segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O jogo de sombras revisitado: como a Eurásia está a ser remodelada


– "Negociar com a equipe Trump é como jogar xadrez com um pombo:   o pássaro demente passeia-se por todo o tabuleiro, caga indiscriminadamente, derruba peças, declara vitória e depois foge".

Pepe Escobar [*]

Vimos como a China está a planear meticulosamente todos os seus movimentos geopolíticos e geoeconómicos cruciais até 2030 e mais além.

Aquilo que está prestes a ler decorre de uma série de discussões multilaterais privadas entre analistas de inteligência e pode ajudar a projectar os contornos do Grande Quadro.

Na China, está claro que o caminho pela frente aponta para a promoção da procura interna e o deslocamento da política monetária rumo à criação de crédito a fim de consolidar a construção de indústrias internas de classe mundial.

Paralelamente, há um sério debate em Moscovo de que a Rússia deveria seguir o mesmo caminho. Como afirma um analista, "a Rússia não deveria importar nada excepto as tecnologias necessárias até que possa criá-las por si própria e exportar apenas o petróleo e o gás que for necessário para pagar importações, as quais deveriam ser severamente restringidas. A China ainda precisa de recursos naturais, o que torna a Rússia e a China aliados únicos. Uma nação deveria ser o mais auto-suficiente possível".

O que espelha exactamente a estratégia do PCC, delineada pelo presidente Xi na reunião do Comité Central de 31 de Julho.

E isso também vai contra uma forte ala neoliberal do PCC – colaboracionistas? – que sonharia com uma conversão do partido numa social-democracia de estilo ocidental, ainda por cima subserviente aos interesses do capital ocidental.

Comparar a velocidade económica da China agora com a dos EUA é como comparar um Maserati Gran Turismo Sport (com um motor V8 Ferrari) com um Toyota Camry. A China, proporcionalmente, possui um reservatório maior de jovens gerações muito bem educadas; uma migração rural-urbana acelerada; uma acrescida erradicação da pobreza; mais poupanças; um sentido cultural de gratificação adiada; mais disciplina social – confucionista; e infinitamente mais respeito pela mentalidade educada racionalmente. O processo da China de aumentar cada vez mais o comércio consigo própria será mais do que suficiente para manter em andamento o ímpeto do necessário desenvolvimento sustentável.

Portugal | Salvem-se a si próprios


Manuel Carvalho Da Silva | Jornal de Notícias | opinião

Setembro aí está à porta num contexto nacional e internacional que não permite empurrar lixo para debaixo do tapete, nem a mais pequena desatenção por parte do Governo ou das forças políticas e sociais que não aceitam o agravamento das injustiças, das desigualdades e dos bloqueios ao desenvolvimento do país.

Durante seis meses, conscientemente, congelaram-se problemas à espera de melhores dias, o Estado foi chamado a prestar proteção reforçada e a assegurar rendimentos a muitos portugueses e, acima de tudo, a apoiar empresas que jamais sobreviveriam apenas pelos seus próprios meios. Como se perspetivava, a partir deste fim de férias (que imensos portugueses não tiveram) não é sustentável prosseguir aquelas políticas nos moldes em que vinham a ser aplicadas. Os recursos são limitados e está na hora de fazer escolhas na perspetiva de se encetar um plano estratégico progressista para a saída da crise. No Orçamento do Estado para 2021, peça primordial de opções de longo alcance, essas escolhas devem estar refletidas.

O país precisa de investimento público e privado, de apoios ajustados a todos as formações e estruturas económicas, mas é notória a existência de demasiados empresários entregues ao velho vício da pedinchice ao Estado, escamoteando responsabilidades próprias. Entretanto, eleva-se o coro ensaiado por "destacadas" figuras do jornalismo e "líderes" de opinião, que visa colocar os trabalhadores e o povo português sob a batuta da austeridade. Estas pessoas, em regra privilegiadas, estão imbuídas da suprema e permanente tarefa de ensinar os pobres a apertar o cinto.

A rentrée política este ano é muito exigente. Necessitamos de soluções para problemas prementes: é um imperativo proteger e reforçar (já) o sistema de saúde; abrir as escolas e garantir aulas presenciais; reforçar a proteção da maioria dos trabalhadores no ativo e os desempregados; preservar meios para apoios cirúrgicos a empresas nos seus processos de retoma, de reestruturações ou de criação de novos projetos. Nestas soluções, por experimentações calculadas, a ação do Estado será fundamental, mas de igual relevo serão, também, a participação da sociedade e o assumir de riscos e responsabilidades por parte das empresas.

As reivindicações fundamentais de centenas de milhares de trabalhadores - dos setores público e privado - que perante os duros impactos da pandemia foram considerados essenciais e que continuam com salários de miséria e frágeis condições de trabalho devem ser cumpridas. Sem hesitações, há que pôr de lado políticas de desvalorização interna que impõem reduções de salários e cortes nos direitos e rendimentos do trabalho. Entretanto, tenha-se presente que, quanto mais a Direita (ou partes desta) descamba para posições retrógradas e fascistas, mais se enfraquece a capacidade de mobilização dos cidadãos e mais crescem as reivindicações parasitárias ao Estado.

Dados divulgados sobre a evolução do défice público apresentam-nos, sem surpresa, mas com preocupação, uma quebra das receitas e um aumento das despesas. Este cenário reclama maior atividade económica e disponibilização de rendimentos na sociedade. O envolvimento empenhado e responsável das empresas na obtenção destes objetivos será um contributo para a própria salvação da maioria delas.

*Investigador e professor universitário

Portugal | Taxa de desemprego volta a subir e atinge 8,1%


É o valor mais alto desde agosto de 2018. A taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística voltou a aumentar em julho. Há 409,7 mil desempregados, mais 0,8 pontos percentuais do que em junho deste ano

A taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) começa a traduzir os efeitos da crise gerada pela pandemia de covid-19 no mercado de trabalho. Depois de vários meses quase imutável, sem espelhar alterações que traduzissem a quebra abruta da economia e o aumento do desemprego que vem sendo registado nos centros de emprego, a taxa de desemprego nacional que já tinha subido de forma marcada em junho, volta a aumentar 0,8 pontos percentuais atingindo os 8,1% em julho, segundo a estimativa provisória do INE, publicada esta segunda-feira. É o valor mais elevado desde agosto de 2018.

Em julho (estimativa provisória), o número de desempregados em Portugal alcançou os 409,7 mil. São mais 39,4 mil pessoas do que as registadas em junho deste ano e 74 mil do que em período homólogo, ou seja, no mesmo mês de 2019. Ao mesmo tempo, a população empregada aumentou também, 0,3 pontos percentuais, em 13,3 mil pessoas, em relação a junho e a taxa de subsutilização do trabalho aumentou também 0,2 pontos percentuais para os 15,7%.

Estamos enredados num esquema diabólico que nos vitima


Passou o “fim-de-semana para ganhar coragem”, hoje é segunda-feira e o exército de grandes patrões que viram as suas explorações suspensas porque tem de ser assim ao fim-de-semana – cada vez menos – lá estiveram a ver as suas vítimas a regressar derrotadas à exploração do costume, depois partem para as almoçaradas com seus iguais, nem sequer vomitando a comida caríssima que consomem em restaurantes claramente caríssimos, pelo luxo e serviços requintados que afinal são fruto e pagos pela exploração selvagem e desumana a que destinam os seus empregados (eufemismo de escravos). A esses desejamos muitos vómitos e azares – ténue castigo pelas suas mentes perversas, gananciosas, desumanas e esclavagistas. Autênticos oportunistas e parasitas da sociedade global. Abutres de colarinhos brancos. Os que realmente são e estão identificados na maior parte dos casos.

Também no mundo está a Bielorrússia. O Curto de hoje vai lá, imediatamente na abertura. A pena computorizada é da jornalista do internacional Cristina Peres. Podem ler a seguir. Abertura com esquecimentos sobre as tais “Primaveras Coloridas” que o ocidente tem engendrado (EUA, UE, RU), o neoliberalismo e neocolonialismo pseudo-democratico que suporta o moderno esclavagismo.

Os do costume lá se vão esquecendo da colorização pseudo-revolucionária que assolou (assola) a Líbia, a Ucrânia e tantos outros empenhos produtivos das CIA’s e secretas europeias em uníssono a gritarem “democracia e liberdade” aos futuros escravos iludidos e não pagos – ou pagos com guerras e misérias. Com neofascismos à semelhança dos caminhos impostos pelo sistema capitalista desregulado, selvagem, que se apoderou de políticos e governos que usam por engodo a liberdade e a democracia, a justiça que afinal é injusta… Mentiras. Já para não citar com pormenores que a Bielorrússia está às portas da Rússia e que a arma assassina do império do ocidente, a NATO, quer isso mesmo – ocupar a esfera de influência da Rússia e todos os países que a rodeiam. A NATO, guerreira e criminosa, quer guerra. Os militares que a compõem não são mais nem menos que verdadeiras marionetas de políticos e sistema capitalista comandado pelos desumanos 1% - donos da riqueza global - que devoram a humanidade por via da exploração, da corrupção, do fomento de guerras que alimentam as suas ganâncias na sua indústria do armamento e o mais que possuem. Quase tudo e até o roubo da vida e da dignidade da humanidade que reprimem e exploram lhes pertence.

Os do costume não falam dessas realidades. Mas deviam dar algum lamiré nessa perspetiva, aqui, agora, sempre. Quase que pela certa que, na Bielorrússia, nem a alegada vencedora das eleições, dona de casa, opositora do regime em vigor, faz ideia de que está a ser manipulada por via dos interesses do ocidente das políticas e ações putrefactas, terríveis, que cada vez mais se revelam anti-humanas e anti-planeta de concórdia, de real-democracia, de real-respeito pelo ambiente, pelo planeta, pela paz.

Ao que tudo indica, salvo sérias denuncias e provas apresentadas por alguns, a grande maioria anda e snifar uma droga que os leva a acreditar nesta pseudo-democracia, pseudo-justiça, pseudo-liberdade de um menu do Ocidente, cozinhado por mentes perversas.

Abramos os olhos, enfrentemos as realidades que nos rodeiam. Esta não é a vida que regimes realmente democráticos nos devem e podem proporcionar. Que queremos.

Deixemos de ser ingénuos e manter esperanças por algo que nunca acontecerá se não reagirmos e lutarmos pelo que queremos: vivermos com justiça, com dignidade e com o respeito que toda a humanidade e o planeta merecem e que nos é imprescindível.

Ao que tudo indica, todos nós estamos enredados num esquema diabólico que nos vitima. Para quando a honestidade e a liberdade?

Bom dia. Votos da melhor semana possível, para todos.

MM | PG

Portugal | Ana Gomes mantém suspense. "Em breve" dirá se é candidata a Belém

“se há um problema grave foi o primeiro-ministro e o PS que o criaram porque desistiram de ter um candidato alternativo a Marcelo”.
A ex-eurodeputada garantiu que ainda está no processo de reflexão.

“Estava a fazer essa reflexão em conjunto com o meu marido, quando ele adoeceu e faleceu. Eu tive de continuar a fazer essa reflexão noutras condições, sozinha. O que posso dizer é que estou a chegar ao fim e em breve comunicarei o resultado dessa reflexão”, admitiu.

Ana Gomes comentava a entrevista de António Costa ao Expresso, na qual o primeiro-ministro disse que se Marcelo Rebelo de Sousa não se recandidatar à Presidência da República “havia um problema grave no país”.

De acordo com a socialista, “se há um problema grave foi o primeiro-ministro e o PS que o criaram porque desistiram de ter um candidato alternativo a Marcelo”.

A ex-eurodeputada revelou, em maio, que estava a “refletir” sobre uma possível candidatura a Belém, por achar que Marcelo Rebelo de Sousa “é um candidato do regime” que vai “facilitar a vida dos extremos”.

O anúncio foi feito depois de António Costa ter demonstrado, ainda que indiretamente, apoio a uma eventual recandidatura do Presidente da República, durante uma cerimónia na fábrica da Autoeuropa, o que Ana Gomes classificou como “absolutamente lamentável”.


Notícias ao Minuto

Não desperdiçar comida


David Chan | Plataforma | opinião

Xi Jinping, na mais alta posição de poder na China (secretário-geral do Partido, presidente, e líder militar), deu instruções importantes para impedir o desperdício de comida, apelidando este comportamento como alarmante e angustiante. “Cada grão é fruto de trabalho árduo.” Apesar do crescimento anual chinês na produção de cereais, o país continua consciente do risco existente na produção de alimentos. A pandemia de Covid-19 serviu como uma chamada de atenção para este problema. 

A mensagem de Xi deixa bem claro que o maior perigo de 2020 ainda está para chegar, sendo por isso necessário tentar viver de uma forma mais moderada. Segundo os dados referidos, durante este verão parece ter havido um crescimento na colheita agrícola, porém continua a existir o consenso de que o ano está longe de ser normal. Assistimos a condições meteorológicas extremas, a várias cheias no Sul, e continua a ser incerto se estes fenómenos irão ou não afetar a colheita outonal. O maior problema é que devido à situação atual é difícil implementar medidas de prevenção, e se não aplicadas atempadamente poderá ser tarde de mais. A atual reserva de cereais ainda é relativamente suficiente, sendo capaz de dar resposta à procura existente, o que faz desta a altura perfeita para começar a falar de poupança na alimentação. 

Não é algo para ser implementado apenas em 2020, mas sim para os próximos três a cinco anos, especialmente no contexto atual em que todos os dias são registados dezenas de milhares de infetados nos EUA. Primeiramente, a produção chinesa chegou ao pico, e está agora a enfrentar um período de entrave no desenvolvimento.

Em segundo lugar, se garantirmos a segurança da produção autónoma dos cereais básicos, não conseguiremos fazer o mesmo para cereais forrageiros. A área cultivável na China ocupa apenas 120 milhões de hectares e é impossível semear cereais forrageiros após cultivar outros cereais, fazendo com que o país dependa da importação. Tal levará também a um aumento no preço da carne, leite e ovos, tal como a um risco de inflação na importação, afetando a segurança económica do país.

Em terceiro lugar, os EUA poderão começar a usar os cereais como uma ferramenta de poder. Durante a Guerra Fria, quando a União Soviética tinha pouco cultivo, os EUA e os Aliados impuseram um embargo sobre os cerais, criando um aumento no preço dos alimentos. Os EUA são o maior exportador de cerais do mundo, e a China depende da importação de cereais forrageiros. Ou seja, quando o país decidir usar esta arma, a China perderá poder.

Neste momento podemos comer até ficar cheios sem qualquer problema, mas é preciso saber ter comedimento. Não somos completamente autónomos na produção de fontes de proteína como carne, leite e ovos, porém vemos muitos destes alimentos a ser desperdiçados. Devemos preparar-nos para uma eventual emergência, sem desperdício.

MNE chinês desvaloriza preocupações com os direitos humanos manifestadas pelos europeus


Pequim, 31 ago 2020 (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da China defendeu no domingo os campos de detenção em Xinjiang e a nova lei de segurança nacional de Hong Kong, afastando as preocupações demonstradas pelos líderes europeus sobre os direitos humanos.

Wang Yi está a realizar um périplo pela Europa, na sua primeira deslocação oficial ao exterior, desde o início da pandemia do novo coronavírus, numa tentativa de revigorar o comércio e as relações, danificadas pela atual crise económica e de saúde pública.

Em Paris, Wang repetiu a alegação do Governo chinês de que todos os membros de minorias étnicas muçulmanas enviados para centros de reeducação na região de Xinjiang, no extremo oeste da China, foram libertados e colocados no mercado de trabalho.

Grupos de defesa dos direitos humanos e famílias continuam a relatar detenções contínuas de uigures e cazaques. As alegações são difíceis de verificar, já que o acesso da imprensa a Xinjiang, que foi convertido num Estado policial, é altamente controlado.

"Os direitos de todos os estagiários no programa de educação e treino, embora as suas mentes tivessem sido possuídas pelo terrorismo e extremismo, foram totalmente assegurados", disse Wang Yi, em conferência de imprensa, no Instituto Francês de Relações Internacionais.

"Agora que estão formados, não há mais ninguém no centro de educação e treino. Todos encontraram empregos", garantiu.

Pequim adverte República Checa que pagará caro por visita a Taiwan


Pequim, 31 ago 2020 (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da China avisou hoje a República Checa que pagará "caro" por "desafiar o princípio de 'uma China'", com a visita a Taiwan de uma delegação checa chefiada pelo presidente do senado.

"Desafiar o princípio de 'uma China' é equivalente a tornar-se no inimigo de 1,4 mil milhões de chineses", advertiu Wang Yi, durante a atual viagem pela Europa, em declarações publicadas hoje pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O reconhecimento daquele princípio é visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território. A ilha funciona como uma entidade política soberana, apesar do regime chinês considerar que está sob a sua soberania.

O corte de laços diplomáticos com Taiwan é tido como a base para manter relações e contactos oficiais com Pequim.

Wang frisou que Taiwan é "parte inalienável" da China.

Presidente timorense vetou lei da proteção civil, mas não divulgou decisão


Díli, 31 ago 2020 (Lusa) -- O Presidente timorense vetou politicamente a nova lei da Proteção Civil do país, aprovada pelo Parlamento Nacional em julho, sem que o seu gabinete tenha anunciado a decisão publicamente ou a sua justificação.

O veto político foi confirmado à Lusa por fonte do Parlamento Nacional, onde o texto do Presidente da República foi recebido na semana passada, com o assunto a não ser ainda tratado pelo gabinete do Presidente do órgão legislativo.

Contactada pela Lusa, a Presidência da República não disponibilizou o texto de Francisco Guterres Lu-Olo.

Apesar do veto ter sido assinado na quinta-feira e enviado nesse dia ao Parlamento Nacional, a Presidência da República não divulgou qualquer informação sobre a decisão.

Em várias ocasiões no passado, e sem explicação oficial, a Presidência da República adota a posição de não publicitar vetos políticos do chefe de Estado a diplomas, considerando que o processo 'não está encerrado'.

A nova lei da proteção civil, aprovada a 21 de julho, deveria servir como enquadramento para o que o Governo espera seja um investimento "mais robusto" na capacitação da Autoridade de Proteção Civil.

O texto, aprovado por 57 votos a favor e quatro abstenções e que teria de ser seguido por vários diplomas de regulamentação, delimita "o nível político de definição e orientação das políticas de proteção civil", definindo os novos Conselhos Nacional, Regional e Municipais de Proteção Civil, e o nível de execução dessa mesma política".

O diploma estabelece a Autoridade de Proteção Civil, "entidade que ao nível operacional executará todas as missões definidas e planeadas de proteção civil", ao nível nacional, regional e municipal.

Joaquim Martins, secretário de Estado da Proteção Civil, considerou que a lei "tem como principal objetivo a proteção das vidas e a salvaguarda dos seus bens" da população timorense.

"A lei de proteção civil (...) passa a ser, a par da lei de defesa nacional e da lei de segurança interna, a trindade que sustenta toda a Segurança Nacional do Estado", frisou.

"Como um dos três pilares fundamentais da Segurança Nacional, é ao mesmo tempo o pilar fundamental de toda a Proteção Civil e que será a base de todo Sistema Nacional de Proteção Civil", sublinhou.

ASP//MIM

Governo timorense quer criar empresa estatal para o setor dos minérios


Díli, 30 ago 2020 (Lusa) -- O Governo timorense quer criar uma empresa estatal, equivalente à petrolífera Timor Gap, para os minerais, e uma autoridade específica que permita regulamentar adequadamente o setor, disse à Lusa o ministro da tutela.

"Tem de haver uma empresa estatal, como a Timor Gap. Vai haver discussão do código mineiro na especialidade e com certeza vai passar", disse Victor Soares em entrevista à Lusa.

"Mas depois temos que elaborar os regulamentos e estabelecer uma autoridade específica para o setor dos minérios", referiu.

Atualmente a responsabilidade regulatória recai na Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM) que, segundo Victor Soares, vai ser dividida em duas, para que a nova entidade "possa fazer regulamento mais específicos para toda as atividades mineiras".

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