sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Há bombas nucleares dos EUA instaladas na União Europeia e Turquia


A ’gaffe’ nuclear da NATO

Manlio Dinucci*

É um velho segredo divulgado. Mas é também uma das negações mais formidáveis da Aliança Atlântica: as bombas nucleares estão armazenadas, violando o Direito Internacional, em Itália, na Alemanha, na Bélgica, na Holanda e na Turquia. Por lapso, um membro da Assembleia Parlamentar da NATO reproduziu-o num relatório imediatamente retirado.

Que os EUA mantém bombas nucleares em cinco países da NATO - Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Turquia - está há muito comprovado (em especial pela Federação dos Cientistas Americanos) [1]. No entanto, a NATO nunca o admitiu oficialmente. No entanto, algo aconteceu por lapso. No documento “A new era for nuclear deterrence? Modernisation, arms control and Allied nuclear forces”, publicado pelo Senador canadiano, Joseph Day em nome da Comissão de Defesa e Segurança, da Assembleia de Defesa da NATO, o “segredo”veio a público. Através da função “copiar/colar”, o Senador informou, inadvertidamente, nesse documento o seguinte parágrafo (numerado 5), extraído de um relatório confidencial da NATO:

“No contexto da NATO, os Estados Unidos instalaram em posições avançadas, na Europa, cerca de 150 armas nucleares, especificamente bombas gravitacionais B61. Estas bombas estão armazenadas em seis bases dos EUA e Europa: Kleine Brogel, na Bélgica, Buchel, na Alemanha, Aviano e Ghedi-Torre na Itália, Voikel na Holanda, Incirlik na Turquia. No cenário hipotético de serem necessárias, as bombas B61 podem ser transportadas por aviões de dupla capacidade, dos EUA ou da Europa”.

Camberra quis em 1998 'congelar' a possibilidade de um referendo em Timor-Leste


Camberra, 08 ago 2019 (Lusa) -- O Governo australiano tentou, no final de 1998, congelar durante pelo menos uma década a realização de um referendo em Timor-Leste, o que irritou o então presidente indonésio que acelerou esse processo, recorda um académico australiano.

Clinton Fernandes defende que o ex-primeiro-ministro John Howard não queria um referendo em Timor-Leste a tão curto prazo e escreveu ao presidente indonésio a dizer que preferia deixar o assunto "no congelador" durante uma década.

"A Austrália quer tirar Timor da agenda e por isso Howard escreve a Habibie a sugerir que se resolva a questão de Timor-Leste da mesma forma que se resolveu a questão da Nova Caledónia", afirmou.

"A carta não é uma mudança de posição, não é um reconhecimento de Timor. É dizer: vamos lidar com isso daqui a 10 ou 20 anos. Se Habibie tivesse seguido a sugestão de Howard, teríamos estado a discutir Timor só em 2019 e não em 1999", afirmou.

Para Clinton Fernandes, a política australiana era de a de "congelar" Timor-Leste, tirar o assunto da agenda imediata.

Ex-militar australiano e responsável pela Timor Desk a partir de 1998, Clinton Fernandes esteve destacado no Australian Army Intelligence Corps (AUSTINT) e é atualmente professor de Estudos Políticos e Internacionais na Universidade de NSW-Camberra, tendo publicado vários artigos e livros sobre Timor-Leste.

Parlamento e Tasi Tolo acolhem cerimónias solenes dos 20 anos do referendo timorense


Díli, 07 ago 2019 (Lusa) -- O Parlamento Nacional e a zona de Tasi Tolo, a oeste de Díli, acolhem as cerimónias solenes das celebrações do 20.º aniversário do referendo em que os timorenses escolheram a independência, no próximo dia 30 de agosto.

O extenso programa para o dia 30, a que a Lusa teve acesso, arranca com uma sessão solene no Parlamento Nacional cujos contornos ainda estão a ser fechados e que dependerá, em parte, da presença (ainda não confirmada) do Presidente indonésio, Joko Widodo.

Fontes parlamentares explicaram à Lusa que, caso venha a Timor-Leste, se prevê a intervenção de Joko Widodo, bem como do presidente da Assembleia da República portuguesa, Ferro Rodrigues.

Prevê-se ainda a transmissão de uma mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, que será representado nas cerimónias por Ian Martin, então chefe da UNAMET, a Missão das Nações Unidas em Timor-Leste, que organizou o referendo há 20 anos.

Depois da sessão solene segue-se um almoço oferecido pelo primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, aos convidados, que decorrerá no edifício do Ministério das Finanças, o prédio mais alto da capital timorense.

Organização pede inquérito parlamentar a obra de cais naval a leste de Díli


Díli, 06 ago 2019 (Lusa) - Uma organização timorense defendeu hoje um inquérito parlamentar ao projeto de um cais para as forças de defesa que começou a ser construído em 2010, custou ao Estado mais de 12,2 milhões de euros, mas nunca foi utilizado.

A Fundação Mahein (FM), que acompanha em particular o setor da segurança e defesa, refere que a construção do cais, aprovada pelo Governo em 2010, ficou marcada por vários problemas, causando polémica política no país.

O Governo pagou a duas empresas diferentes pela obra, pagou uma multa por atraso de pagamento, mas a infraestrutura, que era considerada essencial, nunca foi usada.

Em causa está o processo de construção do cais temporário no Porto de Hera, a leste de Díli, para uso pelo componente naval das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), num projeto com um custo inicial de mais de seis milhões de euros.

A obra foi adjudicada em junho de 2010 à empresa Lifese Pty Ltd, tendo o contrato sido assinado no mês seguinte, com uma auditoria da Deloitte (conduzida em 2012) a apontar problemas no processo que não respeitou o Regime Jurídico de Aprovisionamento.

Moçambique | RENAMO contesta quatro candidaturas da FRELIMO e CNE analisa o caso


A RENAMO contesta as candidaturas de Júlio Parruque, para a província de Maputo, Francisca Domingos, para Manica, Manuel Rodrigues, Nampula, e Judite Massangela, Niassa. A FRELIMO aguarda pela decisão da CNE

O maior partido da oposição moçambicana, Resistência Nacional Moçambicana [RENAMO] considera que estas quatro candidaturas não têm qualquer probabilidade de passar sob o ponto de vista, tanto legal, como da filosofia da descentralização.

Segundo o mandatário do partido, Venâncio Mondlane, a lei eleitoral para as Assembleias e o Governador provincial define o sufrágio eleitoral, nomeadamente a capacidade eleitoral activa.

"Ser residente e segundo estar recenseado na circunscrição territorial da província”, esclarece Mondlane apontando que "temos cabeças de lista que foram recenseados em províncias diferentes daquelas em que eles querem concorrer. Nós achamos que isso é uma daquelas irregularidades insanáveis”, considera o mandatário da RENAMO.

Ex-embaixador moçambicano na Rússia em tribunal por desvio de 150 mil euros


Bernardo Chirinda, antigo embaixador de Moçambique na Rússia, está a ser acusado de desvio de fundos, entre 2003 e 2012, num valor total de mais de 167 mil dólares (150 mil euros). Um "verdadeiro saque", segundo o juiz.

Bernardo Chirinda, que esteve na quinta-feira (08.08) no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para uma primeira sessão, é acusado de ter orquestrado um "verdadeiro saque", de acordo com o juiz de causa Rui Davane, na leitura dos autos.

Segundo a acusação, além de gastos excessivos em viagens, o antigo embaixador terá desviado durante três anos o 13.º salário dos trabalhadores, além de forjar pagamentos a funcionários sem vínculos com a embaixada.

As ações de corrupção foram facilitadas pelo seu adido financeiro na época, Horácio Matola, segundo os autos.

Angola | PGR diz que não há processos-crime contra José Eduardo dos Santos


Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola nega qualquer instauração de um processo-crime contra José Eduardo dos Santos, depois de rumores de que o ex-Presidente teria sido notificado pelo DNIAP.

A PGR reconheceu na quarta-feira (07.08) que a notificação enviada ao ex-Presidente do país José Eduardo dos Santos não teve em conta a imunidade de que este goza.

Uma nota a que a agência Lusa teve acesso refere que a notificação a José Eduardo dos Santos para comparecer naquele órgão foi emitida por um funcionário da Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP).

O mesmo documento adianta que durante a investigação e instrução processual dos vários processos-crime que correm os trâmites legais contra alguns gestores públicos "poderá ser preciso que o Presidente cessante preste algum esclarecimento para o bem da pessoa notificada".

A PGR salienta que "não foi instaurado e nem sequer existe algum processo-crime contra o ex-Presidente da República, o engenheiro José Eduardo dos Santos".

Fome e seca no sul de Angola | Estado de emergência já devia ter sido declarado?


Se Angola declarar o estado de emergência pode ter mais apoios da comunidade internacional e assim ter mais meios para combater o problema da seca e da fome no sul do país.

Mais de dois milhões de angolanos são afetados pela fome e seca, indica relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as vítimas há mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos. ONU estima que o ano de 2020 a situação poderá vir a piorar.

Angola também tem sido atingida pelos efeitos das alterações climáticas. Isso tem afetado as populações mais a sul, sobretudo a nível económico e a agricultura. Os criadores de gado por exemplo sofreram algumas perdas e têm sido aliciados a vender os seus animais abaixo do valor de mercado. Milhares de famílias têm sofrido com a situação e inclusive as aulas já tiveram de ser interrompidas em algumas alturas.

Contudo o maior problema é mesmo a escassez de alimentos, que já levou a uma grande onda solidária por todo o país. Em maio passado o Presidente angolano João Lourenço visitou duas das províncias mais afetadas pela seca, Namibe e Cunene. Nessa visita foram anunciados avultados montantes financeiros para combater a seca na região.

Angola | Como está o regresso dos refugiados congoleses?


Há mais de 30 mil refugiados congoleses na província de Lunda Norte. Alguns deles querem regressar ao país de origem, mas para a maioria ainda é complicado obter documentos, ter acesso aos serviços de saúde ou trabalho.

O número de refugiados congoleses na província de Lunda Norte ainda é elevado, contudo já há muitos que mostram vontade de regressar à República Democrática do Congo (RDC). As autoridades angolanas juntamente com o governo de Kinshasa e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) tentam dar as condições necessárias para os refugiados regressarem ao seu país de origem.

Segundo números da organização, Comunidade de Refugiados em Angola (CRA), ainda estão entre 30 a 40 mil refugiados congoleses em território angolano. Os refugiados dentro deste grupo têm várias pretensões, uns desejam ficar em Angola e outros querem regressar ao país de origem como explica Mussenguele Kopel coordenador da CRA.

"Há um número que quer voltar, que é originário do Kasai. E tem a maioria que quer a integração local. Também tem o grupo que não está a encontrar como se integrar e que pede para encontrar reassentamentos”, conta o coordenador angolano.

Angola | QUE OPÇÕES PARA A JUVENTUDE? -- Martinho Júnior


Martinho Júnior, Luanda   

PATRIOTISMO OU MERCENARISMO?

As novas gerações, sem o saber, estão a pagar uma factura pesada que se arrasta do passado, que tem que ver com a antropologia cultural e sobretudo com a própria história e por que ela tem sido contada sem transparência, cheia de equívocos e mentiras, ou mesmo devassada por aqueles que afinal tanto têm a esconder!... 

Enquanto isso estiver a acontecer e as gerações anteriores não forem corajosamente transparentes no sentido de explicá-la com o objectivo de construir um país com justiça social, as facturas malparadas vão continuar a acumular-se, podendo um dia chegar ao desespero colectivo, que infelizmente não está longe de acontecer!...

A lógica com sentido de vida poderia salvar com a sua própria fluência as novas gerações, todavia o impacto das alienações e das ilusões por parte das mensagens dominantes e tendo o povo angolano como alvo, contrariam a civilização fazendo persistir desde o passado a barbárie, deserdando irreparavelmente a juventude!...

Atentem bem na imagem que acompanha este pequeno texto-comentário e verifiquem o desrespeito dos mercenários sobre a bandeira que emergiu vitoriosa da longa noite colonial!...

Até a bandeira hasteada no monumento fica pendurada triste, quando seu simbolismo passou a ser conspurcado desta maneira tão palpável e visível!

A OPÇÃO DOS MERCENÁRIOS FORMATADOS SOBRETUDO NO QUE DÊ LUCRO, SOBREPÕE-SE AO PATRIOTISMO NOS ACTOS DESTA REPÚBLICA!...

NÃO HÁ INDEPENDÊNCIA, NÃO HÁ SOBERANIA, NEM HÁ DIREITOS QUE DESTE MODO POSSAM ASSIM RESISTIR SAUDAVELMENTE NOS CAMINHOS LEGÍTIMOS DE INCESSANTE BUSCA POR JUSTIÇA SOCIAL E POR LIBERDADE!

Martinho Júnior - Luanda, 2 de Agosto de 2019

Imagem e pergunta: qual é a qualificação e o valor da bandeira que emergiu vitoriosa sobre a fortaleza colonial?

Anexos:

9 de Agosto | Dia Internacional dos Crimes dos EUA Contra a Humanidade


Hiroshima e Nagasaki | Em agosto os EUA levaram a morte atómica ao Japão

Os bombardeamentos atómicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki [nota 1] foram dois bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Império do Japão durante os estágios finais da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.

Depois de uma campanha de bombardeios que destruiu várias cidades japonesas, os Aliados preparavam-se para uma invasão do Japão. A guerra na Europa terminou quando a Alemanha nazista assinou o acordo de rendição em 8 de maio de 1945, mas a Guerra do Pacífico continuou. Juntamente com Reino Unido e China, os Estados Unidos pediram a rendição incondicional das forças armadas japonesas na Declaração de Potsdam em 26 de julho de 1945, ameaçando uma "destruição rápida e total".

Em agosto de 1945, o Projeto Manhattan dos Aliados tinha testado com sucesso um artefato atómico e produzido armas com base em dois projetos alternativos. O 509º Grupo Composto das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos foi equipado com aeronaves Boeing B-29 Superfortress que poderiam ficar em Tinian, nas Ilhas Marianas. A bomba atómica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutónio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atómicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis, embora Hiroshima tivesse muitos militares.

Em 15 de agosto, poucos dias depois do bombardeio de Nagasaki e da declaração de guerra da União Soviética, o Japão anunciou sua rendição aos Aliados. Em 2 de setembro, o governo japonês assinou o acordo de rendição, encerrando a Segunda Guerra Mundial. O papel dos bombardeios na rendição do Japão e a sua justificação ética ainda é motivo para debates.

Wikipédia (parcial)

Leia também em PG

9 DE AGOSTO - DIA INTERNACIONAL DOS CRIMES DOS EUA CONTRA A HUMANIDADE

Em Agosto de 2018 o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ao mundo uma campanha promovida por um grupo de intelectuais latinoamericanos para declarar o dia 9 de Agosto como Dia Internacional dos Crimes dos EUA Contra a Humanidade. Nesse dia, em 9 de Agosto de 1945, os EUA lançaram a sua segunda bomba atómica sobre a cidade japonesa de Nagasaki.

Itália | Partido de Salvini vai apresentar moção de censura ao primeiro-ministro


O partido italiano de extrema-direita Liga anunciou hoje que vai apresentar uma moção de censura ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte, a quem apoiou até agora no âmbito da coligação com o Movimento Cinco Estrelas (M5S).

O líder da Liga, o vice-presidente e ministro do Interior, Matteo Salvini, já tinha anunciado na quinta-feira a intenção de abandonar a coligação e pedir eleições antecipadas, dadas as divergências em várias questões.

"Demasiados 'nãos' prejudicam a Itália, que precisa voltar a crescer e voltar a votar rapidamente. Quem perder tempo prejudica o país", refere, num comunicado divulgado pelo partido.

Salvini exigiu que os senadores e deputados suspendam as férias e regressem a Roma para que o primeiro-ministro constate a sua falta de apoio no parlamento, apresente a sua renúncia e o chefe de Estado, Sérgio Mattarella, convoque novas eleições.

Na quinta-feira, Conte acusou Salvini de acabar com a coligação para aproveitar os bons resultados das eleições europeias (em que obteve 34%) e adiantou que vai ao parlamento para pedir explicações.

Irlanda | SINCERIDADE EM ÓPTICA DE CLASSE


O Banco Central da Irlanda considera que "não chegam migrantes suficientes para manter baixos os salários" no país.

Economistas do Departamento de Finanças do Banco Central da Irlanda prevêem que este ano não haja um influxo de 50 mil migrantes e isso preocupa-os pois obrigaria os salários médios internos a aumentar 3% em 2019 e 3,2% em 2020.  

Esta boa notícia para os trabalhadores irlandeses é, pelo visto, péssima para o patronato e os seus representantes no BCI.

NATO e nazismo, uma irmandade


Irmãos da Floresta, regimento Azov, Abdelhakim Belhadj, o Estado Islâmico e o terrorismo «moderado», fornecimento clandestino de armamento sofisticado. A associação entre a NATO e os nazi-fascismos é um facto.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Que haverá de comum entre um grupo armado formado por membros das Waffen SS em Estados bálticos, designado Irmãos da Floresta, o regimento Azov da Guarda Nacional ucraniana, o emir do Daesh no Magrebe, de seu nome Abdelhakim Belhadj, e o mistério do armamento sofisticado descoberto recentemente num santuário neonazi em Turim, Itália?

Por muito que seja considerada inadmissível pela comunicação mainstream e seus fiéis seguidores, a resposta é: NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

É a linguagem objectiva dos factos. E se contra factos pode haver quantos argumentos quiserem, todos eles serão rejeitados pela mais transparente realidade. As circunstâncias citadas têm em comum, sem dúvida, o culto do nazi-fascismo e, de uma maneira ou de outra, estão igualmente interligadas pela acção, protecção ou propaganda da NATO.

Vamos então a factos.

Estruturas sindicais europeias condenam repressão marroquina no Saara Ocidental


Num comunicado conjunto, a CGTP-IN e centrais sindicais do Estado espanhol, de Itália e de França denunciam a repressão policial e militar marroquina sobre a população saarauí no Saara Ocidental.

No documento, datado de 31 de Julho e ontem divulgado no portal da CGTP-IN, considera-se «um facto muito grave de violência e repressão da liberdade de expressão e da liberdade de manifestação» aquilo que se passou em El Aaiun no passado dia 19 de Julho, quando se verificou «a intervenção e ataques da polícia contra famílias saarauís que saíram às ruas da cidade, de maneira pacífica, aproveitando a oportunidade da vitória da Argélia na Taça das Nações Africanas para reclamar o direito à autodeterminação e a realização do referendo».

A «acção repressiva» das forças marroquinas «causou dezenas de feridos e a morte de uma jovem de 23 anos, Sabah Azman Hameida», informam as organizações sindicais subscritoras, que são, além da CGTP-IN, as espanholas CCOO, UGT, USO e Confederação Intersindical, CGIL (Itália), CGT (França) e Intersindical Alternativa da Catalunha.

Este «episódio de violência e repressão só confirma o que está descrito no recente Relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que expressa a sua preocupação pela continuada "tortura e violência e uso de detenções arbitrárias" e "a negação dos direitos civis e humanos mais básicos aos presos políticos"», afirmam as estruturas sindicais, acrescentando que só pela via «do respeito dos direitos humanos e do direito internacional», assim como «do diálogo e da negociação entre as partes» poderão ser alcançados «resultados duradouros e a estabilidade na região do Magrebe».

Portugal | Se um pardalão incomoda muita gente...


Notícias de ontem dão-nos mais algumas achegas sobre o paraquedista Pardal Henriques no novel sindicato dos motoristas de matérias perigosas. É o que encontrará a seguir com a possibilidade de ler completo nas origens indicadas.

É inquestionável que os direitos dos trabalhadores em se organizarem em sindicatos e por todas as formas constitucionais está fora de questão, é um bem. Foi uma conquista de Abril de 1974 que já tardava. A destoar, Pardal Henriques nada tem ou teve que ver com as conquistas de Abril e muito menos com os escravizados motoristas que a oligarquia dos combustíveis mantém sequestrados num esquema consentido pelo sistema capitalista selvagem que nos assola. As várias oligarquias de setores económicos - que são afinal donas disto tudo - também agem do mesmo modo esclavagista com todos do mundo do trabalho, não só com os motoristas das matérias perigosas.

Aquele personagem que surge a formar um sindicato novo com o qual nada tem que ver com a sua profissão (advogado), que é eleito (?) seu vice-presidente, coadjuvado por um presidente meio tatebitate, que aparenta prestar declarações públicas por via de cassetes made in Pardal instrutor, despertou curiosidade e sequencialmente desconfiança. Na atualidade tudo se mantém na mesma. O Pardal dá a cara e quer paralisar o país por falta de combustíveis e tudo o que virá por arrasto. Continua a ser de desconfiar...

Mas Pardal avança, tem um calendário muito próprio... Que é de desconfiar. Pardal salta do sindicato referido para a política partidária, assim consta em notícias. Com quem? Com o populista Marinho e Pinto, advogado que andou nas lides eurodeputado apór ter sido erroneamente eleito por portugueses...

Marinho não é motorista, nem tem por prática laboral as matérias perigosas. Sendo nessas particularidades geminado com Pardal Henriques. Mas Marinho tem um partido político, o PDR. Então e não é que o Pardal consta como provável candidato a deputado a par de Marinho nas listas do PDR?! Pois é, se um pardalão incomoda muita gente, dois pardalões incomodam muito mais...

Um e outro enchem as frases proferidas com as palavras democracia, liberdade, justiça, vergonha, etc. Mas daqueles o que vimos? Bazófias e uso das liberdades para coartar as liberdades de outros de modo abrupto, sem contemplações, para paralisar um país à má-fila, de modo muito mais radical do que fizeram em abril passado por uns dias. Só que agora a paralisação seria sem prazo para terminar, escudados em alegados interesses e luta dos motoristas... com os quais nada tem de comum nem comprovados interesses - para além da promoção e de apanhar aquele "comboio" para descer na estação que lhe proporcionar maiores vantagens e sustentabilidade ao "seu" Maserati e boa-vida de luxo, enquanto os motorista - com mais uns euros ou menos uns euros - continuarão a sobreviver em vidas de lixo, a par de tantos trabalhadores portugueses.

Abreviando: além da "guerra" dos combustíveis podemos pressentir e reunir dados que nos indicam que "aqui há gato" e um pardal atrevido que se não for "comido" pelo gato come-nos e em última instância talvez à democracia que atenta aos trabalhadores, a todos eles, os portugueses que são explorados selvaticamente, escravizados em imensos setores, os que realmente produzem e são a mais-valia deste país luso libertado em 25 de Abril de 1974, cansado de oportunistas e chicos-espertos de canudo ou sem ele, mas principalmente pardalões e parasitas.

Leia nos originais indicados o que mais lhe agradar e passe um fim-de-semana sem paranóias. O governo PS fez o que devia ter feito. Perante ultimatos de força há que resistir com a força adequada. Isso não invalida que se deva deixar andar à solta a oligarquia mafiosa dos combustíveis, aliada ao crime consentido de constituição de cartel.

Mário Motta | Redação PG


Pardal e o presidente tatebitate, do sindicato (em JE)
Ordem dos Advogados investiga Pardal Henriques


Líder dos motoristas de pesados foi sentenciado por insolvência culposa em 2011, tendo ficado inibido de administrar bens alheios durante sete anos.


O Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados abriu uma averiguação preliminar ao advogado que tem dado a cara pela luta dos motoristas de veículos pesados, Pedro Pardal Henriques.

A averiguação surge na sequência de uma queixa por burla, podendo vir ou não a ser transformada em processo disciplinar, consoante os indícios que surjam durante a investigação. Recorde-se que em Abril passado surgiram notícias segundo as quais um empresário francês teria pago ao advogado para que este lhe abrisse uma firma em Portugal, e que este teria ficado com o dinheiro sem lhe prestar o serviço.



Pardal Henriques candidato a deputado pelo partido de Marinho e Pinto

O advogado vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) será cabeça-de-lista em Lisboa do PDR.

O Partido Democrático Republicano, fundado (em 2014) e liderado pelo advogado Marinho e Pinto, conquistou uma estrela mediática para cabeça-de-lista do partido às eleições legislativas pelo círculo de Lisboa: Pedro Pardal Henriques, o (também) advogado vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Segundo o DN soube, Marinho e Pinto deverá também ser cabeça-de-lista - mas pelo círculo do Porto.

Confrontado pelo DN, Marinho e Pinto recusou desmentir ou confirmar a notícia: "Não lhe posso dizer quem será ou não candidato. As listas ainda não estão definidas", afirmou.

Segundo acrescentou, a Comissão Política Nacional aprovará as listas partindo das propostas que vierem das estruturas distritais do PDR. Depois o Conselho Nacional ratificará. O prazo legal de entrega terminará no dia 26.

Não sendo motorista de veículos pesados, muito menos de transporte de matérias perigosas, o advogado conquistou notoriedade nacional como porta-voz do SNMMP, o sindicato que ameaça bloquear o país com uma greve por tempo indeterminado marcada para se iniciar na próxima segunda-feira, dia 12.

Em 2015, o PDR ganhou a "divisão de honra" das eleições legislativas - ou seja, foi o maior partido dos que não conseguiram eleger deputados. Obteve 61,6 mil votos (1,14%). O PAN conseguiu eleger um deputado com 1,39% (cerca de 75 mil votos).


Fotos: 1 - Imagem retirada de Elegante.pt; 2 - Pardal e muito provável presidente fantoche;  3 - Pardal Henriques é também membro da maçonaria (Grande Oriente Lusitano). © Ilustração DN

Portugal | Petrolíferas-Pilatos: Impossível lavarem as mãos desta greve


Daniel Deusdado | Diário de Notícias | opinião

Eu nunca abasteci na ANTRAM, a associação que transporta combustíveis. E você? Perante esta greve, parece que sim. É curioso: as petrolíferas dizem há muitos anos que amam os portugueses. Dão-nos pontos e descontos, apps no telemóvel com alertas e juras de amor. Pedem-nos fidelidade! Até que um dia descobrimos que é falso. Afinal não são marcas com "valores" e "sustentabilidade social", mas apenas empresas que atuam no mercado global e subcontratam para não terem responsabilidades. Onde está agora a lealdade da Galp, BP, Repsol, Cepsa, Prio, etc...? Onde?

A minha tese é a seguinte: lembram-se da velha discussão sobre a concertação de preços do combustível em Portugal? As petrolíferas garantem que não há concertação de preços mesmo que sejam idênticos (às vezes alinhados à milésima). A razão apontada até tem uma certa lógica: tudo no mercado dos combustíveis é "padrão" - o custo do crude é cotado nas bolsas; o transporte em navio também; idem para o valor na refinação; e por aí fora. É tudo igual. Portanto os preços quase não variam e na prática todos sentimos isso - até nos descontos, as marcas que dominam 80% do mercado atuam de forma muito parecida. A própria Autoridade da Concorrência diz que não há vestígios de concertação. Sim, esfrega-se os olhos e não se acredita: cartel! Parece. Afinal, não é, dizem os especialistas.

Ora, se os custos do negócio são genericamente "iguais", fruto do tal "benchmark internacional, a remuneração operacional deveria corresponder a essa "tabela" - em percentagem, claro.

Ficamos a saber em Abril que os motoristas ganhavam miseravelmente. Aparentemente eles provaram que não estavam no "padrão"... Perante a pressão, os donos dos camiões cederam. Falta agora saber porque não cedem mais. E esta é a questão central: os patrões da ANTRAM retêm uma margem excessiva para si ou as petrolíferas pagam mal em Portugal o custo do transporte?

Portanto, sr. ministro Pedro Nuno Santos, seria bom saber se é a ANTRAM que fica com a fatia grossa do negócio ou se, pelo contrário, também os donos dos camiões-cisterna estão a ser espremidos ao limite pela petrolíferas - e com isso não podem fazer mais aumentos aos motoristas. Porque este não é um mercado qualquer. É um oligopólio.

Diz-me a experiência que a margem do negócio do transporte não é normalmente extraordinária. Muito menos quando as empresas têm de negociar com um cartel (tecnicamente se os preços do negócio são todos iguais, há um "cartel"... involuntário...).

Todavia, para se chegar a conclusões objetivas, o Governo deveria voltar a convocar a ANTRAM, o sindicato e... o elefante da sala, a associação das petrolíferas, a APETRO. Está na hora de se estudar, durante algumas semanas, se o que as petrolíferas pagam no "outsourcing" em Portugal é mais alto ou mais baixo (em percentagem) do que o padrão internacional do mercado do petróleo. E descobrir sem margem para dúvidas quem está a ser vítima de um sequestro (para além de nós todos).

Isto não exclui a absoluta insensatez do dr. Pardal em forçar esta greve de Agosto, depois de ter conseguido notáveis resultados em Abril. Pior: os motoristas, que acabaram por ter a simpatia dos portugueses, estão tão cegos na sua vaidade mediática e na espiral de grupo, que não conseguem já perceber a selvajaria que vão desencadear.

O próprio Governo está a tentar minimizar os danos mas a deixar na praia quem tem o poder de inverter a situação. Aliás, pode ter-me escapado algo, mas não vi nenhuma notícia de um encontro entre os presidentes das principais petrolíferas, algo como uma reunião de crise e um contributo dos seus milhões de lucros anuais para uma solução... Mais: vá-se até ao site da APETRO, a associação das petrolíferas portuguesas. Chega-se à página inicial e...? Greve? Qual greve? Nada. O problema não é deles, é entre a ANTRAM e o sindicato do dr. Pardal. E nosso.

"Menos ais, menos ais, menos ais... queremos muito mais!". Lembram-se? No meio de tanta soberba e incompetência de um setor inteiro, ainda vamos a tempo de suspender a greve e começar estudos e negociações com critérios objetivos, de boa-fé. Os portugueses não merecem ser sequestrados.

Leia também em DN:

Portugal | Postos de abastecimento "estão preparados para responder à procura"


A Associação Nacional dos Revendedores da Combustíveis (Anarec) considerou hoje os serviços mínimos para a greve dos motoristas "ajustados e razoáveis", e garantiu que os postos de abastecimento estão preparados para responder a um aumento da procura.

Em comunicado, a Anarec sublinha que não contesta o direito à greve e "nem tão pouco toma qualquer tipo de posição relativamente às reivindicações dos sindicatos, ou às posições assumidas pela Antram", mas também afirma que não pode deixar de considerar "ajustados e razoáveis os serviços mínimos decretados pelo Governo".

A posição da Anarec sobre os serviços mínimos decretados para a greve dos motoristas é justificada pelos impactos que todos tiveram oportunidade de vivenciar com a greve de abril, quando foram estabelecidos serviços mínimos na ordem dos 40%, bem como pelo facto de esta greve ter sido convocada por tempo indeterminado".

Ainda que tenha registado um maior afluxo de abastecimentos, sobretudo nesta última semana, a Anarecgarante que os seus associados estão "+reparados para a maior afluência dos consumidores finais" às bombas de combustível.

Ainda assim, aproveita para apelar para que as pessoas, sobretudo as que têm de fazer viagens de longa distância, e as que necessitam de conduzir em regularidade, façam o abastecimento das viaturas de forma "organizada e sensata".

A Anarec apela também aos sindicatos e às forças de segurança "que atuem junto dos piquetes de greve, de forma a que não volte a ocorrer o sucedido na greve de abril, e que seja respeitado o direito aos motoristas, que assim o entendam, de não fazer greve, nomeadamente no caso dos motoristas afetos às empresas associadas da Anarec".

A greve prevista para arrancar na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).

O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias e decretou preventivamente o estado de emergência energética.

Notícias ao Minuto | Lusa | Foto: iStock

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