segunda-feira, 8 de abril de 2019

A ordem executiva da Casa Branca sobre pulsos electromagnéticos


"Ordem executiva para a coordenação da resiliência nacional a pulsos electromagnéticos" 


Executive Order on Coordinating National Resilience to Electromagnetic Pulses


A ordem executiva emitida por Donald Trump em 26 de Março de 2019 é reveladora das perversidades engendradas pelo império. Alem disso, revela que o império tem medo e procura precaver-se contra a própria arma que engendrou:   os pulsos electromagnéticos.
A nova arma tem um avanço tecnológico considerável pois já passou à fase de testes em condições reais:   acaba de ser lançada contra a República Bolivariana da Venezuela. Os apagões provocados por todo aquele país constituíram um novo tipo de acto de agressão.
O facto de o império ter utilizado uma arma inédita – que afecta sobretudo a população civil – mostra simultaneamente o seu desespero e covardia. Pelos meios habituais ele já não consegue efectuar a mudança de regime que anseia. Assim, o imperialismo recorre agora aos pulsos electromagnéticos.  -  resistir.info 

Brasil | Memória: Imprensa feminina, as pioneiras


Fundado em 10 de setembro de 1974, o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa é detentor de um valioso acervo voltado às áreas da Imprensa / Propaganda e Imagem / Som.  Sua hemeroteca, - considerada uma das maiores da América Latina - tem viabilizado, ao longo dos anos, a produção de monografias, dissertações e teses, contribuindo de forma substancial na produção cultural do nosso Estado. 

O nome Hipólito José da Costa (1774-1823) é uma homenagem que a instituição presta ao patrono da imprensa no Brasil, que fundou o nosso primeiro jornal o “Correio Braziliense (1808-1822). Devido à Censura Régia na Colônia, este mensário foi criado, em Londres, na Inglaterra, e circulou clandestino, no Brasil e em Portugal, por defender a liberdade de expressão, combater o despotismo dos poderosos, na época, e por ter sido o pioneiro a combater o tráfico negreiro.

O acervo raro

Com a missão de preservar, guardar e difundir a memória da comunicação, o Musecom contou, em sua criação, com o apoio da ARI (Associação Riograndense de Imprensa), do governador Euclides Triches (1919-1994) e da Secretaria da Educação e Cultura sob a direção, na época, do Cel. Mauro Costa Rodrigues Neste ano completará, em 10 de setembro, 45 anos de serviços prestados junto à comunidade cultural, viabilizando à pesquisa importantes periódicos, cujo conteúdo narra o cotidiano nas esferas regional, nacional e internacional.

Ao contemplar os aspectos sociopolítico, econômico e cultural, este tesouro, sob a forma de impressos, representa a construção identitária de um povo e suas lutas em prol da conquista da cidadania plena. Luta ainda considerada inconclusa, como afirmou o historiador gaúcho Décio Freitas (1922-2004) em seu livro Brasil Inconcluso (1986).  O mentor da ideia, de que se criasse um museu voltado à comunicação, foi o jornalista Sérgio Dillenburg.

Preservação da Memória

Após a Instituição ter sido contemplada no edital do Projeto Programa Petrobrás Cultural (2005/2006), nosso acervo raro, naquela ocasião, foi higienizado, inventariado e catalogado com a colaboração voluntária dos acadêmicos da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), do curso de História, sob a orientação das professoras Katia  Pozzer, Cláudia Aristimunha e  Márcia Miranda. Logo após esta primeira etapa do projeto, digitalizaram-se as capas desses jornais, visando a ilustrar o livro "Jornais Raros do Musecom 1808-1924". Lançado em 2008, este livro tem sido fundamental para os pesquisadores, principalmente dos cursos de História e de Jornalismo, sendo citado na bibliografia de inúmeros trabalhos produzidos dentro e fora do espaço acadêmico.  Passados dez anos, a instituição está dando sequência a este projeto voltado ao seu acervo raro, visando a garantir, dentro do possível, a sua longevidade.

Ao utilizarmos este recurso digital, evitamos também o manuseio constante dos originais, cuja consequência é a deterioração destas preciosidades. É primordial que nos utilizemos das novas técnicas, garantindo assim o acesso desta memória às futuras gerações.

Brasil | Um arquiteto negro na São Paulo escravocrata


Escravizado até os 58, Tebas dominou a arte de entalhar pedra e foi um dos maiores nomes da construção colonial, no século XVIII. Sua presença revela influência negra na arquitetura brasileira. Mas sua história até hoje é esquecida

Rôney Rodrigues | Outras Palavras

Era outra São Paulo, explica o escritor e jornalista Abílio Ferreira. Estamos na esplanada da histórica Igreja da Ordem Terceira do Carmo, na região central de São Paulo, erguida em taipa de pilão no século 18. “Ali, onde está o prédio da Secretaria da Fazenda”, aponta ele, “havia um convento mais antigo ainda, de 1592. Foi demolido em 1928 para fazer esse prédio e alargar a avenida Rangel Pestana. Essa igreja que sobrou é um vestígio dos três vértices do triangulo histórico, que inclui também o convento de São Bento e o de São Francisco. E Tebas tem obras nessas três pontos do vértice”, conta Ferreira.

Ferreira acaba de lançar o livro Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (abordagens), primeira publicação de não ficção dedicada ao construtor. Conta que devido a seu sofisticado trabalho e ao fato de ser negro e escravizado, muitos alegaram que Tebas não passou de uma lenda. Outros sugerem que ele, na verdade, era branco.

Mas os documentos históricos estudados pelo escritor comprovam: ele existiu e era muito requisitado pelas poderosas ordens religiosas de São Paulo que pagavam — e caro — pela arte de entalhar pedras desenvolvida pelo arquiteto.

Populistas anunciam aliança europeia de extrema direita


Após encontro em Milão, líderes da AfD, da Alemanha, e da Liga, da Itália, prometem formar novo bloco de partidos eurocéticos no Parlamento Europeu e promover mudanças radicais na UE.

Os partidos populistas de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e Liga, da Itália, anunciaram nesta segunda-feira (08/04) que pretendem formar um novo bloco no Parlamento Europeu junto com outras legendas eurocéticas e de extrema direita.

O novo grupo deve se chamar Aliança Europeia de Pessoas e Nações (EAPN), afirmou Jörg Meuthen, um dos líderes da AfD, em coletiva de imprensa ao lado do líder da Liga, o ministro do Interior e vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, em Milão.

Meuthen, que também é o principal candidato da AfD para as eleições europeias de maio deste ano, afirmou que o encontro em Milão foi um "sinal de partida para algo novo". Ele viajou à Itália a convite de Salvini, que também lançou sua campanha para o Parlamento Europeu.

Ultranacionalistas podem ser decisivos na eleição em Israel


Pequenos partidos de extrema direita poderão ser fundamentais para definir formação do novo governo. Likud, de Netanyahu, lidera pesquisas ao lado de legenda de centro. Mas, quem ganhar, não governará sozinho.

É uma noite tranquila na badalada área portuária de Tel Aviv. Uma multidão, composta na maioria por jovens religiosos, se reúne para um evento de campanha de Moshe Feiglin, o líder do partido ultranacionalista Identidade ("Zehut" em hebraico).

Em um canto na parte frontal do centro de eventos, alguns fumam maconha sentados em um gramado artificial. Ao lado, um grupo de homens reza. Na parte interna, onde o livro de Feiglin está em exposição, uma multidão é recebida com pipocas.

"Chegou a hora de libertar o sistema político da paralisia dos últimos 70 anos", diz Feiglin, recebendo aplausos entusiasmados. "Não importa se você é de direita ou de esquerda. Ambos querem um Estado que intervenha, um 'Estado profundo' que dividirá nosso país em dois Estados." Ele diz que seu partido quer apenas "um Estado": o Estado de Israel, incluindo os territórios palestinos ocupados.

“Retaliação catastrófica e inimaginável”: como seria um ataque nuclear de Israel?


É improvável que Israel decida usar armas nucleares em um conflito, mas caso isso aconteça, o país seria capaz de "reescrever a arquitetura diplomática e de segurança do Oriente Médio", escreve Robert Farley em seu artigo para o National Interest.

Segundo o artigo, Israel tem mantido uma dissuasão nuclear para manter um equilíbrio de poder favorável com seus vizinhos desde a década de 70. O governo israelense nunca considerou seriamente o uso dessas armas, exceto em um momento histórico preocupante durante a Guerra do Yom Kippur, que levou à ocupação das Colinas de Golã por Israel.

Para o autor da matéria, o "cenário mais óbvio para Israel usar armas nucleares seria em resposta a um ataque nuclear estrangeiro".

A revista afirma que as defesas aéreas e os sistemas de mísseis de Israel são tão sofisticados que é difícil de imaginar um possível cenário em que algum país, que não seja uma das grandes potências nucleares, pudesse lançar tal ataque.

Angola e Rússia, que cooperação: tecno-económica ou militar?



O Presidente João Lourenço, pelo Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, efectuou uma visita de Estado e de charme à Rússia.

No Dia da Paz condecorou o líder russo, Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto (ainda que não saiba o que fez Putin para merecer a condecoração. Se é para celebrar o apoio do povo russo no conflito menor nacional – dito guerra-civil, e que de menor nada teve, bem pelo contrário, dado ter envolvido directa e indirectamente, vários países em território nacional – então deveria ter sido o principal representante russo, a Duma, a ser condecorada. Assim condecorar-se-ia quem, de facto, contribuiu com pessoas e material para a guerra em Angola: o Povo Russo.

Mas há factos que a diplomacia não pode evitar. E um dos factos é que quem manda – e no caso russo, sabe-se bem quem manda – é que determina as relações inter-Estados, em particular, a cooperação.

Vários protocolos e acordos de cooperação foram assinados, com especial destaque para a cooperação militar e, com maior ênfase por parte dos russos, para a exploração diamantífera e pescas e...exploração espacial! – neste caso, com clientes como nós, em que entregam produto deteriorado e ficamos, eternamente, a aguardar a reposição da parte garantida, ou seja, um novoa...

Angola | Sofrimento dirigido – carta de leitor no jornal O País


Caro director de O País

As minhas calorosas saudações pelo bom trabalho que este jornal tem feito em prol dos angolanos. Muitos fi camos agradecidos por conseguirem contar a nossa própria realidade, para que os angolanos de um ponto do país consigam fi car informados sobre o que se está a passar noutro ponto do país. Também agradeço o espaço que nos dão, enquanto leitores, para falarmos das coisas que nos alegram ou preocupam.

O Estado angolano tem falado muito da autoconstrução dirigida como uma forma para as pessoas resolverem o problema da habitação. Mas é o mesmo Estado que não legaliza os terrenos e é o mesmo Estado que, depois de lotear os terrenos, se esquece do cidadão. Temos muitos exemplos no país; desde Cacuaco, bairros no Huambo, perto do S. João, o da Graça em Benguela e o do Benfica, em Luanda.

As pessoas construíram as suas casas e o Estado não vai lá por as infraestruturas - como os esgotos não estarem acabadas. Todos vivem ao lado de fossas, isso vai causar sérios problemas de saúde no futuro. Também o Estado não asfalta as ruas.

No Benfica, aquilo é sofrimento dirigido, boas casas, mas em ruas esburacadas e com pequenas ravinas, cheias de lama ou poeira, consoante o tempo. Já passou mais de uma década. E lá moram pessoas com posses, imagine-se o que fazem aos mais pobres. Só Deus.

Marcos Afonso | Viana, Luanda

Angola | PGR pede absolvição de Garcia e condenação do general Arsênico


Burla tailandesa: PGR pede absolvição de Norberto Garcia e condenação do general Arsênico.

O Ministério Público(MP) pediu hoje ao Tribunal Supremo a absolvição dos réus  Norberto Garcia e  Millian Isaac Haile que respondem  no conhecido processo “Burla à Tailandesa”. Quanto aos réus  general Arsênio e de Christian de Lemos,  O MP pediu a sua condenação apenas pelo crime de tráfico de influência.

A PGR pediu também a condenação dos tailandeses e da angolana Celeste de Brito. Celestes de Brito poderá, entretanto, ser  absolvida apenas no crime de auxilio a imigracao ilegal, segundo proposta do MP.

Isabel Dala | O País

Angola | ATINGIMOS O ZERO - Martinho Júnior


“Acabaram-se as complicações sociais!
Atingi o Zero Cheguei à hora do início do mundo e resolvi não existir
Cheguei ao Zero-Espaço ao Nada-Tempo ao eu coincidente com vós-Tudo
E o que é mais importante: Salvei o mundo!”

Última estrofe do poema de Agostinho Neto, “Renúncia impossível” –  poema musicado pelos Irmãos Kafala

Martinho Júnior, Luanda 

1- Por orientação do Presidente da República de Angola e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, camarada João Manuel Gonçalves Lourenço e por cumprimento do camarada General Fernando Garcia Miala, actual Chefe do SINSE, para aqueles que um dia entraram ao serviço dos organismos de inteligência e de segurança do poder de estado em Angola, “houve uma porta de entrada, mas não há de saída”!

Desse modo insofismável, passa-se a considerar a existência da Comunidade de Inteligência e Segurança de Angola num quadro filosófico que tem tudo a ver com a harmonia entre patriotas que se devem empenhar ao longo de toda a sua vida na luta pela paz, pelo aprofundamento da democracia, pela justiça social e também na luta contra o subdesenvolvimento enquanto projecção da independência e soberania de Angola.

Portugal | Mais uma oportunidade perdida


A Lei Orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil aprovada em Conselho de Ministros e promulgada pelo Presidente da República não cumpre os princípios consignados na Lei de Bases da Proteção Civil.

Duarte Caldeira | Abril Abril | opinião

Após um conjunto de hesitações e peripécias, foi publicada a Lei Orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil, agora designada Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O diploma aprovado em Conselho de Ministros e promulgado pelo Presidente da República, possui um problema básico: não cumpre os princípios consignados na Lei de Bases da Proteção Civil, aprovada pela Assembleia da República (Lei 27/2006, alterada pela Lei 80/2015).

A ANEPC, através da qual o Estado exerce tutela sobre o sistema de proteção civil, não se esgota em si mesmo. Mas na visão do Governo, plasmada neste diploma, todos os principais agentes (Corpos de Bombeiros, Forças de Segurança e Forças Armadas) são subordinados à ANEPC e ao seu Presidente, numa concentração de poderes que viola o espirito da Lei de Bases, claramente construída tendo por base o principio da subsidiariedade e da cooperação, que atribui responsabilidades políticas e operacionais aos patamares nacional, regional (circunscrito às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), distrital e municipal.

Portugal | Mentirosos


Rui Sá | Jornal de Notícias | opinião

Se há coisa que detesto e que, na minha opinião, é o fator que mais contribui para a descredibilização da nobre atividade política é a incoerência, ou seja, a defesa, hoje, de uma posição sobre um determinado assunto para, amanhã, defender o seu contrário.

Mário Soares, com o seu proverbial à-vontade procurava safar-se das suas constantes contradições (não creio que fosse, sequer, para aplacar a sua consciência...) com a frase "só os burros não mudam de opinião". Mas, sendo legítima essa mudança de opinião (embora poucos sejam os que o assumem), a maior parte das incoerências resultam do hábito e da naturalidade com que muitos agentes políticos mentem.

A propósito de alguns episódios que se passaram esta semana, são inúmeros os casos que me vieram à cabeça.

Portugal | Cooperativas de energia em extinção cobram menos 60% do que a EDP


Famílias já fogem às contas da luz dos grandes comercializadores e investem em energia solar para poupar.

Quase centenárias, com áreas de concessão muito pequenas, tecnologia de ponta e níveis de serviço melhores do que os da (quase) monopolista EDP Distribuição, as cooperativas elétricas conseguem levar energia em baixa tensão e comercializá-la junto de quase 17 mil clientes a preços que chegam a ser 60% mais baixos do que na concorrência. Em vez de pagarem salários milionários aos administradores, as cooperativas distribuem os excedentes pela comunidade, financiando desde infantários a grupos culturais. Estão em risco de ser extintas.

Continua, mas…

Para saber mais paga-se. Eis mais um “caça níqueis”

Artigo no Jornal de Notícias num trabalho de Erika Nunes, com acesso online exclusivo a ASSINANTES, ficando a “entrada” conforme exposta acima para nos fazer crescer água na boca e talvez responder ao “caça niqueis” em que agora tantos jornais se transformaram, como se a publicidade que vendem ao preço da “uva mijona” não bastasse para suprir as obrigações económicas. 

Afogam-nos em publicidade nas suas páginas online (sem regulação?) e nem mesmo assim a gula se satisfaz. Também aqui prevalece o “negócio” acima de tudo. Não a informação completa que nos permita conhecer e divulgar as vantagens que existem e abordam sobre as cooperativas de energia. 

O poder aos grandes para que os mais pequenos continuem a pagar e cada vez mais a mirrar.

Redação PG

Portugal | “A EDP esteve nos escritórios dos ministros a fazer as leis”


Este domingo, em declarações aos jornalistas após a reunião da Mesa Nacional do Bloco, Catarina Martins falou do que já foi apurado na comissão de inquérito às rendas de energia, dizendo que houve “promiscuidade” entre “os interesses da EDP e os governos”.

A coordenadora do Bloco considera que o trabalho da comissão de inquérito às rendas de energia é “um dos trabalhos mais importantes em debate no parlamento”. Proposto pelo Bloco e aprovado por unanimidade no parlamento, deve contar com “empenho de todos os partidos até tirarmos conclusões e consequências".

O relatório foi apresentado pelo deputado do Bloco Jorge Costa e, de acordo com Catarina Martins, “o que já foi apurado confirma que a estratégia de privatização levou vários governos a conceder garantias de alta consideração à EDP”. “Quem paga isso hoje são os consumidores”, afirma a coordenadora do Bloco, acrescentando que “estamos a pagar muito mais pela energia do que devíamos”.

Mais lidas da semana