quarta-feira, 19 de junho de 2019

CARTA ABERTA AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA INDÚSTRIA DE ANGOLA


RESGATAR A DIGNIDADE DA EDUCAÇÃO PARA SERVIR O POVO E O FUTURO DE ANGOLA!

Editora Mensagem - quarta-feira, 19 de junho de 2019

Está concluída a primeira fase da denúncia pública, publicado sob a forma de uma Carta Aberta ao Ministério da Educação em Angola, sobre a corrupção dos livros escolares em Angola, bem como do assalto relacionado com esse esquema, ao património público produtivo, distributivo e editorial, relacionado com o Ministério da Educação e da Indústria. 

A carta Aberta ao Ministério da Educação de Angola, foi enviado, tal como o anunciado, para as redes sociais, imprensa em geral; agências noticiosas, jornais, rádio e televisão, grupos parlamentares representados na Assembleia Nacional e UNICEF.

Seguirá ainda para outras entidades, desde que se justifique.

É expectável agora, que tendo em conta a dimensão do problema, pela sua natureza e objectivos perversos prosseguidos... o enriquecimento pornográfico das elites assimiladas do poder, hoje a navegarem em rios de dinheiro, à custa de um desiderato nacional de grande significado social, politico e do desenvolvimento de Angola, que só é possível pela via da educação dos filhos do povo.

Trata-se portanto de um acto de lesa pátria realizado impunemente sobre as crianças angolanas do ensino primário... que sem livros para estudar, desde 2009, com base na reforma de 2001-2015, chegaram até 2019 sem os manuais escolares, pagos pelo Estado Angolano... mas que pela fraude, não chegaram esses livros ao seu destino e justificação... as crianças em idade escolar.

Uma acção engendrada... sob a capa da consigna constitucional do ensino universal e gratuito para todos... chegaram sim... foram importantes fortunas de muitos milhões aos bancos e paraísos fiscais, à custa do futuro de Angola e das suas crianças.

É preciso resgatar a dignidade e os prejuízos causados ao Estado Angolano, enganado e traído... e recolocar a educação do país nos caminhos da justiça social e do desenvolvimento de Angola, para bem de todo o seu povo.

António Jorge
editor e livreiro em Angola e ex-vice-presidente da Associação 25 de Abril em Angola

FMI em Angola: Empréstimo a troco de quê?


Que efeitos tem o empréstimo do Fundo Monetário Internacional na vida dos angolanos? Analista alerta para "cocktail" de dificuldades, com austeridade e diminuição do poder de compra, e aumento da insatisfação.

Há uma imagem a circular nas redes sociais que retrata provavelmente o sentimento de vários angolanos em relação a uma medida aprovada este ano pela Assembleia Nacional, a introdução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Em primeiro plano na imagem, alguém mostra o dedo do meio a um cartaz, com fundo azul e letras brancas, onde está escrito "O IVA veio para ficar".

A implementação do IVA é uma medida solicitada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que acaba de aprovar o pagamento da segunda "tranche" do empréstimo a Angola de 3,7 mil milhões de dólares. 

Um dos objetivos com a introdução do IVA (com uma taxa única de 14%) é aumentar as receitas públicas para equilibrar as contas deficitárias do Estado. Mas a vida dos angolanos deverá encarecer ainda mais. O Governo antecipa para este ano uma descida da taxa de inflação. No entanto, o valor previsto no Orçamento Geral do Estado (15%) continua a ser bastante alto. E o aumento dos preços não tem sido acompanhado de uma subida dos salários, lembra o jornalista angolano Carlos Rosado de Carvalho.

Angola | Médicos e enfermeiros em pé de “guerra”


Médicos e enfermeiros angolanos estão de costas voltadas. Em causa estão os pronunciamentos da bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, que supostamente desvaloriza os enfermeiros.

Os médicos e os enfermeiros angolanos estão em pé de "guerra”. Em causa estão os pronunciamentos da Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, que supostamente desvaloriza os enfermeiros. Está quarta-feira (19.06.), as organizações socioprofissionais da saúde chamaram a imprensa para apresentar o que chamam de "protesto” e exigem desculpas públicas da responsável.

As supostas declarações de bastonária da Ordem dos Médicos de Angola foram proferidas no dia 25 de maio deste ano, na província angolana do Cunene.

No áudio apresentado esta quarta-feira em conferência de imprensa pelas organizações socioprofissionais, a responsável teria dito que os enfermeiros não podiam passar receita médica e que um "médico é um Deus na terra”. Elisa Gaspar também denunciou a existência de falsos médicos cubanos.

"Mas como é que um enfermeiro vai discutir um problema clínico? É impossível porque cientificamente não está qualificado para a discussão do caso e, as vezes quer discutir com o médico porque ele é o diretor da unidade hospitalar. Diretor clínico só pode ser médico. Nalgumas províncias os enfermeiros assinam certidões de óbito. O que é que ele entende da nomenclatura para assinar as certidões? Acabar com os enfermeiros que passam as receitas médicas”.

São Tomé | Fradique falou à CPI sobre o golpe e reiterou que Trovoada é um fascista


Patrice Trovoada é “um fascista que deve ser combatido”. Garantiu o ex-Presidente da República Fradique de Menezes, após várias horas de interpelação pela Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI).

A Comissão Parlamentar de Inquérito, está a investigar o Golpe de Estado de 2003, a luz das acusações feitas em 2017 pelo operacional Peter Lopes, membro do antigo batalhão sul africano “Búfalo”.

O operacional que era amigo muito próximo do ex-Primeiro Ministro Patrice Trovoada, e activista político do partido de Patrice Trovoada, publicou um vídeo no ano 2017, anunciando que o ex-primeiro ministro foi o financiador do Golpe de Estado de 2003.

Mais ainda, denunciou que Patrice Trovoada, deu ordens expressas aos operacionais dos Búfalos, para matar 3 individualidades nacionais, nomeadamente o actual ministro da defesa o coronel Óscar Sousa, e o ex-Presidente Manuel Pinto da Costa, e o então Presidente da República, Fradique de Menzes.

Após dizer à CPI, tudo que sabe sobre o Golpe de Estado de 2003, o ex-Presidente Fradique de Menezes,  disse a imprensa que não confirma nem desmente as declarações feitas pelo operacional Peter Lopes. No entanto acrescentou que «Se o cidadão Patrice Trovoada de fato fez isto, ele tem que responder por isso».

Fradique de Menezes garantiu a imprensa que ele era o único alvo, do Golpe de Estado de 2003. «Enquanto Presidente da Republica naquela altura, temos todos que reconhecer que esse golpe de Estado foi contra mim, era para suprimir este individuo que estava a incomodar muita gente», reforçou.

Guiné-Bissau | PR recusa nome de Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro


O Presidente guineense, José Mário Vaz, recusou o nome de Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para o cargo de primeiro-ministro e já pediu outro nome.

Em declarações à Lusa, Domingos Simões Pereira disse ter recebido hoje duas cartas do Presidente da Guiné-Bissau, uma a recusar o nome apresentado com "base em competências constitucionais que não específica" e outra a pedir ao PAIGC para indicar outro nome. Domingos Simões Pereira afirmou também que o partido está reunido para analisar o conteúdo da carta e só depois anunciará uma decisão. 

As eleições legislativas na Guiné-Bissau realizaram-se a 10 de março, mas o Presidente, José Mário Vaz, só na sexta-feira passada começou a ouvir os partidos para indigitar o primeiro-ministro e consequente nomeação do Governo.

Apesar de já ter marcado as eleições presidenciais para 24 de novembro, o Presidente guineense continua sem indigitar o futuro primeiro-ministro e nomear o Governo, mais de três meses depois de realizadas as legislativas de 10 de março.

O Presidente guineense enviou na segunda-feira uma carta ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para indicar um nome para o cargo e o partido deu o nome de Domingos Simões Pereira. 

Apesar de não ter vencido as legislativas com maioria, apenas conseguiu 47 deputados dos 102 do parlamento guineense, o PAIGC fez um acordo de incidência parlamentar e governativa com mais três partidos com assento parlamentar, conseguindo assim ter uma maioria de 54 deputados.

Portugal | O paradoxo do racismo


Fernanda Câncio | TSF | opinião

Não há raças humanas. É um facto. Distinguir as pessoas com base naquilo a que chamaremos "pertença étnico-racial" é errado.

Aliás, a Constituição portuguesa proíbe-o. E proíbe-o como? Diz assim: "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça..." Sim, ouviram bem: em razão de raça.

Sendo a noção de raça, quando aplicada a pessoas, discriminatória, porque é que a lei fundamental a usa? Podia ser porque em 1976, quando foi redigida, ainda não se pensava muito nestas coisas da linguagem, mas houve ene revisões desde então e ninguém mexeu. E ninguém mexeu por um motivo simples: não há raças mas há racismo. E como combater o racismo sem usar essa palavra, raça?

Sim, é uma armadilha. Mas é nesta armadilha que vivemos. Aquela em que para combater a discriminação temos de usar palavras que a transportam. Em que como em todas as lutas contra a discriminação os grupos discriminados têm de se assumir como grupo - sabendo que foi a discriminação que os criou como tal.

Portugal | PPP na Saúde: O 'elefante' que se vê e que a lei omite continua na sala


A discussão sobre a nova Lei de Bases da Saúde foi acesa. António Costa e Catarina Martins trocaram acusações e… as parcerias público-privadas (PPP) na saúde continuarão.


Isto porque a Direita e o PS rejeitaram as propostas do Bloco de Esquerda e do PCP que defendiam que a gestão dos hospitais públicos fosse pública. Depois, Esquerda e Direita uniram-se na nega dada ao PS e ao Governo que defendia a existência de PPP apenas em situações “excecionais”. E agora? Continua tudo na mesma, pelo menos para já.

A verdade é que a votação de ontem foi apenas indiciária. O tema terá agora de ser debatido na especialidade. No entanto, se a nova Lei de Bases da Saúde fosse aprovada neste momento, tal como está, significaria que as PPP continuariam a ser possíveis, pois a lei não faz qualquer referência à sua existência. Ou seja, continuaria (e continua para já) a vigorar o decreto-lei aprovado por Durão Barroso (2002) que enquadra legalmente a existência destes contratos entre o SNS e privados.

Portugal | Constâncio, o dentro da lei


Pedro Ivo Carvalho | Jornal de Notícias | opinião

Vítor Constâncio rejeita ser o culpado. Mas a sua insistência em transformar-se na vítima é difícil de engolir. Compreende-se que o ex-governador do Banco de Portugal não se recorde, com um grau de detalhe que seria patriótico, de todos os episódios daquele verão quente de 2007, em que uma elite montada a cavalo no bem público (não é sempre assim?) gizou um plano para tomar de assalto um banco privado (BCP) na garoupa de um banco do Estado (CGD).

Porém, a estratégia por ele seguida nas duas idas à Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa foi apenas um exercício esforçado, mas não conseguido, de fuga para a frente. E, sobretudo, foi muito pouco esclarecedora sobre o essencial. Afinal, para que serve um regulador que não é capaz de regular uma transação duvidosa que, soubemos depois, significou uma perda de dois mil milhões de euros para os contribuintes?

Berlim decide congelar alugueres (rendas de casa) por cinco anos


Governo da capital apresenta proposta inédita na Alemanha para enfrentar explosão dos alugueres, cujos valores em média duplicaram nos últimos dez anos. Multa para infratores pode chegar a 500 mil euros.

O governo local de Berlim aprovou nesta terça-feira (18/06) uma proposta para congelar os alugueres na cidade por cinco anos. A medida inédita na Alemanha visa enfrentar a recente explosão nos preços dos alugueres que tem preocupado muitos habitantes da cidade.

Durante anos após a reunificação da Alemanha em 1990, Berlim atraiu artistas, músicos e estudantes também pelo fato de ter habitações mais baratas do que em outras cidades europeias. Somente na última década, cerca de 40 mil pessoas se mudaram para a capital alemã.

Diante do aumento da procura e da venda de imóveis para grandes empresas de capital aberto, Berlim se tornou a cidade da Alemanha onde o preço dos alugueres mais subiu desde 2008. Em média, o aumento foi de 104%. Entre os moradores da capital alemã, 85% são inquilinos e muitos têm sentido no bolso essa transformação.

Tropas dos EUA na Polónia pode ser parte de plano antigo dos EUA, diz analista


Ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, declarou que as tropas dos EUA serão instaladas no flanco oriental da OTAN. Especialista em estudos americanos exprimiu a opinião que os objetivos dos EUA declarados oficialmente são apenas um pretexto.

Vladimir Vasiliev, do Instituto dos EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia, explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik que a ampliação da infraestrutura militar estadunidense na Polónia e a retirada de Washington do Tratado INF estão interligadas.

"Durante a última visita do presidente polaco [Andrzej] Duda a Washington, foi tomada a decisão de aumentar o pessoal [militar] norte-americano na Polónia em 1.000 efetivos [...] A coisa mais importante que foi decidida foi ampliar a infraestrutura logística precisamente na Polónia Oriental."

O especialista considera que desta maneira os EUA continuam a realização do seu plano antigo.

Procuradoria venezuelana acusa Guaidó de ser chefe da máfia da corrupção


O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, afirmou que o líder da oposição Juan Guaidó está diretamente envolvido na má administração da verba destinada aos desertores venezuelanos na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta.

Na terça-feira (18), a procuradoria deu início à abertura do processo investigatório sobre os recentes relatos de corrupção entre os membros do partido político de Guaidó, encarregado de cuidar dos desertores venezuelanos.

"O ministério iniciou uma investigação criminal com base em evidências tornadas públicas pela mídia internacional e pelas autoridades nacionais sobre a corrupção na utilização do dinheiro alocado para ajudar os venezuelanos na Colômbia", disse Saab em coletiva de imprensa.

Escândalos de desvio de dinheiro

O esquema se tornou público depois que hotéis na cidade fronteiriça de Cúcuta começaram a despejar desertores por contas não pagas que, às vezes, chegavam a US$ 20 mil (R$ 77 mil).

Recentemente, a mídia noticiou que dois dos representantes do líder da oposição, Rossana Edith Barrera e Kevin Javier Rojas, haviam desviado dezenas de milhares de dólares alocados pelas autoridades colombianas e pela Agência da ONU para os Refugiados, aumentando artificialmente o número de desertores sob seus cuidados e usando a verba para benefício próprio.

"[Barrera e Rojas] são os autores materiais e Guaidó é o autor moral […] Suspeitamos esses cidadãos de lavagem de dinheiro, corrupção e crime organizado", disse o procurador-geral, citado em um relatório da Europa Press, adicionando que os dois políticos usaram dinheiro para "despesas pessoais, álcool e até mesmo prostitutas".

Nicolás Maduro divulga preço astronômico de drones comprados nos EUA para matá-lo


Maduro afirmou anteriormente que a Colômbia e os EUA estavam conspirando para matá-lo, o que ambos os países negaram. Um suposto desertor revelou em março que os drones foram comprados nos EUA e levados para a Colômbia antes do ataque, informa o portal Noticiero Digital.

Como indica o portal, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpou um importante oposicionista por ter roubado uma grande quantia destinada a matá-lo em agosto do ano passado, operação que veio a falhar.

"Hoje sabemos como o ataque para matar foi preparado na Colômbia [e] quem o financiou", afirmou Maduro em uma cerimônia militar em Caracas na segunda-feira (17).

A operação de assassinato custou "vários milhões de dólares, há conversas sobre 20 milhões de dólares", disse Maduro. Esse dinheiro, acrescentou, desapareceu porque foi "apropriado" pelo deputado oposicionista Julio Borges.

Governo timorense não quer renovar mandato de Alkatiri em Oecusse


Díli, 17 jun 2019 (Lusa) - A coligação do Governo timorense anunciou hoje que propôs ao primeiro-ministro a não renovação do mandato de Mari Alkatiri como presidente da Zona Especial de Economia Social de Mercado (ZEESM) e da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).

Essa posição foi aprovada, por unanimidade, na reunião de dois dias dos três partidos que integram a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), que decorreu no fim de semana, informou hoje oficialmente a coligação.

"A AMP reitera a posição de cumprir o compromisso eleitoral de 2018, para não reconduzir o mandato do atual presidente da RAEOA. Apelamos ao senhor primeiro-ministro Taur Matan Ruak para informar da decisão ao Presidente da República", refere uma das resoluções debatidas e aprovadas no encontro.

Xanana Gusmão, líder do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o maior partido da AMP, esteve ausente do encontro onde estiveram membros do Governo, deputados e dirigentes do CNRT, do Partido Libertação Popular (PLP) e do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO).

Alkatiri quer continuar a liderar autoridade da região timorense de Oecusse


Pante Macasssar, Timor-Leste, 19 jun 2019 (Lusa) -- O presidente da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), Mari Alkatiri, cujo mandato termina em julho, disse hoje que gostaria de continuar a liderar a autoridade para consolidar a agenda de desenvolvimento económico regional.

"O mais importante são agora os próximos cinco anos: sabermos todos definir o que é realmente a economia social de mercado e criar um modelo que sirva todo o povo", afirmou em declarações à Lusa em Oecusse.

"Eu gostaria de continuar a contribuir porque, no fundo, a filosofia saiu da minha cabeça e ainda não despejei tudo", confessou.

Alkatiri foi nomeado para o mandato de cinco anos por um decreto presidencial assinado a 25 de julho de 2014 pelo então chefe de Estado (que é atualmente o primeiro-ministro), Taur Matan Ruak, tendo em conta uma proposta do então chefe do Governo, Xanana Gusmão.

Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak são hoje os líderes da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), a coligação que chegou ao Governo com maioria absoluta em 2018 e cujos partidos que a integram se têm mostrado contra a renovação do mandato de Alkatiri.

Timor-Leste | CNRT lamenta "falta de sentido de Estado" do PR


Díli, 18 jun 2019 (Lusa) -- O Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), maior partido da coligação do Governo em Timor-Leste, lamentou hoje o que considera ser a falta de sentido de Estado do Presidente do país, Francisco Guterres Lu-Olo.

"O partido CRNT lamenta a falta de sentido de Estado do presidente da Fretilin, que está, também, de jure, em funções como presidente de Timor-Leste", refere um comunicado do CNRT, enviado à Lusa.

O comunicado surge na sequência de uma reunião mantida na segunda-feira pela Comissão Política Nacional e pela Comissão Diretiva Nacional do CNRT em Díli para "analisar a situação" política que se vive no país.

No texto, o partido rejeita ainda o que considera ser as contradições do Presidente de Timor-Leste sobre a inclusão política e explica que não autoriza quaisquer dirigentes do CNRT a tomarem "qualquer iniciativa para diálogo seja com quem for".

Naufrágio na Indonésia causa 18 mortos e um desaparecido


Jacarta, 18 jun 2019 (Lusa) - Pelo menos 18 pessoas morreram num naufrágio de um barco que transportava passageiros no nordeste da ilha indonésia de Java, enquanto 39 ocupantes foram resgatados, confirmaram hoje fontes oficiais.

A embarcação afundou-se devido ao mau tempo, na tarde de segunda-feira, enquanto viajava da ilha de Raas para o porto de Sumenep, na ilha de Madura, declarou à EFE o chefe da Agência Nacional de Busca e Salvamento, conhecida na Indonésia como Basarnas, Budi Prasetyo.

O navio transportava mais de 60 passageiros quando se afundou, disse o porta-voz da polícia, Frans Barung Mangera, citado pela AFP.

"Pensamos que estava sobrecarregado", disse ainda a mesma fonte, acrescentando que o barco terá sido atingido por uma onda, virando-se e afundando-se de seguida.

Chefe do Governo de Hong Kong continua no cargo e volta a pedir desculpa à população


Hong Kong, China, 18 jun 2019 (Lusa) - A chefe do Governo de Hong Kong declarou hoje que vai continuar no cargo e voltou a pedir "as mais sinceras desculpas" à população pela crise desencadeada com as emendas à lei da extradição.

Em conferência de imprensa, Carrie Lam explicou também não existir uma data para retomar o debate das emendas à lei da extradição, suspenso no sábado passado na sequência dos violentos protestos registados na quarta-feira anterior.

As emendas à lei permitiriam extraditar suspeitos de crimes para territórios sem acordo prévio, como é o caso da China continental.

"Em julho do próximo ano termina o mandato do atual Conselho Legislativo [LegCo, parlamento local]. O trabalho legislativo foi suspenso e há um processo para ser retomado, para o qual não temos calendário", explicou Lam.

Se, até julho de 2020, a proposta de lei não voltar ao LegCo, o documento perde a validade, acrescentou.

Brasil | A intrincada geopolítica da Lava Jato - Boaventura


Para sociólogo português, vazamentos do The Intercept podem provar ingerência na política nacional: em conflito com a China, EUA teriam usado a Lava Jato para conseguir alinhamento total do Brasil e liquidar Pré-Sal e Embraer

Boaventura de Souza Santos entrevistado por Henri Figueiredo, no Sul 21 | em Outras Palavras

O sociólogo e jurista português Boaventura de Souza Santos, das universidades de Coimbra (Portugal), de Wisconsin-Madison e de Warwick (EUA), está em visita ao Rio Grande do Sul. No domingo, 16 de junho, Boaventura participou do debate “Ecologia dos Saberes” na Casa de Cultura Hip Hop (CCHH) de Esteio e repercutiu as revelações do site The Intercept que indicam conluio entre o ministro Sérgio Moro, então juiz federal da Lava-Jato, e o chefe da força-tarefa da operação, procurador Deltan Dallagnol. “Não há ninguém hoje no sistema judiciário internacional que ponha Moro como exemplo; ele é o contra-exemplo do que não se deve fazer”, afirma Boaventura – que é também coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.

O sociólogo fez questão de participar da atividade em Esteio também pela estreita relação de amizade, desde 2012, com o rapper Rafa Rafuagi, coordenador da CCHH. O evento foi uma promoção conjunta da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP/RS), da Associação da Cultura Hip Hop de Esteio (ACHE) e do Instituto de Assessoria às Comunidades Remanescentes de Quilombos (IACOREQ) e integrou uma série de ações de combate ao trabalho infantil com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, a tarde quente de domingo, reuniu centenas de pessoas no espaço da CCHH para marcar o encerramento do curso organizado pela Universidade Popular do Movimento Social (UPMS) Vozes da Periferia, do qual Boaventura é um entusiasta e colaborador.

Brasil - #VazaJato | Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’


Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’

The Intercept Brasil (sob forma de newsletter) - Terça-feira, 18 de junho de 2019

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.

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