quinta-feira, 16 de abril de 2020

Brasil | MANDETTA SAI, ENTRA ESCOLHA DE BOLSONARO, NELSON TEICH


Em artigo no Linkedin, Nelson Teich defende isolar só as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos

"Usando um conceito que hoje permeia a saúde, ele deveria ser personalizado. Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos", disse ele

247 – O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é contra as políticas de isolamento e quarentena adotadas em praticamente todo o País. Segundo ele, apenas as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos deveriam ser isoladas – o que demandaria testes em massa e o uso de tecnologias invasivas de privacidade. Leia, abaixo, a íntegra do seu artigo:

Por Nelson Teich, em seu Linkedin Esse artigo é dividido em duas partes. Na primeira falamos das ações para enfrentamento da crise causada pela Covid-19, algo que em grande parte já faz parte da visão da população e dos gestores. Na segunda parte vou abordar alguns pontos que acredito podem ter impacto nas avaliações, nas escolhas e nas definições de políticas e ações.

Podemos dividir as ações para o enfrentamento da crise atual desencadeada pela Covid-19 em alguns pilares:

1.     Entender que o atual momento é marcado por enorme falta de informação e grande incerteza em relação a Covid-19. Essa incerteza se aplica à história natural da doença e sua evolução, ao impacto final no nível de saúde das pessoas e da sociedade, ao tempo que a sociedade vai ter que conviver com uma mudança radical no seu dia a dia, e aos possíveis desdobramentos sociais e econômicos consequentes à doença e às medidas que vão sendo tomadas.

Um nível de incerteza muito alto obriga gestores a rever quase que diariamente, com bases em novas informações que vão sendo acumuladas, as escolhas, políticas e ações que foram previamente determinadas. Isso torna crítica a capacidade de gerar informação detalhada, completa e confiável, em tempo real.

2.     Estruturar os sistemas de saúde público e privado para que tenham a capacidade de oferecer os cuidados necessários para a população, durante o período da epidemia a após o seu término. O sistema de saúde vai ter que administrar uma enorme demanda reprimida ao término da crise da Covid-19.

3.     Tomar medidas que permitam ao Sistema de Saúde atender todos os que necessitam de cuidado durante a crise da Covid-19:

3.a.     Reduzir o volume da entrada simultânea de novos pacientes no Sistema de Saúde para que se consiga atender tanto aqueles com diagnóstico de Covid-19 quanto aqueles com outras doenças e problemas que não podem ter o seu cuidado postergado.

3.b.     Aumentar a capacidade do Sistema de Saúde para atender com qualidade a uma demanda aumentada de pacientes, estruturando a operação de forma que ela seja segura para os profissionais de saúde, e trabalhando em iniciativas voltadas a hospitais, leitos, equipamentos como respiradores, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Recursos Humanos. 

3.c.      Iniciar programas de Telemedicina que vão auxiliar nos processos de diagnóstico e tratamento, permitindo que isso seja conseguido mantendo o distanciamento que protege profissionais e pacientes. 

4.     Iniciar uma estratégia que permita estruturar e coordenar a retomada das atividades normais do dia a dia e da economia. 

5.     Iniciar programas e pesquisas para avaliar as melhores estratégias de diagnóstico, prevenção, tratamento e monitoramento da Covid-19 e suas consequências.

6.     Criar um programa de Informação e Inteligência que consolide todas as informações críticas que vão permitir entender a doença e suas consequências e definir as políticas e ações adequadas.

7.     Trabalhar o Brasil com o detalhamento necessário por estados ou regiões, permitindo que as ações e políticas sejam implementadas na sequencia ideal nas diferentes regiões do país, auxiliando nas estratégias de logística e transferência de recursos de uma parte do país para outra. Isso vai evitar a compra de insumos e equipamentos de forma simultânea para todo o país, algo importante não só pelo custo financeiro, mas também por uma possível escassez de recursos para compra que pode acontecer em diferentes momentos ao longo da crise. 

8.     Pesquisa na busca de Vacinas e Tratamentos que atuem sobre a Covid-19.

Vou comentar agora alguns pontos que me parecem críticos na avaliação da situação atual e no desenho dos próximos passos.

Mandetta | Ministro da Saúde brasileiro confirma demissão: "Já chega"


Luiz Henrique Mandetta anuncia que só irá permanecer no cargo "até encontrarem uma pessoa" para o substituir.

Luiz Henrique Mandetta confirmou, esta quinta-feira, os rumores que davam conta da sua saída do cargo de ministro da Saúde, no seguimento do clima de tensão com o presidente Jair Bolsonaro a propósito da gestão da pandemia de Covid-19.

Em entrevista concedida à revista brasileira Veja, o responsável político disse ser impossível manter-se como responsável desta pasta face aos mais recentes desenvolvimentos: "Não, não. São 60 dias nessa batalha. Isso cansa!".

"Sessenta dias a ter de medir palavras. Você conversa hoje, a pessoa entende, diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente. Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né? Já ajudámos bastante", afirmou.

Luiz Henrique Mandetta explicou que só irá permanecer no cargo "até encontrarem uma pessoa" para o substituir. Depois disso, pretende "trabalhar" para sustentar a família.

"Tenho de ganhar o pão. O meu caçula, o Paulo, está no último da faculdade de direito na USP, em São Paulo. O Pedro, que é médico, está na residência de cirurgia geral na Santa Casa de Campo Grande, e a Marina, que é advogada e mãe do meu netinho", rematou.

Notícias ao Minuto

Portugal | A URGÊNCIA DO POSSÍVEL


Pedro Ivo Carvalho *| Jornal de Notícias | opinião

Isolamento, confinamento, tolhimento. Apagamento, sofrimento, asfixiamento. Orçamento, rendimento, empobrecimento. E, no final, uma inevitabilidade que não chega: renascimento.

Se pudéssemos traduzir a gestão da pandemia numa fórmula esquizofrénica, seria mais ou menos assim: preservar-vidas-mais-cuidados-de-saúde-menos-paralisação-económica-é-igual-a-ninguém sabe. A forma honesta, porém confrangedora, com que o ministro das Finanças assume ter dúvidas sobre tudo e certezas sobre quase nada no respeitante à saúde das contas públicas e resiliência da economia atesta bem da perenidade de qualquer projeção. E da debilidade das respostas a uma realidade escorregadia. Espera-nos a mais dura recessão de que há memória, agravada pela circunstância de sermos um país periférico onde a taxa de poupança é baixíssima. É como acordar de um pesadelo sem sair do pesadelo.

Urge, porquanto, que a reflexão coletiva evolua no sentido de obtermos um horizonte económico. O possível, pelo menos. O risco é conhecido: salvar empregos e empresas implica baixarmos a guarda. E não é certo, até pelas experiências contraditórias que nos chegam de nações mais zelosas (vide o caso de Singapura, obrigada a recuar para impor um "lockdown" que não achara necessário), que os ganhos sejam maiores do que as perdas. Para António Costa, ainda não chegou o momento de darmos esse passo inevitável. O vírus é temperamental. E a vacina só estará garantida, num cenário ideal, daqui a um ano. Até lá, continuaremos a tremer no trapézio. Veremos o que fará aos países da Europa do Norte o alívio das restrições que agora promovem. Serão a nossa bitola.

O novo normal económico virá devagar, mesmo que precisemos que seja urgente. Porque as empresas não aguentam um coma de meses. Parar foi viver. Parar muito tempo será morrer. Ainda assim, não há fórmulas milagrosas para curar esta ferida. Apenas a certeza de que, quando houver condições, teremos de ser tão disciplinados a libertar-nos deste colete de forças como fomos quando nos amarraram os braços.

* Diretor-adjunto

Portugal | Renovação do estado de emergência aprovada pelo Parlamento


A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira o decreto do Presidente da República que renova o estado de emergência até ao final do dia 2 de maio, para permitir medidas de contenção da Covid-19.

No plenário, o PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram a favor da prorrogação do estado de emergência, enquanto o PEV e Chega abstiveram-se.

O PCP, a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e o líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, votaram contra.

Em relação à primeira renovação do estado de emergência, há duas semanas, mudaram o sentido de voto o PCP e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, que se tinham abstido e hoje votaram contra.

PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram favoravelmente os três pedidos de autorização do Presidente da República para declarar o estado de emergência.

Tiago Rodrigues

"Espero que seja a última vez" 

É preciso começar a reanimar economia mas sem descontrolar a pandemia, defendeu António Costa. Além do regresso às aulas do 12.º, o primeiro-ministro também deseja reabri as creches em maio. "Espero que seja a última vez" que seja preciso renovar o Estado de Emergência, disse o primeiro-ministro. 

Os próximos 15 dias são, por isso, fundamentais para se preparar o próximo ano. No encerramento do debate, o primeiro-ministro sublinhou que o país vai ter de aprender a viver com o vírus já que no próximo ano e meio não deve haver vacina.

O regresso à normalidade pode começar pelo comércio local. A recuperação será gradual e progressiva, sublinhou. No próximo mês, o primeiro-ministro também admite reabrir as portas de cabeleireiros e de eventos culturais com lugares marcados que permitem distanciamento.

"Temos de olhar também para atividades e recintos desportivos, espetáculos ao ar livre". "A Cultura não pode continuar encerrada à espera de melhores dias" mas o teletrabalho deve manter-se, defendeu. Apesar de as empresas deverem reorganizar os tempos de trabalho, por exemplo, dividindo os trabalhadores entre horários distintos. 

Para dar confiança aos portugueses para os fazer sai de casa, o Governo vai assegurar, garantiu António Costa, em quantidade abundante no mercado, equipamentos de proteção, como máscaras, assim como "a massificação da produção de gel alcoolizado".

Alexandra Inácio

"Alvará para despedimentos em massa", acusa Joacine

A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira disse que "o estado de emergência serve como uma espécie de alvará para despedimentos em massa e para uma alta taxa de desemprego".

"Falo do uso abusivo do lay-off, da informalidade. Falo ainda de cidadãos que estão a ser alvo de ordem de despejo. De famílias que estão a residir em quartos. O estado de emergência veio revelar muitas desigualdades. Hoje também votarei contra a renovação do estado de emergência, porque é urgente que haja um combate enorme contra essas desigualdades", concluiu a deputada.

Tiago Rodrigues

Leia completo AQUI, em Jornal de Notícias

Portugal passa os 600 mortos um mês após primeira vítima da Covid-19


Portugal regista 629 pessoas mortas devido à Covid-19, exatamente um mês depois de anunciada a primeira vítima mortal da pandemia.

Segundo dados revelados esta quinta-feira, no boletim diário epidemiológico da Direção-Geral de Saúde, morreram mais 30 pessoas nas últimas 24 horas e foram registados mais 750 casos de infeção, para um total de 18841 infetados.

O número de doentes internados aumentou de 1200 para 1302 (mais 102) e o de casos em Unidades de Cuidados Intensivos também subiu, de 208 para 229 (mais 21 pessoas).

De acordo com os dados da DGS, há agora 493 pessoas recuperadas do vírus, mais 182 em relação aos números divulgados na quarta-feira.

Desde o início do ano foram registados 154727 casos suspeitos de Covid-19, tendo sido descartados 131976. Além dos 18841 confirmados, há 3910 pessoas a aguardar resultado aos testes laboratoriais e 26065 sob vigilância.

A região Norte concentra 11237 casos positivos e regista 355 vítimas mortais, mais de metade do total nacional em ambos os critérios, com uma taxa de letalidade de 3,16%. Segue-se, em número de casos positivos a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 4237 casos e 115 mortos, para uma taxa de mortalidade de 2,63%.

A Região Centro, com 2756 casos, tem a maior percentagem de letalidade, 5,3%, com 146 mortos confirmados.

Num dia em que não se registaram mais óbitos no Algarve (nove) e nos Açores (quatro), destaque para a Madeira (53 casos) e o Alentejo (156) que até à data não contabilizaram qualquer vítima mortal da Covid-19.

Os casos positivos afetam mais as mulheres (11122) do que os homens (7719), numa relação de 59% contra 41%, sendo que a faixa etária mais afetada é a dos 50 a 59 anos, com 3279 casos, logo seguida do intervalo entre os 40 e os 49 anos, com 3267 casos positivos.

Entre os mais novos, estão confirmados 321 casos entre crianças com menos de nove anos e 485 na faixa etária dos 10 aos 19 anos.

Em termos de óbitos, os homens são os mais penalizados, com 318 versus 311. Entre os maiores de 80 anos morreram 413 pessoas (230 mulheres e 183 homens). Na faixa etária anterior, entre os 70 e os 79 anos, ocorreram 131 óbitos (79 homens e 52 mulheres).

Há 59 mortos com idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos (40 H e 19 M) e 18 na faixa etária anterior, dos 50-59 anos (13H-5M).

Não há vítimas entre as pessoas com menos de 39 anos enquanto na faixa etária entre os 40 e os 49 anos morreram três homens e cinco mulheres, num total de oito.

Por concelhos, Lisboa lidera em número de casos, 996, logo seguida do Porto, com 988, e Matosinhos, 824.

Jornal de Notícias

AS FINANÇAS CONTRA O POVO NA ERA DA PANDEMIA


Prabhat Patnaik [*]

A actual pandemia trouxe à tona, com clareza excepcional, a contradição fundamental subjacente ao capitalismo contemporâneo, nomeadamente a contradição entre os interesses da finança e os do povo. Na verdade, esta contradição, que caracteriza a era da globalização como um todo, agora chegou a um ponto crítico.

Isto está a tornar-se claramente visível, país após país. Tome-se o caso da Índia. Milhões subitamente passaram ao desemprego e centenas de milhares de trabalhadores migrantes que regressam penosamente de lugares longínquos, onde estavam empregados e agora já não estão, encontram-se em quarentena com pouco ou nenhum dinheiro. A principal necessidade do momento é que o Governo providencie socorro a estes trabalhadores; e o Governo pode fazê-lo imediatamente pelo aumento do défice orçamental.

Mas ele abstém-se de fazê-lo porque um grande défice orçamental não agrada ao capital financeiro móvel global. O ministro das Finanças sai-se, portanto, com um pacote de medidas que é irrisório, onde a despesa total prometida como ajuda às famílias em dificuldades, ignorando as medidas re-empacotadas, reduz-se a meras 920 mil milhões de rupias [11 111 mil milhões de euros] (consistindo em 340 mil milhões de transferências monetárias, 450 mil milhões de transferências através do sistema público de distribuição e 130 mil milhões de transferências sob a forma de cilindros de gás). Isto corresponde a cerca de 0,5 por cento do PIB do país, o que é uma soma trivial no contexto do que geralmente é considerado a pior tragédia a atingir o país após a independência!

Mas considere-se o estado da economia. O Governo dispõe de colossais 58 milhões de toneladas de stocks de cereais (77 milhões de toneladas se incluirmos os cereais disponíveis mas ainda não prontos para distribuição imediata); a colheita de rabis [NT] promete ser boa; a indústria desde há muito tem sido constrangida pela procura com muita capacidade não utilizada (de facto, o país estava a deslizar para uma recessão industrial antes de ser atingido pela pandemia); e as reservas de divisas estrangeiras estão num nível recorde de 500 mil milhões de dólares. Um défice orçamental mais elevado nestas circunstâncias não pode ter quaisquer efeitos nocivos para a economia; mas o povo está a sofrer por vontade do capital financeiro.

O temor oficial é que, se o défice orçamental aumentar mais, então as agências de classificação de crédito rebaixariam o status da Índia, o que minaria a "confiança dos investidores" e dispararia uma fuga de capital. Isto provocaria uma nova queda no valor da rupia, a qual pode tornar-se cumulativa.

Em tudo isto, contudo, perde-se um ponto simples: se este desenlace realmente se concretizar, então não deveria haver qualquer hesitação em impor restrições às saídas de capital. Mesmo um governo Hindutva não deveria hesitar em aplicar tais restrições, se necessário, numa altura como esta.

Mas tamanho é o estrangulamento do capital financeiro que a própria ideia de controles de capitais, mesmo numa pandemia, não entra na cabeça do governo. Portanto qualquer possibilidade de controles de capitais é simplesmente descartada à partida, de modo que, mesmo antes de se concretizarem quaisquer consequências terríveis de uma ampliação do défice orçamental, a simples ideia de isto acontecer assusta o governo, levando-o a sacrificar os interesses do povo para satisfazer os caprichos das finanças.

Portugal | Pode não ser luz ao fundo do túnel nem o fim mas sim excesso de otimismo


Neste deserto cavado pelo covid-19 e respetivas restrições existem os que o vão atravessando cantando e rindo, levados por visões exatamente provocadas pela hostilidade do deserto. Miguel Cadete, diretor-adjunto do Expresso, autor do Curto de hoje, traz-nos uma provável visão em que vê luz ao fundo do túnel e o seu fim. Ou então só está a referir-se assim por dizer de outros que devem de estar baralhados. Até porque não existem túneis no deserto. Só quem por lá andou sabe isso muito bem.

Conforme o ótimo é inimigo do bom também o excesso de otimismo é inimigo da realidade nua e crua. Ver luz ao fundo de um túnel imaginário – só pode ser – não quer dizer que ela esteja lá. Nem o seu fim. Aliás, nem sequer o túnel existe. Aimda é muito cedo para isso.

O que tal pode significar é que a visão é inusitadamente otimista devido aos sinais ténues do que vamos vencendo por via do confinamento, dos esforços e riscos de imensos trabalhadores da saúde e de serviços imprescindíveis, a leva de mais vidas por covid-19. Que estamos, em Portugal, quase no planalto tão badalado pelos entendidos desta pandemia global em que todos os dias, cerca das 13 horas, nos fazem o ponto da situação e nos dão motivos para chorar as dezenas de portugueses que morrem diariamente. Um pouco mais ou um pouco menos, mas o caso é mesmo para chorar – principalmente familiares e amigos dos que perdem a vida.

É salientado neste Curto o otimismo do PM António Costa e de outros. Costa já disse que está a ver a luz ao fundo do túnel… Ele é assim, um exuberante otimista. Ainda bem, em certos casos. Miguel Cadete parece que vai atrás… Tantos outros assim vão. Esperançados, porque na realidade, em Portugal, há sinais positivos. Contudo, o que podemos estar a arriscar com tanto otimismo é a ressurgir o ataque em força do vírus em contaminações daqueles que não se mantiverem em confinamento e com cuidados acrescidos na sociabilização. Atualmente é mesmo caso para dizermos a todos que nos rodeiam à devida distância: nada de misturas!

No regresso ao trabalho como vai acontecer a nível de transportes públicos? E no próprio local de trabalho? E nas tascas e restaurantes? E nos cafés? E nas diversas lojas de artigos fúteis ou úteis? Como vamos fazer o dia a dia sem que nos contagiem e que por isso mesmo voltemos a ver crescer os números dos infetados?

Sabemos que existem entidades patronais que já estão com o coração em ânsia para retomar a atividade das suas empresas. Muitos, amargamente referem: ou isso ou a falência… Sim. Na realidade é um bico-de-obra muito grande… Mas, pensem lá, o que é mais importante? O “nosso ganha-pão” ou a saúde? A vida ou a morte?

Estamos perante aquilo a que com toda a propriedade chamamos um dilema. Quando existe dilema a sério, quando temos de optar em defesa da nossa saúde, da nossa vida, não há volta dar. Até porque se adoecermos ou morrermos também não podemos ir para o emprego, nem dirigir o nosso negócio. Tiro e queda. Certo e sabido.

Perante tais evidências parece que o sensato é aguentar ao máximo, até que o risco de contaminação por covid-19 seja ínfimo ou inexistente. Estágio difícil de atingir enquanto não existir vacinação comprovadamente eficaz.

Hoje o PR Marcelo vai avançar com mais uma quinzena de Estado de Emergência a que o Parlamento decerto anuirá e aprovará. O prolongamento por mais duas semanas do Estado de Emergência é uma medida sensata, prevê-se que com alguma abertura nas restrições anteriormente impostas. Falta saber sobre a sensatez da inclusão dos itens no capítulo da abertura. O exagero no otimismo, na luz que virem ao fundo túnel, se não tiver os condimentos assentes na exata sensatez, pode inquinar todo o esforço que fizemos até agora, pode levar mais vidas e/ou estragá-las em qualidade…

Vai ser difícil didicir. É verdade que o país não pode parar. Mas, e nós, os portugueses podem morrer ou ficarem por mais uns anos de vida com sequelas que os entendidos em saúde dizem que afetarão os “visitados” pelo covid-19?

Ao que parece, atualmente, existem melhores “remédios” para a economia afetada que para a covid-19. O que será decidido em mais uma fase, a terceira, do Estado de Emergência e das restrições a imporem?

Neste rincão aderente ao neoliberalismo o que vai acontecer? Sabemos que há uma grande vontade de fazer de conta que o pior já passou e que é hora de reiniciar a normalidade com os devidos cuidados… Ora, ora. E os que se julgam superes mas não passam de alarves ignorantes? E os que são por natureza irresponsáveis? E os que crêem cegamente nos santinhos e nos deuses que os protegem (mas que tramam os outros)? E os que…

O que for soará. Por bem ou por mal.

Vá para o Curto, a seguir.

SC | PG

Portugal | ESTADO DE EMERGÊNCIA III DECIDIDO HOJE


Presidente decide e Parlamento vota provável prolongamento do estado de emergência esta quinta-feira.

O Presidente da República decide esta quinta-feira, com parecer do Governo, sobre o prolongamento do estado de emergência por novo período de 15 dias, que durante a tarde será debatido e votado no Parlamento.

Marcelo Rebelo de Sousa já fez saber na sexta-feira passada que pretendia renovar mais uma vez o estado de emergência, que vigora em Portugal desde 19 de Março, defendendo que não se pode “brincar em serviço” nem “baixar a guarda” no combate à propagação da covid-19.

“Está formada a minha convicção – como sabem, é iniciativa do Presidente da República – quanto à renovação do estado de emergência”, afirmou na altura aos jornalistas. Na quarta-feira, após ouvir os especialistas, confirmou que “tudo se encaminha” para essa decisão.

“Mas essa renovação pode ser que nalgumas facetas signifique, não diminuir a exigência de Abril, não em relação à circulação das pessoas, mas apontar já para aquilo que vai ser a realidade de Maio”, admitiu o chefe de Estado, considerando que o próximo mês poderá ser já “de transição” para uma “retoma progressiva da vida social e económica”.

Portugal | FMI: DEPENDÊNCIAS E FRAGILIDADES


Não precisamos de conselhos sobre dependências vindos de uma instituição que sempre apoiou o plano de desindustrialização desenhado para favorecer as grandes economias europeias.

AbrilAbril | editorial

O director do departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), Poul Thomsen, disse ontem que a dependência do turismo, dos serviços e as baixas poupanças das pequenas e médias empresas podem ser um problema para Portugal no contexto do surto epidémico de covid-19.

«A dependência do turismo, a dependência do sector dos serviços, e pequenas e médias empresas (PME) que têm “almofadas” financeiras limitadas e, por isso, podem ser mais fortemente afectadas no curto prazo», foram os principais factores elencados por Poul Thomsen como potencialmente problemáticos para Portugal, numa teleconferência de imprensa, em resposta a uma pergunta da Lusa.

Chega a ser cómico ouvir um porta-voz do FMI falar em fragilidades e dependências, instituição que impõe justamente a subjugação e submissão dos países aos interesses económicos dos monopólios. Ou estarão já esquecidos os anos de intervenção da troika (CEE/BCE/FMI) e do empobrecimento generalizado dos trabalhadores que então foi imposto?

Com a adesão à União Europeia, Portugal – o «bom aluno» de Jacques Delors –, tornou-se mais dependente do exterior, as condições de vida e de trabalho agravaram-se, os trabalhadores perderam direitos, uma boa parte do emprego foi destruída, aumentaram as disparidades sociais e as assimetrias regionais, enquanto os serviços públicos foram alvo de um acelerado processo de degradação.

Uma análise mais cuidada dos chamados sectores estratégicos da nossa economia mostra-nos que as várias dependências a que o País está amarrado são fruto de opções políticas que nos amputaram a capacidade produtiva com promessas de grande cooperação e solidariedade europeia. Por que haveríamos de produzir, neste jardim à beira mar plantado, se haveria leite francês e comboios alemães com fartura?

E eis-nos aqui chegados, a enfrentar um surto epidémico e atentar evitar uma crise económica brutal, com uma terciarização da economia bem visível, em particular de actividades ligadas ao turismo, ao sector imobiliário e financeiro.

O caminho para a recuperação é, certamente, outro. Mas sabemos do que não precisamos: não precisamos de conselhos sobre dependências vindos de uma instituição que sempre apoiou o plano de desindustrialização desenhado para favorecer as grandes economias europeias.

Reino Unido sem plano para sair do "bloqueio total" devido à pandemia


Várias fontes governamentais adiantam ao The Guardian que não há, neste momento, um plano ou uma previsão para combater o impacto da pandemia no país, sendo a única solução, "uma vacina", quando ela chegar.

Quando vários países europeus começam já a falar em levantar restrições no próximo mês, várias fontes do Governo britânico adiantam, esta quarta-feira, ao The Guardian que não há, neste momento, um plano para fim do "bloqueio total" no país.

Isso mesmo referiu, esta tarde, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmando que o Reino Unido ainda não alcançou o ponto de viragem na pandemia, pelo que "é demasiado cedo" planear o levantamento do regime de confinamento.

A estas declarações, o diretor-geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty, acrescentou que, embora tenha referido sinais positivos em termos da estabilização do número de hospitalizações, ainda são esperados mais dados sobre a evolução da curva epidemiológica e que espera um aumento das mortes nos próximos dias. 

"Ainda não chegámos a um ponto em que podemos dizer com confiança e segurança que passámos o pico e que podemos pensar nas próximas fases", disse o responsável. 

A subsecretária do estado da saúde, Nadine Dorries, vai mais longe, e num tweet partilhado pelo jornal britânico, afirma mesmo que o fim das restrições só vai acontecer quando houver uma vacina contra a Covid-19. Acontece que, segundo as previsões, tal não acontecerá ainda este ano.

"Os jornalistas devem parar de perguntar sobre uma 'estratégia de saída'. Há apenas uma maneira de 'sair' do bloqueio total e é quando tivermos uma vacina. Até lá, precisamos de encontrar maneiras de adaptar a sociedade e encontrar um equilíbrio entre a saúde da nação e nossa economia", escreve Nadine Dorries.

Saliente-se que, o principal partido da oposição desafiou esta quarta-feira o governo de Boris Johnson a tornar pública a estratégia de saída do regime de confinamento imposto a 23 de março para travar a transmissão do novo coronavírus, mais tarde do que outros países europeus. 

O recém-eleito líder do partido Trabalhista, Keir Starmer, defendeu, em declarações à BBC, que as pessoas precisam "ver a luz no fim do túnel".

Notícias ao Minuto

Mais 761 mortos no Reino Unido nas últimas 24 horas, total sobe para 12.868


Mais 761 pessoas infetadas nas últimas 24 horas morreram no Reino Unido, fazendo subir para 12.868 o número de óbitos durante a pandemia ​​​​​​​Covid-19, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Saúde britânico.

O número total de casos de contágio é agora de 98.476, mais 4.605 do que no dia anterior, acrescentou.

No domingo, tinham sido registadas mais 778 mortes e 5.262 novos casos de pessoas infetadas relativamente ao dia anterior.

Os números das mortes referem-se apenas a pacientes diagnosticados com Covid-19 que morreram no hospital até às 17:00 da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

O número de pessoas infetadas é contabilizado de forma diferente e inclui os diagnósticos feitos até às 9 horas desta quarta-feira.

Jornal de Notícias com Agências

Número de mortes por COVID-19 nos EUA chega a 30 mil


Na quarta-feira (15), o número de mortes causadas pela COVID-19 nos Estados Unidos passou de 30 mil.

Apenas nas últimas 24 horas, o novo coronavírus matou 2,5 mil pessoas nos EUA. A região mais afetada do país é a cidade de Nova York, que tem 118.302 casos confirmados e 10.899 mortes.

No país inteiro o número de mortes totaliza 30.826, e há um total de 637.716 casos de COVID-19 confirmados. Os EUA já testaram 3.242.755 pessoas no país, sendo 526.012 apenas no estado de Nova York.

Os números são do painel da Universidade Johns Hopkins, que vem compilando dados sobre a pandemia. Ainda segundo esses dados, a pandemia já contaminou 2.062.485 pessoas, vitimando 136.908 indivíduos ao redor do planeta.

Sputnik | Imagem: © REUTERS / Brendan Mcdermid

Brasil | Mais 204 mortes por coronavírus, vítimas mortais sobem a 1.736


Ministro da Saúde está próximo de deixar o cargo

Mandetta rejeita pedido de demissão do coordenador da estratégia de combate ao coronavírus no Brasil, mas dá a entender em entrevista que seu trabalho no Ministério da Saúde está chegando ao fim. Brasil confirma 204 novas mortes e óbitos por Covid-19 chegam a 1.736 no país

Luiz Henrique Mandetta parece mesmo estar dando adeus ao comando do Ministério da Saúde. Após negar durante entrevista coletiva nesta quarta-feira o pedido de demissão de Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância e Saúde da pasta e coordenador estratégico do enfrentamento à Covid-19 no Brasil, Mandetta deu uma entrevista à revista Veja na qual se disse cansado após “60 dias nessa batalha”. Era uma referência aos desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro. 

“Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e vamos sair juntos”, disse Mandetta ainda durante a entrevista coletiva, que teve tons de despedida. Mais cedo, Wanderson de Oliveira, considerado o braço direito do ministro, havia enviado uma carta aos colegas na qual afirmava que “a gestão de Mandetta acabou”, segundo a Folha de S. Paulo, o que aumentou os rumores de que o próprio ministro deve deixar o cargo. Pesquisa do Atlas Político mostra que 76% são contra eventual saída de Mandetta da Saúde

Também nesta quarta, o Ministério da Saúde confirmou mais 204 mortes por coronavírus e, assim, o total de vítimas no país chega a 1.736. A pasta também contabilizou mais 3.058 pacientes com a doença, um aumento de 12% em relação ao dia anterior.

El País Brasil

Sobe para 55 o número de contaminados com Covid-19 em Cabo Verde


Agravamento da situação na Boa Vista com surgimento de 45 novos casos positivos de coronavírus

A situação na Boa Vista é já preocupante. O governo confirma que, contabilizou, hoje, mais 45 novos casos positivos de Covid-19 na ilha. Todos estes casos estão relacionados com os trabalhadores que estiveram em quarentena no Hotel Riu Karamboa, elevando-se assim para 51 o número total de infetados (um teve alta) com novo coronavírus na Boa Vista.

Face a estes novos dados, o Gabinete da Crise encontra - se reunido na Praia. O Bairro de Nova Esperança, onde reside a maioria dos trabalhadores do Hotel Riu Karamboa, incluindo os novos contaminados, está cercado por forças de segurança, não podendo ninguém entrar e sair dali sem a autorização das autoridades sanitárias e policiais.

Em comunicado remetido ao ASemanaonline, o Governo, através do Ministério da Saúde e da Segurança Social, confirma os novos casos positivos registados na ilha. Informa que, na sequência da vigilância aos trabalhadores que estiveram de quarentena no Hotel Riu Karamboa, foram recebidos no Laboratório de Virologia do Instituto Nacional de Saúde Pública, na Praia, um total de 196 amostras de produtos biológicos.

Segundo a mesma fonte, dos testes feitos às amostras foram obtidos os seguintes resultados: 147 das amostras tiveram resultado negativo; 45 das amostras tiveram resultado positivo de Covid -19; 4 amostras estão pendentes.

Atendendo o medo que reina entre residentes perante um eventual alastramento da doença na ilha, o Ministério da Saúde e Segurança Social assegura que todas as pessoas que tiveram diagnóstico positivo estão a fazer o isolamento e estarão sendo acompanhadas pela equipa médica local que será reforçada. Informa ainda que nenhum dos doentes de COVID - 19 diagnosticados inspira, de momento, qualquer cuidado especial.

Aumenta número de casos de covid-19 na Guiné-Bissau em clima de polémica


Subiu para 46 o número de pessoas infectadas pelo covid-19

As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau informaram esta quarta-feira que aumentou para 46 o número de casos positivos de coronavírus no país, onde o debate tem sido intenso sobre as causas da morte no sábado de uma paciente de uma conhecida clínica de Bissau, a mãe do artista guineense Charbel Pinto.

Para as autoridades, a senhora idosa poderia ter sido vítima do coronavírus, daí terem logo decidido encerrar a referida unidade sanitária, a clínica da Madrugada. Contudo, na óptica de Charbel Pinto, a mãe dele estaria a ser utilizada como bode expiatório.

O músico, natural de Canchungo, localidade situada a cerca de 80 quilómetros a norte da Guiné-Bissau, diz que é tudo uma farsa das autoridades que pretendem obter dinheiro junto da comunidade internacional, daí estarem a inventar que existe o novo coronavírus na Guiné-Bissau.

Charbel Pinto sugere na sua página de Facebook que para dar consistência à tese, as autoridades estão agora a alegar que a sua mãe faleceu daquela doença e por via disso mandaram encerrar a clínica da Madrugada.

O cantor promete dar mais detalhes do que chama de "invenções das autoridades", numa declaração em directo na rede Facebook no próximo dia 27, sendo que as autoridades de saúde pública convocaram o cantor para um esclarecimento na próxima sexta-feira.

Seja como for, subiu para 46 o número de pessoas infectadas pelo covid-19 na Guiné-Bissau. Nas últimas 24 horas, testaram positivo, três pessoas. Duas em Canchungo, e uma em Bissau, concretamente no bairro Militar, um dos mais populosos da capital guineense.

Mussá Balde | RFI

Covid-19: Angola sem registo de casos positivos há sete dias


O quadro de pessoas infectadas no país pela Covid-19 mantém-se inalterável há sete dias, com registo de 19 casos positivos, 12 em seguimento médico, dois óbitos e cinco recuperados.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, durante a habitual conferência de imprensa de actualização de dados. Franco Mufinda disse que o quadro actual é estável, embora tenha havido o registo de dois alertas de casos suspeitos, mas ­descartados. O governante disse que na actividade do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) não houve nenhum registo de denúncia de violação de quarentena domiciliar, mas lembrou que regista-se um acumulado 51.498 cidadãos em quarentena, entre as quais 420 são institucionais.

Franco Mufinda indicou que, deste número, oito tiveram alta e o sistema laboratorial conseguiu observar, nas últimas 24horas, 17 amostras que despoletaram para a 1.203 provas que foram processadas. Das amostras processadas, a província de Benguela registou oitos casos negativos, Cabinda 19, Cunene 14, Huambo 15, Huíla 11 e Luanda com 1.124. A província de Malanje com uma, Uíge três, Namibe seis e Zaire duas. A capital do país teve as 19 amostras até então positivas.

O secretário de Estado referiu que os casos suspeitos, desde o início deste processo, fixam-se em 368 com o seguimento de 696 ocorrência dos contactos confirmados. Assegurou que a Comissão Multissectorial continua a efectuar aquisição de meios médicos e medicamentosos a fim de apetrechar os hospitais para a preparação do pior cenário.

Franco Mufinda informou que Angola recebeu cinco mil testes rápidos, provenientes de Portugal, no âmbito dos esforços de combate à pandemia. Assegurou que o Ministério da Saúde está a trabalhar com a comunidade academica angolana no sentido de juntar toda a massa cinzenta ligada às ciências da Saúde, com destaques para médicos, farmacêuticos, enfermeiros e psicólogos para a estruturação de estudos à volta da Covid-19.

Moçambique | Confirmado mais um caso de COVID-19 no país


Subiu para 29 casos positivos de coronavírus em Moçambique, depois que mais um cidadão moçambicano foi diagnosticado com a doença esta quarta-feira. O Ministério da Saúde diz estar a fazer acompanhamento, até este momento, a 1868 cidadãos suspeitos.

Continuam a subir os casos de infecção local da Covid-19 no país. Esta quarta-feira foi diagnosticado com coronavírus mais um cidadão moçambicano, residente em Maputo, no quadro da terceira rede de contactos dos infectados de Cabo Delgado.

Assim, o país conta com 29 casos positivos da covid-19, dos quais 27 activos e dois recuperados. Destes 27 activos, 15 estão em Maputo, 12 em Afungi e dois em Pemba. O Ministério da Saúde diz estar ainda a monitorar os cidadãos com coronavírus activos.

Esta terceira rede de contactos já mapeou 55 cidadãos que se encontram em Cabo Delgado, Maputo, Zambézia e Nampula.

Sem cura para a coronavírus, apenas o sistema imune de cada cidadão garante a recuperação e o Ministério da Saúde faz apenas um tratamento de suporte para os casos diagnosticados.

Até ao momento, 10.655 moçambicanos já estiveram em quarentena, dos quais 1868 continuam a ser monitorados. Em termos de testes, 793 suspeitos já foram testados no Instituto Nacional de Saúde.

Elísio Uamusse | O País (mz)

Timor-Leste regista mais dois casos, elevando para oito número total de infetados


Díli, 15 abr 2020 (Lusa) - Timor-Leste regista mais dois novos casos da covid-19, o que eleva para oito o número total de infetados no país, anunciaram hoje as autoridades timorenses.

Os cinco doentes estão em isolamento na Clínica de Vera Cruz, em Díli, anunciou o porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) da covid-19, Sérgio Lobo.

"Pedimos calma a toda a população. Pedimos calma a todos os que estão em quarentena. Estes casos são todos do mesmo grupo que entrou no país pela fronteira terrestre [com a Indonésia] em 01 de abril", disse.

Sérgio Lobo confirmou que entre os testes com resultados negativos estão os motoristas e ajudantes que transportaram o grupo entre a fronteira e Díli.

Os oito casos ativos em Timor-Leste estão todos num hotel em Díli.

Até ao momento, e segundo explicou Sérgio Lobo, o país registou um total de 210 casos suspeitos, dos quais há sete ativos, em "condição estável e em tratamento" e um recuperado.

Registaram-se já 167 casos negativos, estando 37 ainda à espera de resultados.

A nível nacional estão atualmente em quarentena um total de 569 pessoas, das quais 456 em Díli e as restantes em vários municípios.

A pandemia da covid-19 já causou mais de 126 mil mortos e infetou cerca de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

ASP // SB 

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