quarta-feira, 31 de maio de 2017

ASSANGE: O OCIDENTE REVELA A SUA FACE SIBÉRIA


História da perseguição a um dissidente. Como EUA, Suécia e Inglaterra tentam, há cinco anos, silenciar um jornalista incômodo. A invenção de “crimes” e a violação do direito internacional. Pergunta: ele finalmente será libertado?

John Pilger* | Outras Palavras | Tradução Vila Vudu

Julian Assange foi vingado, porque todo o caso contra ele, construído pelo Judiciário sueco, foi ato de corrupção da Justiça. A Procuradora Marianne Ny cometeu crime de obstrução da justiça e tem de ser processada. A obsessão dela contra Assange não apenas envergonha seus colegas juízes e procuradores, mas também deixa à vista de todos a colusão entre o Estado sueco e os EUA nos crimes de guerra dos norte-americanos e suas famigeradas “entregas especiais” [ing. rendition] de [prisioneiros a governos estrangeiros, para serem torturados, assassinados ou todas as anteriores (NTs)].

Se Assange não tivesse procurado abrigo na embaixada do Equador em Londres, teria sido metido num dos buracos de tortura e ilegalidade que os EUA mantêm, para um dos quais foi enviada Chelsea Manning.

Essa ameaça muito real foi mascarada pela farsa que o Judiciário sueco prestou-se a representar. “Chega a ser cômico” – disse James Catlin, um dos advogados australianos de Assange. – “Dava a impressão que iam inventando o próximo passo enquanto um passo se ‘desenvolvia’ no Judiciário sueco”.

Pode até ter parecido cômico, mas sempre foi feito muito a sério. Em 2008, documento secreto do Pentágono redigido pelo “Setor de Avaliação de Cibercontrainteligência” [ing. “Cyber Counterintelligence Assessments Branch”] expôs um plano detalhado para desacreditar o WikiLeaks e destruir a reputação pessoal de Assange.

OBIANG | CPLP confirma assistência à Guiné Equatorial na abolição da pena de morte


A secretária-executiva da CPLP terminou a sua primeira visita à Guiné-Equatorial. A avaliação do cumprimento dos compromissos assumidos pelo país de Teodoro Obiang para adesão à CPLP foi um dos propósitos da visita.

A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, acaba de chegar de uma primeira visita à Guiné Equatorial, onde participou na 18ª Reunião de Ministros da Defesa dos nove. Maria do Carmo Silveira, que teve encontros com as autoridades equato-guineenses, esteve em Malabo, capital da Guiné Equatorial, também para avaliar o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país de Teodoro Obiang Nguema para adesão à CPLP. Um deles prende-se com a implementação de medidas que tenham em conta o respeito pelos direitos humanos. A abolição definitiva da pena de morte faz parte das exigências da Comunidade, para a qual a Guiné Equatorial pediu ajuda jurídica dos pares lusófonos.

Ajuda de Portugal

Portugal está disposto a ajudar. O apoio de Lisboa, já expresso pelo seu representante junto à CPLP, traduz-se em assistência técnico-jurídica, uma vez que as autoridades equato-guineenses dizem tratar-se de um processo complexo.

A cooperação nesta área com Portugal, ainda não oficializada, surge de um pedido formulado pelo vice-primeiro ministro da Guiné Equatorial, Alfonso Nsue Mokuy. "Já fizemos uma amnistia e viemos a Portugal para que os nossos amigos da CPLP, de Portugal em particular, nos ajudem a encontrar a maneira adequada de eliminar a pena de morte", explica Alfonso Mokuy, acrescentando que assim que o país tiver "essa ajuda e assessoria", "tomará a decisão de abolir totalmente a pena de morte".

MUDANÇA EM ANGOLA INDEPENDE DA VONTADE DO MPLA


Raul Diniz, opinião

Os analistas de terceiro grau multiplicam-se em criar cenários desencontrados da realidade actual, e, por isso improváveis de acontecer por estarem fora do contesto real objectivo dos critérios analiticamente viáveis. Os políticos da oposição não entenderam que qualquer mudança no país, depende muito da forma como como as forças politicas se comportam no tabuleiro do xadrez politico nacional.

Pode até parecer intrigante para os nossos jovens de hoje entender essa minha afirmação, porem, não será difícil entender, que a desgovernação do país trouxe uma instabilidade cada vez mais crescente essa situação depreciou a vontade de liberdade do povo isso sem esquecer que em 42 anos os sucessivos governos do MPLA não criaram riqueza que tranquilize o futuro das gerações presentes e vindouras.

Temos que ter a coragem de considerar seriamente em convocar uma assembleia nacional constituinte para discutir-se em praça aberta um novo modelo constitucional abrangente, o país necessita de uma discussão livre em torno de problemas que afligem os angolanos. Até mesmo porque se faz necessário discutir e aprovar uma reforma tributaria sustentável, que crie e distribua melhor a riqueza. Não estou de modo algum preocupado com as falaciosas bajulações dos analistas outsiders, que se multiplicam análises graxistas em torno do candidato do MPLA meu partido. Até porque essa gentalha oportunista, desconhece os gemidos provocados pelos excessos gravosos aplicados contra o povo em forma de tortura pelo regime autoritário angolano a mais de 42 anos.

Existe de facto uma urgente necessidade de refundarmos o partido, e leva-lo a adoptar outro modo de eleger democraticamente os corpos gerentes do partido. Também o estilo demagogo de eleger o presidente do partido terá que obedecer a outros critérios mais modernos, sem esquecer de alterar a qualidade politica dos membros da direcção envolvidos na administração do partido. A validade do actual modelo a muito se esgotou a muito.

UNITA | Raúl Danda: "Continuamos a viver numa democratura em Angola"


O vice-presidente da UNITA diz que Angola é uma "ditadura com capa de democracia". De passagem por Berlim, Raúl Danda falou à DW África.

"O fim da era dos Santos" foi um dos temas que dominou o Fórum Angola 2017. Os desafios pós-eleitorais no país e a diversificação da economia foram o mote para o encontro desta terça-feira (30.05.), em Berlim.

Para a discussão, a organização não-governamental britânica Chatham House e a Fundação alemã Konrad Adenauer convidaram as principais forças políticas angolanas. Mas o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido no poder, não compareceu. A Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), da oposição, não conseguiu estar presente. E a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acabou por ser o único partido angolano representado na capital alemã. 

A DW África entrevistou o vice-presidente do principal partido da oposição angolana. E começou por falar com Raúl Danda sobre o regresso do Presidente José Eduardo dos Santos a Luanda, depois de quase um mês de ausência em Espanha para tratamento médico.

Angola | FRASES SOLTAS AO VENTO


Guilhermino Alberto | Jornal de Angola | opinião

Depois de uma semana marcada por discursos acalorados de pré-campanha eleitoral, dentro e fora de portas, onde não faltaram as velhas acusações de intolerância e de falta de transparência, o país real foi acontecendo. Não parou.

Os problemas básicos, como o fornecimento ou restrições de água e luz, foram encontrando respostas assertivas da parte das empresas responsáveis por esses serviços. 

A comunicação fluiu mais. A Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) e a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) comunicaram mais e melhor, utilizando as redes sociais para em tempo real informar o consumidor das razões e do período das restrições. E quando se fazem bem as coisas é preciso relevar isso. 

Vários foram os cidadãos que, satisfeitos, nos fizeram chegar informações segundo as quais as facturas de energia e água têm beneficiado de reduções substanciais, na sequência das restrições que a província de Luanda vai viver até Julho próximo, devido ao processo de enchimento da albufeira da barragem de Laúca, em construção no rio Kwanza. 

O mérito desta acção deve ser também aqui atribuído à Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC), que advogou junto dessas duas empresas públicas o direito das pessoas não pagarem pelo que não consumiram.

Reconhecemos que a água e luz são bens essenciais que no século XXI deviam estar à disposição do consumidor sem restrições. Mas não reconhecer o grande investimento que está a ser feito para levar água e luz a milhões de angolanos, é de todo injusto.
E não deixa de ser absolutamente incrível a forma como algumas pessoas, conhecedoras das obras em curso, levam para as redes sociais acusações violentas e gratuitas para atingir pessoas e instituições. Nesse caso concreto não é justo que se diga que não se está a fazer nada. 

Houve ampla divulgação, incluindo a utilização das redes sociais, para levar ao grande público a informação de que o processo de enchimento da albufeira de Laúca, a 11 de Março, ia reduzir o volume de água para a barragem de Cambambe, maior centro produtor do país com 960 megawatts. Disse-se também bastas vezes que este processo ia afectar, como é óbvio, a capacidade de fornecimento de energia para o sistema norte, sobretudo em Luanda, que com mais de seis milhões de habitantes é o maior centro de consumo do país.

Só pode ser por má fé que os críticos militantes, que pululam pelas redes sociais, finjam não saber que Cambambe hoje funciona a um terço da sua capacidade instalada devido a esse processo de enchimento da albufeira de Laúca. Para levar a água ao seu moinho, os nossos profetas da desgraça não se coibiram em transportar para o léxico da língua portuguesa o verbo “laucar”, para denegrir todo um trabalho que está a ser feito para dar água e energia a milhões de angolanos, não obstante as actuais dificuldades financeiras e também ambientais, com o fenómeno “El Niño”.

Sem “atentados terroristas verbais” antecipados, devemos dar crédito à palavra dada e esperar que em Julho próximo a primeira das seis turbinas de Laúca, com capacidade de 334 megawatts, comece a gerar energia e reduza as actuais restrições.

É também minha esperança que, no quadro da diversificação da economia e de arrecadação de receitas, se comece a pensar seriamente na instalação de parquímetros nos grandes centros urbanos. Em muitas cidades do mundo, incluindo africanas, os parquímetros são hoje uma extraordinária fonte de receitas.

África da paz é a emergente, capaz de se inserir nas rotas da seda da globalização inclusiva


Martinho Júnior | Luanda
   
1- As espectativas africanas em relação à paz em pleno século XXI, não são neste momento as dominantes em África, por que o agenciamento neocolonial, avassalado aos expedientes da hegemonia unipolar, típicos da “civilização judaico-cristãocidental”, obrigam uma parte importante do continente a mergulhar na barbárie inerente à completa dependência dos interesses inscritos nessa matriz de domínio no absoluto e nas ramificações derivadas de feição táctica e tácita.

Os interesses gerais africanos são contraditórios a esse processo retrógrado, pois essa matriz para dominar agencia caos, terrorismo, tensões, conflitos e guerras, assim como toda a espécie de divisionismos, porém só com a paz em busca de diálogo, de consensos e com participações abrangentes é capaz de encontrar formas de luta contra o subdesenvolvimento que irão favorecer nos imensos resgates que há que realizar num continente que é ultraperiférico em relação à economia global e cujas culturas vegetam fora do que pode e deve ser aplicado em termos de revolução industrial e da nova revolução tecnológica ao continente e por conseguinte obriga-o a ocupar a cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano.

As confluências no sentido da paz encontram-se em vias de consolidação na África Austral, até por que a África do Sul é o expoente maior da aplicação dos termos da revolução industrial e da nova revolução tecnológica e o único membro africano nos BRICS, alimentando uma visão de África abrindo-se do cone sul à amplidão do Sahel…

A África do Sul deve no entanto abandonar as formas elitistas de pensamento e acção estimuladas desde o fim do século XIX desde logo por via de Cecil John Rhodes, formas elitistas eminentemente anglo-saxónicas, que têm vindo a suplantar o seu próprio processo multicultural extensivos, algo que implica alterações muito sensíveis no carácter da sua sociedade, dos expedientes produtivos da sua economia e dos processos sócio-políticos inerentes.

A SADC é uma “via aberta” que poderá influir no abandono progressivo dos termos da inteligência elitista enquanto expediente de supremacia sócio-política, pois o peso da multiculturalidade nesse espaço obriga ao “win-win”, ao diálogo, à incessante busca de consensos e à participação cada vez mais alargada, que caracteriza a multipolaridade que é factor integrante da expressão da globalização inclusiva.

Uma África do Sul capaz de intensificar alterações culturais internas tão importantes, irá reforçar a paz na África Austral e reforçar nesse sentido o papel de Angola como um sério agente de paz em relação às tensões a norte e nordeste do seu território (Golfo da Guiné, África Ocidental, África Central e Grandes Lagos), tensões estimuladas pelos vínculos da hegemonia unipolar, típicos da “civilização judaico-cristão cidental”, cronicamente capaz de rapina e de instauração de processos de vassalagem agora sob conteúdos implicados em conceitos neoliberais e neocoloniais.

Por outro lado, há ainda insuficiências gritantes na estruturação e conjugação de esforços em relação a duas bacias: a do Congo e a do Zambeze, que com as do Níger (África Ocidental) e do Nilo (África do Leste), constituem as 4 bacias decisivas do interior de África, conjuntamente com os Grandes Lagos.

O rio Congo tem um comprimento de 4.667 km e a sua bacia cobre uma área de 3.680.000 km2, enquanto o rio Zambeze tem uma extensão de 2.574 km e sua bacia uma área de 1.390.000 km2.

Precisam-se urgentemente vitalizar as “Congo Basin Initiative” e a “Zambezi Basin Initiative”enquanto iniciativas aglutinadoras que reforçarão as geoestratégias da paz na periferia norte do espaço físico-geográfico da SADC em direcção aos Grandes Lagos (onde nasce a bacia do Nilo), conjugando todos os esforços no cômputo do conjunto.

Portugal | ESTE PAÍS DE HERÓIS


Padeira de Aljubarrota
Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

Portugal vive o seu momento maior de auto-estima. Após décadas de ditadura e conformidades, o país que nunca teve a coragem de abandonar os brandos costumes floresceu pela auto-análise. Antes do 25 de Abril, no cinzento borrão, nem noção do vizinho tínhamos. A esperança invadia o país com a democracia mas o tempo só fazia nascer heróis nacionais porque não havia forma de germinar uma globalização junto aos cravos. E a política raramente foi campo para heróis se o arrojo individual não se dirigir à humanidade. Foi assim que precisámos de ultrapassar a passada de um século para que a personalidade dos portugueses se transformasse para lá da luso-vidinha.

Antes que cheguem os encómios habituais para o heroísmo destacado dos bombeiros em tempo de verão, este é um país que já tem um "ratio" de quase um herói nacional por milhão de habitantes. Distribuído, é um rendimento "per capita" impressionante. A exaltação turística à volta do país tem tomado Portugal pelo clima e os adjectivos às altas temperaturas sucedem-se mas é nas pessoas que encontramos o reflexo ameno da nova e gloriosa personalidade portuguesa, com um saco cheio de heróis, anti-heróis e vilões. À nossa medida.

Privilegiados pela história, vivemos os dias em que o procedimento por défice excessivo de heroísmo ou figuras Marvel já não existe: pensar em Ronaldo, Mourinho e Éder, Guterres, Centeno e Durão, Salvador e Fátima é concluir por uma boa fatia de internacionalismo de busto em poucos anos, heróis eternos ou por uns tempos, certificados ou improváveis, vilões ou "wannabe"s". Sendo que a única mulher é Fátima e é uma aparição. A eterna heroína a mostrar-nos como esta coisa da dependência e heroísmo ainda enfrenta muitas dificuldades de género.

Se fugirmos da lógica do reverso, a auto-estima pode fazer de todos nós magnânimos. Como gente intrinsecamente boa que somos, cumprimos agora a nossa vocação ibérica em cimeira luso-espanhola para cooperação transfronteiriça, ultrapassando a ideia da adjectivação do vento e casamento. Como entende António Costa, só quem está em Lisboa a olhar para o mar é que pode pensar que Bragança é interior. O Norte do país já tinha percebido que é mais fácil entender a língua de "nuestros hermanos" do que a linguagem centralista do império português mas é sempre reconfortante quando um primeiro-ministro tem a capacidade de o reconhecer. Mesmo que ainda não tenha encontrado forma de conseguir soletrar Al-ma-raz. E pensava eu que isto dos heroísmos era nuclear para o poder.

*Músico e advogado

PORTUGAL CRESCE… MAS CONTINUA A SER O VAZADOURO NUCLEAR DE ESPANHA




Já os antigos diziam que é melhor aparecermos logo que possível do que no dia de São Nunca à Tarde. Por isso aqui estamos, quando foi possível. Tardote, é verdade, mas chegámos ainda a tempo de lhe trazer umas quantas sugestões para o caso de também desconhecer a atualidade mais recente deste dia que tem sol para uns e um cinzentão para outros. Lá mais para o norte interior até poderá cair uns salpicos. É o que dizem. Vamos lá ao que aqui nos traz. Adiante.

E não é que estamos a crescer economicamente?! Vamos por aí de vento em pôpa, ou quase. Tudo graças à Nossa Senhora da Geringonça. Pois.

Do Notícias ao Minuto damos-lhe vários “cheirinhos" sobre a atualidade nacional. Se quiser pode aproveitar a ligação e ler tudo sobre o que mais lhe interessar. Ora veja como a geringonça está a resultar.


Os dados divulgados esta manhã pelo INE confirmam os números avançados recentemente por Mário Centeno e estimados pelo próprio INE já este mês. Os números elevados do último trimestre de 2016 foram ultrapassados e o objetivo de crescimento para todo o ano pode ser ultrapassado.

Mais aparecerá por aqui a baixo do referido Notícias ao Minuto. Credo, uma pessoa ali perde-se com tanta informação. Que bom.

Valentim Loureiro, sabe quem é? Pois então lá pelo norte de Portugal e no futebol sabem muito bem quem é o “batata”, perdão, o Valentim Loureiro que é major reformado. “Batata” porque ele na tropa mandava nas batatas e mais coisas de paparoca, lá em Angola… E depois fazia das suas criações no fornecimento de batatas às diversas unidades. Para umas havia mais batatas e para outras unidades militares havia menos. Coisas. Venderam-nos assim o “peixe”, e até dá para achar que é mesmo coisa de Valentim. E assim eis o porquê? Pois.

Esse mesmo sujeito é candidato (re) à Câmara de Gondomar. Antes vencia por ali tudo e todos. Oferecia eletrodomésticos a quem votasse nele… Ai Valentim “batata”, que vício! Mas leiam o aperitivo:


O ex-autarca Valentim Loureiro vai candidatar-se como independente à Câmara de Gondomar, que liderou durante 20 anos e à qual não concorreu em 2013 por causa da lei de limitação de mandatos, revelou à Lusa fonte da candidatura.

Montes há muitos, seus palermas! Diria o Vasco Santana. Mas o Monte Negro é só um. Deputado-chefe, acólito fiel a Passos… Até dizem que se está a transformar num monte cujos odores podem ser muito desagradáveis. Talvez. Não sabemos. Melhor ainda: não cheiramos.

É esse tal Montenegro ou de outros montes que anda sempre com a palavra geringonça na ponta da língua. E até sonha com a geringonça, ou tem pesadelos. Mais certo. Os espertinhos-infantiloides andam a ver se dão a volta ao texto e querem mudar as regras do jogo no Parlamento, menos deputados e tal. E mais uns pós de perlimpimpim, e tal. Tudo para enfraquecer a tal geringonça se houver próxima. Os trastes ainda não repararam que em Passos já não há quem acredite. E bem, porque está provado que ele é um vigarista de alto gabarito. Provado e comprovado. Não tarda muito vai o Monte e vai o Passos. O Montenegro… É esse mesmo Monte que fala sobre a geringonça. Pode ler a seguir. Se é muito sensível será melhor apertar as narinas. Uma mola da roupa serve perfeitamente.


O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, manifestou-se hoje contra a criação de círculos uninominais em Portugal, considerando que tal sistema poderia criar "uma hipermegageringonça".

Além disso há o Bloco, que quer descongelar salários. Muito bem. Força! Sem mais palavras. Avante!


A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, reiterou hoje que é necessário discutir o descongelamento dos salários na função pública, sublinhando que há já dois escalões da tabela remuneratória abaixo do Salário Mínimo Nacional (SMN).

Evidentemente que não podíamos fazer esta voltinha saloia pela atualidade possível sem dar a honra ao PR Marcelo de aqui constar. Ele é, ou tem sido, pela positiva. Boa. Vai daí elogia o povo português e a democracia que por aqui existe… O povo sim. É excecional, mas podia ser melhor, mais avisado, não ir em loas de tipos politicamente sabujos como Passos e a sua trupe. Pois é. Além do analfabetismo existe também a ilitracia… É mau. Mesmo assim, está bem, deixa lá avançar. 

A democracia é pífia, senhor presidente. A justiça é pífia, senhor Marcelo. E ssas duas, como outras disciplinas, são importantes para qualquer país. Sem justiça capaz não existe democracia daquela que seja mesmo democracia. E sem dessa democracia não existe justiça que seja mesmo justa. Ora, lá andamos aqui como a pescadinha de rabo na boca. Pois. Temos a democracia que as elites permitem e não a democracia de facto, aquela em que votamos mas não se cumpre sequer em 50 por cento. Antes pelo contrário. Quando damos por isso estamos a andar para trás. Avante. Leiam, o que Marcelo teve para dizer.

Já agora, “tolerância” sim. Até demasiada, que é daquela que mais se classifica de “carneirismo”. Mééééé!


O Presidente da República defendeu hoje que os portugueses são um exemplo de um povo que cultiva a tolerância, a paz e que pratica "consensualmente" o diálogo entre civilizações, recusando fenómenos de xenofobia ou de populismos extremistas.

Alma até Almeida. Oh, isso era antes. Agora Espanha faz o que quer e sobeja-lhe muita radioatiividade. Almaraz é que é a atualidade. Só dá para dizer que o governo de Costa anda a reboque do vigarista do PM espanhol e das corporações que ele serve, essa tal Iberdrola e a Endesa ou lá o que é… 

Nuclear não, obrigado. Além disso aquilo já está mais que passado do prazo. Está podre. Pois é oh Costa, a vida custa, Costa. Mas a morte e doença por via do nuclear está ali mesmo à mão de semear. Como espada de Dâmocles. O povo não gosta, Costa. Não queremos ser o vazadouro dos nossos vizinhos. Só isso.

Leiam que interessa. Bom resto de dia e melhor noite.


Associação Nacional De Conservação Da Natureza pede reações por parte do Executivo.

A Quercus reagiu ao facto de o “Conselho de Segurança Nuclear (CSN) ter viabilizado a proposta do Governo Espanhol para estender em cerca de dois anos o prazo para que o consórcio Iberdrola, Endesa Generación e Gas Natural, que explora a Central Nuclear de Almaraz, apresente o pedido de renovação da licença de funcionamento desta Central”.

MM | PG

terça-feira, 30 de maio de 2017

A ÁFRICA DO CAOS É A ÁFRICA PRESA PELO NEOCOLONIALISMO DA HEGEMONIA UNIPOLAR


Martinho Júnior | Luanda  

1- As modernas nacionalidades africanas são as únicas à escala global, cujas fronteiras resultam da arquitectura e engenharia das potências coloniais em finais do século XIX e esse tem sido um dos factores que marca como um anátema a contínua desestabilização do continente até aos nossos dias, pelas terríveis sequelas que a partir daí têm sido formatadas e incrementadas, sobretudo desde a década de 90 do século XX, quando o capitalismo neoliberal saiu vitorioso da assim considerada “Guerra Fria”.

Como se isso não bastasse, o preço das matérias-primas é ditado pelo poder da aristocracia financeira mundial, em função do que foi criado por ela em termos de revolução industrial e nova revolução tecnológica nos chamados “países industrializados do ocidente”, onde foram implantadas as culturas de rapina da “civilização judaico-cristã ocidental”!

África tem um substancial contributo global para o fornecimento de matérias-primas e à medida que transferiram os interesses de domínio directo sobre os dispendiosos territórios colonizados (com custos enormes devido aos encargos de ocupação e administrativos), para as subtilezas do domínio indirecto, por via dos exercícios do poder económico e financeiro (“soft power”), mais África ficou avassalada, vendo sua economia, no quadro da globalização da hegemonia unipolar eminentemente capitalista neoliberal, ser atirada para uma ultraperiferia da qual muito poucos podem a curto prazo emergir, conforme testemunho anual dos Índices de Desenvolvimento Humano da ONU.

As subtilezas neocoloniais têm pois tido “curso livre” desde a década de 90 do século XX,“amarrando curto” o continente à geoestratégia da hegemonia unipolar: os custos e a vassalagem ficam com e para os africanos, para que os lucros se possam eternizar nas mãos dos tutores dos interesses da aristocracia financeira mundial e isso com o agenciamento duma parte cada vez mais importante dos dirigentes africanos emanados das vulneráveis e aculturadas burguesias“nacionais”, como acontece claramente na África Ocidental e na África Central.

A bacia do Níger (o rio tem uma extensão de 4.180 km e a sua bacia cobre uma área equivalente a 2.261.741 km2), é fulcral para esta região, no seu “hinterland” e é de todas as bacias hidrográficas africanas, a mais afectada pela desestabilização jihadista, intimamente associada, senão adstrita tacitamente, ao papel neocolonial da “FrançAfrique”.

A “Niger Basin Initiative” engloba nove países, grande parte deles compondo a “FrançAfrique”(Guiné Conacry, Mali, Níger, Benin, Costa do Marfim, Burkina Faso, Camarões, Chade e Nigéria, com a Nigéria a ser o mais decisivo deles todos e não fazendo parte da zona do Franco CFA, embora circundado por alguns dos países componentes dessa “União”.

PRÓ-TERRORISMO | DONALD TRUMP ANDA A VENDER LENHA PARA NOS QUEIMAREM


Como se combate o terrorismo quando se cometem erros crassos?

Ana Alexandra Gonçalves*

Depois de cada atentado multiplicam-se os votos de pesar, a promessas de união e os juramentos em torno de luta cerrada contra o terrorismo. Mas como combatê-lo quando se cometem erros crassos? E escusado será chamar à colação erros passados, como os que criaram vazios de poder no Iraque e na Líbia e até certo ponto na Síria, vazio esse ocupado por grupos terroristas como o Daesh. Esses são sobejamente conhecidos.

Donald Trump deslocou-se, na sua primeira viagem oficial, à Arábia Saudita, com o objectivo claro de vender armamento - aparentemente sem paralelo, no que diz respeito à quantidade. Trump deslocou-se ao berço ideológico do jihadismo para vendeu uma quantidade absurda de armas. O que é que isso faz pela luta contra o terrorismo? O Presidente americano faz negócios em nome do povo que será sempre a vítima da ideologia que esse país desenvolve e promove.

Insatisfeito, Trump decidiu reverter a aproximação que Obama havia encetado relativamente ao Irão. O novo Presidente americano prefere hostilizá-lo. Recorde-se que Daesh e Al-Qaeda, cujo filho de Osama Bin Laden, Hamza Bin Laden, procura recuperar, são sunitas, em oposição ao xiismo iraniano. Pensar-se numa guerra contra Daesh e Al-Qaeda sem o envolvimento do Irão é simplesmente absurdo - mas é no absurdo que Trump vive.

NO CONFORTO DAS ELITES INSTALADAS GERMINAM AS DITADURAS


Fui ver O Jovem Karl Marx. Não tinha grandes expectativas quanto ao filme, confesso, e, de facto, não ficará para a história do cinema. Apresenta algumas fragilidades que resultam, basicamente, dos objectivos traçados de fazer um filme que abordasse a História com algum rigor, sem deixar de ser popular.

Carlos Ademar | Tornado | opinião

Mistura difícil de obter, embora não impossível. O filme consegue dar uma perspectiva interessante no que respeita ao contexto histórico, no entanto, em determinados aspectos, o pé fugiu para a chinela e do popular rapidamente resvalou para o dispensável popularucho, designadamente uma fuga à polícia por parte dos jovens Marx e Engels, a fazer lembrar cenas do genial Charlot, mas que num filme destes soa quase a ridículo.

Quer isto significar que o filme não é recomendável? Não! É de grande utilidade em vários aspectos, mas apenas nos interessa aqui abordar um, que se pode traduzir no seguinte: quando as elites instaladas ignoram com insistência os graves problemas das massas populares, emergem forças que tendem a renovar essas elites.

Ascensão de Marx e Engels

A trama assenta num clima social fortemente marcado pela exploração desenfreada da classe operária nas primeiras décadas da Revolução Industrial. Os operários, homens, mulheres e crianças, trabalhavam catorze, dezasseis, ou mais horas por dia e, ainda assim, dificilmente conseguiam ganhar o suficiente para se alimentarem condignamente. Para não falar da total ausência de direitos: assistência na doença, seguro de acidentes, férias pagas, reforma, o direito ao descanso e ao lazer. Nas cabeças daqueles operários, contemporâneos de Marx, estas regalias soariam a ficção científica, se o conceito existisse.

O filme desenvolve-se com as diversas movimentações e os respectivos protagonistas a emergirem na confrontação pela liderança do processo histórico, que visava ultrapassar a situação de exploração insustentável e de miséria generalizada. Termina com a ascensão de Marx e Engels, a criação da Liga Comunista, a publicação do Manifesto Comunista e a Revolução de 1848. Esta estender-se-ia a diversos países europeus e representou, talvez, a primeira grande reacção internacional a uma questão candente que se vinha a intensificar, resposta baseada nas correntes que emergiram e que encontraram enorme acolhimento na classe operária, apenas porque combatiam o status quo, que parecia cimentado para a eternidade.

É nesta perspectiva que o filme se revela de grande utilidade porque traça um paralelo com a actualidade. Assim o quis entender o autor destas linhas. A Globalização desregrada de hoje, em parte, está para os trabalhadores das sociedades ocidentais como a Revolução Industrial esteve para os operários do tempo histórico que o filme abarca.

SAÍDA LIMPA | "A melhor solução para Portugal é a saída unilateral do Euro"


Octávio Teixeira [*]

1- Nestes mais de 18 anos de sujeição ao Euro, o custo para a economia portuguesa foi muito elevado, em termos de crescimento perdido, de défice e divida públicos, de desindustrialização do país, com consequências muito pesadas para o emprego, os salários e as PMEs. E custos também nas prestações sociais, na educação e na saúde.

Mas o Euro não é apenas uma instituição económica. É também um modo de governação, estabelecendo a superioridade dos princípios tecnocráticos em relação aos princípios democráticos, bem como a superioridade de instituições não eleitas em relação ao voto dos eleitores

E como o desmantelamento ordenado do Euro ou a substituição do Euro-moeda única por um Euro-moeda comum não dependem da nossa vontade nem se perspectivam, impõe-se a saída unilateral do Euro, desejavelmente tão negociada quanto possível, com a consequente recuperação da soberania monetária.

Sem soberania monetária não dispomos de instrumentos essenciais da política económica para prosseguir os interesses nacionais; por não termos um prestamista de última instância, não podemos controlar o sistema financeiro e sujeitamos as necessidades financeiras do Estado à dependência dos mercados financeiros; não temos efectiva autonomia nas decisões orçamentais e, em consequência, não temos verdadeira possibilidade de escolha de politicas alternativas decorrentes da vontade popular, o que significa não termos real soberania democrática.

A recuperação da soberania monetária apresenta-se, pois, como uma necessidade objectiva para travar a devastação a que Portugal e os portugueses têm estado sujeitos, e para permitir um futuro para o país.

2- A recuperação da soberania monetária é um meio, mas não um fim em si mesma. Tendo de ser complementada com outras políticas económicas e sociais, ela permite, no entanto, criar as condições necessárias ao desenvolvimento do país.

São múltiplas e significativas as vantagens da saída do Euro. Designada, mas não exaustivamente.

Com a desvalorização, reconstitui-se rapidamente a competitividade das empresas portuguesas, tanto na exportação como no mercado interno. É o impacto de competitividade de que a economia, e em particular a indústria, tem necessidade. Mas não só a indústria beneficiará como o seu efeito se fará sentir nos serviços, nos associados à indústria e nos mais sensíveis a alterações de preços, como o turismo, a hotelaria, a restauração, e também no sector agropecuário. E o aumento da competitividade na industria será um factor de atracção do investimento estrangeiro no sector.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

EDUARDO DOS SANTOS JÁ ESTÁ EM ANGOLA E O FILHO GASTA MAIS MEIO MILHÃO DOS ANGOLANOS



Eduardo dos Santos já regressou a Luanda após tratamento médico em Espanha

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 74 anos, regressou hoje a Luanda, após uma ausência de 28 dias em Espanha, onde habitualmente recebe tratamento médico, período que ficou marcado pelas dúvidas sobre o seu estado de saúde.

De acordo com o relato da comunicação social pública, presente no aeroporto 04 de Fevereiro, em Luanda, José Eduardo dos Santos foi recebido ao final da tarde de hoje, para os habituais cumprimentos de boas vindas, pelo vice-Presidente da República, Manuel Vicente, pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e pelo juiz presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, entre outras entidades do Governo.

O chefe de Estado angolano, no poder desde 1979, deslocou-se a 01 de maio a Barcelona, Espanha, para uma visita privada, informou na altura a Casa Civil da Presidência da República, não tendo sido divulgada outra qualquer informação oficial desde então.

Na nota distribuída na altura à imprensa, a Casa Civil da Presidência da República referia que José Eduardo dos Santos havia interrompido a sua estadia naquele país, em novembro de 2016, na sequência do falecimento, por doença, do seu irmão mais velho, Avelino dos Santos, ocorrida na África do Sul.

"Está em Espanha e quando ficar melhor vai regressar", disse hoje o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti.

Esta foi a primeira vez que um membro do Governo angolano confirmou oficialmente que o chefe de Estado recebe habitualmente tratamento médico em Espanha, para onde viaja desde pelo menos 2013, regularmente, várias vezes por ano.

Alguma imprensa em Portugal e Angola referiu insistentemente, nas últimas semanas, que José Eduardo dos Santos terá sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) já em Espanha e chegou a ser criada uma página na rede social Facebook dando conta da morte do Presidente angolano.

ANGOLA DEVE REEQUACIONAR AS ABORDAGENS PARA REFORÇAR AS INICIATIVAS DE PAZ


Martinho Júnior | Luanda
  
1- Desde 4 de Abril de 2002 que em Angola se calaram as armas e as políticas de Reconstrução Nacional, Reconciliação e Reinserção Social (integrando os combates à fome, às doenças, ao analfabetismo e à pobreza), estão na ordem do dia com êxitos minguados (se comparados às imensas aspirações nacionais) e em geometria variável.

Está a ser bastante penoso a Angola fugir da cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano para os Índices Médios de Desenvolvimento Humano, apesar dos esforços ao longo dos últimos quinze anos de luta contra o subdesenvolvimento no país e isso por causa dos nocivos impactos do capitalismo neoliberal por via do choque, primeiro, depois por via da terapia.

Para além da luta contra o subdesenvolvimento decorrente dessa paz relativa, Angola só pode ser um activo advogado da paz em África, em várias direcções: Golfo da Guiné, África Central, Grandes Lagos e África Austral…

As suas projecções contudo têm falências gritantes enquanto Angola não introduzir uma geoestratégia de desenvolvimento sustentável para o seu próprio espaço nacional (com fulcro na Região Central das Grandes Nascentes, conforme tenho advogado) e não se incluir em pelo menos duas iniciativas que se devem incrementar na África Sub-Sahariana: a “Congo Basin Initiative” e a “Zambezi Basin Initiative”, que poderão melhor aglutinar os esforços comuns a partir do espaço SADC, no sentido de melhor equacionar as aproximações e abordagens em relação às regiões dos Grandes Lagos, à “Niger Basin Initiative” e à “Nile Basin Initiative”, onde Angola deveria ser pelo menos país observador.

As abordagens angolanas carecem das componentes de análise dos factores antropológicos, de forma a melhor compreender as divisões, tensões e conflitos (e assim trabalhar por via da lógica com sentido de vida e da paz), ao mesmo tempo que carecem de abordagens físico-geográficas-ambientais que traduzam a interpretação correcta da dialéctica entre as regiões desérticas ou semi-desérticas e as regiões tropicais ou equatoriais, para além das abordagens históricas, sociológicas e outras que se deveriam fazer (como por exemplo a constante análise das tendências migratórias dentro do continente e as razões dessas migrações humanas, que se têm intensificado sob os impactos do capitalismo neoliberal e dos decorrentes fenómenos de tensões, conflitos e guerras).

A norte Angola deveria privilegiar as relações com a Nigéria e com o Egipto, tendo em conta os seus papeis geoestratégicos nas suas regiões, com o Egipto também por causa do potencial papel na “rota da seda” para dentro de África.

CONTRA ILEGALIDADES | UNITA CONVOCA MANIFESTAÇÃO EM ANGOLA PARA 3 DE JUNHO




A UNITA, maior partido da oposição angolana, convocou para sábado, 3 de junho, uma manifestação nacional para exigir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) inicie novo processo contratual das empresas para prestar apoio tecnológico às eleições gerais de agosto.

Segundo o líder da bancada parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto da Costa Júnior, foram hoje enviadas cartas a dar conhecimento da ação ao Governo da Província de Luanda, ao ministro do Interior e ao Comandante-Geral da Polícia Nacional.

"Convido todo o país, de Cabinda ao Cunene, do Lobito ao Luau a iniciar esta semana, e das mais diversas formas, uma série de manifestações, que só devem terminar quando a CNE corrigir completamente o que fez mal", referiu, em conferência de imprensa realizada em Luanda.

Em causa estão alegadas ilegalidades no procedimento contratual de duas empresas, SINFIC, portuguesa, e INDRA, espanhola, para a elaboração dos cadernos eleitorais e o credenciamento dos agentes eleitorais e o fornecimento de material de votação e da solução tecnológica, respetivamente, e que já participaram nas eleições de 2012.

ANGOLA | UMA TRIPLA PRESIDÊNCIA


O semanário Folha 8 solicitou-me, enquanto académico e investigador angolano, uma análise – um balanço – aos quase 38 anos de tripla presidência de José Eduardo dos Santos, como mais Alto Magistrado da Nação como Titular do Poder Executivo e como Presidente do, partido maioritário que desde a independência, em 11 de Novembro de 1975, governa os destinos e algumas insânias da nossa grande Nação angolana.


José Eduardo dos Santos, como se sabe, antes dos cargos que ainda ocupa, foi um destacado representante do MPLA junto das cúpulas militares das então FAPLA – Forças Armadas Populares de Libertação de Angola –, braço armado do então movimento emancipalista e anti-colonialista, MPLA, e que, após a independência, se tornaram nas forças armadas da então República Popular de Angola (RPA).

Recorde-se o papel que teve, enquanto major, no conflito pré-27 de Maio de 1977, entre a facção, dita fraccionista – ou fraccionismo –, de Nito Alves – à época, Ministro da Administração Interna da RPA – e a via oficial do então presidente do MPLA e do País, Agostinho Neto, quando liderou a Comissão criada para estudas as chamadas 13 Teses de Nito Alves. (poderão ler mais desenvolvidamente no meu ensaio, “Angola, Potência Regional em Emergência”, páginas 67 a 71).

Sintetizar os quase 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, como líder do MPLA, desde 10 de Setembro de 1979, após falecimento do Dr. Agostinho Neto, à época presidente do Partido e 1º Presidente de Angola independente, como Presidente da República, desde 20 de Setembro de 1979 – provavelmente deverá mesmo completar os 38 anos na Presidência da República, porque desde as eleições a 23 de Agosto próximo, dias antes do Presidente Eduardo dos Santos completar 75 anos de idade, até à confirmação oficial, pela Comissão nacional de Eleições e pelo Tribunal Constitucional do partido vencedor e, por inerência, do cabeça de lista como Presidente eleito, dificilmente haverá um novo Presidente antes de 20 de Setembro – e os longos anos como Titular do Poder Executivo – não esquecer e, independentemente do que os analista políticos possam interpretar (eu faço-o como investigador e não como analista político) que durante alguns períodos o Poder Executivo foi liderado por Primeiros-ministros, alguns dos quais fizeram valer as suas competência e autoridade como tais – é, em tão pouco tempo e espaço, muito difícil.

ANGOLA | José Eduardo dos Santos está em Espanha por motivos de saúde


O governo angolano confirmou, esta segunda-feira, que o presidente José Eduardo dos Santos está em Espanha por motivos de saúde.

Em entrevista telefónica a um programa da emissora de rádio francesa RFI, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, não especificou o tipo de tratamento que José Eduardo dos Santos recebe em Espanha e não confirmou que o presidente tenha sofrido um AVC, como refere alguma imprensa em Portugal e Angola.

Contudo, esta foi a primeira vez que um membro do Governo angolano confirmou oficialmente que o chefe de Estado recebe tratamento médico em Espanha, para onde viaja desde pelo menos 2013, regularmente, várias vezes por ano.

"Está tudo bem. Mas sabe, na vida, isso acontece com todos nós em algum momento, não nos sentirmos totalmente bem. Mas ele está bem. Está em Espanha e quando ficar melhor vai regressar", disse o ministro angolano, em entrevista para um programa sobre os conflitos étnico-políticos na vizinha República Democrática do Congo.

Alguma imprensa em Portugal e Angola tem referido insistentemente nas últimas semanas que José Eduardo dos Santos, atualmente com 74 anos, terá sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) já em Espanha e chegou a ser criada uma página na rede social Facebook dando conta da morte do presidente angolano.

No entanto, na mesma entrevista, Georges Chikoti não confirma qualquer problema de saúde grave com José Eduardo dos Santos, chefe de Estado desde 1979.

PELA PAZ COM INCLUSÃO EMERGENTE E MULTIPOLAR


Martinho Júnior | Luanda 

TROCA DE MENSAGENS COM SUA EXCELÊNCIA A EMBAIXADORA DA VENEZUELA EM LUANDA, DEPOIS DE SEU CONTACTO A AGRADECER A MINHA INTERVENÇÃO SOB O TÍTULO "UM ASSALTO ININTERRUPTO À VENEZUELA BOLIVARIANA"

Caríssimo amigo e companheiro

Desde a Embaixada da Venezuela queremos manifestar o nosso agradecimento pelo excelente trabalho. O mesmo significa uma importante mostra de ánimo e forças para todos os que somos solidários e cada dia damos o nosso melhor pela Revolução Bolivariana que há muito tempo deixou de ser uma luta do povo venezuelano para se tornar num espaço de luta de todos os povos do mundo que desde a persepectiva do Sul queremos uma nova forma de convivência cheia de liberdade, igualdade, justiça e solidariedade.

O povo venezuelano é consciente da responsabilidade que temos de proteger a nossa Revolução Bolivariana, porque detrás de nós existem muitos outros povos do planeta que veem neste projecto criado pelo Hugo Chavez como uma esperança para termos um mundo melhor.

Obrigado pela solidariedade com o povo venezuelano. Obrigado por contribuir para que outros possam entender, querer e defender desde o seu espaço o mais sublime projecto que veio para dar esperança ao Sul neste novo milénio.

Receba o meu mais forte abraço que vem a significar uma mostra de carinho entre dois povos irmãos o angolano e o venezuelano.

Cumprimentos.

Lourdes Pérez

Embaixadora da Venezuela

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Viva Excelência!

É apenas meu dever juntar a minha à corrente de vozes solidárias por todo o mundo!

A paz na Venezuela e em toda a América Latina, uma paz que dignifica os povos, é a paz que é tão precisa para toda a humanidade, pelo que uma Angola que procura manter acesa a perspectiva de paz em África, só lhe pode ser solidária!

Vou continuar a manter atenção à Venezuela e a dar a minha modesta contribuição desde Luanda.

Votos de muita coragem e dignidade em todos os actos de luta perseverante que vêm pela frente, com todos os sentidos postos nos benefícios que essa luta irá trazer a favor da Venezuela Bolivariana, do povo bolivariano e também dos povos de todo o mundo.

CONVERSA DA TRETA DE MERKEL | “AR RESPIRÁVEL, VENDE-SE” - Trump


Retirado do Expresso Curto apresentamos o balanço que foi dado a Martim Silva fazer esta manhã. Pela nossa parte não dizemos bom dia aos que nos estão a ler porque já é hora do lanche (para os que lancham). Evidentemente que Martim vai direitinho ao Glorioso da Luz, de Portugal, de arredores e dos confins do mundo. Esse é o Benfica. Adiante.

Logo de seguida Martim Silva, do Expresso, “atira-se” à Merkel. Não o faz por falta de gosto mas sim porque Merkel disse que “Está na hora de tomarmos o nosso destino nas mãos”. Nas mãos? Nas mãos de quem? Nas nossas mãos, dos europeus, obviamente. Ah pois está! Até já devíamos há muito ter tomado essa coisa de destino nas nossas mãos, nas nossas decisões… e tratar da nossa vida sem estar dependente dos traques que os EUA dão, nem dos rateres anais do Reino Unido. O que Merkel não disse foi que se antes assim não aconteceu a razão colhe-se no sindicato dos crimes contra a humanidade com sede nos EUA (principalmente) e por todas as sucursais globais de proteção ao capitalismo selvagem em vigor. E ela tem imensas responsabilidades nisso, assim como todos os governantes e deputados legisladores europeus – pelo menos esses. E então agora vamos acreditar em Merkel? Tudo vai ser diferente e melhor? Não. Aquilo foi só um desabafo num comício. Conversa da treta. Conveniente, já se sabe. Por  tal… tudo como antes… e para pior, se deixarmos. Se não abrirmos a pestana.

Trampas de Trump é o abraço seguinte na prosa de Martim. Quase nem vale comentar. Saliente-se que o enxertado em corno de cabra e milhões de cifrões no que diz respeito à defesa do ambiente prefere optar por rebentar com tudo com vista à má qualidade do ar, torná-lo irrespirável, para dar vantagens e lucros medonhos aos comparsas que venderão oxigénio, máscaras e demais traquitanas imprescindíveis para sobrevivermos. “Ar respirável, vende-se”. Assim havemos de ver por aí em lojas e etc. Talvez até Trump e similares fundem empresas de distribuição de oxigénio como agora existem as de eletricidade, de gás e outras. Ao domicilio, perconiza-se. E assim será com a água e etc. Olho para o negócio, dirá o estafermo com o coro de outros estafermos. Olho para serem uns grandessíssimos sacanas. Dizemos nós. Adiante e a caminho do fim.

Mais abordagens são apresentadas pelo autor, do Expresso que é Curto. Interessam. Há um caso de homofobia na prosa e muito mais, se continuar a ler.

Semana o melhor possível, principalmente para os plebeus fartos de sofrer por via dos Trampas que há por aí, espalhados por este mundo a dar cabo de vidas. De povos e de países.

MM | PG

Portugal | AVANÇAR COM OS PÉS NA TERRA


Manuel Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Os dados sobre o crescimento económico no primeiro trimestre deste ano, a redução do desemprego e a criação de emprego que se vão observando, o surgimento de investimentos pontuais em áreas estratégicas para o desenvolvimento, os sinais de vitalidade em alguns setores de atividade e os efeitos práticos e simbólicos da saída do país do Procedimento por Défice Excessivo são, sem dúvida, boas notícias para os portugueses. Contudo, a análise objetiva aos fatores que estiveram na base desses resultados, as fragilidades em que alguns assentam e, acima de tudo, uma observação atenta das carências com que se continua a deparar uma parte significativa das famílias portuguesas aconselham uma travagem nas euforias e devem conduzir-nos a uma reflexão sobre as opções políticas a assumir no imediato, com vista a um horizonte estratégico mais seguro.

Fala-se muito de crescimento económico mas pouco do desenvolvimento da sociedade, teoriza-se sobre como atrair investimento mas não avançam políticas para atração das pessoas, e Portugal precisa, urgentemente, de reparar a grave rutura geracional que sofreu nos últimos 10 anos. Não se discutem suficientemente as desigualdades nem a distribuição da riqueza.

Entretanto, perante aqueles resultados positivos, o discurso dominante nos meios de comunicação social foi rapidamente tomado por alertas quanto ao perigo de um "regresso ao passado" de despesismo orçamental. Impressiona ver como, quase 10 anos passados desde o início da crise financeira internacional, a maioria dos comentadores económicos continua presa a um diagnóstico errado quanto às causas da crise - voltam a atribuí-las erradamente a problemas de contas públicas - e prossegue uma análise que ignora os efeitos destrutivos da austeridade imposta pela troika e seus executores nacionais.

ÓH DA GUARDA! | Universidade lisboeta é notícia lá fora por causa de cabeça de assassino




A cabeça de Diogo Alves está exposta no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

A faculdade de Medicina de Lisboa está a ser notícia lá fora. Em causa está o facto de numa das suas salas se encontrar algo que é considerado fascinante mas igualmente estranho.

Referimo-nos à cabeça de Diogo Alves, que segundo a Atlas Obscura, “permanece ali, simplesmente”, sendo já “indiferente e familiar” aos físicos e técnicos anatómicos que percorrem os corredores da faculdade todos os dias.

Diogo Alves terá sido um dos primeiros 'serial killers' e o último homem a ser enforcado em Portugal. A mesma publicação recorda que nasceu na Galiza, em 1810, e viajou para Lisboa ainda novo. Ficou conhecido como o assassino do Aqueduto das Águas Livres já que de 1836 a 1839 perpetrou nesse local vários crimes hediondos. Quando foi apanhado, em 1840, foi sentenciado à forca.

Andrea Pinto | Notícias ao Minuto

Portugal | 28 DE MAIO, BENFICA VENCE A TAÇA | GOLPISTAS FUNDAM A DITADURA... EM 1926




Ontem, domingo, 28 de Maio, foi mais um dia grande para o Benfica na disputa com o Guimarães da Taça de Portugal. Aconteceu no Estádio do Jamor, como habitual. O Benfica venceu por 2 – 1 e para além de se ter sagrado tetracampeão nacional na Liga de Futebol arrecadou mais um título, mais uma taça.

A data, 28 de Maio, é uma das de piores recordações para os portugueses. Recorrendo às memórias verificamos que há 91 anos foi implantada a ditadura que daria a Salazar a oportunidade de se manter no poder por mais de quatro décadas. Não é a desproposito aqui ficar mencionado o facto, já que desses anos negros de Portugal quase nunca vêm à baila citações. Da ditadura de quase 50 anos os media fazem o branqueamento que convém aos que desse regime são saudosos. Saudosos da exploração e desumanização que permitiu arrecadar (roubar) fortunas e condenar a maioria à subalimentação e à miséria. Por tal deixamos aqui um breve apontamento da efeméride tenebrosa para o país e para as populações:

Golpe de 28 de Maio de 1926 ou Movimento de 28 de Maio de 1926, também conhecido pelos seu herdeiros do Estado Novo por Revolução Nacional, foi um pronunciamento militar de cariz nacionalista e antiparlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa, levando à implantação da Ditadura Militar, depois autodenominada Ditadura Nacional e por fim transformada, após a aprovação da Constituição de 1933, em Estado Novo, regime que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. – da Wikipédia

E agora sim, o desporto, o futebol, a saga de campeão do Sport Lisboa e Benfica (porque Benfica antes não era Lisboa mas sim arredores).

Se continuar a ler saberá, por via da Lusa, no Negócios, sobre a 26ª conquista da Taça de Portugal e mais pormenores. (PG)

sábado, 27 de maio de 2017

UM ASSALTO ININTERRUPTO À VENEZUELA BOLIVARIANA



“Imprimo mis dedos vivos en algún lugar
Y veo el mundo a través de un agujero
Mi reflejo, Chávez, es verte buscándome,
Tantos ojos, tú... y las de muchos otros que, como tú, edificaron los Pilares
de un nuevo mundo con palabras,
con gestos, con actitudes
con amor”…

“Conversaciones con Chavez”, poema da moçambicana Tânia Tomé, em homenagem ao Comandante Hugo Chavez.

Martinho Júnior | Luanda 

1- Desde que o Comandante Hugo Chavez faleceu a 5 de Março de 2013, que a Venezuela Bolivariana jamais sossegou, sucedendo-se uns aos outros e em crescendo, os processos de desestabilização e subversão estimulados pela hegemonia unipolar.

Muitas dúvidas recaem sobre o desaparecimento físico do Comandante, dúvidas que têm sido expressas por diversas entidades como Eva Golinger, ou Atílio Borón e o que se afigura certo é que, a partir daí, a partir de 5 de Março de 2013, a desestabilização e a subversão da Venezuela Bolivariana tem acontecido em escalada galopante, ininterrupta, com sinais evidentes que na sombra os serviços de inteligência dos Estados Unidos ditam as regras dum jogo que é por si e ao mesmo tempo, uma autêntica negação de processos próprios dum quadro de viabilidade democrática e um assalto ininterrupto ao poder da Venezuela Bolivariana.

A jornalista Eva Golinger em Abril de 2016 (entrevista à revista “Counterpunch”), considerava:“Creo que hay una fuerte posibilidad de que el presidente Chávez fuera asesinado. Hay notorios y documentados intentos de asesinato contra él durante toda su presidencia. El más notable fue el 11 de abril, el golpe de Estado en 2002, durante el que Chávez fue secuestrado e iba a ser asesinado, de no haber sido por el levantamiento sin precedente del pueblo venezolano y las fuerzas militares leales que lo rescataron y lo devolvieron al poder 48 horas después. Yo misma conseguí pruebas irrefutables utilizando la Ley de Acceso a la Información en EEUU, de que la CIA y otras agencias estadounidenses estaban detrás de ese golpe y apoyaron económica, militar y políticamente a los golpistas. Luego, hubo otros atentados contra Chávez y su Gobierno, como en 2004, cuando decenas de paramilitares colombianos fueron capturados en una finca en las afueras de Caracas que era propiedad de un activista antichavista, Robert Alonso, pocos días antes de que fueran a atacar el palacio presidencial y matar a Chávez.

Había otro atentado, menos conocido, contra Chávez que fue descubierto en la ciudad de Nueva York durante su visita a la Asamblea General de las Naciones Unidas en septiembre de 2006. De acuerdo a la información proporcionada por los servicios de seguridad, durante los reconocimientos de seguridad estándar de un evento en el que Chávez se dirigiría al público estadounidense en una universidad local, se detectaron altos niveles de radiación en la silla en la que se habría sentado. La radiación fue descubierta por un detector Geiger, que es un dispositivo de detección de radiación de mano de la seguridad presidencial utilizado para asegurar que el presidente no estaba en peligro de exposición a los rayos radioactivos. En este caso, la silla fue retirada y las pruebas posteriores demostraron que emanaba cantidades inusuales de radiación que podrían haber causado un daño significativo a Chávez si no lo hubieran descubierto. De acuerdo con la seguridad presidencial, una persona estadounidense que había estado involucrado en el apoyo logístico para el evento y había proporcionado la silla  de Chávez, pertenecía a la Inteligencia de Estados Unidos.

Hubo numerosos otros atentados contra su vida que fueron frustrados por los servicios de Inteligencia venezolanos y, sobre todo, por la unidad de contrainteligencia de la Guardia Presidencial que se encargaba de descubrir e impedir este tipo de amenaza. Otro intento conocido ocurrió en julio 2010, cuando Francisco Chávez Abarca (sin relación), un criminal terrorista que trabajaba con el terrorista de origen cubano Luis Posada Carriles, responsable por bombardear un avión cubano en 1976 y matar a los 73 pasajeros a bordo, fue detenido entrando a Venezuela y luego confesó que había sido enviado para asesinar a Chávez. Sólo cinco meses antes, en febrero de 2010, cuando el presidente Chávez estaba en un acto cerca de la frontera con Colombia, su seguridad descubrió a un francotirador a poco más de dos kilómetros de distancia de su ubicación que fue neutralizado posteriormente.

Si bien estas historias pueden sonar como ficción, están ampliamente documentados y son muy reales. Hugo Chávez desafiaba a los intereses más poderosos, y se negó a arrodillarse. Como jefe de Estado de la nación con las mayores reservas de petróleo del planeta, y como alguien que desafiaba abiertamente y directamente de Estados Unidos y el dominio occidental, Chávez fue considerado un enemigo de Washington y de sus aliados.

Entonces, ¿quién podría haber estado involucrado en el asesinato de Chávez, en caso de haber sido asesinado? Ciertamente, no resulta difícil imaginar que el Gobierno estadounidense estaría involucrado en un asesinato político de un enemigo que ellos claramente - y abiertamente - querían ver desaparecer. En 2006 el Gobierno de Estados Unidos creó una misión especial de Inteligencia clandestina para Venezuela y Cuba bajo la Dirección Nacional de Inteligencia. Esta unidad de Inteligencia de élite estuvo encargada de expandir las operaciones encubiertas contra Chávez y de dirigir misiones clandestinas desde un centro de fusión de Inteligencia (CIA-DEA-DIA) en Colombia. Algunas de las piezas clave de esta historia incluyen el descubrimiento de varios colaboradores cercanos a Chávez que tenían acceso privado a él, sin obstáculos, que huyeron del país después de su muerte y están activamente colaborando con el Gobierno de Estados Unidos. Si él hubiera sido asesinado por algún tipo de exposición a altos niveles de radiación, o por la inoculación o infección por un virus que causara el cáncer de otro modo, habría sido hecho por alguien con acceso cercano a él, en quien confiara”…

Toda essa retrospectiva antecipava a suspeita principal que recai sobre o ex-Capitão de Corveta, Leamsy Villafaña Salazar, Ajudante-de-Campo do Comandante e um prófugo protegido nos Estados Unidos.

Sobre a morte do Comandante Hugo Chevz, Atílio Borón por seu turno, adverte publicamente:“… Creo que mataron a Chávez, cada día estoy más convencido y creo que van a seguir matando (…) pueden continuar con el presidente (Nicolás) Maduro, con Evo (Morales) y (Rafael) Correa”…  

2- Logo a 22 de Fevereiro de 2014 o bem fundamentado jornalista portugués Miguel Urbano Rodrigues considerava: “… o projeto inicial de implantar no país uma situação caótica fracassou. Os apelos à violência de Leopoldo Lopez que assumiram caracter insurreccional na jornada de 12 de Fevereiro tiveram a resposta que mereciam das Forças Armadas e das massas populares solidarias com a revolução bolivariana. Os crimes cometidos pelos grupos de extrema-direita suscitaram tamanha repulsa popular que até Capriles Radonski – o candidato derrotado à Presidência da Republica - optou por se distanciar de Lopez e sua gente, mas convoca novas manifestações "pacíficas". Inviabilizada a tentativa de golpe com recurso à força, o esforço para desestabilizar o país prosseguiu, mas o projeto de tomada do poder foi alterado. O governo define-o agora como "um golpe de estado suave".

Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endémica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise económica se aprofunda.


O “golpe suave” todavia, mesmo que o estado bolivariano conseguisse vencer as sucessivas conjuras que se foram desencadeando, tornou-se endémico sob o ponto de vista sócio-político, tendo muito que ver com um constante agenciamento das classes sociais mais poderosas na Venezuela Bolivariana, que sustentam a contrarrevolução, com sinais públicos constantes evidentes nas manobras dos “media” afins.

Em princípios de 2015, o jornalista Diego Olivera reportava sobre os acontecimentos de Janeiro em Caracas: “Los días 23 y 24 de enero de este 2015, marcaron de manera muy diferenciadas, las propuestas políticas, económicas y sociales, que desarrolla el gobierno bolivariano, dirigido por el presidente Nicolás Maduro, con los distintos sectores de la denominada Mesa de la Unidad Democrática (MUD), porque no podemos hablar, de unidad, menos de articulación de políticas, entre los miembros de la ultraderecha, la derecha, como pequeños sectores democráticos de la misma, pero que son manipulados por la extrema derecha venezolana.

Estas fechas muestran, dos visiones marcadas de Venezuela, mientras hoy la visión popular, tienen una visión del Caracazo, en aquel aciago 23 de enero 1988, donde el pueblo de manera espontánea salió a las calles, buscando una salida a su crisis económica, asaltando negocios de comida, mientras recibían las balas de la policía y el Ejercito, ordenadas por el hoy extinto presidente Carlos Andrés Pérez. Este 23 de enero 2015, los bolivarianos salieron a denunciar los asesinatos del 88, festejando en la avenida Bolívar, de Caracas, con una gran feria de alimentos, a precios regulados justos, con actividades sociales y culturales, ante los efectos de una guerra económica.

Por su parte la MUD, salía este 26 convocando una marcha de la cacerola vacías, en alusión a las colas que hoy existen en esta nación, los llamativo es que la ausencia de una decena de productos de la canasta familiar, aparecen en los operativos que realizan las autoridades venezolanas, son de los empresarios y testaferros de las empresas privadas, donde toneladas de alimentos y enseres, son descubierto, muchos de ellos sin facturas, demostrando la impunidad de estos sectores capitalistas, ante las necesidades del pueblo.

La oposición venezolana apuesta a la desestabilización y la niega publicamente”…

O processo numa primeira etapa tornou-se polarizado e os esforços de subversão em escalada visavam a montagem de cada vez maiores obstáculos à governação até chegar ao clímax de instalar os expedientes de violência, procurando multiplicar as “Maidan” nas praças das maiores cidades venezuelanas, de modo a que a todo o transe e a partir das ruas o poder fosse assaltado, pondo de lado a viabilidade democrática no país, buscando por fim o reforço da subversão a partir do exterior.

Em 2016 com a escalada em curso nas ruas das principais cidades venezuelanas o “The Washington Post” dava o mote: “Venezuela is desperately in need of political intervention by its neighbors, which have a ready mechanism in the Organization of American States’ Inter-American Democratic Charter, a treaty that provides for collective action when a regime violates constitutional norms. But the region’s leaders are distracted: Brazil is suffering its own political crisis, while the Obama administration is preoccupied with its outreach to Cuba. While the White House courts the Castros, they are using their control over Venezuela’s intelligence and security forces, and longtime acolyte Mr. Maduro, to foment his kamikaze tactics. An explosion is probably not far off”.

Em 2017 é o próprio Chefe de Estado bolivariano, Nicolas Maduro, que em Abril concluía: “… hay una razón geopolítica fundamental para el golpe de Estado en Venezuela, la llegada de los extremistas al poder de los Estados Unidos, no podemos ocultarlo, es la razón geopolítica fundamental para la agresión de los gobiernos fracasados de la derecha latinoamericana contra nuestro país, para el intento fracasado y derrotado de aplicación de la carta de la OEA (Organización de Estados Americanos) contra Venezuela.

El Departamento de Estado anuncia un golpe de Estado en Venezuela, hoy (martes) en un comunicado, 18 de abril (…) estuvimos leyéndolo ahora, analizandolo en sus partes, está el guión”…

3- A decisão de convocar a Assembleia Nacional Constituinte por parte do poder legalmente instalado que tem à frente o Presidente Nicolas Maduro, é uma tentativa de por via pacífica se fazer face ao terrorismo que está a ser concretizado já com recurso a infiltrações visíveis nos últimos acontecimentos no Estado de Táchira.

O objectivo da Constituinte em defender a paz e a democracia, está sumariamente inscrita no texto de proclamação: “o objetivo é obter um novo desencadeante histórico, como o ocorrido em 1998, quando escolhemos a nosso Comandante Chávez, que permita a nosso povo seguir o rumo pacífico das transformações profundas que necessita nossa sociedade, deixando de lado as ameaças de golpe de Estado, guerra civil ou intervenção estrangeira.”

Torna-se contudo evidente que não será apenas coma Assembleia Nacional Constituinte que a Venezuela Bolivariana se poderá defender.

No que diz respeito, por exemplo, à necessidade de cortar os vínculos dos tentáculos da CIA dentro da Venezuela, o exemplo russo impõe-se: “O Procurador-geral da Rússia declarou como indesejáveis as três «ONGs humanitárias» criadas pela família de Mikhaïl Khodorkovski :
Open Russia (Reino-Unido) (administradores : Henry Kissinger e Lord Jacob Rothschild), Open Russia Civic Movement (Reino-Unido), Institute of Modern Rússia (Estados Unidos).

Estas juntam-se às outras 7 ONG interditas pela lei de Julho de 2015: National Endowment for Democracy (NED), OSI Assistance Fondation (George Soros), Fundação Open Society (George Soros), Fundação USA-Russia for Economic Advancement and The Rule of Law, International Republican Institute (IRI/NED), Media Development Investiment Fund (Otan), National Democratic Institute for International Affairs (NDI/NED)”.

Por outro lado é necessário banir as organizações de manifesto carácter terrorista, a nível interno e deter os implicados na instauração do caos e nas acções de desestabilização e subversão, com a legitimidade democrática que se impõe.

A “Mesa de Unidade Democrática”, criada a 23 de Janeiro de 2008, é uma coligação de tendências que está longe de ser unitária e por isso se apresta à desestabilização e à subversão.

O MUD, a nível interno, terá de “separar o trigo do joio”: ou se afirma como plataforma sócio-política democrática, ou envereda pela rua, pela constante obstrução à democracia e pelo golpe.

Toda a América Latina deve cerrar fileiras em torno de Venezuela Bolivariana face à situação corrente e tendo em conta outros processos de desestabilização e subversão recentes, que são efectivamente muitos e estão a procurar avassalar os estados ao domínio fascista da hegemonia unipolar.

Os Estados Unidos continuam a considerar que a América Latina é “seu pátio traseiro” e os agenciamentos em curso, sendo um processo de ingerência, destinam-se a inviabilizar o ambiente progressista que dá luta a todo o tipo de desequilíbrios e desigualdades.

A América Latina jamais deve abandonar sua capacidade de independência, de soberania, de aprofundamento da democracia, de integração, de solidariedade recíproca e de inclusão!

É nesse sentido que nossos olhos se voltam para a CELAC, Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe, como para a UNASUR, para a ALBA e para o próprio MERCOSUR, sabendo que a Organização de Estados Americanos vai continuar a cumprir com o “diktat” de Washington, enquanto “Ministério do Ultramar” na desesperada tentativa de reger por via dum domínio neocolonial, os destinos comuns da América Latina!

Consultas próprias:

Outras consultas:
Poema de la intelectual Tania Tome, de Mozambique, realizó en homenaje al Comandante Chávez –http://saberesafricanos.net/noticias/cultura/1583-poema-de-la-intelectual-tania-tome-de-mozambique-realizo-en-homenaje-al-comandante-chavez.html 
La muerte de Chávez cumplió los objetivos de Washington –  https://actualidad.rt.com/opinion/eva_golinger/200948-muerte-chavez-cumplir-objetivos-washington 
Chávez asesinado por su asistente personal? EE.UU. trata de cubrir sus huellas en el caso –  https://actualidad.rt.com/actualidad/202529-chavez-asesinado-jefe-guardia-eeuu-huella 
La muerte de Hugo Chávez un magnicidio preparado por la CIA – https://actualidad.rt.com/actualidad/view/103501-muerte-hugo-chavez-magnicidio-cia 
Destruir a Revolução Bolivariana, objectivo do imperialismo – http://resistir.info/mur/mur_23fev14.html 
La oposición venezolana apuesta a la desestabilización y la niega públicamente
El gobierno bolivariano enfrenta la guerra económica de los empresários – http://www.rebelion.org/noticia.php?id=194881 
Diario de EEUU pide una intervención de los países vecinos en Venezuela –  https://actualidad.rt.com/actualidad/204746-periodico-intervenir-venezuela-maduro
Cómo se usa el Manual del golpe suave contra la Revolución Bolivariana –  https://actualidad.rt.com/opinion/erika-ortega-sanoja/237219-causas-violencia-venezuela-manual-golpe
Departamento de Estado norteamericano anuncia golpe de Estado contra Venezuela en un comunicado –http://www.correodelorinoco.gob.ve/departamento-de-estado-norteamericano-anuncia-golpe-de-estado-contra-venezuela-en-un-comunicado/   
Defesa: três "ONGs" anglo-saxónicas interditas na Rússia – http://www.voltairenet.org/article196268.html 

Ilustrações retrospectivas: Cartaz Chavez vive; De que se trata el golpe suave?; Vítimas da violência do MUD; Que diz a Constituição da Venezuela sobre a Assembleia Nacional Constituinte?; O Presidente Nicolas Maduro convoca a Constituinte.

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