segunda-feira, 3 de junho de 2019

Propaganda de guerra-fria, a cavalo na “era” Bolsonaro – Martinho Júnior


Martinho Júnior, Luanda 

1- Não é só "a ocasião que faz o ladrão", pois a ocasião faz também muitas outras coisas, conforme se vai comprovando com a repescagem de expedientes próprios de "guerra fria", do Bilderberg, ou do “Le Cercle”, em especial quando os fundamentalismos cristãos estão“ocasionalmente” a vir à tona, enchendo as medidas de “presstitute”!

Assim é com esta iniciativa que só agora dá a luz (https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-atuou-na-guerra-civil-de-angola,70002852761), numa altura em que se acabaram de reunir os Ministros da Defesa da CPLP em Luanda!...

Há interessados que convergem sob a égide de “bolsonaros” e “guaidós tugas” ao serviço da NATO como o actual Ministro da Defesa do regime oligárquico português, João Gomes Cravinho!

Como tudo se conjuga em tempo oportuno, o poder de atracção é por demais evidente (“tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, dizem os camonianos da “dilatação da fé e do império” e os Diogo Cão das contemporâneas “descobertas”), aproveitando a conjugação de esforços, pois as“FAA podem oferecer condições valiosas a missões de paz das Nações Unidas”, conforme se noticia em primeira página do Jornal de Angola de 3 de Junho de 2019… (http://jornaldeangola.sapo.ao/entrevista/joao-gomes-cravinho-angola-pode-oferecer-contributos-valiosos-a-missoes-de-paz-das-nacoes-unidas)...

Brasil | Governo Bolsonaro abandona atendimento médico de indígenas


O governo Bolsonaro abandonou o atendimento médico a indígenas e o número de mortes de bebês acendem alerta. Dos 372 médicos que trabalhavam em terras indígenas, 301 eram cubanos do programa Mais Médicos que foram embora quando Bolsonaro anunciou o fim da parceria. Em meio a ‘apagão médico’ indígena, 3 crianças morrem em 11 dias no Xingu.

Confira a reportagem completa do Repórter Brasil*

Não havia médicos na manhã de 2 de abril para atender Milena Kaiabi, que nascera na aldeia Paranaíta, no Parque Indígena do Xingu, norte de Mato Grosso. Com 4 dias de vida, a recém-nascida estava chorosa, febril e sem vontade de mamar, mas a enfermeira deslocada até a comunidade disse ser nada grave. A bebê morreria menos de um mês depois na cidade de Sinop, a 200 km de distância, por suspeita de meningite e vítima da “confusão dos brancos”.

A expressão é usada por Mairawê Kaiabi, principal liderança de seu povo no Xingu, para retratar as políticas públicas para saúde indígena no Brasil. O assunto nunca foi prioridade em Brasília, “mas nesse novo governo piorou muito, piorou de vez”, ele diz. A saída dos cubanos do programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, e o corte de verbas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ambas decisões da gestão do presidente Jair Bolsonaro, agravaram a já precária assistência nos territórios indígenas.

Além de médicos, faltam remédios como antibióticos e anestesias, o que compromete atendimentos básicos e demanda custosos resgates aéreos, fluviais e terrestres até as cidades. O combustível também é insuficiente para as emergências. Por conta dos cortes, funcionários da saúde com salários atrasados abandonaram seus postos – ou trabalham voluntariamente. O caos parece instalado nos territórios indígenas, mas quando eles recorrem à cidade, o SUS pode ser ainda mais cruel. 

Portugal | A sanha persecutória das Finanças


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Autoridade Tributária e Aduaneira, vulgo Finanças, é incapaz de controlar o seu ímpeto para cobrar impostos a torto e a direito, justificando-se falar em sanha persecutória sobre os contribuintes.

A máquina fiscal, pouco oleada mas manobrada por gente sôfrega pela cobrança, deleita-se com a criação de novas formas de cobrar impostos, não deixando nada a dever à imaginação mais fértil.

Assim, assistimos à cobrança de impostos em rotundas ou a sugestão de fiscalização de casamentos e baptizados.

Ora, num país onde uma minoria endinheirada e influente escapa a essa sanha, sob pretexto de dificuldades técnicas que não aparentemente não se verificarão na cobrança e fiscalização dos pequenos contribuintes, e onde uma esmagadora maioria sente a mão de ferro das Finanças, dura na cobrança e irresponsável nas devoluções, resta apenas o ridículo. Esse ridículo enfraquece aquilo que deve ser a seriedade de um serviço do Estado.

O Governo, designadamente o ministro das Finanças, deve deixar de olhar com tanto fervor para o Eurogrupo e pensar que a imagem das Finanças, também conhecida pelo infeliz nome de "Autoridade Tributária e Aduaneira", é demasiado importante para ficar nas mãos daqueles funcionários, mais papistas do que o próprio Papa, e que, infelizmente, julgam dar um importante contributo, senão mesmo decisivo.

* Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão

Portugal | PS "não mudou". PCP alerta para perigo de socialistas com "mãos livres"


O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje que o PS "não mudou" e alertou que, se os socialistas tiverem "as mãos completamente livres", haverá riscos de retrocessos nos direitos conquistados na atual legislatura.

"O PS não mudou, não alterou a sua natureza nem o seu vínculo à política de direita. O PS que vimos nesta nova fase da vida política nacional é um PS moldado às circunstâncias, onde pesou uma nova correlação de forças na Assembleia da República e, particularmente, a ação e intervenção do PCP e da CDU", defendeu hoje o líder comunista, num comício em Queluz (Sintra).

Para Jerónimo de Sousa, "é dessas circunstâncias que o PS se quer libertar para regressar sem condicionamentos à política que ao longo de mais de 40 anos executou", apontando o Programa de Estabilidade recentemente apresentado para o confirmar.

"Não será pelas mãos do PS que o caminho da defesa e avanço na conquista de direitos prosseguirá, fica mesmo evidente que, se o PS tiver as mãos completamente livres, o que foi alcançado corre o risco sério de andar para trás", avisou.

Portugal | Eles comem tudo e deixam a dívida pública para pagarmos, além de outras


A dívida pública de Portugal continua a subir, tal qual a divida da UE. A brutalidade da dívida lusa já vai além dos 250 mil milhões. Como é isto possível se na realidade sobrevivemos à míngua e também os portugueses plebeus cheios de calotes. Pequenos calotes, é certo, mas que nos obrigam a uma ginástica financeira permanente quando olhamos para as contas correntes inevitáveis de renda casa, eletricidade, água e alimentação, escolas, transportes, etc. Para não falar de meios de comunicação já imprescindíveis como a Internet e o sacramental telemóvel – para não incluir aqui o computador.

Ordenados baixos, próprios do esclavagismo da modernidade. Pensões miseráveis. Tudo do pior e mais rasca para a grande maioria dos portugueses. Os mais velhos, apesar de terem alimentado uma guerra colonial, construído o país, conquistado a liberdade e a democracia, esses, são ricos em tratos de polé com os sempre certos maus tratos e uma velhice de suplícios. A juventude por aí anda “pendurada” nos pais e nos avós, na família e amigos… Na droga e na delinquência também.

Mas, afinal, que país é este em que os senhores da política, os da banca, os do grande empresariado, os das elites, não se cansam de tecer elogios à economia e ao progresso? Falam olhando para os seus umbigos e por eles e pelas suas corporações. Vivem à larga e no fausto. Certo e sabido é que o fazem à custa da exploração da maioria dos portugueses, das vigarices e até de roubos puros e duros a que lhes chamam imparidades de muitos milhões (calotes) para com o Estado. E esse somos todos nós. Assim, impunemente, salvo raras exceções, não pagam e nem são responsabilizados por isso, o que significa que andam uns quantos a viver à grande com a enorme e tantas vezes total contribuição  de milhões de portugueses que sobrevivem na miséria ou muito perto dela.

John Bolton, o tambor de guerra de Donald Trump


Investigação sobre uma guinada: candidato que criticava com acidez as aventuras militares dos EUA passou, na presidência, a ameaçar Venezuela, Cuba e principalmente o Irão. O que o Conselheiro de Segurança Nacional tem a ver com isso

Amy Goodman e Denis Moynihan | Rôney Rodrigues | Outras Palavras

“Resta pouquíssimo tempo, mas um ataque poderia gerar resultados”, escreveu John Bolton em um artigo publicado no The New York Times, em 26 de março de 2015, com o título de “Para deter a bomba do Irão temos que bombardear o Irão”.

O presidente Donald Trump adotou, como pilar de sua campanha,uma postura crítica a envolvimentos militares dos EUA no exterior. Em 2013, tuitou: “Podem acreditar que a guerra do Afeganistão seja a ‘guerra mais longo de nossa história? Vamos trazer nossas tropas para casa, vamos reconstruir os Estados Unidos, vamos fazer com que os Estados Unidos sejam grande de novo”. Como presidente, repetiu essa postura em várias ocasiões. Em uma entrevista coletiva em abril de 2018 sobre a Síria, Trump declarou: “Quero sair [dali]. Quero trazer nossas tropas de volta pra casa. Quero começar a reconstruir nossa nação. Gastamos, sem contar esses últimos três meses, sete triliões de dólares no Oriente Médio nos últimos 17 anos. Não conseguimos nada com isso, absolutamente nada”.

Relator da ONU diz que Assange apresenta sintomas de 'tortura psicológica'


Se condenado pela Justiça norte-americana, o fundador do WikiLeaks pode pegar até 10 anos de prisão para cada acusação

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, apresenta todos os sintomas de uma exposição prolongada de "tortura psicológica" e não deve ser extraditado para os Estados Unidos, disse nesta sexta-feira (31/05) o relator especial da ONU sobre a Tortura, Nils Melzer, que visitou o australiano na prisão.

Em comunicado publicado em Genebra, o especialista afirmou que Assange foi "deliberadamente exposto" a "formas graves de tratamento punitivo" por vários anos. "A perseguição coletiva de Julian Assange deve terminar agora", exigiu Melzer.

O relator da ONU deve lançar hoje (31.05) seu apelo ao governo de Londres a favor de Assange, após um mês depois de sua prisão. Ele visitou o fundador do WikiLeaks no último dia 9 de maio junto a dois especialistas médicos. Segundo Melzer, Assange, que está detido em uma prisão de segurança máxima, além de apresentar doenças físicas, sofre com "uma ansiedade crônica e traumas psicológicos intensos".

Presidente chinês visita Rússia para acertar estratégias com Putin


O Presidente chinês, realiza esta semana uma visita à Rússia, onde participará no 23º Fórum Económico Internacional e acertará estratégias com o seu grande parceiro internacional, face às crescentes tensões com os EUA.

Xi Jinping e Vladimir Putin "vão atualizar e fortalecer as relações", num momento em que a situação internacional apresenta "mudanças sem precedentes no espaço de um século" e sofre "grande impacto do unilateralismo", disse hoje o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros Zhang Hanhui, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.

Sem referir a guerra comercial entre a China e os EUA, Zhang sublinhou que as relações entre Pequim e Moscovo são cada vez mais "maduras, estáveis e fortes" e serão reforçadas nesta visita de três dias para a qual Xi Jinping parte na quarta-feira.

"Esta visita consolidará a base política das relações sino-russas, reafirmará o seu apoio mútuo em questões que envolvem as respetivas preocupações fundamentais e assegurará que as relações não serão afetadas por qualquer mudança na situação internacional", acrescentou.

China apela a jovens para avaliarem riscos antes de irem estudar para EUA


A China apelou hoje aos estudantes para que "reforcem a sua avaliação dos riscos" antes de decidirem ir estudar para os Estados Unidos, na sequência de recentes restrições e recusa de vistos a cidadãos chineses.

O ministério chinês da Educação pediu, em comunicado hoje divulgado, aos estudantes que "pensem bem na necessidade de tomar precauções e fazer preparativos adequados" antes de irem para os Estados Unidos.

O apelo surge num contexto de guerra comercial entre Pequim e Washington e de crescente desconfiança dos EUA face à entrada de estudantes e investigadores chineses.

No mês passado, os republicanos apresentaram ao Congresso um projeto de lei para impedir a obtenção de um visto de estudante para entrada no país a qualquer pessoa ligada ao exército chinês, o que suscitou de imediato protestos da China.

"Pequim conhecia tão mal Macau como Lisboa"


O negociador da transferência de soberania de Macau para a China, José Henriques de Jesus, lembra, em entrevista à Lusa, que a discussão sobre este território quase desconhecido de Lisboa e de Pequim teve vários episódios pitorescos, e nem sempre agradáveis.

"Nós, muitas vezes dizíamos: em Pequim, conhece-se tão mal Macau como em Lisboa", contou à Lusa o economista, nomeado pelo então primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva, para integrar a delegação encarregada de negociar a transferência de administração de Macau para a China que daria origem à declaração conjunta assinada em 1987.

Chefiada pelo embaixador Rui Medina, a equipa incluía ainda o embaixador João de Deus Ramos, que tinha aberto a embaixada em Pequim após o estabelecimento das relações diplomáticas com a República Popular da China em 1979), e o conselheiro de Mário Soares, Carlos Gaspar.

"A negociação era entre Portugal e a China, mas o sucesso havia de ser medido em Macau, foi sempre em Macau que pensei", adiantou Henriques de Jesus, considerando que o resultado "foi bom" porque apesar de a presença portuguesa "nunca ter sido muito forte em Macau", Portugal soube ultrapassar as dificuldades com "força anímica".

Timor-Leste quer duplicar produção de café e triplicar valor para 65 ME até 2030


Timor-Leste quer duplicar a produção de café e triplicar o valor na próxima década, com um plano de investimento de quase 40 milhões de dólares (cerca de 36 milhões de euros), foi hoje anunciado.

"O objetivo é passar das atuais 10 mil toneladas de produção anual para 20 mil toneladas até 2020, com o valor a passar de 27 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) para 73 milhões de dólares (cerca de 65 milhões de euros)", afirmou o diretor do Café e Plantas Industriais, Fernando Santana, do Ministério da Agricultura e Pescas timorense.

No lançamento do Plano Nacional de Desenvolvimento do Setor do Café 2019-2023 (PNDSC), Santana explicou que o objetivo é não só aumentar a quantidade produzida, mas garantir que uma maior fatia dessa produção é de maior qualidade, conseguindo por isso preços mais elevados de venda.

Este plano representa uma aposta na melhoria da produção em termos de qualidade e de quantidade, o que permitirá um crescimento significativo do rendimento do setor que é atualmente um dos maiores empregadores do país, referiram os responsáveis.

Timor-Leste assina contrato de 18,6 ME com estaleiro Damen para novo navio de passageiros


Díli, 31 mai 2019 (Lusa) -- O Governo timorense assinou hoje, com o estaleiro holandês Damen, um contrato no valor de 18,6 milhões de euros para a construção de um novo navio para operar na costa norte, projeto apoiado pela cooperação alemã.

Timor-Leste vai pagar a maior parte do custo do projeto (cerca de 12,6 milhões de euros) e o Governo alemão os restantes seis milhões de euros, com o contrato a abranger o "desenho, construção, fornecimento e entrega ao Governo" timorense.

A Damen Shipyards Gorinchem, que tem mais de 35 empresas, oito mil funcionários e estaleiros em vários países, decidiu que a construção, prevista para 19 meses, vai ser realizada em Yichang, na China.

O contrato foi assinado, em Díli, pelo ministro dos Transportes e Comunicação timorense, José Agustinho da Silva, e pelo diretor comercial regional da Damen, Gysbert Boersma.

Ministro sul-africano vai enfrentar pedido americano sobre extradição de Manuel Chang


O novo ministro sul-africano da Justiça e Serviços Correcionais, Ronald Lamola, ainda não tem informação sobre a decisão de extradição do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang.

Lamola assume a pasta no momento em que, de acordo com o jornal electrónico sul-africano Daily Maverick, a embaixada americana em Pretória fez já um pedido formal ao Governo sul-africano para manter Chang na prisão, enquanto prepara um recurso legal para rever a decisão da sua extradição para Moçambique.

O jovem jurista de 37 anos de idade, Ronald Lamola, foi nomeado ministro da Justiça e Serviços Correcionais da África do Sul pelo presidente Cyril Ramaphosa.

Ronald Lamola, jurista de 37 anos de idade, substitui Michael Masutha no novo elenco de Cyril Ramaphosa.

Na sua edição de quinta-feira, 30, o Daily Maverick, cita o porta-voz da embaixada americana em Pretória como tendo dito que a lei Americana permite que Manuel Chang seja julgado primeiro nos Estados Unidos e depois em Moçambique, só que o mesmo não é permitido pela legislação moçambicana.

Moçambique | Nyusi e Momade acordam assinar cessar-fogo em Agosto


O Presidente da República e o presidente da Renamo concordaram hoje assinar acordo de cessar-fogo em Agosto próximo. Nyusi e Momade chegaram ainda ao entendimento que o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração dos homens da Renamo deve acontecer ainda neste mê de Junho.

O entendimento entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o Presidente da Renamo, Ossofu Momade, aconteceu, na tarde deste domingo, num encontro realizado entre ambos, na cidade Chimoio, província de Manica. A ideia dos dois dirigentes é garantir que os moçambicanos possam votar num ambiente de paz.

Nyusi e Ossufo Momade chegaram ainda ao entendimento que o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração dos homens da Renamo deve acontecer ainda neste mês de Junho.

Filipe Nyusi disse ainda que o Governo e a Renamo devem mobilizar financiamento do oneroso processo de paz. Há também a ideia de se ver as condições em que Ossufo Momade viverá após deixar definitivamente as matas da Gorongosa.

Filipe Nyusi e Ossufo Momade deverão encontrar-se antes de Agosto para fazer o monitoramento das questões acordadas entre o Governo e a Renamo.

Angola | Rainha de África, princesa de Portugal


O povo – presumivelmente o másculo – andou entretido com a disputa até ao ultimo minuto do Girabola entre o D’agosto e o Petro (agora sem a liquidez financeira da Sonangol de outros tempos), com a taça de Angola de futebol e o campeonato africano de clubes de basquetebol. Tudo açambarcado pelos militares. Sinais dos novos tempos e do seu poder?

Brandão de Pinho | Folha 8 | opinião

Sendo assim e tendo tudo isso já terminado, poderia haver um interregno para esse mesmo povo prestar atenção ao que vem acontecendo em Angola de realmente importante, todavia agora vem aí o CAN e as novelas com o Dala do Rio Ave e Sporting, o Ary Papel, o Bastos na Itália, o Cabaça e o luso-angolano Wilson Eduardo constituem dose suficiente de ópio para mais uns tempos. As mulheres por norma refugiam-se mais nas verdadeiras novelas, as televisivas e não nestas futebolísticas.

Para além disso ambos os sexos – parafraseando Marx, adaptado aos novos tempos – têm na religião, smartphones e mexericos vários (entre os quais as exonerações e nomeações, e, a caça às bruxas de JLo ao clã Dos santos), uma dose extra de morfina para aplacar as dores existenciais, a fome crónica, a miséria e a doença.

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