sexta-feira, 31 de março de 2023

O HOMEM CANSADO DE ESPERAR – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Um padre que passou por Angola (Igreja Sagrada Família) foi à Universidade de Vincennes recrutar estudantes para ensinarem a Língua Portuguesa a filhos de emigrantes portugueses que residiam na comuna de Puteaux. Uns moravam em barracas. Outros sobreviviam em casas reprovadas pelas autoridades para arrendamento, por não terem condições de habitabilidade. Aos sábados lá estávamos nós, ensinando as crianças. 

Um sofrimento terrível. Além de viverem em tugúrios, as crianças estavam mal alimentadas. Comiam massa enriquecida com latas de comida para os cães. Passavam os dias entregues a si próprias, porque os pais trabalhavam de manhã à noite. Eles na construção civil e elas como mulheres-a-dias. Uma tragédia humana. 

Eu fazia biscatos em cafetarias e vendia a última edição do jornal France-Soir entre a Opera e o Palais Royal. Um esforçado ardina. Tinha uma cliente que me pagava à semana. Mas sempre muito mais do que devia. Um dia, perto da Páscoa, meteu 100 francos num envelope. Mas devia pouco mais de 20! Junto da Cidade Internacional Universitária, onde vivia, existia uma “grande superfície” que estava a fazer propaganda das iguarias próprias da época, sobretudo chocolates. Gastei metade do dinheiro nessas iguarias e no sábado fui dar aulas às minhas crianças. No intervalo expus as iguarias na mesa e convidei-as a servirem-se.

Um sofrimento terrível. A reacção de felicidade daquelas crianças comoveu-me tanto que não contive as lágrimas. Elas momentaneamente felizes e eu chorando. Um menino perguntou-me porque chorava. E eu disse que estava com uma tremenda dor de dentes. Continuei a dar aulas de Língua Portuguesa às crianças até às férias grandes. Mas depois desisti. Não aguentava aquele contacto semanal com tanta miséria. Uma cobardia é verdade. Mas estava a ir-me abaixo. A minha saúde mental corria perigo.

Mais de 50 anos depois, um homem afegão, cansado de esperar, tentou matar o professor que lhe ensinava a Língua Portuguesa, em Lisboa. Podia ser eu o professor ou o agressor. Duas mulheres tentaram acalmar o homem cansado de esperar e ele matou-as à facada. O morto matou.

Este homem estudou na universidade. É engenheiro informático. Quando o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) se saciou de sangue, abandonou o Afeganistão. O homem que não sabe esperar fugiu com a esposa e três crianças. Ficou preso no campo de concentração de Lebos, na Grécia. Um dia alguém pegou fogo às tendas e a jovem mulher morreu queimada, como as elites femininas da UNITA morreram nas fogueiras da Jamba. Ele ficou com três crianças. A mais velha ainda não tem dez anos!

Angola | DESABAMENTO DE EDIFÍCIO EM LUANDA SERVE DE ALERTA

Em Angola, muitos edifícios da era colonial, e até mesmo novos edifícios, encontram-se em estado de degradação. Arquiteto diz que o recente colapso de um prédio em Luanda é um alerta a não ignorar.

Não é a primeira vez que um edifício desmorona no centro da capital angolana, Luanda. O colapso do antigo edifício urbano da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), na madrugada de 29 de março de 2008, ainda hoje é recordado.

15 anos depois, o cenário voltou a verificar-se no sábado (25.03), com o desabamento do Edifício 41, um prédio de seis andares na Avenida dos Combatentes.

Os destroços do edifício continuam a ser retirados do local. Não houve registo de vítimas humanas, mas, para trás, ficaram os haveres, vivências e memórias das famílias que durante décadas viveram no local. 

Edifícios sem manutenção e com sobrecarga

Segundo especialistas consultados pela DW África em Angola, um pouco por todo o país, há edifícios similares ao que desabou recentemente em Luanda.

O arquiteto João dos Santos refere que, na capital angolana, por exemplo, muitos edifícios antigos e novos estão nas mesmas condições. E há edifícios com mais de 100 anos de existência sem manutenção, alerta o arquiteto.

Ler/ver em Página Global: Angola | Vídeo capta momento em que prédio de seis andares desaba em Luanda

"Temos verificado muitos edifícios com um elevado nível de fissuras", acrescenta João dos Santos. Isso estaria relacionado com a sobrecarga de peso nestas construções. "

"Há uma elevada carga nas construções anárquicas que têm sido colocadas nos entrepisos dos edifícios", explica o arquiteto.

AS DUAS FACES DE EMMANUEL MACRON NA ÁFRICA

Como o presidente da França se unge em mentiras, traições e campanhas de difamação no continente africano.

Martin Jay* | Strategic Culture Foundation | © Foto: REUTERS |# Traduzido em português do Brasil

As elites africanas não podem mais fingir para Macron ou para os franceses. Já se foram os dias em que eram obrigados a agradar aos presidentes franceses que a França ainda exercia o seu poder em todo o continente no período pós-independência, o que foi comprovado pela vergonhosa conferência de imprensa de Macron, onde falou baixo ao Presidente da República Democrática do O presidente do Congo, Felix Tshisekedi. Com o declínio da França no cenário mundial – e em particular na África – e o surgimento da Rússia e da China como investidores mais sérios no continente, talvez fosse inevitável que algum tipo de birra estivesse por vir. Mas com a explosão, veio um batismo de mentiras.

A ironia dessa coletiva de imprensa, porém, é que Macron patrocinou o presidente da RDC do começo ao fim, sugerindo até mesmo que o líder africano não conseguia distinguir entre o estado e a mídia devido ao aparente desenvolvimento interrompido da liberdade de imprensa da RDC.

Até isso era mentira. Ironicamente, foi a própria mídia da França que falhou em responsabilizar Macron por um conjunto de outras mentiras espalhadas na conferência, que a elite de Kinshasa sem dúvida teria notado ao relembrar o evento. É verdade que a perspectiva da França e como ela relata as eleições africanas é vista de um ponto de vista paternalista e colonial. Mas Macron afirma que não foi culpa da França que Ruanda atualmente está criando alguns problemas reais em uma parte do Congo - e que sua milícia M23, que até mesmo a mídia liberal francesa admite, é financiada por Kigali– é outro insulto à inteligência do líder da RDC e sua cabala de assessores. Tshisekedi superou Macron na conferência de imprensa e evitou dizer a verdade: a França hoje está apoiando o governo de Paul Kagame em Kigali e o considera um aliado fundamental e, portanto, as lamentáveis ​​alegações de inocência de Macron são sal nas feridas dos congoleses. Talvez seja isso que o presidente da RDC quis dizer quando pediu a Macron que tratasse ele e seu povo como iguais. Pare de mentir para nós e de nos tratar como crianças, pois sabemos o que você está fazendo em Ruanda.

O DECRETO DE MACRON QUE INCENDIOU A FRANÇA

Quando  contornou o Parlamento e forçou mudanças no sistema previdenciário , o governo de Macron expôs a deterioração antidemocrática do sistema executivo dual da Quinta República, escreve Muhammed Shabeer.

Muhammed Shabeer* no Peoples Dispatch | em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas em toda a França na terça-feira, denunciando as polêmicas reformas previdenciárias promovidas pelo governo do presidente Emmanuel Macron.

As reformas foram aprovadas à força na Assembleia Nacional em 16 de março, usando oArtigo 49.3 para contornar a votação parlamentar. A medida enfraqueceu ainda mais a legitimidade das reformas, já detestadas pela maioria da classe trabalhadora francesa.

Enquanto o governo, chefiado por Macron e pela primeira-ministra Elisabeth Borne, sobreviveu por pouco a um voto de desconfiança em 20 de março, o índice de aprovação do presidente despencou junto com a boa vontade política de seu partido neoliberal Renascença (RE), como raiva contra as reformas antitrabalhadoras da previdência em todo o país. 

Rússia tem todo o direito de prender o elemento do Wall Street Journal por espionagem

Andrew Korybko* | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil 

As autoridades de segurança de qualquer país têm o direito de prender estrangeiros como aquele funcionário do Wall Street Journal que tenta obter informações específicas sobre questões ultrassensíveis de segurança nacional de uma autoridade local, muito menos durante um conflito em andamento e para não mencionar enquanto cidadão de um país hostil. A prisão daquele indivíduo pela Rússia não foi a assim chamada “repressão política” como a grande mídia está desonestamente girando, mas a flexão de seus direitos soberanos de acordo com a lei internacional para se defender.

A Western Mainstream Media (MSM), liderada pelos EUA, está furiosa depois que a Rússia prendeu um funcionário do Wall Street Journal (WSJ) sob a acusação de espionagem no início desta semana. Segundo o FSB , esse indivíduo “agiu no interesse do governo dos Estados Unidos” ao tentar obter informações sigilosas. O legislador de Yekaterinburg com quem se encontrou confirmou que o chamado “jornalista” queria saber detalhes muito específicos sobre o complexo militar-industrial da Rússia em sua região.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia escreveu no Telegram que “Infelizmente, esta não é a primeira vez que o status de 'correspondente estrangeiro', visto de jornalista e credenciamento foram usados ​​por estrangeiros em nosso país para encobrir atividades que não são jornalismo." Na mesma época, o porta-voz do Kremlin confirmou que o indivíduo preso foi de fato “ pego em flagrante ” durante uma reunião com o legislador local mencionado anteriormente, quando o FSB apareceu para detê-lo.

Tendo em mente o que aquele oficial de Yekaterinburg disse à TASS na notícia com hiperlink compartilhada na última frase do primeiro parágrafo, não há dúvida de que a Rússia tinha todo o direito de prender aquele funcionário do WSJ por espionagem. Afinal, se um cidadão russo, chinês ou iraniano nos Estados Unidos com visto de jornalista se encontrar com um legislador local para perguntar “se as empresas mudam de perfil, quantos turnos existem e se têm pessoal adequado”, então eles certamente teriam sido presos também.

Zelensky devia abandonar a ideia de reivindicar a Crimeia e Donbass -- ex-agente CIA

EX-AGENTE DA CIA EXORTA OS EUA A FAZEREM COM QUE ZELENSKY ABANDONE AS REIVINDICAÇÕES SOBRE A CRIMEIA E DONBASS

Zelensky admite que os ucranianos estão à beira do cansaço da guerra

Ahmed Adel*  | South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os EUA deveriam dizer sem rodeios ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que Kiev eventualmente terá que aceitar concessões territoriais, disse o ex-chefe do Centro de Contraterrorismo da CIA, Robert Grenier. Isso ocorre quando Zelensky admitiu que seu povo está ficando cansado de conflitos.

“Aproxima-se rapidamente o momento em que um representante sênior do governo Biden precisará iniciar um diálogo igualmente duro, realista – e empático – com Zelensky”, escreveu ele em The Hill, acrescentando que, embora o presidente dos EUA seja “um grande amigo” de Kiev, “sua capacidade de cumprir suas promessas implícitas e explícitas de apoio à Ucrânia 'pelo tempo que for necessário' provavelmente será reduzida em um futuro próximo”.

“Zelensky deve ser empurrado na direção de uma solução negociada, provavelmente incluindo concessões territoriais na Crimeia e no Donbass”, disse o ex-funcionário da CIA.

Na opinião do especialista, o conflito ucraniano não ameaça a segurança nacional de Washington e, portanto, a defesa total de cada centímetro do território ucraniano não está na lista de interesses vitais do Ocidente.

“Agora é a hora de o governo se engajar em um pensamento crítico duro, seguido de uma conversa dura em Kiev, nas capitais da OTAN e, sim, em Moscou”, disse Grenier.

ACHTUNG – PANZER!

A campanha ucraniana da OTAN é uma abominação, tão abominável quanto foi a destruição de Berlim por Hitler e as centenas de milhares de inocentes que ele e seus comparsas jogaram em sua pira.

Declan Hayes | Strategic Culture Foundation | © Foto: Domínio público | # Traduzido em português do Brasil

Os generais ucranianos em posição de derrubar o Príncipe Palhaço Zelensky deveriam ler Achtung – Panzer!, de Hanz Guderian! (Cuidado – o tanque!), que formou a base para Blitzkrieg, o conceito de guerra relâmpago do Terceiro Reich, onde o uso concentrado de tanques, com infantaria e força aérea em apoio próximo, rapidamente subjugaria o inimigo.

Esses generais ucranianos condenados também devem examinar as principais campanhas que Guderian e seus camaradas costumavam usar para testar a blitzkrieg. A primeira dessas campanhas foi o Anschluss , a anexação da Áustria em março de 1938, onde os tanques de Guderian ficaram sem combustível ou quebraram e onde o valor de combate da formação de Guderian era inexistente. Se tivesse havido algum combate real, as forças de Guderian teriam sido atacadas, assim como os panzers ucranianos da OTAN podem esperar ser atacados enquanto avançam pesadamente ao longo dos 1.200 km do campo de tiro russo de peixe em um barril, da fronteira polonesa ao Dnieper. uma perspectiva um pouco mais onerosa do que cruzar a fronteira alemã com a Áustria.

O próximo passo para Guderian, que acabou como comandante-em-chefe das forças do Reich, foi a derrota da França que, apesar de uma brilhante peça militar, foi extremamente arriscada, pois Guderian comprometeu 1.112 do total de 2.438 tanques da Alemanha nas Ardenas. e descobertas de Meuse. Embora Napoleão tenha falado com aprovação sobre generais sortudos, Guderian foi extremamente imprudente e, se a França e seus aliados tivessem uma contra-estratégia viável, o Reich teria terminado em maio de 1940, e não em maio de 1945.

O CONSENSO DE WASHINGTON ESTÁ MORRENDO

Pressionados pelo avanço chinês, EUA e Europa reveem seus dogmas. Estão de volta, em todo o mundo, o estímulo estatal à economia, a industrialização dirigida e o protecionismo. Brasil atrasa-se, mas terá de acordar para a nova realidade

Angela Nagle | no New Statesman | em Outras Palavras | Tradução: Antonio Martins | Imagem: Peter Reynolds/The Economist | # Publicado em português do Brasil

Estaremos assistindo à morte do Consenso de Washington? Concebido em 1989 e baseado na teoria de que o livre comércio era a base da riqueza das nações, ele defendia que as nações subdesenvolvidas deveriam se abrir ao livre comércio e à globalização para acumular riquezas. Qualquer estudante universitário das últimas décadas provavelmente pode se lembrar de como os debates sobre os direitos e erros do “capitalismo” normalmente tratavam a globalização e o livre comércio como sinônimos. Poucos que passaram pelas salas de seminários naqueles anos teriam encontrado um espectro de pensamento econômico sem Adam Smith de um lado e Karl Marx do outro.

Mas desde que a China emergiu como seu principal concorrente, os EUA se comportaram como se nunca tivessem acreditado na filosofia de desenvolvimento que sustenta a Consenso de Washington. Diante de um concorrente disposto a usar todo o arsenal de políticas econômicas nacionais dirigidas pelo Estado, os EUA, primeiro sob Donald Trump e agora com Joe Biden, voltaram ao nacionalismo econômico. Biden está empregando o desenvolvimento industrial dirigido pelo estado, o protecionismo, o esforço por atrair de novo indústrias (reshoring) e estratégias de guerra comercial de forma mais agressiva e eficaz do que Trump. A União Europeia (UE) está seguindo o mesmo caminho, aumentando os gastos do Estado em pesquisa e desenvolvimento com projetos como o Horizonte Europa, política de desenvolvimento industrial para todo o bloco, além de relaxar as restrições aos auxílios estatais para a indústria nacional. O retorno global à política industrial começou com o plano Made In China 2025 da China, anunciado em 2015, e foi seguido pelo Green Deal Investment Plan da UE em 2020. Em seguida, os EUA responderam com o 2022 Chips Act e o Inflation Reduction Act .

Este é um momento de transição, pois uma narrativa econômica central está sendo suplantada por outra. Como podemos entender isso? O historiador econômico Erik Reinert passou anos revivendo o que chamou de “outro cânone” da história e do pensamento econômico. Abandonado durante o domínio pós-guerra dos EUA (um período em que o livre comércio beneficiou o líder industrial inconteste do mundo), este outro cânone é um método para revelar os fatos, passado e presente, sob uma luz diferente. Não foi o imperialismo ou o laissez-faire, mas as políticas dirigidas pelo Estado que conduziram os milagres econômicos na Inglaterra do século XIX, na América pós-Guerra Civil, no Japão Meiji e no Wirtschaftswunder na Alemanha do século XX. Entre os economistas mais importantes no aperfeiçoamento dessa escola de pensamento estão o alemão Friedrich List (1789-1846) e o americano Henry Charles Carey (1793-1879). Mas as raízes observáveis ​​de suas visões de mundo remontam a muito mais tempo.

TERÃO OS EUA UM FUTURO?

Paul Craig Roberts [*]

Neste artigo, explico porque penso que a guerra nuclear está nas cartas. Sei que a maioria não quer ouvir isto. Mas se ninguém souber, há ainda menos hipóteses de a evitar.

A manchete de ontem (29 de Março) era US To Rethold Nuclear Weapons Data From Russia As Last Treaty Collapses (EUA reterão dados de armas nucleares da Rússia quando o último tratado entra em colapso).

Os propagandistas de Washington, claro, culpam a Rússia. Isto tem êxito junto aos patriotas que se embrulham na bandeira, mas não tem êxito com o Kremlin. O Kremlin vê Washington dar mais um passo em direcção à guerra para obliterar o obstáculo russo à hegemonia mundial de Washington.

Olhando para a conduta confusa da Rússia no seu conflito com a Ucrânia, e agora com a NATO e os EUA, tenho procurado uma explicação que faça sentido. Por que, como sabem os leitores tenho perguntado, o Kremlin recusa-se a utilizar a força para pôr rapidamente fim ao conflito antes de Washington e as suas marionetas da NATO se tornarem demasiado envolvidos? Não fazia sentido até eu perceber que o Kremlin foi convencido pelos neoconservadores de Washington de que a guerra com os EUA é inevitável, o que, naturalmente, significa guerra nuclear.

O Kremlin está provavelmente preocupado que, se a Rússia utilizar a força convencional à sua disposição para a Ucrânia nocaute, o resultado poderá ser uma intervenção directa dos EUA/NATO antes de a Rússia ter instalado um maior número dos seus mísseis nucleares hipersónicos e dos seus sistemas de defesa aérea S-500 e S-550, os quais têm a capacidade de interceptar e destruir os mísseis nucleares de Washington. Ao contrário dos mísseis hipersónicos russos que mudam aleatoriamente de rumo e não podem ser interceptados, os mísseis tecnicamente inferiores de Washington podem ser derrubados.

A minha conclusão é que o Kremlin, convencido pelos neoconservadores de Washington e sua dominação de todos os governos dos EUA no século XXI de que os EUA pretendem a destruição da Rússia, está a preparar-se para a guerra nuclear. Várias vezes Putin fez a declaração pública de que é evidente que o Ocidente pretende a destruição da Rússia. É incompreensível que Washington seja tão imprudente, tão irresponsável, tão completamente estúpido a ponto de ter convencido o Kremlin de que Washington pretende a destruição da Rússia. É extraordinário que as declarações de Putin não tenham produzido garantias por parte da Casa Branca.

Quando a Rússia estiver preparada, os EUA e as capitais das suas marionetas da NATO enfrentam a aniquilação.

quinta-feira, 30 de março de 2023

PREPARAÇÃO DE UMA NOVA GUERRA MUNDIAL

Thierry Meyssan*

Os Estados Unidos pressionam os seus aliados da União Europeia a fim de se prepararem para uma Terceira Guerra mundial. Se quiserem sair vitoriosos da «armadilha de Tucídides», eles não têm outra escolha a não ser travá-la. A menos que toda essa agitação seja apenas uma encenação para «manter» os aliados no seu lugar quando muitíssimos Estados, na América do Sul, em África e na Ásia, se declaram «neutrais». Ao mesmo tempo, o ruído das botas agita os militaristas japoneses que, tal como os «nacionalistas radicais» da Ucrânia, estão de regresso.

Face aos progressos feitos pelos partidários de um mundo multipolar, os defensores do «imperialismo americano» não demoraram a reagir. Duas operações serão aqui analisadas : a transformação do Mercado Comum Europeu numa estrutura militar e a reformulação do Eixo da Segunda Guerra Mundial. Este segundo aspecto faz entrar em jogo um novo actor: o Japão.

A METAMORFOSE DA UNIÃO EUROPEIA

Em 1949, os Estados Unidos e o Reino Unido criam a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Aí, eles colocam o Canadá e os Estados que libertaram na Europa Ocidental. Trata-se para eles, não de se defender, mas de preparar um ataque à União Soviética. Esta responde criando o Pacto de Varsóvia.

Em 1950, aquando da Guerra da Coreia, os Estados Unidos consideram alargar o conflito à República Democrática Alemã (chamada « Alemanha Oriental »). Para isso, têm que rearmar a República Federal Alemã (chamada « Alemanha Ocidental »), apesar da oposição da França, da Bélgica e do Luxemburgo. Portanto, eles propõem a criação de uma Comunidade Europeia de Defesa (CED), mas falham perante a resistência dos gaullistas e dos comunistas franceses.

Paralelamente, eles ajudam à reconstrução da Europa Ocidental com o Plano Marshall. Este inclui muitas cláusulas secretas, entre as quais a construção de um mercado comum europeu. Washington pretendia simultaneamente dominar economicamente a Europa Ocidental e preservá-la politicamente da influência comunista e do imperialismo soviético. As Comunidades Económicas Europeias ---e mais tarde a União Europeia--- formam a face civil da ficha dos EUA, cuja face militar é a OTAN. A Comissão Europeia não é uma administração de Chefes de Estado e de Governo membros da UE, mas, realmente, a interface entre eles e a Aliança Atlântica. As normas europeias em matéria não só de armamento e construção, mas também de equipamento, de vestuário e de alimentação, etc. são estabelecidas pelos serviços da OTAN, primeiro no Luxemburgo, depois na Bélgica. São transmitidas à Comissão e hoje em dia aprovadas pelo Parlamento Europeu.

Angola | VEDETAS EQUIVOCADAS E MANIFESTAÇÕES FALHADAS -- Artur Queiroz

Hariana

Artur Queiroz*, Luanda

O negócio do entretenimento televisivo precisa de criar vedetas que alimenta e promove para depois viver delas. Ilusão vezes ilusão dá ilusionismo. A TPA criou a Hariana, uma menina americanizada, certificada pela CIA e com entrada garantida na Casa Branca. Ser recebido por ela é o mesmo que uma audiência do genocida Biden. A Vice-Presidente da República Esperança da Costa teve essa benesse, em forma de entrevista.

A Hariana diz com sotaque gringo: Entre nós política é só para homens, mulher não dá nada, como se sente por ter chegado tão alto? E sua excelência respondeu mais ou menos assim: Nunca me passou pela cabeça chegar tão alto, mulher é para ficar em casa, menina não vai à escola. E eu aqui tão alto!

Com o devido respeito, o disparate é livre, a leviandade mais ou menos, a estupidez natural tolera-se. Mas convinha que a TPA tirasse do ar a promoção da entrevista e rapidamente. Porque a conversa de Hariana e a Vice-Presidente da República nada tem a ver com Angola. Adultera gravemente a realidade angolana. O canal público de televisão não pode fazer isso. Eu sei que os propagandistas de serviço passam esta falsificação: Angola só existe desde que o Presidente João Lourenço foi eleito em 2017, como cabeça de lista do partido MPLA!     

Não é verdade. Com paciência e indulgência vou explicar à Hariana e a sua excelência a Vice-Presidente da República o que está errada naquele paleio que se faz passar por entrevista. O MPLA era uma organização revolucionária que desencadeou a Luta Armada de Libertação Nacional, no dia 4 de Fevereiro de 1961. Engrácia Francisco Cabenha participou na revolução. 

Na guerrilha do MPLA participaram muitas mulheres. Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso representam essas Heroínas. Pertenciam ao Esquadrão Kamy quando foram presas, torturadas e mortas em Kinkuzu, Zaire, (hoje RDC)) pelas tropas da FNLA. Maria Mambo Café pertenceu ao primeiro Bureau Político do MPLA. Foi ministra. A nossa Inga (Luzia Inglês) dirigiu muitos anos a Organização da Mulher Angolana (OMA). O que é esta organização? Um espaço para as mulheres fazerem política.

Angola | CALELA CALELA ME LEVA!

José Duarte

 Artur Queiroz*, Luanda

No tempo da chuva de Março o vento arrasava o capim e as águas abundantes amassavam as terras argilosas dos Pambos. A picada até ao Lucala ficava intransitável. A camioneta tinha una caixa extra para guardar comida, de fome não morríamos. Enquanto o sol não tornava o barro consistente, ninguém passava naqueles lamaçais. O Velho Tuma na sua juventude tinha percorrido todos os destinos, do Pingano até às terras altas do Golungo. Pernoitou no Kilombo. Chegou até Nambuangongo. Um sábio da geografia humana muito nossa.

Naquela viagem a camioneta ficou enterrada cinco dias. A caixa da comida estava quase vazia, E eu fazia figas para que o sol não secasse o lamaçal dos Pambos. O Velho Tuma contava-me histórias fabulosas que ali aconteceram. Uma delas ficou gravada para sempre na minha memória. Um jovem acabado de ser pai foi atacado pela terrível cobra suji que lhe cuspiu nos olhos. Ficou cego. Sua sogra declarou-o inútil e combinou com a esposa acabar com ele.

As duas mulheres disseram ao jovem atacado pela cobra cuspideira:

- Tu ficaste sem olhos. Não vais à tonga, não armadilhas a caça, não fazes nada. Pelo menos tens que rachar lenha.

E ele aceitou. Meteram-lhe o machado nas mãos e puseram um toro à sua frente. 

- Corta agora! E ele desfechou o primeiro golpe. O segundo e muitos outros. Quando estava entusiasmado, a sogra colocou o bebé no caminho da lâmina do machado e o cego matou o filho. Foi expulso da aldeia e colocado na beira da picada. Que partisse para muito longe, onde o filho morto não sentisse o cheiro do pai. 

E o cego ali passou dias e dias. Quando sentia o roncar de um motor gritava: 

- Calela, calela me leva! Mas a camioneta da carreira que fazia o percurso entre Camabatela e Dala Tando passava sempre cheia e não parava. 

Tata Tuma em que sentido o cego queria ir, Lucala ou Ambaca? 

O Velho Tuma respondeu: - Isso não interessa, o importante é partir. E tu tens de aprender com esta história que ninguém pode decidir sem ver.

- Mas Tata Tuma me disse que devemos percorrer todos os caminhos, mesmo os desconhecidos nem que seja para nos perdermos…

- Sim, meu filho. Todos os caminhos são nossos e devemos percorrê-los mesmo sem destino, partida ou chegada. Mas cada caminho tem as suas pedras, os seus encantos, os seus buracos, os seus lamaçais, a sua gente. Precisamos de ver tudo. Quem não vê não pode decidir porque não conhece.

E o cego à beira da picada, sem saber se ia ser levado para Ambaca ou o Lucala, passava os dias implorando:

- Calela, Calela me leva! 

Ninguém o levou até definhar e morrer na beira da estrada enlameada no tempo da chuva, empoeirada no cacimbo. E Samba Caju ali tão perto!

Portugal | GREVE NA AGÊNCIA LUSA INTERROMPE SERVIÇO ATÉ 3 DE ABRIL

Serviço da Lusa interrompido devido a greve

Por respeito à greve decidida pelos trabalhadores e na defesa da dignidade do serviço público prestado pela agência, a Direção de Informação da Lusa decidiu interromper o serviço da agência de notícias.

O serviço será restabelecido caso existam condições para esse efeito.

A greve foi decretada até às 00:00 de segunda-feira, 3 de abril.

Lusa

Portugal | CASO MONDEGO: QUISERAM MATAR O MENSAGEIRO

E agora, senhora ministra? Para além dos 13 militares que se recusaram a embarcar, o que fazer com o almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, com o comandante naval e com o comandante do NPR Mondego?

A nova avaria do navio Mondego, quando se dirigia em missão para as Ilhas Selvagens, precisando de ser rebocado de volta à Madeira, mostra bem que a atitude dos militares que se recusaram a embarcar não foi mais que um grito de alerta. Para quem não tinha percebido a quem serviam, ficou agora claro que serviram a Armada e, consequentemente, o seu País. Aliás, este acontecimento veio facilitar muito a tarefa dos juízes deste processo.

Entretanto, a ministra da Defesa Nacional afirmou esta terça-feira que aguardava os resultados da avaliação técnica para se pronunciar. Então, não foi realizada uma inspecção e o navio dado como operacional? Não foi assumido que estava em condições de cumprir a missão? E onde estão as tais «redundâncias» que permitiam que o Mondego fizesse tudo e em todas as circunstâncias? E o sentido de responsabilidade dos militares que deveriam responder por estas e outras afirmações e por esta situação?

A imagem do País não ficou agora afectada junto da NATO e dos nossos aliados, perante a evidência que o NRP Mondego, que deveria acompanhar a passagem do navio russo, não tinha condições para o fazer. Caricaturando s situação, a ter sido cumprida a missão o Mondego ainda corria o risco de ser rebocado pelo navio russo.

O problema é que, para além das avarias nos navios, o estaleiro do Arsenal do Alfeite tem cada vez menos condições para as reparar, considerando as dificuldades com que se confronta, nomeadamente a falta de pessoal e os equipamentos obsoletos.

A verdade, é que não se podem cumprir as mesmas missões do passado, com menos meios materiais e humanos. E, se os ministros, por ignorância, incompetência ou apenas para mostrar serviço, não querem compreender a situação, os chefes militares têm a obrigação de não andarem a propagandear que podem cumprir todas as missões, com menos meios humanos e materiais, porque não é verdade, como se constata. E, quando o fazem é à custa do esgotamento do pessoal, cujos resultados se reflectem nas dificuldades de recrutamento e de retenção nas fileiras. 

Enfim, desta vez, mesmo sem tiro no porta-aviões, o navio-almirante foi ao fundo!

AbrilAbril, editorial | Imagem: Homem de Gouveia / Lusa

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Portugal | ADEUS, “SENHOR JAZZ”

José Duarte ou «Jazzé», autor do Cinco Minutos de Jazz, programa escutado na rádio pública desde 1966, e um dos grandes divulgadores do jazz em Portugal, faleceu na madrugada desta quinta-feira. Tinha 84 anos. 

«A notícia da morte de José Duarte, divulgador, crítico de jazz, e autor de programas de rádio, televisão e livros essenciais para o conhecimento desse fenómeno musical em Portugal, incluindo a primeira História do Jazz escrita por um autor português, não entristece apenas os seus familiares, amigos e admiradores, mas também todos os que recordam nele um homem que, através da intervenção cultural, pugnou e contribuiu para a difusão de ideais democráticos de liberdade de expressão, justiça social e antirracismo, que a própria música que ele tanto amava, na sua génese, corporizam e que o 25 de Abril, há quase 50 anos, institucionalizou em Portugal», reconheceu o jornalista Pedro Tadeu, em declarações ao AbrilAbril.

Nascido em 23 de Junho de 1938, José Duarte começou a escrever sobre jazz em 1958 no boletim do Clube Universitário de Jazz e, a partir de 1960, de forma permanente, na imprensa de grande difusão. 

Nessa mesma época, recorda o jornalista que integra a Comissão de Espectáculos da Festa do Avante!, «Jazzé», como gostava de ser chamado, «começou a realizar programas de rádio e manteve até hoje aquele que era o mais popular programa de jazz em Portugal, o Cinco Minutos de Jazz, cuja primeira edição ocorreu a 21 de Fevereiro de 1966 e era, por isso, o programa mais antigo da rádio portuguesa, que a Antena 1 emitia diariamente, de segunda a sexta-feira».

No seu livro, Cinco Minutos de Jazz, saído em 2001 e inspirado no histórico programa, José Duarte escreve sobre o início do programa, em pleno fascismo: «cada simple Cinco foi outro pauzinho na engrenagem / cada um uma oportunidade arriscada / para deixar mensagens implícitas / contra o poder ditatorial», lembra Tadeu.

Outros aspectos mais relevantes da sua carreira incluíram a integração da direcção do Hot Clube de Portugal na segunda metade da década de 1970, a produção do primeiro fonograma de jazz gravado em Portugal (um disco de 1972 do concerto do quinteto de Steve Lacy), a organização de concertos, festivais, edição de discos, e inúmeras palestras e conferências, dadas em escolas, universidades e associações de todo o país.

Na televisão e na rádio, José Duarte foi ainda co-autor de programas muito populares, fora do âmbito do jazz, como «1,2,3» e «Pão Com Manteiga», nas décadas de 1970 e 80. 

Pedro Tadeu assinala que, com o desaparecimento de José Duarte, mas também de Luís Villa-Boas (1999), Manuel Jorge Veloso (2019) e Duarte Mendonça (2021), «desaparece também o quarteto mais influente em Portugal, a partir da década de 1960, na divulgação, através dos meios de comunicação de massa, do fenómeno jazz».

AbrilAbril | Imagem: RTP

Portugal | ESTE PAÍS NÃO É PARA QUEM CARECE DE APOIO

Paula Ferreira* | Jornal de Notícias | opinião

Este país não é para quem precisa de apoio. Não se sabe ainda o que levou um refugiado afegão a matar duas pessoas e a agredir outra, no Centro Ismaelita de Lisboa.

Se não tivesse sido rapidamente imobilizado pelas autoridades, a cifra podia não ficar por aqui. Sabemos contudo que este homem trazia consigo uma imensa tragédia. Em fuga do Afeganistão, da perseguição do regime talibã, perdeu a mulher e mãe dos seus três filhos num incêndio num campo de refugiados em Lesbos, na Grécia. Em Portugal há mais de dois anos, a única ocupação conhecida era a frequência de aulas de português, no Centro Ismaelita de Lisboa. Engenheiro eletrotécnico, pedia um emprego. E, de acordo com o presidente da comunidade afegã em Portugal, "necessitava de apoio psicológico desde que chegou ao país". Aqui poderá estar a explicação para a tragédia, embora várias vozes insistam em ver no ataque sinais de terrorismo, apesar das autoridades, nomeadamente o diretor da PJ, terem afastado quase de imediato essa possibilidade e o tenham voltado a reforçar ontem. Nem assim, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo se absteve de pedir para não se pôr de lado essa possibilidade. E juntou outro aspeto muito caro a uma certa ala da política nacional: relacionou esse cenário com a necessidade de se rever a política de imigração.

É caso para dizer: o sentido de oportunidade não podia ser pior. Porque já era mau relacionar um caso de terrorismo perpetrado por um refugiado com a política de imigração. Indefensável é relacionar um surto psicótico, como o classificam as autoridades, com as políticas de acolhimento de imigrantes. Enfim, parece chegar a altura de se repensar o Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo - se serve para transmitir insegurança e demagogia.

* Editora-executiva-adjunta

Portugal | CURTO E GROSSO: MUITOS MANGUITOS PARA O ANIVERSÁRIO...

O vigésimo terceiro governo de Portugal completa hoje um ano de tomada de posse. Um ano a governar uns quantos e a desgovernar milhões de pobretanas, miseráveis e esfomeados de quase tudo - até de democracia de facto.

No Curto do Expresso do tio Balsemão Bilderberg o alerta da efeméride pós Geringonça é dado pela editora da SIC Cristina Figueiredo, que pergunta se vai haver festa. Só se for para alguns, muito poucos, daqueles fidelizados nos tais 1 por cento e seus fieis lambe botas à babuja de migalhas nem que seja misturadas com cremes de lavagens de dinheiro e corrupções. Para esses os crimes compensam... Oh, como sentimos isso na pele, no estômago e nas porcas e miseráveis vidas forçadas e penosas que nos reservam os salários indignos, os trabalhos indignos, as rendas de casa em que o salário mínimo não chega para a pagar mensalmente. E a carestia de vida, queridos senhores aniversariantes? E as promessas por cumprir e que deram a maioria absoluta ao falso Partido Socialista? E mais. Muito mais. Desonestidades, desigualdades, desumanidades, trapaças, etc., etc.. Não há desculpas para o atual governo aliado dos mais ricos e dos muito mais ricos, desse mercado esclavagista na prática a que chamam de capitais e outras coisas mais. Esses tais mercados que ditam guerras, fome e penúrias... E mortes. Estamos perante a desumanidade no seu pior, por enquanto. Porque ainda pode vir a ser muito, muito pior. E disso o 23º Governo não se demarca e não governa os portugueses igualitariamente, democraticamente, justamente, honestamente...

Assim sendo, expliquem-nos porque razões deve haver festa? Só se realmente fôr destinada a uns quantos. Muito poucos. Os que lucram com esta enorme rebaldaria do grande capital, dos milhões e múltiplos biliões para uma guerra de procuração ditada pelos EUA e operada pela subjugada elite que detém os poderes da União Europeia.

No Curto tem mais informação. Da melhor e principalmente da pior. Desfrute. Bom dia, se conseguirem. É evidente que por no PG sermos curtos e grossos não vamos à festa. Nem queríamos... Só se, assim, do nada, assente na revolta popular, acontecesse um novo 25 de Abril. Pois.

Muitos manguitos para o aniversário do XXIII governo de alguns...

MM | Redação PG

Hoje é dia de festa?

Cristina Figueiredo, editora de política da SIC | Expresso (curto)

Antes do mais um convite: Esta sexta-feira, dia 31 de março, às 12h00, irá realizar-se mais um “Visitas à redação”, exclusivo para assinantes. Inscreva-se através do mail producaoclubeexpresso@expresso.impresa.pt e venha conhecer o seu jornal.

O XXIII Governo faz hoje um ano, mas a prenda é para os portugueses (será?): o programa Mais Habitação vai ser aprovado em Conselho de Ministros, um mês depois de ter sido anunciado num muito mediático powerpoint e de ter sido sujeito a muitas e duras críticas, do atual Presidente da República (que o considerou “inoperacional” e “inexequível”, chamando-lhe “lei-cartaz”), do anterior Presidente da República (que o classificou “absurdo” e lhe apontou a “falta de credibilidade”), dos presidentes de Câmara de Lisboa e do Porto, de todos os partidos da oposição (sem excepção) e, enfim, da generalidade dos agentes do mercado imobiliário (senhorios e inquilinos incluídos).

António Costa aproveitou o encerramento das jornadas parlamentares do PS, na terça-feira, para mostrar que registou o debate “bastante animado” que o pacote motivou. Mas, fazendo jus à fama de “otimista irritante” (etiqueta que um dia Marcelo Rebelo de Sousa lhe colou), só vê nisso razões para brindar (com o copo obviamente meio cheio): “A primeira vitória que conseguimos foi dar centralidade ao tema da habitação”. Demorou (pelo menos os sete anos que Costa já leva em São Bento) mas, de facto, a habitação está hoje no centro do debate político e o chefe do Executivo não ignorará que esta é a sua grande oportunidade para deixar uma marca que verdadeiramente importe no país, algo mais além da habilidade política que todos lhe reconhecemos para o gestão quotidiana (e de curto prazo) dos problemas.

A conferência de imprensa do Conselho de Ministros está marcada para as 16h30 (hora indicativa). Mas a SIC já adiantou que o Executivo não vai deixar cair nenhuma das medidas que causaram mais controvérsia (nomeadamente o arrendamento coercivo, a taxa extraordinária sobre o alojamento local ou o fim de novas licenças para AL), ainda que tenha introduzido pequenas alterações às ideias iniciais. O que não significa senão que o Governo se reservou margem para negociar o consenso com que o Presidente pediu que estas leis fossem aprovadas. O debate transita agora para a Assembleia da República, onde já o aguardam projetos-de-lei do PSD (que o PS, abstendo-se, deixou passar para a especialidade). No fim se verá se há (ou não) recuo e se a maioria absoluta socialista é efetivamente “dialogante”, como Costa gosta de se vangloriar que é (voltou a fazê-lo no balanço deste ano de governação, nas jornadas parlamentares socialistas).

Pelos vistos descrente nos bons resultados desse diálogo, e antes mesmo de esperar para ver o que vai sair do Conselho de Ministros, a oposição já se foi adiantando: Luís Montenegro garantiu que quando o PSD for Governo revoga o arrendamento coercivo e descentraliza o tema Alojamento Local para as autarquias; já o líder do Chega, André Ventura, tem esperança que o problema fique já resolvido e que a ideia não passa sequer no Tribunal Constitucional, fazendo fé que o Presidente da República a envia para lá mal chegue a Belém. Por sua vez, Rui Rocha, da IL, junta-se, esta manhã, à manifestação nacional pelo Alojamento Local contra a proposta do Governo.

Para esclarecimentos adicionais, sobre este e outros assuntos da responsabilidade do primeiro-ministro, é favor assistir hoje ao Jornal da Noite da SIC: pelas 21h00, António Costa dá uma entrevista a Clara de Sousa. Antes, há-de haver notícia de uma sondagem SIC/Expresso que é bem capaz de não ser o presente de aniversário que ele mais gostaria de receber…

DEIXEM OS BANCOS QUEIMAR! -- Varoufakis

Diante de novas falências, Estados lançam outra rodada bilionária de resgates. Captura da riqueza social parece não ter limite. Mas o sistema atual tornou-se obsoleto. E há saída: bancos centrais podem libertar os cidadãos do cartel privado

Yanis Varoufakis* no Project Syndicate | em Outras Palavras  | Tradução: Maurício Ayer | # Publicado em português do Brasil

crise bancária dessa vez é diferente. Na verdade, é pior do que a de 2007-2008. Naquele momento, foi possível atribuir a culpa pelo colapso sequencial de bancos às fraudes cometidas no atacado, aos empréstimos predatórios generalizados, ao conluio entre agências de classificação e banqueiros obscuros que vendiam derivativos suspeitos – tudo permitido pelo desmantelamento do regime regulatório então recém-implementado por políticos cevados em Wall Street, como o secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin. Agora, as falências dos bancos não podem ser atribuídas a nenhum desses fatores.

Sim, o Silicon Valley Bank foi estúpido o bastante para assumir riscos extremos com a taxas de juros tendo como clientes principalmente depositantes não segurados. Sim, o Crédit Suisse tinha um sórdido histórico com criminosos, embusteiros e políticos corruptos. Mas, ao contrário do que ocorreu em 2008, nenhum denunciante foi calado, os bancos cumpriram (mais ou menos) com as regulações reforçadas pós-2008 e seus ativos eram relativamente sólidos. Além disso, nenhum dos órgãos reguladores, tanto nos Estados Unidos como na Europa, poderia alegar, com credibilidade – como fizeram em 2008 –, ter sido pego de surpresa.

A bem da verdade, os órgãos reguladores e os bancos centrais sabiam de tudo. Eles tiveram acesso total aos modelos de negócios dos bancos. Tiveram a oportunidade de ver nitidamente que esses modelos não sobreviveriam a uma combinação de aumentos significativos nas taxas de juros de longo prazo e a retirada repentina dos depósitos. Mesmo assim, nada fizeram.

ONU, AO SERVIÇO DA PRESSÃO E AMEAÇAS DOS MAJESTÁTICOS EUA-OCIDENTE

AS POTÊNCIAS OCIDENTAIS PRESSIONARAM OS MEMBROS DO CSNU A BOICOTAR A RESOLUÇÃO PROPOSTA PELA RÚSSIA NO NORD STREAM

De acordo com o embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy (foto), a grande pressão foi a razão pela qual os países se abstiveram de apoiar o projeto de investigação da Rússia.

LucasLeiroz* | South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os países ocidentais aparentemente teriam obrigado as nações a não apoiarem a resolução proposta pela delegação russa no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) com o objetivo de investigar os ataques contra os gasodutos Nord Stream. De fato, pressão e ameaça já se tornaram os principais mecanismos pelos quais os países da OTAN tentam impedir que estados neutros apoiem medidas propostas por Rússia e China. Como resultado, a crise diplomática global atinge níveis cada vez mais altos.

Em 27 de março, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu adotar um projeto de resolução apresentado pela delegação russa pedindo que um comitê internacional de investigação sobre o caso Nord Stream fosse estabelecido sob a liderança da própria ONU. China, Rússia e Brasil foram os únicos países que votaram a favor da medida, com todos os demais membros permanentes e temporários do Conselho optando pela abstenção. Com isso, a resolução foi rejeitada.

À primeira vista, pode parecer surpreendente que os Estados estejam “desinteressados” em saber quem realmente realizou os ataques terroristas contra a infraestrutura de energia da Alemanha. No entanto, para muitos especialistas, isso não é uma surpresa real. Diante de tantas evidências de que houve participação direta dos EUA – e possivelmente do Reino Unido – na destruição dos gasodutos, era de se esperar que esses dois países usassem todos os meios possíveis para boicotar uma investigação séria sobre o assunto.

O TPI CRUZA IRREVERSIVELMENTE A LINHA DA DECÊNCIA LEGAL

ICC - International Criminal Court = TPI - Tribunal Penal Internacional

O TPI é uma vergonha para a lei em todas as suas formas civilizadas. Os Estados Signatários devem ser encorajados a retirar-se enquanto ainda lhes é possível evitar constrangimentos por associação.

Stephen Karganovic* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Agindo a mando de seus controladores políticos e pagadores, o racista Tribunal Penal Internacional [TPI], cuja principal atividade desde sua fundação em 2003 tem sido a perseguição maliciosa de líderes negros africanos, agora, para variar, alvo de abuso judicial um distinto figura eurasiana.

Observadores com uma atenção de mais de quinze minutos (o que excluiria a grande maioria nos países ocidentais enganados) deveriam ter notado imediatamente várias anomalias gritantes no “mandado de prisão” do TPI.

O mandado pretende ser baseado na preocupação humanitária com o bem-estar das crianças supostamente transferidas ilegalmente de Donbass. A justificativa pública dos funcionários do tribunal, no entanto, omite fatos amplamente conhecidos sobre o bombardeio sistemático de civis em Donetsk e Lugansk desde 2014. Ignora o número de mortes comprovadas desse crime, totalizando pelo menos 14.000 vítimas, incluindo vários milhares de crianças. Nem esta ofensa manifesta contra a humanidade nem o desejo de responsabilizar os seus perpetradores óbvios, as estruturas militares e políticas do regime nazi de Kiev, parecem ter desempenhado qualquer papel nas deliberações do tribunal .

Por que não? Como a adesão meticulosa às disposições da Convenção de Genebra , que exige a evacuação de civis de áreas afetadas por conflitos armados (Artigo 49), pode ser considerada fundamento para a emissão de um mandado criminal, enquanto o bombardeio letal generalizado, sistemático e indiscriminado de civis é passou em silêncio, sem desencadear qualquer reação do Ministério Público?

EUA: INTENÇÕES DECLARADAS E AS AÇÕES EM CURSO: "ENTERRAR OS EUROPEUS"

ANTES, DEPOIS E ATUALMENTE

O cérebro do programa eleitoral de Bush, Grover Nosquist, revela seus planos de governo:

"Vamos enterrar os europeus, acelerar o declínio dos sindicatos, cortar o financiamento dos funcionários e levar o estado de bem-estar a um sistema privado"

Pablo Pardo | 17/09/2004, em O Mundo / Rebelión | # Traduzido em português do Brasil

'The Wall Street Journal' o chamou de 'o Lenin do Partido Republicano'. Outros conservadores proeminentes acham que o título é grande demais para ele, mas não há dúvida de que, aos 48 anos, Grover Norquist, um conselheiro externo da Casa Branca, tornou-se a força dominante na política econômica americana.

O caráter falador de Norquist é combinado com uma devoção ascética à sua causa. Tanto que o programa eleitoral que o Partido Republicano aprovou na semana passada para a reeleição de Bush repete, ponto a ponto, sua ideologia. Não é surpreendente. Norquist trabalha em estreita colaboração com Karl Rove, o principal estrategista eleitoral de Bush, e tem uma longa história de avanço da causa conservadora nos Estados Unidos e do anticomunismo em todo o mundo.

É difícil exagerar a influência de Norquist na política americana. Ele foi o artífice da vitória esmagadora dos republicanos nas eleições legislativas de 1994, que colocou seu aliado Newt Gingrich à frente da Câmara dos Deputados. Desde então, os conservadores não abriram mão do controle do Legislativo, tradicional feudo democrata .

quarta-feira, 29 de março de 2023

A MODERNIDADE OCIDENTAL EM XEQUE -- Pochmann

Por séculos, a modernização ocidental assentou-se em economias de guerra e destruição ambiental. Agora, o centro dinâmico do mundo desloca-se para o Sul global e um novo projeto civilizatório pode surgir. Brics será fundamental para construí-lo

Marcio Pochmann* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

Vivemos o despertar de uma nova ordem mundial. São tempos confusos, cujas ideias parecem se fragmentar, pasteurizadas em torno das referências do passado. Mas a consciência que resulta dos problemas mundiais atuais está a demandar outro projeto de modernização. Os limites impostos pelo decrescente horizonte de expectativas mundiais refletem uma espécie de cancelamento do futuro, pois predominam imagens da guerra, da destruição ambiental, da desigualdade e do desemprego estrutural, acompanhado pela tragédia da pandemia viral.

Desde o estrangulamento do comércio entre o Oriente avançado e a primitiva Europa na metade do século 15, quando ocorreu a queda de Constantinopla, emergiu o projeto de modernidade ocidental fundamentado na economia de guerra e de uso da natureza como mero recurso ilimitado. O aparecimento das armas de fogo e o seu uso difundido por impérios ocidentais da época coincidiram com a própria constituição inicial do mercado mundial.

A integração de diferentes continentes (escravos da África, minérios e plantation da América e consumo de mercadorias na Europa) se tornou possível mediante a formação do sistema colonial europeu. Por três séculos, o colonialismo permitiu a difusão de valores associados à extração de riquezas de territórios ocupados por civilizações originárias que compreendiam a natureza diferente do modo de vida imposto pelo colonizador.

A partir do final do século 18, as lutas anticoloniais permitiram a formação de nações independentes, porém integradas e subordinadas à continuidade do projeto de modernidade Ocidental. Mesmo com a superação do velho colonialismo, o novo sistema hierárquico capitalista se tornava dominante no mundo cada vez mais assentado na economia de guerra e de extração da natureza.

XI JINPING VAI ATENDER O TELEFONEMA DE BIDEN?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

No primeiro dia da viagem da semana passada do presidente chinês à Rússia, Xi Jinping esteve reunido com o seu homólogo, Vladimir Putin, durante quatro horas e meia.

Entretanto, segundo a Agência Reuters, o presidente norte-americano está desde o início de março a tentar falar por telefone com Xi Jinping, mas os diplomatas de Joe Biden que andam a tratar disso, até ao momento em que escrevo, ainda não conseguiram agendar uma data para a chamada.

A Reuters cita uma suposta fonte chinesa qualificada, não-identificada, que terá dito que "ainda não há interesse" nessa conversa.

Quanto ao encontro direto entre Xi e Putin, que referi, é óbvio que a sua duração é invulgar para conversas entre dois chefes de Estado de potências relevantes, normalmente bastante mais curtas pois, na prática, limitam-se quase sempre a sufragar algo que as respetivas diplomacias já negociaram ou, noutras circunstâncias, reforçam diretamente, de viva-voz, posições anteriormente já comunicadas.

Durante as quatro horas e meia esse diálogo teve, necessariamente, de possuir algo mais no respetivo conteúdo do que é habitual acontecer no protocolo rotineiro destas coisas.

Quanto ao facto de Joe Biden, o líder da potência mais poderosa do planeta, estar pendurado há semanas à espera de atendimento por parte de Xi Jinping, o líder da potência concorrente, é igualmente óbvio que há aqui um significado político de desvalorização, por parte da China, da importância dos Estados Unidos para os seus interesses.

Note-se que, pelo meio, os norte-americanos acusaram a China de ter balões-espiões em território norte-americano, lançaram a suspeita (e depois recuaram) de que os chineses estavam a entregar armas à Rússia, promoveram novas dúvidas sobre a origem chinesa da Covid-19 quando se conheceram novas provas sobre a sua origem animal, estão a tentar banir, por possível futura espionagem, a aplicação chinesa TikTok do mercado dos Estados Unidos (onde essa rede social tem 150 milhões de utilizadores) e viram a Arábia Saudita e o Irão a assinar um acordo de paz em Pequim, cuja negociação começou com a Rússia a mediar.

Entretanto, para além da guerra na Ucrânia, multiplicam-se os exercícios militares nos mares orientais, junto a Taiwan e ao Japão, com norte-americanos, chineses e russos a propagandearem os respetivos arsenais e a NATO, através do seu secretário-geral, a anunciar que pretende alargar a sua atividade à Ásia-Pacífico.

A Coreia do Norte também anda a lançar uns mísseis...

Greves distritais de professores começam às 12:00 para impedir serviços mínimos

PORTUGAL

Com o início da greve por distritos às 12:00, as organizações sindicais procuram 'escapar' aos serviços mínimos. Paralisação vai ocorrer entre 17 de abril e 12 de maio 

A greve por distritos que os professores realizam entre 17 de abril e 12 de maio prevê que cada dia de luta comece às 12:00, para retirar a possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, foi anunciado esta quarta-feira.

"A greve terá início às 12:00, prolongando-se até ao final do dia. A hora de início da greve tem por objetivo retirar a possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, sob pena, se isso acontecer, de a greve ser inviabilizada, o que seria atentatório e violador do direito à greve", afirmou hoje o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que falava numa conferência de imprensa na Praça da República, em Coimbra.

Com o início da greve às 12:00, as organizações sindicais procuram 'escapar' aos serviços mínimos decretados no passado pelo colégio arbitral, que estipulava que as escolas teriam de garantir três horas de aula ou três tempos letivos por dia aos alunos (os sindicatos acreditam que essas três horas acabam por estar asseguradas antes de a greve arrancar).

A greve é convocada por nove organizações: Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Fenprof, Federação Nacional de Educação (FNE), Pró-Ordem, o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE) , Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) e Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE).

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