sexta-feira, 10 de maio de 2019

Guiné-Bissau | PR aguarda resolução de impasse na ANP para marcar presidenciais


Presidente guineense, José Mário Vaz, disse aos jornalistas que aguarda a constituição da mesa da ANP, porque depois são necessárias várias tramitações até à marcação da data das eleições presidenciais.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, disse esta sexta-feira (10.05.) que aguarda a resolução do impasse no Parlamento do país para marcar as eleições presidenciais. O chefe de Estado guineense que termina o seu mandato a 23 de junho, participou num encontro com jornalistas para abordar vários assuntos que têm dominado a atualidade política do país.

José Mário Vaz explicou que aguarda a constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular, porque depois são necessárias várias tramitações até à marcação da data das eleições presidenciais.

"Eu vou marcar, mas não depende exclusivamente de mim. Há o GTAPE (Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral) e a CNE (Comissão Nacional de Eleições). Eles é que estão a preparar a agenda para propor datas possíveis para haver eleições, é preciso ouvir o Governo e partidos políticos com assento parlamentar. Perante este ambiente eu não posso marcar a data enquanto aqueles órgãos não se pronunciarem sobre o assunto", afirmou o Presidente guineense.

Angola | Filha de "Zedu" pode perder mandato de deputada?


Filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, "Tchizé" dos Santos, recusa-se a regressar a Angola por alegadamente estar a ser vítima de perseguição política.

O Grupo Parlamentar do MPLA sugeriu, esta semana, a deputada Welwitcha dos Santos "Tchizé”, a suspender o seu mandato por se encontrar no estrangeiro há mais de 90 dias, o tempo permitido pela lei. A filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos recusa-se aceitar a sugestão por alegadamente estar a ser vítima de perseguição política.

Segundo a Constituição angolana, um deputado da Assembleia Nacional tem apenas o direito de ficar no estrangeiro durante 90 dias. Mas a deputada "Tchizé" dos Santos já ultrapassou o prazo limite previsto pela legislação. Foi por isso que, o Grupo Parlamentar do MPLA, notificou-a para suspender o seu mandato.

Perda de mandato

O constitucionalista angolano Albano Pedro aplaude a atitude dos "camaradas” e diz que assim se evitará consequência maior: a perda do mandato.

"Penso que é uma posição generosa do seu partido no sentido de prevenir a perda do mandato porque se a deputada não suspende o mandato o que vai acontecer é a perda do mandato como deputada do MPLA ”.O jurista explica que caso a deputada venha suspender o seu mandato, o seu lugar será ocupado pelo próximo cidadão da lista do MPLA nas eleições gerais de 2017 enquanto decorre a presente legislatura.

Angola | Carências... “O melhor é fechar já o país”


João Antunes Pegado, Benguela | opinião

Estamos sem combustíveis, água e luz em Benguela. Ou seja, não temos bens essenciais para a vida moderna em cidades.

Os nossos dirigentes só podem estar a brincar connosco, ou então há coisas entre eles que não nos contam, e também não precisam de contar, não queremos saber, apenas queremos que nos forneçam os bens, que governem bem. Já não há empregos, agora ainda nos fazem sofrer desta forma? Nem toda a gente tem homens para tratarem dessas coisas por si, nem todos têm regalias do Estado.

Nós somos trabalhadores, ganhamos pouco, sofremos para comprar cada coisa que metemos em casa, agora os da elite ainda brincam connosco dizendo que a Sonangol não tem dinheiro? Se a Sonangol não tem dinheiro é melhor fechar já o país, quem mais terá? E se não tem, então o dinheiro meteram onde? É muita brincadeira.

A sorte dos nossos dirigentes é que somos um povo muito pacífico, pois no Sudão o Governo caiu porque subiu o preço do pão, mas até quando vamos tolerar estas coisas? É muita falta de respeito.

Benguela agora é a província da tristeza, isso no coração de quem ama esta terra. O presidente da república tem de fazer alguma coisa, mesmo que seja correndo com muitos dirigentes.

Carta de leitor dirigida ao diretor do jornal angolano O País

Angola | Repatriamento de capitais, "uma amnistia" desperdiçada


O bispo da Diocese de Benguela, Dom António Francisco Jaca, considera que a fase de repatriamento voluntário de capitais, que durou seis meses, foi manchada por falta de patriotismo e solidariedade para com um país na miséria.

Recuperados cerca de 4 mil milhões de dólares ao abrigo da Lei de Repatriamento Coercivo e Perda Alargada de Bens, segundo a PGR, o líder católico lamenta que nenhum angolano tenha repatriado voluntariamente ‘’recursos ilícitos’’ que ajudariam a edificar o futuro.

A UNITA diz que até agora o balanço do repatriamento é negativo e o MPLA quer que todos respondem perante a lei.

Num pronunciamento público feito antes da abertura da Semana da Diocesanidade, Dom António Jaca, disse que não conhecia os angolanos que ostentam recursos adquiridos ilicitamente, nem o que representam, mas deixou uma certeza.

‘’É evidente que o patriotismo, quer dizer… sentir-se filho da terra deve fazer com que as pessoas se preocupem com o país, colaborar. Os recursos devem servir os cidadãos, ao invés de investir em terras alheias e deixar cidadãos na miséria. Portanto, faltou patriotismo’’, desabafa o bispo de Benguela.

Moçambique | Precisa-se de um governo sério


@Verdade | Editorial

A seriedade de um país vê-se em pequenos actos, como é o caso do investimento feito pelo Governo de turno. O caso de Moçambique fica claro que os moçambicanos estão entregues a sua própria sorte. Há quatro décadas que o Governo da Frelimo tem estado a retardar o desenvolvimento do país, implantando as suas políticas terroristas contra a população.

É deveras preocupante que, volvidos 44 anos de Independência, o país continue a debater-se com problemas básicos, como é o caso de transporte público. Todos os dias, os moçambicanos são obrigados a arriscar as suas próprias vidas para se deslocarem de um ponto para outro. Desde os meios aéreos, passando pelos terrestres até aos marítimos e fluviais, a situação é a mesma: a precariedade dos serviços prestados.

Relativamente ao transporte marítimo, a realidade é gritante. Quase sempre há registos de naufrágio. Por exemplo, nesta semana, pelo menos dez pessoas morreram e 13 estão desaparecidas na sequência do naufrágio, de uma pequena embarcação que fazia o transporte de passageiros entre os distritos de Chinde e Marromeu, nas Províncias da Zambézia e de Sofala, respectivamente.

Ciclones em Moçambique: Voltar à escola é crucial para superar o trauma


Alerta é da ONU, que diz que a passagem do Idai e do Kenneth deixou quase 400 mil crianças moçambicanas sem acesso à educação. UNICEF aposta em escolas temporárias e no apoio psicossocial a alunos e professores.

Um milhão de crianças precisa de ajuda humanitária em Moçambique, após a passagem de dois ciclones em menos de dois meses no centro e norte do país. Perderam quase tudo: familiares, casa, acesso à saúde, água, saneamento e educação.

Os dados mais recentes da Agência das Nações Unidas para a Infância e do Ministério da Educação de Moçambique apontam para cerca de 377 mil alunos, entre os 5 e os 16 anos, afetados pelos ciclones. As chuvas, ventos fortes e inundações destruíram quase 4.000 salas de aula e muitas foram usadas como centros de acomodação às vítimas. É preciso acompanhar o regresso destas pessoas às suas comunidades para restaurar a normalidade nas escolas, diz a UNICEF.

Enquanto se planeia a reconstrução, com foco na resiliência, e se acompanham as famílias no regresso a casa, as autoridades moçambicanas e as organizações humanitárias esforçam-se para que as crianças afetadas voltem ao sistema de ensino. As Nações Unidas lembram que "qualquer interrupção prolongada no acesso à aprendizagem pode ter consequências devastadoras para as crianças".

Dos casos políticos às liberdades civis, UE deixa amplo leque de acusações a Macau


A Comissão Europeia divulgou ontem o relatório sobre Macau relativo a 2018, fazendo vários reparos à situação política e social do território. O tráfico humano e a auto-censura nos media chineses são focos de preocupação, bem como a condenação do deputado Sulu Sou e o despedimento dos assessores jurídicos Paulo Cardinal e Paulo Taipa.

A condenação do deputado Sulu Sou, o despedimento dos assessores jurídicos Paulo Cardinal e Paulo Taipa e o impedimento de entrada de convidados do Festival Literário de Macau são casos que preocupam a Comissão Europeia. No seu mais recente relatório sobre a RAEM, ontem divulgado, a instituição detecta problemas como o tráfico humano, que “permanece uma preocupação”, e a auto-censura nos meios de comunicação chineses. O Governo é encorajado a cumprir com as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no que diz respeito à lei sindical, e recebeu ainda críticas pelo pacote legislativo sobre segurança nacional. A resposta do Executivo não tardou, criticando o relatório que “ignora factos, tece comentários irresponsáveis e levianos sobre a RAEM”.

A não renovação dos contratos dos assessores jurídicos da Assembleia Legislativa (AL) Paulo Cardinal e Paulo Taipa não passou despercebida à Comissão Europeia. No seu último relatório sobre a RAEM, a instituição observa que, ainda que ambos tivessem contratos a termo, “a súbita decisão levantou preocupações na sociedade civil de um aumento de esforços para afastar experiência portuguesa e estrangeira em favor da chinesa”. No mesmo sentido, a União Europeia (UE) recorda as alterações à Lei de Bases da Organização Judiciária, que atribuíram a competência de julgar casos de segurança nacional apenas a magistrados chineses. “A definição de segurança nacional é vasta e pode, por isso, ser usada para excluir juízes estrangeiros de muitos casos”, lê-se no relatório. Em conjugação com outras políticas de reforço da segurança nacional, a Comissão Europeia entende que esta tendência “pôs a política da RAEM em linha com as opiniões do continente”.

Quase metade das crianças timorenses vive abaixo da linha da pobreza - UNICEF


Díli, 10 mai 2019 (Lusa) - Quase metade das crianças timorenses vive abaixo da linha da pobreza, um valor que é mais elevado do que entre os adultos, revela um relatório agora divulgado.

O relatório, da UNICEF e do Governo timorense, mostra que Timor-Leste é, tanto na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) como na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o país com maior percentagem de crianças menores de cinco anos que sofre de nanismo devido a malnutrição.

O Livro de Dados da Criança 2018, que foi divulgado esta semana em Díli, indica que metade das crianças sofre de nanismo "severo ou moderado", uma em cada três crianças tem peso a menos de forma "moderada ou severa" e uma em cada nove tem debilitação (wasting).

O documento sublinha os desafios que o país enfrenta quando 46,4% da população total de 1,18 milhões tem menos de 18 anos, e 12,7% tem menos de cinco anos.

Os dados mostram que 49% das crianças com menos de 14 anos vivem abaixo da linha oficial da pobreza, fixada em apenas 46,37 dólares por mês, ligeiramente acima da linha internacional de pobreza fixada nos 40,45 dólares.

Ciclone Lili perde força, mas ainda são previstas chuvas intensas em Timor-Leste


Díli, 10 mai 2019 (Lusa) -- O ciclone tropical Lili, localizado no leste de Timor-Leste, está a perder intensidade, mas ainda deverá trazer chuvas intensas e ventos fortes durante as próximas 24 horas, especialmente na zona sul do país, informaram as autoridades.

Informação atualizada fornecida à Lusa pelos meteorologistas do Timor Leste MeteoClima (TLMC), em cooperação com a Direção Nacional Meteorologia e Geofísica (DNMG), referem que o ciclone tem estado a movimentar-se em direção sudoeste.

Os modelos meteorológicos mostram, porém, que o Lili se deslocará na direção de terra nas próximas seis horas, continuando progressivamente a perder intensidade até se dissipar junto à costa sul do país.

Até lá, porém, o Lili deverá ter rajadas de ventos médios de 75 km/hora com rajadas de até 100 km/h, e com previsões de chuvas entre 100 e 150 mm nas próximas 24 horas.

O ciclone, que começou como uma tempestade tropical, causou danos em várias estradas, nomeadamente no leste do país.

ASP // FST

Portugal | "PS e Governo ganharam esta batalha, mas vão perder a guerra" - Nogueira


O líder da Fenprof já reagiu à votação desta sexta-feira, no Parlamento, que culminou com o chumbo do diploma que previa a recuperação integral do tempo de carreira congelado dos professores.

"Hoje, o PS e o Governo estão de parabéns porque ganharam esta batalha. Mas podem escrever e ter a certeza de que vão perder esta guerra".

Foi desta forma que Mário Nogueira reagiu à votação parlamentar que, com o recuo do PSD e CDS, determinou que os professores não vão recuperar os 9 anos, 2 meses e 4 dias de tempo de carreira congelado.

O secretário-geral da Fenprof, que assistiu à votação através da galeria no Parlamento, acusou os partidos que chumbaram o diploma de terem “metido a mão na dignidade dos professores e do seu tempo de serviço”. E, por isso, avisa: “Quem faz e quem também fez isso vai sempre perder”.

Mário Nogueira disse ainda que, “à Esquerda do PS esperava-se que, como em outros momentos, os partidos pudessem ter percebido que, apesar dos critérios de Bruxelas, a recuperação – ainda que insuficiente de rendimentos e direitos – poderia permitir que fosse possível contabilizar o tempo integral”.

Portugal | Adeus, mini-crise. Chumbada contagem integral do tempo dos professores


Há uma semana, António Costa ameaçava demitir-se caso o diploma que determinava a contagem integral dos professores fosse aprovado em plenário. E, pois que uma semana volvida, o PS deixou de estar isolado e contou com o voto contra de PSD e CDS. À esquerda, Bloco de Esquerda, PCP e PEV mantiveram a posição, enquanto o PAN se absteve.

O Governo já pode respirar de alívio, a nuvem negra da demissão foi-se de vez. Exatamente uma semana depois do início da mini-crise política causada pela aprovação, em sede de comissão parlamentar, da contagem integral do tempo da carreira dos professores, esta sexta-feira, o Parlamento chumbou em votação final global com os votos contra do PS, PSD e CDS.

Após a votação, os membros dos sindicatos dos professores, incluindo o dirigente da Fenprof Mário Nogueira, abandonaram, em silêncio, as galerias da Assembleia da República.

Portugal e arredores | O que deve saber de importante e nem por isso


Hoje fomos ver como está o Curto do Expresso, prática em que estamos em falta há tempos… Porque sim. Assinado por Ricardo Costa, da SIC, que é o mesmo que dizer da quinta de comunicação do tio Balsemão da Impresa e o mais que resta das ilhargas do dito velho gigante daquelas lides. Um democrata, dizem.

Sem considerações passamos a “bola” ao trabalhador balsemado Ricardo Costa, mas não sem antes dar aqui uma bicada num sujeito que é Santos Silva (MNE.pt) e se mostra em bicos dos pés contra Maduro e a favor de Guaidó, perdão, a favor de Trump e outras pandilhas do mesmo jaez. Se Trump apoiasse Hitler decerto lá estava o escravo isauro das trumpices, Santos Silva, em bicos dos pés a botar faladura em consonância com as vontades do amo Trump, se calhar dizendo que Hitler ou 'hermanos' são (era) democráticos e que Maduro é que não. Talvez isto se deva a uma deficiência física do sujeito que só pode olhar para a direita e em frente porque para a esquerda é que não, parece que devido ao torcicolo perpétuo que o assola. É uma questão física, não é política… Percebem? Sim, pois, este Silva é também um aleijadinho da classe Cavaco e semelhantes, disposto no governo  de Costa, dito de esquerda por eles e apaniguados que são enganados ou querem enganar papalvos… Aaaah, não nos façam rir. Não nos contem mais anedotas daqueles personagens dos nossos anedotários lusos!

Sigam para bingo, digo, para o Curto, a seguir. Conte com ir ao encontro do que deve saber de importante e também o nem por isso que comporta. A tal lana caprina do jornalismo dos grandes mídias… Pois.

MM | Redação PG

Portugal | O algoritmo de Costa


Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

Silêncio, luta e inveja. E sentido inverso. A crise de nervos que António Costa provocou na oposição à Direita foi o golpe de teatro mais cómico (não fosse trágico) desta legislatura. À memória, uma palavra batida: irrevogável. Só que, desta vez, a dois para dançar o tango. Poder-se-ia dizer que Costa deu baile. Não fosse tudo isto trágico, lá está.

Tragédia, desde logo, para a confiança que qualquer cidadão deve entregar à classe política. Numa altura em que falta apenas um par de semanas para as eleições europeias no contexto de uma Europa desagregada e com a pirâmide invertida, assolada por populismos e fascismos vários, esta chicana política à volta do tempo de serviço dos professores é combustível para os que pensam que não há melhor remédio do que um frasco de veneno. Construímos mais uma ponte para o irremediável, para a falta de crença nos formatos representativos de poder, para a destruição dos últimos alicerces da democracia e da política como ela deve ser entendida. A nobreza foi-se e restam, trôpegas, as danças recreativas de salão.

O algoritmo de António Costa está afinado. No momento em que precisava de afirmar a sua noção de estadista, não só o consegue aos olhos dos incautos, como desterra para o silêncio a primeira figura do Estado. O presidente da República silenciou-se e, também ele, aproveitou para reforçar pela diferença a sua pose de responsabilidade. A "win-win situation" para Costa e Marcelo, à boleia da incoerência desmemoriada de Rui Rio e Assunção Cristas, líderes dos partidos-professores de ruína nos tempos da troika da "PàF", agora inusitadamente de braço dado aos sindicatos que sempre desprezaram.

Grandes roubos | Maduro reclama 1,54 mil milhões de euros retidos no Novo Banco


Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou esta quinta-feira a reclamar os 28,35 mil milhões de euros retidos nos Estados Unidos e em Portugal, valor que disse estar destinado à importação de alimentos e medicamentos.

Segundo Nicolás Maduro, os Estados Unidos "roubaram à Venezuela" 30 mil milhões de dólares (26,81 mil milhões de euros) e em Portugal estão retidos 1,7 mil milhões de dólares (1,54 milhões de euros à taxa de câmbio atual).

"Há que aumentar (os esforços) para enfrentar o bloqueio económico que faz o Governo imperialista de Donald Trump. Uma sabotagem anormal, desumana. [O Governo norte-americano] sabota todas as importações que fazemos de matéria prima (...) Temos que inventar mil caminhos para comprar e para trazer o que o país precisa para fazer medicamentos", disse.

Nicolás Maduro falava no Forte de Tiuna, a principal base militar de Caracas, durante um ato que teve como tema central a saúde e que foi transmitido pela televisão estatal venezuelana.

"Continuo a denunciar. Não me cansarei de denunciar o roubo de mais de 30 mil milhões de dólares, pelo Governo dos EUA, contra a Venezuela", frisou.

"Em Portugal, por exemplo, num banco chamado Novo Banco, roubaram-nos 1.726 milhões de dólares que estavam destinados para trazer medicamentos (...) Assalto a plena luz do dia, por ordem do Governo 'gringo' americano", acusou.

Os novos territórios do Daesh


Thierry Meyssan*

Muito embora já não haja mais razão de ser para a divisão dos jiadistas entre Alcaida e Daesh, as duas organizações perduram fazendo guerra no Médio-Oriente Alargado. Paradoxalmente, é agora a Alcaida quem gere um pseudo-Estado, na província de Idlib, e o Daesh quem organiza atentados fora dos campos de batalha, no Congo e no Sri Lanka.

A libertação da zona administrada pelo Daesh (E.I.), tal como se fosse um Estado, não significou o fim desta organização jiadista. Com efeito, se este é uma criação dos Serviços de Inteligência da OTAN, ele incarna uma ideologia que mobiliza os jiadistas e que pode sobreviver-lhe.

A Alcaida era um exército auxiliar da OTAN que vimos combater no Afeganistão, depois na Bósnia-Herzegovina, e por fim no Iraque, na Líbia e na Síria. As suas principais acções são actos de guerra (sob a denominação de «Mujahedins» ou de «Legião Árabe», ou outras ainda), e, subsidiariamente, mais abertamente de operações terroristas como em Londres ou em Madrid.

Osama Bin Laden, oficialmente considerado como o inimigo público número1, vivia, na realidade, no Azerbaijão sob protecção dos EUA, tal como testemunhou uma vigilante do FBI [1].

Recordemos que os atentados do 11-de-Setembro em Nova Iorque e Washington jamais foram reivindicados pela Alcaida, que Osama Bin Laden declarou que não estava envolvido neles, e que o vídeo onde ele se contradiz só foi autenticado pelo seu empregador, o Pentágono, mas foi julgado falso por todos os peritos independentes.

Porque o Pentágono se preocupa com crescimento do poder da Marinha chinesa?


Dois analistas comentam o relatório estadunidense sobre o poder militar da China, no qual os EUA advertem sobre o desenvolvimento das capacidades navais chinesas.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos publicou recentemente um relatório dedicado às capacidades militares da China. Segundo o documento, Pequim presta grande atenção ao reforço da Marinha, assim como à exploração do Ártico. O autor do documento opina que, graças à modernização do Exército, a China pode manter o estatuto de superpotência mundial. 

Entretanto alguns analistas consideram que o reforço do poder das Forças Armadas da China está principalmente ligado com a proteção das vias marítimas, que adquiriram importância considerável à luz do crescimento económico do país. 

A China tem tido um desenvolvimento económico considerável, cerca de 6.5 % ao ano, indicador duas vezes superior à média mundial, declarou o vice-diretor do Centro de Pesquisas Socioeconómicas da China, Pavel Kamenov, em entrevista ao RT

"Pequim quer garantir a segurança das comunicações marítimas. Esta é a razão principal do desenvolvimento da sua infraestrutura militar no Oriente Médio e na África", disse o analista. 

Chelsea Manning é libertada de centro de detenção na Virgínia


Chelsea Manning foi libertada da prisão da Virgínia, onde estava presa nos últimos dois meses por se recusar a testemunhar perante um júri sobre o WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange. No entanto, Manning deve comparecer diante de um novo júri no dia 16 de maio.

Depois de 62 dias de prisão e duas petições pela libertação da ex-militar e ativista com base em suposto procedimento impróprio pelo juiz, Manning foi libertada.

"Chelsea continuará se recusando a responder a perguntas, e usará todas as defesas legais disponíveis para provar ao juiz distrital [Anthony] Trenga que tem uma causa justa que motiva sua negativa em dar testemunho", disse o advogado de Manning em um comunicado. 

Guerra na Venezuela


Os EUA já estão em guerra com a Venezuela.   Uma guerra híbrida, não-convencional, mas uma guerra

Marcelo Zero

A grande pergunta que todos se fazem no momento é se haverá ou não uma guerra na Venezuela.

Bom, em primeiro lugar, é preciso considerar que os EUA já estão em guerra com a Venezuela. Uma guerra híbrida, não-convencional, mas uma guerra.

Os EUA estão fazendo de tudo na Venezuela. Além doembargo comercial e financeiro , que já ocasionou a morte de pelo menos 40 mil pessoas, confiscaram ouro e outros ativos da Venezuela no exterior , promoveram atos de sabotagem que levaram a apagões , instituíram um títere ridículo (Guaidó) para tentar derrubar Maduro mediante um golpe ,articularam o isolamento diplomático e político do nosso vizinho , fazem pressão para que os militares abandonem o governo constitucional , promovem uma grande campanha de desinformação sobre a Venezuela para criminalizar Maduro e o regime bolivariano, etc. etc.

A questão não é, portanto, se os EUA entrarão em guerra com a Venezuela, mas se a atual guerra híbrida escalará para uma guerra militar estrito senso.

Para tentar responder a essa pergunta, temos de levar em consideração dois grandes fatores.

O primeiro tange à nova geoestratégia dos EUA para América Latina. Eles querem implantar, a ferro e fogo, se necessário, a Nova Doutrina Monroe, segundo a qual a nossa região tem de ser, de novo, um espaço de influência exclusiva dos EUA. Um quintal. Um patio trasero, como dizem os hispânicos.

Nesse novo cenário, não haveria lugar para países que tenham políticas externas independentes e relações mais aprofundadas com China e Rússia, por exemplo, rivais geopolíticos e geoeconômicos dos EUA. Assim, a derrubada do governo Maduro é essencial para a agenda dos EUA na região, pois Caracas tem hoje relações bastante estreitas com esses rivais dos EUA e pratica uma política externa muito independente, embora jamais tenha deixado de prover seu petróleo para o gigante norte-americano. Diga-se de passagem, o governo brasileiro de Bolsonaro, bem-treinado que é, já ameaça sair do BRICS e abandonar programas sino-brasileiros . 

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