terça-feira, 24 de março de 2020

UMA SAÚDE MERCENÁRIA EM NOME DO MERCADO!


Martinho Júnior, Luanda 

01- É essa a situação que a pandemia está a encontrar nos estados em que o capitalismo neoliberal teve "livre" curso durante as últimas largas décadas!...

Quer dizer, a solução de curto espectro, de "cada um por si e deus por todos", é meio caminho andado para que a morte ganhe espaço e se instale de forma muito difícil de combater, sem que sejam implementadas as verdadeiras soluções que além do mais são colectivas e por isso se tornam imprescindíveis, soluções de facto que só os estados socialistas podem implementar!

As soluções colectivas têm na sua base a seguinte potencialidade:

A- Carácter preventivo massivo;

B- Meios e capacidade tecnológica pronta a desinfestar cidades inteiras inclusive as que albergam mais de dez milhões de habitantes;

C- Desenvolvimento de capacidades experimentais e científicas que complementam o reconhecimento das profundas alterações climático-ambientais, que em grande parte resultam no surgimento de novas doenças que afectam os seres vivos, doenças essas até agora desconhecidas.

A República Popular da China preenche todas essas potencialidades e conseguiu implementar de forma exemplar, rigorosa e adequada as medidas colectivas de largo espectro!

Cuba Revolucionária e Socialista tem duas dessas potencialidades, a 1ª e a 3ª, mas também em redundância do bloqueio, rapidamente pode isolar a ilha por inteiro, impedindo o alastramento de qualquer foco interno!

A Venezuela Socialista Bolivariana que tem sido sujeita a todo o tipo de ingerências e manipulações, tem capacidades fortes de mobilização humana e conta com a solidariedade de Cuba Revolucionária e Socialista e da República Popular da China!


02- Para os países de orientação capitalista neoliberal só há neste momento um caminho: adoptar tão rapidamente quanto lhes é possível as medidas colectivas massivas, solicitando humildemente o apoio do saber e das condutas que a República Popular da China exemplificou por si própria, antes de surgir uma vacina que altere esta presente ameaça global!

Assim sendo, na saga do que sempre tenho chamado a atenção para com Angola de há mais de 12 anos a esta parte, o alerta "UMA SAÚDE MERCENÁRIA AO SERVIÇO DO MERCADO" teve toda a razão de ser, mas ainda hoje o FACEBOOK entendeu não só mal esse meu alerta, como também activou a censura que me foi infligida, precisamente quando eu fazia recurso dos expedientes de alerta anteriores, antes de fazer um curto exercício que fosse como este!

Nesta pandemia e noutros futuros desafios, ó donos do FACEBOOK e pseudo donos da vida sujeita à "overdose" do lucro, não haverá "THE AMERCIAN FIRST", por que a humanidade é justamente só uma e a vida na Mãe Terra transcende a da própria humanidade!

Martinho Júnior -- Luanda, 22 de Março de 2020

Três dias depois da censura do FACEBOOK!

CONFESSO QUE VIVI!

Fotos:
2 imagens da minha intervenção em memória do heróico Comandante Hugo Chávez – link da publicação – https://www.saberesafricanos.net/noticias/opinion/5417-desde-angola-para-chavez-lo-que-nos-une-es-una-ideologia-no-la-geografia.html


Textos anteriores:
. MERCENÁRIOS ATÉ QUANDO? – I – http://pagina-um.blogspot.com/2007/09/martinho-jnior.html;
. HÁ QUE PÔR FIM A “UMA SAÚDE MERCENÁRIA EM NOME DO MERCADO” – https://paginaglobal.blogspot.com/2017/10/ha-que-por-fim-uma-saude-mercenaria-em.html.

LOUCURA FRIA


– A tardia e insuficiente ajuda da União Europeia
– O jornalismo áulico do poder viceja em Portugal
  
João Ramos de Almeida  [*]

A Comissão Europeia demorou a responder à crise, mas, até agora, as suas decisões e o protagonismo de Ursula von der Leyen estão longe de decepcionar. Bruxelas disponibilizará 37 mil milhões para a economia e para a produção de bens da área da Saúde. Vai criar uma reserva estratégica de equipamentos médicos e disponibilizá-los aos Estados em situação de carência, como hoje acontece com Itália e a Espanha. Instou os Estados-membros a proibir a exportação desses bens e equipamentos, tentando evitar negócios escandalosos como a venda por uma empresa italiana de 500 mil kits para testes aos Estados Unidos. Van der Leyen tem apelado aos governos para que flexibilizem os controlos fronteiriços aos transportes de mercadorias ou aos europeus que querem regressar aos seus países — e restringiu o acesso externo à União. E, ponto crucial, o Banco Central Europeu aprovou em duas fatias 870 mil milhões de euros para comprar dívida soberana, garantindo fazer "tudo o que for necessário para ajudar a área do euro a atravessar esta crise".    (Manuel Carvalho, director do Público, 22/3/2020)
O melhor das medidas é o tempo do verbo – o futuro .

Nada foi feito em tempo, nada foi feito até agora. E o que for feito, deve manter a todo o custo as fronteiras abertas, mesmo que a UE seja já a fonte dos contaminados. Ontem, havia cerca de 120 mil infectados na Europa, mais do que em toda a Ásia.

E quanto aos dispositivos criados: recusa-se os eurobonds e promete-se mais dívida soberana para, no futuro – como o FMI já está a fazer com a Itália – se voltar a esticar a trela da troica, com a imposição de medidas neoliberais que já provaram em 2011-2014 que não funcionam, criam desigualdade, não aumentam a produtividade, geram desequilíbrios externos, aprofundam desequilíbrios estruturais, desequilíbrios na distribuição do rendimento, geram mais pobreza, mesmo para quem tenha trabalho.

Não há crise humana que faça a esta gente perder de vista o objectivo do jogo:   manter a fonte do poder – a dívida.

E por isso, não há dúvida que está "longe de decepcionar" porque nunca houve dúvidas ao que vinha. Decepção é este jornalismo do poder.

22/Março/2020

[*] Economista.

O original encontra-se em ladroesdebicicletas.blogspot.com/2020/03/loucura-fria.html

Este artigo encontra-se em https://resistir.info/ 

Coronavírus: EUA podem ser novo epicentro da pandemia, diz OMS


Índia impõe confinamento obrigatório em todo o território. Na China, cidadãos saudáveis poderão deixar a província de Hubei esta semana. Anvisa aprova novos testes para Sars-Cov-2.

Infecções pelo coronavírus passam de 387 mil no mundo, com mais de 16,7 mil mortes e 101  mil recuperados

-- Brasil tem 1.891 casos e 34 mortes
-- Alemanha tem mias de 4,7 mil novos casos num único dia
-- Na China, província de Hubei relaxa quarentena de coronavírus
-- Anvisa aprova três novos testes para detectar coronavírus
-- Espanha regista mais 514 mortes

13:40 - Prefeito de Moscovo admite que situação é pior do que os dados oficiais apontam

As autoridades Moscou afirmaram nesta terça-feira (24/03) a extensão da contaminação pelo novo coronavírus na cidade é mais alta do que os dados oficiais sugerem. No momento, a Rússia aponta a existência oficial de 495 casos positivos de covid-19 em todo o país.

É um número de casos identificados bastante baixo em comparação com países da Europa Ocidental. Críticos vêm acusando o governo de maquiar os dados. No último sábado, por exemplo, a Rússia apontava 306 casos de contaminação, um índice idêntico ao da pequena vizinha Estónia, que tem apenas 1,3 milhão de habitantes. A população da Rússia é de 144 milhões. 

"O problema é que o volume de testes é muito baixo e ninguém tem uma imagem clara da realidade na Rússia como se tem no resto do mundo”, disse o prefeito de Moscovo, Sergei Sobyanin, que lidera o grupo de trabalho de combate à pandemia.

Político muito próximo de Putin, Sobyanin também reconheceu hoje que os 290 casos de infectados pela pandemia do novo coronavírus na capital russa são um número subestimado, acrescentando que existem, "provavelmente 400 a 500" casos. 

12:30 – Índia impõe confinamento obrigatório em todo o território

O governo da Índia anunciou nesta terça-feira (24/03) a imposição de confinamento obrigatório total de 21 dias em todo o território do país para evitar a disseminação da covid-19.

Em um vídeo divulgado hoje, o primeiro-ministro Narendra Modi, disse que a decisão foi tomada com base na experiência de outros países e conselhos de especialistas em saúde.

O país é o segundo mais populoso do mundo, com 1,3 bilião de habitantes. O país registrou até agora 482 casos confirmados de coronavírus e nove mortes.

“A partir das 12h, o país inteiro estará em confinamento total. Do jeito que a situação está, o confinamento será por 21 dias", disse Modi. "Se não administrarmos esses 21 dias, o país retrocederá 21 anos. Algumas famílias serão destruídas para sempre. "

Milhões de pessoas em vários estados indianos já vinham se adaptando a severas restrições de movimento nesta terça-feira, mas as medidas não configuravam ainda uma quarentena completa e nenhum período havia sido especificado.

Modi disse ainda que o governo tomará cuidados para manter o suprimento de itens e serviços essenciais para as pessoas.

Covid-19. Primeira vítima nos Açores faz aumentar mortes em Portugal para 30


É o balanço mais recente da Direção-Geral da Saúde. São mais 302 casos e mais sete mortes do que na segunda-feira. Já há 22 pessoas recuperadas.

ortugal tem 30 mortes e 2362 casos de infeção por covid-19. Foram confirmados nas últimas 24 horas e comunicados em conferência de imprensa ao final da manhã pelo secretário de Estado da Saúde, António Sales.São mais 302 casos e mais sete mortes do que na segunda-feira.

Já recuperaram 22 pessoas em Portugal.

A notícia da 30.ª vítima mortal chegou através do boletim da Direção-Geral da Saúde, já depois da conferência com o secretário de Estado, na qual tinha sido avançado um número inicial de 29 vítimas mortais.

A conferência não contou desta vez com Graça Freitas, a diretora-geral da Saúde, que esteve presente na reunião de alto nível que começou às dez da manhã e que contou com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, todos os líderes partidários, e as mais altas figuras ligadas à saúde pública. Uma reunião que decorreu à porta fechada na sede do Infarmed em Lisboa.

Segundo os dados divulgados pelo boletim diário da DGS, os Açores registaram a primeira morte associada à Covid-19.

Os dados da DGS indicam que estão confirmadas nove mortes na região Norte, 11 na região Centro, oito na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela ainda o boletim epidemiológico diário.

O boletim regista 2.362 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (mais 302 do que ontem), a grande maioria (2.159) está a recuperar em casa e 203 estão internadas (mais dois), 48 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos (mais uma).

Desde 1 de janeiro foram registados 15.474 casos suspeitos, dos quais 1.783 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 11.329 casos em que os testes não confirmaram a infeção e 22 doentes que já recuperaram.

A Direção-Geral da Saúde estabeleceu uma cadeia de prioridades para um cenário em que "não seja possível testar todos" os suspeitos: doentes para internar, recém-nascidos, grávidas e profissionais de saúde sintomáticos são as prioridades para a realização de testes ao novo coronavírus, no caso de não ser possível avaliar todos, estabelece a DGS.

Frisando que "os doentes com suspeita de covid-19 devem ser submetidos a teste laboratorial", a DGS fixa, na Norma 004/2020, uma cadeia de prioridades para um cenário em que "não seja possível testar todos" os suspeitos de estarem infetados.

Nesse caso, a DGS determina a seguinte prioridade: primeiro, os doentes com critérios de internamento hospitalar; segundo, os recém-nascidos e as grávidas; e terceiro, os profissionais de saúde sintomáticos.

Cadeia de prioridades entra em vigor a partir da meia-noite de 26 de março

O dirigente assinalou que apenas se consegue fazer a identificação de todas as pessoas contagiadas com a covid-19 através de testes.

Na cadeia de prioridades determinada na Norma 004/2020 seguem-se doentes com comorbilidades (como asma, insuficiência cardíaca ou diabetes), doentes em situações de maior vulnerabilidade, como residência em lares e unidades de convalescença, e, finalmente, doentes com contacto próximo com as pessoas anteriormente referidas.

Na Norma 004/2020, emitida na segunda-feira, a DGS refere ainda que a cadeia de prioridades entra em vigor a partir da meia-noite de 26 de março.

"Atendendo ao alargamento progressivo da expressão geográfica da pandemia covid-19 em Portugal, urge planear as medidas que garantam uma resposta adequada, atempada e articulada de todo o sistema de saúde", justifica a DGS.

A atual fase de mitigação tem como objetivo atenuar os efeitos da doença, nomeadamente diminuindo a taxa de mortalidade, e limitar a sua propagação.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15 100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos).

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre, tosse, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pede que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).

Paula Freitas Ferreira | Diário de Notícias

Imagem: Boletim epidemiológico da DGS desta terça-feira, 24 de março

No aperto do perigo, conhece-se o amigo – combate conjunto China-Portugal à epidemia


*Cai Run | Diário de Notícias | opinião

Atualmente, face a um aumento constante dos casos confirmados de Covid-19 no país, Portugal tem tomado uma série de medidas de prevenção e controlo. Os profissionais de saúde lutam na linha da frente, e o país está a fazer o máximo possível para conter a propagação da epidemia. Ao sentir bem as circunstâncias e dificuldades que Portugal está a viver, a parte chinesa expressa a sua solidariedade com a parte portuguesa, e ao mesmo tempo está empenhada em prestar apoios e assistências a Portugal.

O governo chinês já decidiu doar materiais de apoio do combate à epidemia a Portugal, que vão chegar em breve, e a parte chinesa forneceu à parte portuguesa diversos apoios e facilidades na sua aquisição dos relevantes materiais na China. Além disso, foi convocada uma videoconferência entre os peritos em epidemiologia da China e dos países europeus, inclusive Portugal, onde as partes participantes trocaram impressões sobre a resposta conjunta à epidemia.

Desde há muito tempo, a Embaixada da China em Portugal tem mantido comunicação e coordenação estreitas com o governo português e as suas autoridades competentes, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde de Portugal, e ao mesmo tempo tem articulado com as autoridades competentes chinesas assim como autoridades locais e empresas da China. A Embaixada está disposta a doar na primeira hora da chegada dos materiais angariados, que estão a caminho, ao Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde de Portugal, que os distribuirão a unidades de saúde. Sob a promoção e coordenação ativa desta Embaixada, Beijing, Shanghai, Shenzhen, Zhuhai e Shenyang, entre outras cidades chinesas doaram prontamente às cidades geminadas portuguesas materiais de proteção, como máscaras médicas, fatos de proteção, etc. O Grupo de China ThreeGorges e EDP estão a adquirir na China uma grande quantidade de materiais e equipamentos médicos, como ventiladores, monitores, máscaras médicas, fatos de proteção, óculos de proteção, entre outros, para doar a Portugal, enquanto outras companhias chinesas em Portugal também estão a proceder à doação do material.

Portugal | Sindicatos denunciam despedimentos, lay offs, dispensas e férias forçadas


Com os restaurantes e as lojas fechados e os hotéis sem turistas por causa do novo coronavírus, estes setores já começaram a dispensar trabalhadores. Os contratados a termo ou em período experimental são os primeiros a receber as cartas de despedimento, mas também há empresas a forçar férias.

Os telefones dos sindicatos não param de tocar e as caixas de correio eletrónico entopem-se com os mails de tantos trabalhadores que querem pôr questões, ter uma resposta para as suas dúvidas e alguém que olhe pelo seu caso. Nem no tempo da troika, quando o desemprego ultrapassou os 17%, os sindicatos tiveram uma avalanche destas - passou uma semana desde que foi decretado o estado de emergência para fazer face ao surto do novo coronavírus e empresas, nomeadamente da restauração, hotelaria e do comércio, viram-se obrigadas a fechar portas temporariamente e, em poucos dias, começaram imediatamente a dispensar trabalhadores. Mesmo que o primeiro-ministro, António Costa, não se canse de pedir que não haja despedimentos, aliás uma condição para as empresas poderem aceder aos apoios.

A denúncia é comum a qualquer sindicato com que se fale: trabalhadores com contratos a termo e quem está no período experimental foram dos primeiros a receber em casa a carta a dizer que os contratos não serão renovados ou que estão dispensados.

DO FUNDO DO CORAÇÃO, MUITO OBRIGADO!


Hoje há Curto no PG. Lavra de Germano Oliveira da oficina Expresso, editor online daquele burgo. Pois. Leia e verá contos de aterrar e de esperança à laia covidesca. Estamos cansados deste hediondo vírus. Mas o Curto tem prosa tocante, lá isso não lhe falta. Salvé, editor em linha.

Germano também deverá estar cansado. Tanto assim que recomenda 25 frases para insultar o vírus. Qual quê! Nem assim ele nos vira costas, nem amua e desaparece. Rumo à auto-extinção Em vez disso prefere ceifar imensos milhares de vidas. Segundo os últimos números já ceifou mais de 16 mil por todo o mundo. Por cá, Portugal, vai nas 23. Se acham pouco imaginem-se nas famílias dos que perderam aqueles entes queridos e/ou até por vezes detestados… mas amados porque eram sangue do mesmo sangue. Os humanos são assim. Aborrecem-se, dizem exageros, bacoradas, exaltam-se, mas acabam por nunca perderem o amor aos familiares. Muitas vezes não têm oportunidade de demonstrar isso mesmo mas quem já viveu muitas décadas sabe que é assim que acontece.

Não queremos demorar nesta panaceia ante-Curto. Escrever sobre o quê? Sobre o Covid-19? Ora, o que não falta é enxurradas de prosas sobre esse malvado vírus. Estamos cansados de ler, ver e ouvir sobre ele. Hoje não vamos nessa.

Permitam que deixemos de hoje prosar mais sobre o tema diabólico. Não sem antes agradecer a todos que estão na linha da frente a defender o mais possível e fazendo impossíveis, superando-se, para nos ajudar, para nos proteger, para nos proporcionar algum conforto, o possível. Todos esses nos salvam o dia e a vida. Aos homens da recolha do lixo, aos bombeiros, às polícias, aos tantos e tantos que militam nessa frente de combate, aos médicos e enfermeiros… e aos jornalistas. A todos esses, que tanto arriscam, quase sempre anónimos, aceitem dos portugueses um grande abraço (só escrito) do fundo do coração, oiçam o nosso MUITO OBRIGADO!

MM | PG

Portugal | Em situação de desemprego, eis como pedir o subsídio


Pode fazê-lo de forma totalmente online, através do portal do IEFP.

O subsídio de desemprego pode ser pedido online, evitando deslocações desnecessárias a balcões, numa altura em que a pandemia da Covid-19 obriga a que as pessoas mantenham o distanciamento social. Seja como for, o pedido do subsídio de desemprego pode ser pedido junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), como o Notícias ao Minuto já tinha noticiado.

Ora, caso se encontre numa situação de desemprego, o primeiro passo é aceder ao portal do IEFP, disponível aqui

"O formulário para requerimento online do subsídio de desemprego encontra-se disponível na área de gestão do portal iefponline, na opção 'Requerimento do Subsídio de Desemprego' que fica acessível na sequência da sua inscrição ou reinscrição para emprego", pode ler-se. 

Além disso, é disponibilizada uma linha de apoio, que está disponível entre as 8h00 e as 20h00, através do telefone 300 010 001 do Centro de Contacto do IEFP.

Precisa da Segurança Social? Envie e-mail ou ligue

Se tem um outro assunto para tratar com a Segurança Social, o melhor é enviar um e-mail ou ligar, uma vez que o atendimento presencial é só por marcação e limitado. Neste link encontra todos os contactos da Segurança Social.

Notícias ao Minuto | Imagem: © iStock

Covid-19: Nova Zelândia confina população, Austrália impõe apenas limites


A Nova Zelândia anunciou ontem o encerramento de negócios e atividades públicas e confinamento obrigatório da população devido à pandemia da covid-19, enquanto a Austrália impôs limites ao movimento das pessoas, sem obrigar, no entanto, ao seu isolamento.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse ontem, em conferência de imprensa, que os centros e atividades não essenciais, incluindo escolas, restaurantes e eventos desportivos, vão fechar nas próximas 48 horas, recomendando à população que se isole em casa.

“Estas decisões representam a maior restrição de movimento aplicada aos neozelandeses na história moderna”, afirmou Andern, acrescentando que algumas instalações permanecerão abertas, como supermercados, farmácias e centros de saúde.

A Nova Zelândia registou ontem 36 novos casos de infeção por coronavírus, elevando o total para 112, a maioria dos quais foram contaminados fora do país, embora haja suspeitas de alguma transmissão local.

Na conferência de imprensa, a primeira-ministra alertou que, sem essas medidas, o número de infetados duplicará a cada cinco dias, os serviços de saúde serão inundados de pacientes e “dezenas de milhares de neozelandeses morrerão”.

Na Austrália, os locais de convívio social, entretenimento, desporto e de culto serão encerrados a partir de ontem.

As empresas afetadas pela ordem de fecho são bares, clubes, ginásios, cinemas, casinos, discotecas, locais de culto ou reuniões religiosas, entre outros, de acordo com o anúncio feito no domingo à noite pelo primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, após reunir-se com os chefes dos governos territoriais.

Conselho de Estado timorense apoia com "unanimidade" estado emergência


Díli, 24 mar 2020 (Lusa) -- O Conselho de Estado timorense apoiou hoje por unanimidade a declaração do estado de emergência em Timor-Leste em resposta à pandemia da covid-19.

"Houve unanimidade de apoio à medida", disse à Lusa um dos participantes, no final da reunião.

Antes, participantes presentes no Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS) indicaram à Lusa ter sido dada "opinião favorável" à declaração do estado de emergência no país.

"Foi dada opinião favorável à declaração do estado de emergência", disse um dos participantes no encontro do CSDS.

Moçambique | Ataque em Mocímboa da Praia: "Insurgentes estão a ser mais atrevidos"


Homens armados desconhecidos atacaram a vila de Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo Delgado. Analista ouvido pela DW está preocupado com avanço dos "insurgentes".

Homens armados atacaram a vila de Mocímboa da Praia por volta das 04h30 desta segunda-feira (23.03). Segundo o Comando Geral da Polícia, os "malfeitores atacaram inclusive o quartel das Forças de Defesa e Segurança, criaram barricadas nas principais entradas daquela vila e içaram [uma] bandeira".

Durante a tarde, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, garantiu que as forças de segurança estavam a fazer tudo ao seu alcance para restabelecer a ordem.

"Continuamos a travar combates com os malfeitores na vila sede de Mocímboa da Praia", afirmou.

Moçambique | Prevenir coronavírus é "muito difícil" nos transportes


Em Moçambique, entraram em vigor novas medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Eventos com mais de 50 pessoas estão proibidos. Mas como reduzir as aglomerações nos transportes?

Um dia depois de Moçambique registar o primeiro caso do novo coronavírus, e depois de o Presidente Filipe Nyusi anunciar novas medidas para prevenir o contágio, os motoristas de transportes semicoletivos de passageiros, vulgo "Chapa 100", alertam para a situação no setor.

O Executivo proibiu eventos com mais de 50 pessoas. Mas, nos transportes, seria bastante complicado limitar o número de passageiros, afirma o motorista Joaquim Félix. Em Maputo, muitos veículos costumam andar a abarrotar, dado que há uma escassez crónica de transportes.

"É muito difícil, a não ser que o Governo procure políticas para estabilizar a situação que estamos a viver, e nós, como sociedade, vamos ver se vale a pena ou não", afirma o motorista Joaquim Félix.

Outro transportador, César António, refere que, pelo menos, há álcool para desinfetar o autocarro. "Deram-nos um líquido para, quando chegarmos aos terminais, passarmos os panos no corrimão", conta.

Os passageiros comentam que regras como o distanciamento de metro e meio entre as pessoas já são medidas quase impossíveis de cumprir na cidade - que o diga Dulce Machava: "Entramos muitos, enchemos carros, para prevenir não dá".

Covid-19: Angola eleva para três o número de casos positivos


A ministra da Saúde de Angola, Silvia Lutucuta, anunciou hoje um novo caso positivo de infeção por novo coronavírus em Angola, elevando para três o número de infeções registadas pelas autoridades sanitárias.

Trata-se de um jovem angolano de 23 anos de idade que teve uma passagem por Espanha e regressou de Portugal no voo de dia 17 março, acrescentou a ministra, numa conferência de imprensa em Luanda.

Silvia Lutucuta adiantou que está a ser feito o rastreio de contactos deste doente e estão isoladas algumas pessoas que estiveram diretamente em contacto com o cidadão angolano.

Os três pacientes apresentam sintomas ligeiros da doença e estão internados em Luanda.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente africano registou mais de 50 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 1.700 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

Leia em Notícias ao Minuto:

Covid-19: "Economias africanas sofrerão consequências dramáticas" -- Carlos Lopes


Angola terá crescimento negativo, Cabo Verde ficará muito perto do zero, Guiné-Bissau sem ajudas dos parceiros e Covid-19 levará economia de Moçambique ao tapete, segundo as previsões do economista Carlos Lopes.

O economista guineense e atual alto representante da União Africana (UA) para as negociações com a Europa, Carlos Lopes, anunciou esta segunda-feira, em entrevista exclusiva à DW África, que todas as atividades de preparação da cimeira África-Europa, prevista para outubro, estão suspensas devido à pandemia do novo coronavírus.

O antigo secretário-geral adjunto das Nações Unidas diz também que já não se irá substituir o franco CFA pelo ECO no decurso deste ano e prevê um crescimento bastante negativo das economias africanas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que África pode tornar-se o próximo epicentro do covid-19, devido à rápida evolução dos contágios. 

Na entrevista à DW, Carlos Lopes analisa também o impacto da doença na economia do continente africano, sobretudo nos PALOP. Aponta também as medidas que os líderes africanos devem tomar com uma certa urgência para evitar o pior para as suas economias.

Coronavírus | Enquanto os EUA culpam a China o resto do mundo pede-lhe ajuda


ENQUANTO OS EUA CULPAM A CHINA PELA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS, O RESTO DO MUNDO PEDE AJUDA À CHINA


Como o número de infecções por coronavírus está fora de controle, os EUA e países ao redor do mundo relatam uma grande escassez de ventiladores, respiradores, kits de teste, máscaras cirúrgicas e outros equipamentos essenciais de saúde para lidar com a pandemia. Na quarta-feira, o presidente Donald Trump continuou a culpar a China e dobrou o uso do termo racista "vírus chinês".

No entanto, agora que a situação na China parece ter se estabilizado, o país está se posicionando à frente da resposta global ao Covid-19, adotando uma posição de liderança única que pode alterar as relações globais de poder, apesar do  maior choque  em sua produção industrial e economia na história recente e seu encobrimento em Wuhan, no início da crise.

A Europa Ocidental e os EUA estão lutando sob o peso da crise, com os casos aumentando exponencialmente a cada dia e taxas de mortalidade mais altas na Itália do que em qualquer outro lugar. Os setores público e privado da China estão preenchendo lacunas nos equipamentos onde outros estados estão falindo, embora a propagação da doença seja tal que a demanda por esses materiais possa rapidamente superar a oferta da China. O governo e Jack Ma, bilionário chinês e co-fundador do Alibaba Group, já enviaram médicos e  suprimentos médicos  para França,  Espanha, Itália ,  Bélgica ,  Irã ,  Iraque ,  Filipinas , Estados Unidos. Cidadãos chineses que vivem no exterior são voando para casa em grande número  para evitar falhas de saúde catastróficas em outros lugares. Em Massachusetts, uma mulher chinesa tentou e não conseguiu fazer o teste três vezes para o Covid-19 antes de  voltar  para casa para ser testada e tratada.

“O governo chinês tem tentado projetar o poder estatal chinês além de suas fronteiras e estabelecer a China como líder global, não muito diferente do que o governo dos EUA vem fazendo há quase um século, e a distribuição de assistência médica faz parte do esta missão ”, disse o Dr. Yangyang Cheng, associado de pesquisa de pós-doutorado da Universidade Cornell, que escreve a coluna de ciência e China da  SupChina.

Simulacro | Pandemia do coronavírus foi ensaiado em Nova Iorque em Setembro


O coronavírus foi ensaiado mediante um simulacro de pandemia em Setembro de 2019 num hotel de Nova York

Diego Herchhoren

O simulacro de pandemia intitulado Evento 201 foi um exercício de simulação de alto nível que se verificou em 18 de Outubro de 2019 no hotel The Pierre, de Manhattan, segundo a agência Bloomberg, que teve acesso exclusivo ao mesmo.

Os participantes (banqueiros, empresários de alto nível e responsáveis de vários organismos financeiros mundiais) reuniram-se para explorar ideias sobre como mitigar os devastadores impactos económicos e sociais mundiais que resultariam de "um surto intercontinental grave e altamente transmissível".

O exercício foi construído em torno de um vírus fictício, um coronavírus natural (não muito diferente do SARS ou do MERS) que, segundo o exercício, teria surgido dos porcos . Segundo o vídeo difundido na Internet pelos organizadores do evento, o exercício sintetiza as campanhas oficias contra o COVID-19 lançadas por vários governos, quase de modo premonitório.

O evento foi organizado pelo Centro John Hopkins para a Segurança da Saúde, em associação com o Fórum Económico Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates. Só se podia comparecer por convite, com a assistência de medias como a Bloomberg. Não foram permitidas gravações de vídeo e áudio, mas depois do evento foram seleccionados alguns de alta qualidade para a sua difusão em meios seleccionados, normalmente imprensa especializada destinada a um público determinado.

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