autoridades em comunicado.

No domingo, o Governo de Macau anunciou que vai impedir a entrada nos casinos dos visitantes que, nos últimos 14 dias, tenham estado na província chinesa de Hubei.

Por outro lado, todos os visitantes oriundos de Hubei terão de apresentar uma declaração médica para entrar no território, numa medida que entrará em vigor também na segunda-feira.

Segundo os últimos dados, encontram-se em Macau desde 01 de dezembro passado 2.132 pessoas da província de Hubei, das quais 1.390 provenientes de Wuhan, incluindo este número turistas individuais, alunos, trabalhadores não residentes, pessoas a visitar familiares, e indivíduos em excursões, de acordo com um comunicado oficial.

A China elevou hoje para 80 mortos e mais de 2.700 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

As autoridades anunciaram 24 novas mortes desde domingo na região de Hubei (e mais de 700 casos), mas não registaram óbitos provocados pelo vírus fora daquela província.

Fretilin rejeita eleições antecipadas e precipitação no fim do Governo timorense


Díli, 24 jan 2020 (Lusa) -- A Fretilin, maior partido com assento parlamentar timorense, disse hoje que não deve haver precipitação em "por fim à vida" do atual Governo, defendendo entendimentos alargados e rejeitando a opção de eleições antecipadas.

Mari Alkatiri deixou essa posição vincada no encontro que uma delegação do seu partido manteve hoje com o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, no quadro de consultas às forças políticas sobre a crise causada pelo chumbo do Orçamento Geral do Estado (OGE).

"Terminar o Governo depende do Presidente e do quadro constitucional. Mas considero que não deve haver precipitação em pôr fim à vida deste Governo para não criar vazio no poder", disse Alkatiri, em declarações à Lusa depois do encontro.

"Precisamos de construir entendimentos e precisamos de algum tempo para os construir", sublinhou, notando que a sua interpretação é de que o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, tinha posto o seu lugar à disposição do chefe de Estado.

Moçambique deve registar crescimento económico a partir deste ano


Consultora britânica estima que a economia de Moçambique recupere do abrandamento de 1% em 2019, acelerando para 4,2% este ano e 6,5% nos próximos dois anos, graças ao setor da construção e à reestruturação da dívida.

"No seguimento de dois ciclones e de uma seca severa noutras partes do país, o crescimento económico abrandou para uns estimados 1% em 2019; a economia vai recuperar o fôlego em 2020, com uma expansão de 4,2%, alimentada pelos atuais esforços de reconstrução [da dívida] e pela atividade da construção, bem como pela política monetária", escreve a consultora britânica Economist Intelligence Unit (EIU).

Numa análise à economia de Moçambique, enviada aos clientes e a que a agência de notícias Lusa teve acesso e divulgou este sábado (25.01), os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist escrevem que apesar da aceleração, "a produção de carvão em 2020 vai cair devido às paragens programadas, e a agricultura vai continuar fraca, ainda a recuperar dos ciclones e da seca".

Em 2021 e 2022 a EIU prevê um crescimento médio de 6,5%, essencialmente à custa da indústria do gás e dos grandes investimentos que estão a ser feito, principalmente no norte do país.

A inflação, por seu lado, vai subir de 2,8% no ano passado para 3,1% este ano, "com o metical a perder valor e o banco central a cortar nas taxas de juro", e aumenta para 7,8% em 2024, potenciada pela política monetária e pelo crescimento económico propiciado pelos investimentos no gás. 

Polícia promove acusados da morte de observador eleitoral em Moçambique


A Polícia da República de Moçambique promoveu, em dezembro, dois dos cinco agentes acusados do assassinato do observador eleitoral Anastácio Matavel, em outurbro. A informação foi avançada pelo semanário Savana.

Despachos assinados pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, e datados de 27 de dezembro, mostram que Edson Silica foi promovido a subinspetor da polícia e Agapito Matavele a sargento.

Os despachos foram publicados pelo semanário Savana, na edição desta sexta-feira (24.01), e fonte do Comando-Geral da PRM confirmou à agência de notícias Lusa a autenticidade dos documentos. 

A mesma fonte avançou que os nomes dos dois agentes fazem parte de uma lista com vários nomes de polícias promovidos na província de Gaza, no âmbito de promoções levadas a cabo em todo o país.

A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir o comando-geral da PRM.

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