quinta-feira, 9 de abril de 2020

A VULNERABILIDADE CRÓNICA E GEOESTRATÉGICA DA RDC

Martinho Júnior, Luanda 

De há muito que venho chamando a atenção no sentido urgente dos africanos se voltarem sobre si próprios, redescobrirem o chão onde vivem e redescobrirem-se a si próprios de forma científica, pondo de lado o que foi sobre África imposto e convencionado por aqueles que desde o exterior só dimensionaram o continente em função do egoísmo, da ganância, do lucro, da corrupção e da especulação desenfreada sobre a escandalosa oferta de matérias-primas a partir dum corpo deliberadamente tornado inerte e à mercê dos abutres, na vigência da última palavra neocolonial!

O renascimento de África só o será se for conseguido numa via de civilização, de redescobrimento, de renascimento e de vida, jamais em função da secular barbárie, não só a endémica de natureza antropológica, mas a que outros fizeram recair sobre o continente-berço da humanidade só para melhor explorar, a baixo-preço e com mão-de-obra tanto quanto o possível escrava! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/04/28/africa-da-inercia-a-catastrofe/).

A lógica com sentido de vida inspirada no sentido histórico e antropológico do movimento de libertação em África, obrigou-me a assumir essa advocacia “sobre brasas e sobre o arame”, numa altura em que o neoliberalismo galopante votou ao desdém as minhas intervenções, como havia votado ao desdém enterrando-me em vida no seio duma comunidade temperada na luta mas deliberadamente votada à marginalização, ao ostracismo e a uma intestina guerra psicológica, que só por via da traição intestinal a corruptela de civilização tornada barbárie foi tentando enfraquecer, diluir, hostilizar e vencer!... (http://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-todos-os-saiagos-do-meu-pais.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-provas-de-vida-nao-reconhecidas.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.com/2018/04/angola-construir-paz-social.html).

Aquele MPLA que tanto significava de esperança entre 1961 e 1986, foi desde os últimos dias de Agostinho Neto tomado por dentro por vírus paridos de fora do continente que conduziram ao estado de prostração e putrefacção em que se encontra, de descaracterização em descaracterização… e se num movimento como o MPLA assim aconteceu, o que não vai por África fora, o que não vai pelo Congo, essa placa central subsaariana, uma autêntica âncora que impede o navio da vida alguma vez rebentar amarras e ver-se livre do porto de morte onde foi encalhado?

Desde a passagem do Che pelo Congo, o que tem sido essa placa central subsaariana, que tem fronteiras com 9 outros países quase tão transversalmente inertes como ela? (http://paginaglobal.blogspot.com/2012/05/ainda-o-sonho-africano-do-che.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.com/p/blog-page.html).

De crise em crise, mais cedo que tarde o peso das minhas intervenções haveria que se fazer sentir por que o ciclo de traumas se adivinhava do próprio apodrecimento da mente humana parida da inconsistência neoliberal, no estertor do vírus mortal do capitalismo… (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/angola-uma-mao-lava-outra.html).

Recomecemos de novo pelo Congo, pela República Democrática do Congo, porque todos os males de África foram sendo por lá semeados, geridos e levados exponencialmente até ao estado de exaustão, pelo império da hegemonia unipolar! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/08/os-conflitos-contemporaneos-na-africa.html).

Angola | COMEÇAR DE NOVO


Víctor Silva | Jornal de Angola ! opinião

Em 4 de Abril o país deveria ter vivido a alegria e a animação próprias da celebração de uma das datas mais importantes do calendário nacional, o dia que assinala o calar definitivo das armas, abrindo a enorme janela de esperança de realização de outra grande e maior conquista dos angolanos, a Independência.

Uma pandemia mundial obrigou a que o país esteja a viver um período emergencial, de prevenção e combate ao novo coronavírus, que obriga ao isolamento social como uma das medidas profilácticas mais adequadas. Já antes, e por diversas épocas e momentos, o país viveu em planos de emergência, mas nenhum com a dimensão do que vigora actualmente, mesmo que se possa fazer uma analogia aos anos em que vigorou o recolher obrigatório.

Sendo o confinamento, a permanência em casa, uma das principais armas, a par de outras ligadas à higiene pessoal e colectiva, para se prevenir a disseminação da doença, é natural, pois, que as comemorações do Dia da Paz tivessem passado um pouco à margem desta causa que põe em perigo todos os caboucos já solidificados na construção da Nação, nos marcos modernos da democracia e do primado da lei.

Não festejar com a dimensão que a efeméride exige está longe de significar que ela tenha caído no esquecimento e perdido a importância inegável que possui na História do país. Antes pelo contrário! O facto leva à reflexão colectiva sobre os ganhos da paz e a necessidade de a preservar como condição básica para se atingir a prosperidade e abandonar o estágio de subdesenvolvimento. Que choca com o potencial de riqueza identificado e por identificar com que os nossos solo, subsolo, rios e mar foram bafejados.

Desde o parto da Independência, e durante décadas, Angola viveu em conflitos político-militares que foram adiando a concretização plena do país sonhado e possível, que garantisse a harmonia e a felicidade para todos, sem distinção. Por isso, a conquista da paz destapou um oceano de esperança e de oportunidades que tardam, contudo, a ser sentidas pela maioria dos angolanos, atirada ao descaso e à sorte por força da inversão de valores que nos são (ou eram) idiossincráticos e que foram substituídos por alguns dos conhecidos pecados capitais, que uma minoria conseguiu impor em beneficio próprio e quase como padrão de vida institucionalizado.

STP | Covid-19: Nenhum dos quatro casos positivos tem quaisquer sintomas da doença


São-Tomé, 09 Abr 8 2020 ( STP-Press ) – O ministro são-tomense da Saúde, Edgar Neves, numa entrevista quarta-feira a TVS declarou que nenhuma das quatro pessoas dadas como positivas tem quaisquer sintomas do coronavírus [ a Covid-19 ] “não podendo”, por isso, “serem catalogadas de doentes”.

“Não têm sintomas nenhuns. Podemos tranquilizar, e não significa que estamos descansados, mas tranquilizar, que neste momento não podemos catalogar as pessoas como doentes”, disse Edgar Neves quando se referia aos quatro casos positivos do coronavírus de acordo com resultados de testes realizados em Franceville, Gabão com apoio da OMS.

Tendo declarado que “ a grande medida é o isolamento a nível do domicílio ou em alguma unidade não hospitalar…. porque não estando doentes…. não têm estatuto para ocupar uma cama do hospital”, Edgar Neves disse que “as medidas são essencialmente de vigilância apertadíssima”.

Ainda na manhã de quarta-feira  num programa da TVS, a Televisão são-tomense, uma enfermeira do Ministério da Saúde declarou que “nenhum dos quatro infetados apresenta sintomas da doença [estão assintomáticos] ”, estando cada um “em quarentena domiciliária sob controlo da equipa médica deste ministério”.

Na terça-feira o ministro da Saúde, Edgar Neves assegurou que o governo vai fazer a contra-analise dos testes em causa, enviando para laboratórios internacionais de referência, as amostras que deram positivas a doença face aos exames de Franceville, Gabão.

Ricardo Neto | STP-Press

Amnistia alerta para abusos e detenções arbitrárias na Guiné Equatorial

Teodore Obiang, o criminoso ditador
A organização internacional fala em "total falta de independência" entre o Goveverno e o sistema judicial.

A Amnistia Internacional (AI) alertou hoje, no seu relatório sobre os direitos humanos em 2019, para casos de abusos, intimidação e detenções arbitrárias na Guiné Equatorial, apontando ainda uma "total falta de independência" do setor judicial face ao Governo.

No relatório "Direitos Humanos em África", hoje divulgado, a AI assinala que "abusos, intimidações e detenções arbitrárias de defensores e ativistas dos direitos humanos continuaram", enquanto "os direitos da liberdade de expressão e associação foram constantemente estrangulados".

A organização de defesa dos diretos humanos regista as detenções de ativistas, como Joaquín Elo Ayeto, também conhecido como Paysa, que esteve detido durante quase um ano por suspeitas de "ter informações sobre um plano para assassinar o Presidente", Teodoro Obiang Nguema, tendo sido sujeito a tortura enquanto esteve preso.

A organização aborda também a detenção de Alfredo Okenve, vice-presidente do Centro de Estudos e Iniciativas para o Desenvolvimento da Guiné Equatorial (CEID), uma organização não-governamental que denunciava violações e abusos dos direitos humanos no país. A CEID é, na ótica da AI, uma das vítimas das restrições à liberdade de associação, depois de esta ter visto a sua autorização ter sido revogada pelo decreto assinado em julho pelo ministro do Interior equato-guineense.

Covid-19: Autoridades da Guiné-Bissau elevam para 36 número de casos


A Guiné-Bissau regista três novos casos positivos de contágio pelo novo coronavírus, elevando a 36 o número de pessoas infetadas no país, anunciaram hoje as autoridades de saúde guineenses.

Segundo o médico Tumane Baldé, do Centro Operacional de Emergência em Saúde, das "86 amostras recolhidas para o laboratório nacional, 83 casos deram negativos e três deram positivo, elevando para 36 os casos confirmados com covid-19".

"Dos três novos casos, dois são do setor autónomo de Bissau e um de Canchungo", precisou o médico.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

Cabo Verde | Oito casos suspeitos em três ilhas


Após dois dias sem novos casos suspeitos de coronavírus, Cabo Verde registou hoje oito casos que necessitarão de ser sujeitos a teste de despiste da COVID-19: cinco na Boa Vista, dois em São Vicente e um em São Nicolau.

A informação foi avançada na conferência diária sobre a COVID-19, pelo director nacional de saúde, Artur Correia, que salientou ser normal haver casos suspeitos. "Esperemos que não se transformem em casos confirmados", ansiou.

Artur Correia disse ainda que "cada vez mais vamos pesquisar mais casos suspeitos. Estamos a correr atrás do vírus. É natural que venham a surgir mais casos suspeitos, porque estamos a correr atrás de pessoas com eventuais sintomas que poderão ser suspeitas de COVID".

Entre os oito casos suspeitos anunciados hoje, está uma criança de São Nicolau que foi evacuada daquela ilha para São Vicente "com um quadro de bronco-pneumonia". Já dos outros sete casos relatados, cinco estão na Boa Vista, tratando-se de pessoas que estão de quarentena nos hotéis, e dois em São Vicente, "um profissional de saúde e um utente", explicou, sem entrar em mais detalhes, o Director Nacional de Saúde.

Quanto aos dois casos que tinham sido dados como inconclusivos, o teste decisivo "vai ser efectuado hoje. Estão a ser feitos todos os preparativos para que os testes sejam realizados hoje e amanhã deveremos saber novidades", esclareceu Artur Correia.

África tem 48 países com testes e compete com "mundo desenvolvido" - UA


África tem 48 países com testes à COVID-19 e compete com o “mundo desenvolvido” no acesso a testes e material de protecção, revelou hoje o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

John Nkengasong, que falava durante um encontro online com a comunicação social a partir de Adis Abeba, na Etiópia, sublinhou “o feito” que a União Africana alcançou ao conseguir que, em duas semanas, o número de países com capacidade de testar a COVID-19 passasse de dois para 43, situando-se actualmente nos 48.

“Se tivéssemos começado em Janeiro, todos os países já teriam esta capacidades de diagnóstico”, disse.

O director do África CDC sublinhou que, graças à existência destes testes de diagnóstico, é possível quantificar hoje o número de infectados no continente.

Segundo afirmou, África regista actualmente 11.400 casos em 52 países, com 572 mortos e 1.313 recuperados.

Aos jornalistas, John Nkengasong referiu que o continente está actualmente a competir com “o mundo desenvolvido” no acesso a estes diagnósticos e também a material de protecção como máscaras e fatos.

Portugal | Mais de 400 mortes de covid-19. Internamentos diminuem, recuperados aumentam


Desde o início do surto, morreram 409 pessoas no país e foram infetadas 13 956, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde. Esta quinta-feira, aumentaram 6,2% o número de novos óbitos face a ontem e 7,6% os novos casos. Internamentos diminuíram, recuperados aumentaram.

Nas últimas 24 horas, registaram-se, em Portugal, mais 29 mortes e 815 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus. O que representa um aumento percentual de 6,2% nos óbitos de 7,6% nos infetados. No total, o país tem agora 13 956 infetados, 409 mortes e 205 recuperados, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), desta quinta-feira (9 de abril). Já o número de pessoas internadas diminuiu, pela primeira vez. Encontram-se menos 38 doentes nos hospitais e menos 4 nos cuidados intensivos.

Esta a semana, a taxa de crescimento de novos casos no país tem rondando os 5%. Quarta-feira estava nos 5,6%. O que significa uma redução em comparação com a semana anterior. A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu mesmo uma "estabilidade na curva real e na projetada", esta quarta-feira, pedindo, no entanto, cautela na forma como se olha para os números e na aplicação rigorosa das medidas de contenção.

Depois de oito dias sem sofrer evolução, o número de recuperado tem agora aumentado todos os dias. Nas últimas 24 horas, registaram-se mais nove pessoas curadas.

Estão internados 1173 doentes (menos 38 que ontem), destes 241 estão em unidades de cuidados intensivos (menos 4 que na quarta-feira). A ser tratados em casa, encontram-se 87,2% das pessoas, indicou o secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa diária.

Quanto às vítimas mortais, a atualização dos dados não revela grandes diferenças: 87% eram idosos com mais de 70 anos. A taxa de letalidade do país está agora nos 2,9%, informou António Lacerda Sales.

Aguardam resultados laboratoriais 3801 pessoas e mais de 24 mil estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde para vigiar possíveis sintomas. Até ao dia de hoje foram feitos mais de 130 mil testes, assume o secretário de estado da Saúde, que anunciou que "mais de um milhão testes" chegarão a Portugal, esta sexta-feira, bem como outros equipamentos de proteção individual: "Amanhã chegarão milhões de máscaras cirúrgicas e centenas de milhares de equipamentos foram encomendados. Estamos a proteger os nossos profissionais de saúde".

Morreram mais 683 pessoas em Espanha e superam-se as 15 mil mortes


Nas últimas 24 horas morreram mais 683 pessoas em Espanha com Covid-19. O país ultrapassa assim a barreira das 15 mil mortes desde o início da pandemia.

O número de vítimas mortais apresentado esta quinta-feira (683) representa um decréscimo face ao dia desta quarta-feira (757). Com estes novos dados, avançados pelo Ministério da Saúde de Espanha, o país chega às 15238 vítimas mortais desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Existem até ao momento mais 152 mil pessoas infetadas e 52 mil e 165 pessoas foram consideradas curadas. O pico da Covid-19 em Espanha poderá ter sido atingido no dia 2 de abril, com o registo de 950 mortes num dia.

O parlamento de Espanha debate esta quinta-feira o prolongamento do estado de emergência até 26 de abril.

Rita Neves Costa | Jornal de Notícias

Imagem: Militares em Espanha em ação de transferência de doentes infetados // Foto: EPA

VACILAM OS DOIS PILARES DA UNIÃO EUROPEIA


Pierre Lévy [*]

Demasiado tarde. Em meados de Março, após muitos adiamentos, a Comissão Europeia resignou-se a invocar a "cláusula derrogatória geral", nunca antes utilizada, que suspende oficialmente a austeridade. Os Estados são autorizados a gastar sem conta. Esta é a única coisa que Bruxelas podia fazer de bem: não mais vigiar, não mais ameaçar, não mais sancionar – numa palavra, calem-se.

Salvo que o mal está feito. Durante os seus vinte e três anos de existência, o Pacto de Estabilidade tem sido uma arma de destruição maciça das despesas públicas dos Estados-Membros, com os serviços públicos na linha da frente. Daí a trágica catástrofe no domínio da saúde pública. Em França, por exemplo, o número de camas hospitalares por habitante foi reduzido para metade em três décadas. Não teria havido caos, pânico nem contenção se o país tivesse tido as máscaras, testes, respiradores e pessoal necessários – em suma, se o Governo, e todos os seus antecessores empenhados na lógica europeia, tivessem tido em conta as reivindicações do hospital público ao invés de cilindrá-lo.

Certamente não é por acaso que a Itália está no centro do furacão. O semanário alemão Freitag recordou recentemente como a UE havia exigido de Roma, em 2011, uma redução de 15% das capacidades em cuidados de saúde, precisamente em que Bruxelas estava a substituir Silvio Berlusconi, considerado demasiado brando, pelo antigo Comissário europeu Mario Monti.

Os 27 da UE, em pânico devido ao duplo tsunami sanitário e económico, portanto "suspendeu" a austeridade. Mas por quanto tempo? Pois sem o colete de força do pacto de estabilidade da UE, a moeda única não pode aguentar-se por muito tempo.

Juntamente com o euro, o espaço de livre circulação Schengen constitui o segundo pilar celebrado pelos europeístas. Já abalado pela crise dos migrantes, a partir de agora ele vacila nos seus alicerces. No espaço de alguns dias, nada menos que quinze países – incluindo a Alemanha – retomaram o controle bem fechado das suas chamadas fronteiras "internas", espezinhando assim as regras mais sagradas. O presidente francês foi um daqueles que, até 12 de Março, afirmavam que estas deveriam ser deixadas abertas. Antes, alguns dias mais tarde, de decidir com os seus pares encerrar as fronteiras ditas externas. Um vírus curioso, decididamente, que parece distinguir entre países que são membros do clube europeu e os demais.

Na debandada geral, viu-se Paris e Berlim decretarem que as preciosas máscaras de protecção deveriam ser destinadas prioritariamente aos seus serviços nacionais de saúde – um reflexo lógico, que testemunha que a nação continua ancorada como o quadro de protecção por excelência, mas que colocou Bruxelas em transe –, enquanto Praga roubava as máscaras enviadas à Itália pela China. A Itália, de facto, recebeu condolências empáticas da UE; e equipamento, pessoal de cuidados de saúde e logística militar de Pequim, portanto, assim como da Rússia e de Cuba... Nas redes sociais da Península circulam milhões de mensagens com uma única ideia: recordaremos disso. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio, não disse outra coisa.

Pandemia de Covid-19 pode causar mais 500 milhões de pobres


Até 8% da população mundial pode cair na pobreza, devido aos efeitos da pandemia

A organização não-governamental (ONG) Oxfam afirma que a pandemia do novo coronavírus pode colocar mais de 500 milhões de pessoas em situação de pobreza, na ausência de medidas de apoio aos países mais desmunidos.

No relatório intitulado "O Preço da Dignidade", a Oxfam indicou que entre 6% a 8% da população mundial podem cair na pobreza, devido à paragem das economias para controlar a propagação do vírus.

"Isto pode significar à escala mundial um recuo de 10 anos na luta contra a pobreza e um recuo de 30 anos em certas regiões, como a África subsariana, o Médio Oriente ou a África do Norte", com mais de metade da população mundial ameaçada de cair em situação de pobreza após a pandemia, acrescentou a ONG.

A HOLANDA QUER MESMO PERTENCER À UNIÃO EUROPEIA?

Hoekstra e Mark Rutte, holandeses e anti-Europa do sul... pobre
Anselmo Crespo | TSF | opinião

A melhor resposta ao Governo holandês depois da posição "repugnante" que teve num Conselho Europeu foi a de uma holandesa, Elsje Van Kessel, num artigo de opinião que publicou no Expresso. É verdade que ela responde também a Miguel Sousa Tavares, mas isso agora não vem ao caso.

Explicava Elsje Van Kessel que o primeiro-ministro Mark Rutte e o ministro das Finanças Wopke Hoekstra tinham mostrado "o lado mais feio" do Governo holandês à Europa e "uma evidente falta de empatia, combinada com a frontalidade pela qual os holandeses são conhecidos e que nem sempre é apreciada". Pois bem, sejamos então frontais. E, para isso, não é preciso entrar em comparações históricas sobre quem deve ter mais orgulho ou mais repulsa pelo seu passado.

O problema não é o Governo holandês estar contra os coronabonds. Se fosse só isso, nós, europeus, só tínhamos de tentar compreender as razões invocadas, concordar ou discordar. Ponto. Era relativamente simples. O problema é que, para o executivo de Haia, as palavras "união" e "solidariedade" parecem ter significados diferentes quando ditas em holandês - saamhorigheid e solidariteit - ou noutra língua qualquer.

Em 2020, como em 2008, Haia continua a olhar para União Europeia como quem vê televisão a preto e branco, dividindo os países - para não dizer o continente europeu - entre "bons" e "maus", com uma superioridade moral que não tem e com argumentos políticos básicos que frequentemente são confundidos com frontalidade.

Portugal | O HACKER RUI PINTO REGRESSA A CASA


Rui Pinto aceita revelar passwords de discos com milhões de documentos

O hacker Rui Pinto, que estava em prisão preventiva, foi colocado em prisão domiciliária, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária e sem acesso à internet, por decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

Uma das condições para a passagem do hacker à prisão domiciliária terá sido o compromisso de revelar as passwords dos dez discos rígidos com informação a que, devido ao sistema de encriptação avançado, nenhuma autoridade europeia conseguiu ainda explorar.

Carolina Rico | TSF

Covid-19 | CERCA DE 90 MIL PESSOAS MORRERAM EM TODO O MUNDO


Mais de 1.5 milhões de casos de Covid-19 em todo o mundo 

Segundo o último balanço da AFP, das 1,502,478 pessoas infetadas, 87,320 morreram em 192 países ou territórios desde que a pandemia surgiu na China, no final do ano passado.

A Europa é o continente mais atingido, com 772,592 casos de contágio e 61,118 mortes, mas os Estados Unidos são o país onde a pandemia se está a propagar mais rapidamente, com 432,132 infeçõees e 14,817 mortes.

A  Agence France-Press deixa a ressalva: com muitos países a testar apenas pessoas com sintomas graves, é provável que estes números apenas reflitam uma pequena parcela do total real de contágios.

Carolina Rico | TSF ao minuto

MEDO E ABSURDO POLÍTICO FACE À PANDEMIA


Thierry Meyssan*

Cada grande epidemia altera o curso da história, não forçosamente por aniquilar as populações, mas provocando revoltas e mudanças de regimes políticos. Sob o efeito do pânico, somos incapazes de reflectir e comporta-mo-nos colectivamente de maneira irracional. Muitas sociedades não conseguiram sobreviver às decisões estúpidas que então tomaram.

Durante a História, as grandes epidemias que arrasaram as economias nacionais foram quase todas seguidas por muitos derrubes de governos. A do Covid-19 não deverá constituir excepção a esta regra, independentemente do número de mortes que possa ocasionar. É por isso que, um pouco por todo o lado no mundo, os dirigentes políticos tomam decisões que sabem ser inúteis apenas para mostrar aos seus concidadãos que fizeram tudo aquilo que estava ao seu alcance.

A psicologia social mostra que o medo não é proporcional ao perigo, mas sim ao facto de não se poder nem avaliá-lo, nem controlá-lo.

Quando sobrevêm uma doença desconhecida, a qual não sabe quantas pessoas matará, a Ciência tenta conhecê-la pondo tudo em questão. Os responsáveis políticos, esses, têm que tomar decisões sem saber mais do que cientistas. Alguns rodeiam-se pois de personalidades que tendo feito progredir a Ciência no passado, agora nomeiam de «especialistas» do que ainda não conhecem, e utilizam-nas para propangandear tudo de bom que pensam sobre a sua política. Para eles, o objectivo não é salvar vidas, mas, sim agir para garantir o seu Poder.

O Hezbolla contra o Covid-19


No Líbano, o governo de Hassan Diab instaurou um recolher obrigatório e medidas sanitárias drásticas para lutar contra a epidemia quando as unidades de saúde do país dependem, quase exclusivamente, do sector privado. Os Partidos religiosos libaneses pró-EUA acusaram o Hezbolla de ter importado o Covid-19 desde o Irão para o país.

Neste contexto, o Hezbolla espontaneamente tomou a cargo a Saúde Pública no Sul do país, maioritariamente xiita. O Partido de Deus dispõe dos seus próprios hospitais, considerados como os melhores do Médio-Oriente. Ele anunciou a mobilização de 1.500 médicos, 3.000 enfermeiros e socorristas, assim como de 5.000 quadros de saúde e de serviços. Ele procede à desinfecção das cidades e movimenta-se a fim de informar a população.

A competência do Hezbolla em matéria de Saúde Pública vale-lhe regularmente o Ministério da Saúde libanês. Assim, o Professor Hamad Hassan é o seu actual titular.

Através da sua comunicação, o Hezbolla lembra que defendeu o país contra o agressor israelita em vez do Estado e que hoje em dia defende ainda os Libaneses contra a epidemia em lugar do Estado.

Por seu lado, os Estados Unidos que acusam o Partido de Deus de ser uma organização terrorista, apoiam a agressão israelita e não oferecem qualquer meio ao Governo diante da pandemia.

Voltairenet.org | Tradução Alva

Salvemos la vida de los prisioneros palestinos!


La Coalición Europea de Apoyo a los Prisioneros Palestinos ha lanzado una campaña internacional pidiendo a los gobiernos, parlamentos, partidos y organizaciones que se atienda con urgencia a las condiciones de salud de los hombres, mujeres y menores prisioneros en las cárceles y centros de detención del sionismo y que se encuentran hoy indefensos ante la pandemia del COVID-19 y que sean liberados de inmediato los más vulnerables.

He aquí el llamamiento:


El Frente Antiimperialista Internacionalista apoya con toda determinación esta campaña y aporta el siguiente documento, llamando a la participación en esta campaña: https://youtu.be/YoMzWufTVt4



Animamos a todas las personas que comparten los planteamientos del FAI a grabar un vídeo corto, de unos 20 a 40 segundos, con alguna de las reivindicaciones o con mensajes relativos a la campaña y a enviárnoslos, vía Wetransfer u otros medios de transferencia, a la dirección de correo electrónico frente_antiimperialista@riseup.net, así como a difundirlos por sus redes sociales con la etiqueta #LibertadPrisionerosDelSionismo.

Libertad para los prisioneros de la libertad!

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