O Ministério angolano da Educação
vai penalizar civil e criminalmente aqueles cidadãos que comercializarem os
manuais do ensino primário de distribuição gratuita.
Três empresas de fiscalização
foram contratadas para acompanhar o circuito de distribuição desde a origem à
sala de aula, com apoio da Polícia Nacional e os órgãos de segurança interna,
anunciou em Malanje, o director do Instituto Nacional de Investigação e
Desenvolvimento da Educação (INIDE), Manuel Afonso.
"Qualquer tentativa de
desvio desses materiais do circuito normal automaticamente será detectado, ou
seja, essa pessoa será responsabilizado pela sua irresponsabilidade",
garantiu.
Todos os anos e através do país
material escolar gratuito é desviado e depois vendido nos mercados paralelos e o
aviso surge numa altura em que directores de escolas afirmam que a recepção e
distribuição de livros para os alunos do ensino primário na província de
Malanje necessitam de maior celeridade.
Os poucos materiais didácticos
entregues de forma gratuita aos estabelecimentos de ensino da capital
provincial são insuficientes como é o caso da escola Nº 74.
A directora Maria Cardoso disse
que os materiais de língua portuguesa serviram apenas para os alunos da
primeira classe.
"Nesse momento estão com um
défice. Recebemos na semana passada manuais de leitura para a primeira classe,
e também recebemos algumas da iniciação volume II, o resto ainda não temos
nada", precisou.
Na Escola Primária Nº 119-11 de
Novembro do bairro Cangamboa a situação é idêntica, disse o
subdirector-pedagógico em exercício, Pedro Gaspar.
Nesta instituição não há manuais
para docentes.
O Ministério da Educação enviou
até ao momento para está região do país 500 mil manuais da primeira e segunda
classes e fichas da iniciação, confirmou o director do Gabinete Provincial da
Educação, Joaquim Fernandes.
"A orientação que temos é
que esses materiais logo que cheguem devem ser imediatamente distribuídos aos
municípios", referiu.
Em Malanje para avaliar a
situação actual do sector esteve igualmente a ministra da Educação, Ana Elias.
Isaías Soares | VOA – Voz da América
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MUITOS ANOS A ROUBAREM LIVROS
ESCOLARES GRATUITOS PARA OS VENDEREM
Leia em Página Global sobre o
negócio dos livros escolares e a corrupção, tema que o nosso colaborador António Jorge vem denunciando no Página Global e no
Facebook - Angola
| O negócio dos livros escolares. Que finalmente motivou a reação adequada
do governo angolano e a que também o Jornal de Angola e demais comunicação
social angolana tem prestado a devida atenção.
Alguns títulos publicados em PG,
por António Jorge:
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