sábado, 22 de fevereiro de 2020

Fretilin diz que nova coligação em Timor-Leste "não tem qualquer futuro"…


Primeiro-ministro Taur Matan Ruak foi usado

Díli, 22 fev 2020 (Lusa) - O secretário-geral da Fretilin, maior partido no parlamento timorense, considerou hoje que a nova coligação anunciada hoje pelo ex-Presidente Xanana Gusmão "não tem qualquer futuro" e acusou o seu líder de ter "usado" o atual primeiro-ministro Taur Matan Ruak.

"Como é que numa coligação de três partidos - CNRT, PLP e KHUNTO - o sacrificado foi só um deles? E fundamentalmente o seu líder que é Taur Matan Ruak?", disse Mari Alkatiri em declarações à Lusa, referindo-se à coligação do atual executivo.

"Taur Matan Ruak foi vítima porque Xanana nunca aceita, na sua aliança, alguém que lhe diga não. Não vejo futuro nenhum para esta nova coligação", referiu ainda.

Xanana Gusmão anunciou hoje uma nova maioria parlamentar liderada por 34 dos 65 deputados do parlamento. A coligação é liderada pelos 21 deputados do seu partido, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), a força que liderava a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), a coligação que apoiou o atual Governo.

Da AMP permanece o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) -- cinco deputados --, entrando os cinco deputados do Partido Democrático (PD) e os três dos partidos mais pequenos no parlamento, Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (um deputado), Frente Mudança (um) e União Democrática Timorense (um).

A nova coligação integra 34 dos 65 lugares do parlamento timorense, exatamente o mesmo número de deputados da anterior.

Japão | Confirmado primeiro caso de português infetado com coronavírus


Um homem de 41 anos isolado no cruzeiro Diamond Princess, no Japão, estará infetado com o Covid-19, segundo a mulher do próprio. Autoridades ainda não receberam resultados.

O português chama-se Adriano Luís Maranhão, é natural da Nazaré e, segundo a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, exerce funções de canalizador do navio há cinco anos. O homem está no navio cruzeiro desde 13 de dezembro e foi testado na quinta-feira, tendo sido colocado numa cabine em isolamento há cerca de oito horas. O casal tem três filhos menores.

A comprovar-se o resultado positivo, este será o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19.

As autoridades portuguesas, no entanto, ainda desconhecem o resultado das análises realizadas. Ao JN, fonte oficial da Direção Geral da Saúde explica que Portugal aguarda, ainda, que lhe sejam comunicados os resultados das análises feitas aos oito portugueses que se encontram a bordo daquele navio.

À Lusa, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que ainda está à espera de confirmação oficial, mas admitiu que recebeu informação do Japão na sexta-feira à noite a informar que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20.


Jornal de Notícias | Imagem: O Diamond Princess / AFP

Eleições no Irão | Conservadores e ultras já elegeram 191 dos 290 deputados


O bloco dos conservadores e ultraconservadores no Irão é o grande vencedor das legislativas de sexta-feira, tendo já eleito 191 dos 290 lugares do Majlis (parlamento), segundo dados parciais avançados hoje por 'media' locais.

Segundo a agência semioficial Fars, já foram eleitos 241 deputados, que correspondem a 202 dos 208 círculos eleitorais em que está dividido o país.

A Fars avança que, dos 241 deputados eleitos, 191 fazem parte do bloco conservador e ultraconservador; os reformistas e moderados, que eram a força maioritária -- embora sem maioria absoluta -, foram varridos do Majlis, tendo obtido apenas 16 deputados.

Os restantes 34 lugares já atribuídos pertencem a independentes.

Os valores indicados significam que a linha dura do regime vai voltar a dominar o poder legislativo e cria condições para arrebatar a Presidência da República nas eleições a realizar em 2021.

No próximo dia 17 de abril realiza-se uma segunda volta para 14 assentos.

Turquia, França, Alemanha e Rússia vão reunir-se para discutir Síria


A situação na província de Idlib, último bastião rebelde da Síria, vai ser discutida numa cimeira agendada para 5 de março entre os líderes da Turquia, da Rússia, da França e da Alemanha, anunciou hoje o Presidente turco.

Encontramo-nos no dia 5 de março", afirmou Recep Erdogan num discurso hoje divulgado na televisão.

A decisão foi tomada depois de várias negociações telefónicas com o Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, para discutir a necessidade de realizar uma cimeira quadripartida sobre a Síria, a fim de parar os combates e a crise humanitária em curso.

Emmanuel Macron tinha pedido, na sexta-feira, que fosse organizada, "o mais rapidamente possível", uma cimeira sobre a Síria com a Alemanha, a Rússia e a Turquia para travar os combates e evitar uma crise humanitária.

"Precisamos ter um encontro o mais rápido possível com a Alemanha, a Rússia e a Turquia no chamado formato Istambul", defendeu Macron, à margem de uma cimeira extraordinária em Bruxelas para discutir o orçamento da União Europeia.

"As forças do regime de Damasco, apoiadas pela Rússia, continuam a avançar na região de Idlib, no noroeste da Síria, apesar dos pedidos para parar a ofensiva", disse, acrescentando que se corre "o risco de provocar uma catástrofe humanitária, uma escalada do conflito e uma crise migratória".

Wikileaks: Centenas manifestam-se em Londres contra extradição de Assange


Várias centenas de pessoas concentraram-se hoje em Londres, para se manifestarem contra a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, dois dias antes da decisão judicial britânica ao pedido dos Estados Unidos, que querem julgá-lo por espionagem.

Agitando faixas e cartazes com frases como "Não extraditem Assange", ou "O jornalismo não é crime", a multidão reuniu-se à volta da embaixada da Austrália, país de origem de Julian Assange, antes de marchar pelas ruas de Londres.

"Boris Johnson, tem vergonha", cantaram os manifestantes ao passarem por Downing Street, a residência do primeiro-ministro britânico.

Entre os apoiantes de Assange presentes na manifestação, contavam-se o ex-primeiro-ministro grego Yanis Varouflakis, o fundador da banda Pink Floyd Roger Waters e a estilista Vivienne Westwood.

"Eu não entendo mesmo porque é que o Julian está detido", disse o pai de Assange, John Shipton, considerando que se tratou de "uma detenção arbitrária".

Aos 48 anos, Julian Assange está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, no sul de Londres, desde a sua detenção, em abril de 2019, na embaixada do Equador, onde se refugiou durante sete anos.

Processado por espionagem nos Estados Unidos, o que exige sua extradição, Assange corre o risco de ser condenado a uma pena de até 175 anos de prisão.

A ÚLTIMA CHANCE DE SALVAR JULIAN ASSANGE


Neste sábado, Londres fará manifestação em sua defesa. Dois dias depois, um juiz britânico poderá despachar, ao canto mais sombrio do inferno prisional norte-americano, o jornalista que expôs as mentiras e horrores da “democracia” imperial

John Pilger, no Consortium News | em Outras Palavras | Tradução: Simone Paz

Neste sábado, em Londres, haverá uma marcha da Australia House à Praça do Parlamento, o centro da democracia britânica. Os manifestantes levarão fotos do editor e jornalista australiano Julian Assange. No próximo 24 de fevereiro [segunda-feira de Carnaval], ele estará diante de um juiz, que decidirá. se deve ou não ser extraditado para os Estados Unidos, para morrer em vida.

Conheço bem a Australia House. Como sou australiano, costumava frequentar o local para ler os jornais da minha terra, na época em que havia acabado de chegar a Londres. Inaugurada pelo rei George V há mais de um século, a abundância de mármores, pedras, lustres e retratos solenes, importados da Austrália enquanto soldados australianos morriam no massacre da Primeira Guerra Mundial, garantiu sua fama de “marco imperial de monumental servidão”.

Sendo uma das “missões diplomáticas” mais antigas no Reino Unido, esta relíquia do império fornece agradáveis sinecuras aos políticos australianos e neozelandeses. Lá, os “companheiros” são recompensados e os encrenqueiros, exilados.

Conhecido como Alto Comissário, cargo equivalente ao de um embaixador, o atual beneficiário é George Brandis. Como procurador-geral tentou sabotar a Lei Contra Discriminação Racial na Austrália e aprovou ataque aos denunciantes que revelaram a verdade sobre a espionagem ilegal da Austrália em Timor-Leste, durante as negociações para apoderar-se do petróleo e gás daquele precário país.

Isso levou os denunciantes, Bernard Collaery e “Testemunha K”, a serem processados sob acusações. Como Julian Assange, eles devem ser silenciados num julgamento kafkiano e, depois, esquecidos. A Australia House é o ponto de partida ideal para a marcha de sábado.

Portugal | Perversidades e desconfiança


Manuel Carvalho Da Silva | Jornal de Notícias | opinião

Na anterior legislatura, entre os diversos fatores que possibilitaram êxitos a António Costa e ao seu Governo esteve, sem dúvida, a capacidade que tiveram de, num curto espaço de tempo - com o contributo dos partidos que lhes davam apoio parlamentar - terem gerado confiança junto dos portugueses e das organizações sociais, económicas e culturais que os representam.

Essa confiança resultou, em grande medida, do rigor com que foram apresentados os compromissos e da sintonia entre o que se propunha e o que ia sendo realizado.

Quatro anos passados o cenário político mudou e, no plano económico e social, é uma evidência que as políticas de desvalorização interna impostas em nome do combate à crise deixaram efeitos muito para além do que foi anunciado pelos seus mentores: elas não eram passageiras, mas sim estruturais para alterar relações de poder, para tornar a distribuição da riqueza ainda mais injusta e para atrofiar as possibilidades de estruturação de políticas alternativas. Uma economia que aumenta o peso de setores de baixo valor acrescentado e mantém o vício dos baixos salários bloqueia o desenvolvimento. Em certos contextos pontuais, com criação de emprego, com pequenos reajustes salariais e incentivos simbólicos pode disfarçar-se o drama, mas rapidamente retornam os problemas e o consequente descrédito.

Portugal | Ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, um empresário fora da lei


No Público em artigo da autoria de Sónia Trigueirão e  Ana Henriques é referido que juiz Vaz das Neves, agora constituído arguido na Operação Lex atuou fora da lei ao criar no ano passado (2018) uma firma ligada à arbitragem extrajudicial de conflitos.

Curiosamente a firma, do juiz fora da lei, faturou, como é descrito mais em baixo, 190 mil euros. Ou seja, em menos de um ano o juiz viu a sua firma crescer do nada para considerável facturação. Decerto que vai ser um bom negócio.

Fica à vista e ao conhecimento o tipo de juiz que é, quando para o cidadão comum aquela profissão e estatuto devia ser exercida por profissionais exemplares e impolutos para que assim não deixassem lugar a dúvidas sobre a correção, imparcialidade e qualidade da justiça que aplicam nos julgamentos em que intervêm.

Desde há muito que os portugueses têm sérias dúvidas sobre a honestidade, imparcialidade e correção das atuações de agentes do setor da Justiça e este é mais um caso. Um caso deveras preocupante, em que os portugueses esbarram na legitimidade de desconfiar sobre os procedimentos e mentalidades mafiosas não só de políticos, banqueiros e grandes empresários como também agentes da Justiça de topo. Ficando a instituição denegrida por uns quantos ou de muitos que se aproveitam dos seus estatutos para cometer ilegalidades, quando não crimes que para os comuns mortais são considerados muitos graves.

Do Público deixamos a seguir parte ínfima da notícia que é reservada à exclusividade de assinantes da referida publicação. Contendo sem dúvida motivos bastantes para admitirmos nas conversas de café e entre amigos e família que estamos a ser julgados, governados e a prestar serviços - tantas vezes mal remunerados - para uma máfia que não se cansa de cometer ilegalidades e fica impune. Enquanto que para milhões de portugueses está reservada a sistemática exploração selvagem, esclavagista e os tratos de polé...

Sem Justiça impoluta não existe democracia.

Redação PG

Ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa é empresário apesar da lei não lho permitir

Firma ligada à arbitragem extrajudicial de conflitos foi criada em Maio de 2018 e facturou 190 mil euros em 2018. Vaz das Neves admite que nunca pediu autorização ao Conselho Superior da Magistratura.

Luís Vaz das Neves, ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), constituído recentemente arguido na Operação Lex, processo em que também são suspeitos da prática de crimes o desembargador Rui Rangel e a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante, tem uma empresa que facturou 190 mil euros em 2018...

A saúde de Portugal e dos Algarves


Há dois países na avaliação do sistema de saúde. Mas é surpreendente que a clivagem não seja entre litoral (onde há mais respostas) e interior (onde a presença do SNS é mais exígua), nem sequer entre cidades médias e pequenas urbes, mas entre o “reino de Portugal e dos Algarves”

Pedro Adão e Silva | Expresso | opinião

A sondagem do ICS/ISCTE confirma a perceção de que a saúde é uma prioridade para os portugueses. Sem margem para dúvidas: 34% dos inquiridos considera a saúde o tema mais importante para o país, a uma distância significativa de outros assuntos. É um daqueles casos em que a centralidade de uma questão no debate público corresponde à importância que os portugueses lhe atribuem.

Ao mesmo tempo, a onda de notícias negativas sobre o funcionamento do sistema de saúde não encontra eco na forma como este é avaliado. Apesar de tudo, a avaliação mantém-se positiva – numa escala de zero a dez, os portugueses atribuem seis pontos à qualidade global dos serviços públicos de saúde e pouca diferença faz se os utilizaram recentemente ou não. A avaliação dos profissionais, quer médicos, quer enfermeiros, é ainda melhor. Se a qualidade global é valorada positivamente, o tempo de espera para a marcação de consultas, exames ou tratamentos continua a ser um problema primordial e, desta feita, para aqueles que recorreram a um serviço público no último ano, a nota atribuída é mesmo mínima (5,2).

Angola | A MAKA DOS MANUAIS ESCOLARES


Jornal de Angola | editorial

A preparação do ano lectivo, a cada ano, por parte das famílias e no que à aquisição de manuais escolares diz respeito, continua a ser um desafio muito ingente.

Todos os anos, as famílias são confrontadas com desafios enormes para a aquisição de manuais escolares em tempo oportuno, situação previsível e, por isso, passível de melhor solução antecipadamente, a cada ano lectivo. Sabemos todos das dificuldades que o parque gráfico do país enfrenta, mas mesmo contando com a eventual encomenda, como foi o caso desta vez com a produção de manuais na África do Sul, tudo isso pode ser antecipado.

Há dias, correram muitas informações desencontradas relacionadas com os manuais escolares, mas entre todas elas algumas foram e continuam a ser demasiado óbvias para serem ignoradas, nomeadamente a exiguidade dos mesmos para a população estudantil em todo o país, a distribuição em cima da hora, a especulação e quase ausência de determinados tipos de manuais.

As informações segundo as quais há manuais que chegam, disseminadas pelas autoridades que superintendem o sector da Educação e que por isso não devem ser adquiridos através de vendedeiras, contrastam claramente com a procura e necessidade das famílias em proporcionar manuais escolares aos seus educandos, conforme as solicitações das escolas.

O pior que podemos estar a testemunhar é o “jogo do empurra”, por via do qual, as instituições alegam, poderão ter razões para o efeito, que existam manuais quanto basta para a distribuição gratuita a todos os alunos e, por outro, as famílias a confrontarem-se depois com a realidade da escassez dos mesmos.

Se por um lado, as pessoas são instadas a denunciar a venda de materiais que, em princípio, são para a distribuição gratuita, como aliás consta da capa de cada manual, não se percebe a aparente inacção para com as vendedeiras. E, mais intrigante ainda, percebe-se muito pouco como é que essa rede de fornecedores às vendedeiras nunca é desmantelada ao ponto de inviabilizar que as pessoas que comercializam os manuais tenham essa margem de manobra.

A procura continua a ser maior que a oferta, razão pela qual continuamos com as distorções que notamos, relacionadas com a oferta de livros escolares, cujo processo de distribuição devia obedecer a regras mais rígidas. Se são livros de comercialização proibida, porque não se implementar medidas mais drásticas, como detenção e julgamento sumário, para todos quantos sejam autuados a vender livros escolares?

Por outro lado, há manuais que envolvem algumas particularidades que precisam de ser resolvidas com alguma urgência. Além de permanentemente exíguos, os manuais de língua estrangeira carecem de actualização do seu conteúdo que, relativamente a determinadas temáticas, encontram-se profundamente desactualizados. Há classes que, ainda em função dos manuais de língua estrangeira, são leccionadas com dois manuais ao mesmo tempo, desorientando os encarregados e alunos sobre que tipo especificamente de livro deverão adquirir, independentemente da ideia de complementaridade.

LEIA SOBRE O TEMA "MANUAIS ESCOLARES" EM ANGOLA AQUI

Quem desviar manuais escolares gratuitos será levado a tribunal, diz governo angolano


O Ministério angolano da Educação vai penalizar civil e criminalmente aqueles cidadãos que comercializarem os manuais do ensino primário de distribuição gratuita.

Três empresas de fiscalização foram contratadas para acompanhar o circuito de distribuição desde a origem à sala de aula, com apoio da Polícia Nacional e os órgãos de segurança interna, anunciou em Malanje, o director do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE), Manuel Afonso.

"Qualquer tentativa de desvio desses materiais do circuito normal automaticamente será detectado, ou seja, essa pessoa será responsabilizado pela sua irresponsabilidade", garantiu.

Todos os anos e através do país material escolar gratuito é desviado e depois vendido nos mercados paralelos e o aviso surge numa altura em que directores de escolas afirmam que a recepção e distribuição de livros para os alunos do ensino primário na província de Malanje necessitam de maior celeridade.

Os poucos materiais didácticos entregues de forma gratuita aos estabelecimentos de ensino da capital provincial são insuficientes como é o caso da escola Nº 74.

A directora Maria Cardoso disse que os materiais de língua portuguesa serviram apenas para os alunos da primeira classe.

"Nesse momento estão com um défice. Recebemos na semana passada manuais de leitura para a primeira classe, e também recebemos algumas da iniciação volume II, o resto ainda não temos nada", precisou.

Na Escola Primária Nº 119-11 de Novembro do bairro Cangamboa a situação é idêntica, disse o subdirector-pedagógico em exercício, Pedro Gaspar.

Nesta instituição não há manuais para docentes.

O Ministério da Educação enviou até ao momento para está região do país 500 mil manuais da primeira e segunda classes e fichas da iniciação, confirmou o director do Gabinete Provincial da Educação, Joaquim Fernandes.

"A orientação que temos é que esses materiais logo que cheguem devem ser imediatamente distribuídos aos municípios", referiu.

Em Malanje para avaliar a situação actual do sector esteve igualmente a ministra da Educação, Ana Elias.

Isaías Soares | VOA – Voz da América

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MUITOS ANOS A ROUBAREM LIVROS ESCOLARES GRATUITOS PARA OS VENDEREM

Leia em Página Global sobre o negócio dos livros escolares e a corrupção, tema que o nosso colaborador António Jorge vem denunciando no Página Global e no Facebook  - Angola | O negócio dos livros escolares. Que finalmente motivou a reação adequada do governo angolano e a que também o Jornal de Angola e demais comunicação social angolana tem prestado a devida atenção.

Alguns títulos publicados em PG, por António Jorge:

Angola | POR POUCO ROUBAVAM AS ESTRELAS


Luciano Rocha | Jornal de Angola | opinião

Os recentes arrestos de imóveis em Luanda apenas comprovaram a desumanidade de determinadas castas que auto-proclamaram impunes, com direitos ilimitados sobre tudo e todos para satisfazerem egos luxuriantes e desumanos.

Aos cultores daquelas práticas criminosas, por absoluta falta de tempo, a não ser para engendrarem artimanhas que lhes dilatassem fortunas escandalosamente exibidas cá dentro e lá fora, como quem apregoava “somos intocáveis”, jamais lhes ocorreu que a correria frenética de assalto aos bens públicos, pela qual optaram, podia ter meta de chegada anunciada com a palavra justiça para lhes pôr cobro aos desmandos.

A verdade é que, a partir de certa altura, os “senhores intocáveis” sentiram que lhes procuravam impedir a bebedeira do enriquecimento à custa do bem comum, incluindo do sofrimento dos mais pobres, dos que já havia e daqueles cujo surgimento provocaram. Como? Hão-de perguntar eles próprios, com a mesma aparente indignação com que, na hora de prestar contas, choram baba e ranho e os falsamente surpreendidos. Respondo o que todos, criminosos e vítimas, sabem: além do desemprego, há lavras que deram lugar a caminhos privados para vivendas de fim-de-semana, com pistas de aviação. Juntem os furos de água, pagos, mas não feitos, tal como estradas e pontes, dignas desse nome, por onde escoar produção do campo para os centros de consumo? A isto, entre tantos outros crimes de lesa-pátria, juntem-se ambulâncias e maximbombos importados a aguardar, sem uso, destinos dúbios. E os exércitos de incompetentes nas empresas públicas, para as quais entraram pela via do nepotismo, a ocupar lugares sem estarem minimamente preparados, enquanto pessoas qualificadas foram condenadas à desocupação? Então, quem são os culpados deste quadro dramático? Fechado este parêntesis para avivar memórias, volte-se ao cerco aos que se sentiam impunes, em suma, aos que transformaram Angola em coutada particular, base de abastecimento, de onde tiravam quanto lhes apetecesse para satisfazerem apetites insaciáveis de exuberância, que, com frequência, são motivo de chacota. Uns puseram-se ao fresco, foram para o estrangeiro, na esperança de dias dourados do que lhes resta de uma vida acinzentada, outros já lá estavam, também houve os que quiseram fazer o mesmo e não conseguiram e os que ficaram, certamente na esperança de serem esquecidos. Esperemos que não, pois se a apropriação indevida do erário é crime grave, roubar o próprio povo, votá-lo à indiferença, ao sofrimento, à morte, é gravíssimo e um acto de desumanidade desta índole jamais deve passar em claro.

Os que se sentiam impunes começaram agora a perceber que a justiça pode não ser tão rápida quanto a maioria do angolano comum deseja, mas, na maioria das vezes, mesmo de malembe-malembe, chega. Pelo menos, já demonstrou à gatunagem de “colarinho branco” que os caminhos que trilhava estão menos acessíveis. Por isso, estamos livres, ao contrário do que já sucedeu, de acordarmos um dia com o país “oficialmente privatizado” pelos vendilhões da Pátria. Livrámo-nos, mas esteve quase. Depois somente nos restavam as “estrelas do Manuel Rui”, cantadas pelos “meninos do Huambo à volta da fogueira”, a lembrarem que elas “são do povo”.

Esta é cantiga-estória que os marimbondos e candidatos desconhecem ou fazem por desconhecer, para não lhes lembrar passados de sentar no chão, cadeira do povo, que renegam, como desonram passados que os deviam honrar, até trocaram nomes, inventaram currículos, compraram canudos académicos.

Centenas de pessoas em quarentena em Moçambique por precaução ao coronavírus


Pelo menos 800 cidadãos provenientes de países com casos confirmados do novo coronavírus, o Covid-19, incluindo asiáticos, estão em quarentena em várias províncias moçambicanas, informou nesta sexta-feira, 21, o ministro da Saúde.

Armindo Tiago, que se encontra na província de Manica, acrescentou que, desde o dia 22, foram feitos 24 mil rastreios nos principais aeroportos de Moçambique, sem qualquer caso positivo.

“Estamos a usar (para a quarentena) os critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde”, disse Tiago, que não especificou as províncias onde as as pessoas se encontram em quarentena. Entretanto, o Boletim Informativo sobre o Covid-19, publicado pelo Ministério de Saúde, indica que até 16 de Fevereiro 158 estavam quarentena em seis províncias.

O ministro da Saúde garantiu que o Governo reforçou a vigilância e abriu centros de isolamento para os casos com sintomatologia moderada ou grave durante a avaliação inicial na entrada.

Lusa

Timor-Leste | Xanana Gusmão anuncia nova coligação para formação de governo


O líder do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), Xanana Gusmão, anunciou hoje a formação de uma nova maioria parlamentar para apoiar a formação de um novo governo em Timor-Leste

"Para ultrapassar o impasse, os partidos falaram. Estamos prontos para avançar com uma nova maioria. Temos 34 cadeiras no parlamento e nova maioria", declarou Xanana Gusmão, em conferência de imprensa

"Perante o impasse, fazemos saber ao nosso povo e à sociedade que perante a situação de incerteza e indefinição políticas que estamos a enfrentar, estes seis partidos vieram aqui para confirmar publicamente que estão preparados para assumir a governação nos próximos anos", reiterou.

Presentes na conferência de imprensa, na sede do CNRT, em Díli, estavam os dirigentes dos seis partidos políticos que integram a coligação e o antigo presidente timorense José Ramos-Horta.

Além de contar com o apoio dos 21 deputados do CNRT, maior partido da atual coligação do Governo, a nova aliança inclui ainda os cinco deputados do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) e cinco do Partido Democrático (PD).

Fazem ainda parte da nova coligação, os três deputados dos partidos mais pequenos no parlamento de 65 lugares, Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (um deputado), Frente Mudança (um) e União Democrática Timorense (um).

De fora ficam apenas a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), maior partido com assento parlamentar, e o Partido Libertação Popular (PLP), força do atual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak.

Xanana Gusmão recusou para já avançar pormenores sobre quando será apresentada a nova coligação ao presidente de Timor-Leste, ou sobre a questão dos nomes de ministros indigitados, maioritariamente do CNRT, que o chefe de Estado não empossou.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Reuters

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Registados pelo menos 142 novos casos de Covid-19 na Coreia do Sul


A Coreia do Sul anunciou hoje 142 novos casos de coronavírus Covid-19, o que eleva para 346 o número de infetados.

Entre os novos casos, as autoridades sul-coreanas identificaram em 92 pessoas uma ligação com um hospital em Cheongdo, no sul do país.

Naquela localidade nasceu o fundador da seita cristã Igreja de Shincheonji Lee Man-hee, que morreu há três semanas. Os três dias das cerimónias fúnebres decorreram numa sala do hospital de Cheongdo, fortemente atingida pelo coronavírus.

Mais de 150 membros da seita foram contaminados. O primeiro caso foi uma mulher de 61 anos que ignorava estar infetada e terá transmitido o vírus ao participar nos rituais religiosos.

As autoridades de Saúde da Coreia do Sul insistiram que, até ao momento, a epidemia ainda está numa fase controlável.

O coronavírus Covid-19 provocou já 2.345 mortos na China continental e mais de 76 mil infetados em todo o mundo.

Além das vítimas mortais no continente chinês, morreram quatro pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma em Itália.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

China | Número de mortos provocados pelo Covid-19 sobe para 2.360


Pelo menos 109 pessoas morreram nas últimas 24 horas na China devido ao coronavírus Covid-19, o que eleva para 2.345 o número de vítimas mortais da doença no país, anunciou hoje a Comissão de Saúde do país.

As autoridades chinesas indicaram que até à meia-noite (16h00 de sexta-feira em Lisboa) tinham sido registados 397 novos casos da doença para um total de 76.288 casos.

Das 109 mortes, 106 ocorreram na província chinesa de Hubei, centro da epidemia, onde foram identificados 366 dos 397 novos casos da doença no país, acrescentaram.

As restantes três mortes registaram-se nas províncias ou regiões administrativas de Hebei, Xangai e Xinjiang.

A Comissão de Saúde da China sublinhou que 20.659 doentes recuperaram já da doença.

Além de 2.345 mortos na China continental, morreram quatro pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma em Itália.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

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Os casos de coronavírus estarão diminuindo?


Critérios de definição da doença mudam mais uma vez; especialistas consideram a situação “confusa”. Leia também: inteligência artificial permite descoberta de antibiótico inesperado contra superbactérias

Raquel Torres | Outras Palavras

É OU NÃO É?

O governo chinês anunciou ontem uma boa queda no número de novos casos de Covid-19. No fim da manhã, os dados oficiais apontavam para apenas 404 novos registros nas 24 horas anteriores — muito menos do que o aumento diário de dois a três mil casos.

Só que, exatamente como aconteceu quando se anunciou um crescimento fora da curva há pouco mais de uma semana, agora também houve uma mudança no critério de diagnóstico. No dia 12 de fevereiro as autoridades haviam anunciado a adoção do diagnóstico clínico, e não mais apenas o laboratorial (daí os números subiram). Agora, voltaram considerar apenas o exame de sangue para a detecção, o que empurrou os casos para baixo de novo. Até ontem à noite o balanço estava em 75.465 casos confirmados na China continental. Já o número de mortes cresceu em 118 entre quarta e quinta, chegando a 2.236.

Especialistas ouvidos pelo Stat consideram que a situação está “confusa”. Não que mudanças na definição dos casos sejam incomuns durante surtos causados por novos vírus. Na medida em que novos fatos vão surgindo, essas redefinições acontecem. Mas as rápidas reviravoltas, com impactos bem grandes nos números, geram incertezas: agora, não dá pra saber se a diminuição nos registros significa que as medidas de controle da disseminação realmente estão funcionando, ou se deve ser atribuída à mudança nos critérios.

Os pesquisadores também dizem que, para ter uma dimensão real da taxa real de mortalidade da doença — e do perigo que o coronavírus representa — , seria importante fazer uma pesquisa sorológica, coletando sangue de uma amostra representativa de pessoas, e não apenas as que têm sintomas. Malik Peiris, virologista da Universidade de Hong Kong e um dos líderes na resposta ao surto de SARS em 2003, afirma que isso preencheria uma “lacuna crítica de informações”.

A OMS segue em estado de alerta. “O número de casos no resto do mundo é muito pequeno se comparado ao que temos na China, mas isso pode não permanecer assim por muito tempo“, disse ontem, em entrevista coletiva, o diretor-geral da entidade Tedros Ghebreyesus.

No Brasil, há agora só um caso suspeito: uma criança de dois anos que esteve na China, mas não em Wuhan,

DE BANDEJA

O governo Trump anunciou que pretende dar mais “controle” às pessoas sobre seus próprios registros médicos. A ideia é que elas possam fazer o download dos seus prontuários no celular e direcioná-los para qualquer aplicativo de sua escolha. Mas tem um detalhe nada desprezível: a partir do momento em que os dados saem do sistema do hospital ou do médico, deixam de ser protegidos pelo Health Insurance Portability and Accountability Act, a legislação que rege a privacidade médica. “[A medida] pode permitir que pacientes compartilhem dados com mais facilidade para obterem uma segunda opinião, ou permitir que pesquisadores encontrem participantes para um ensaio clínico. Mas também abre um faroeste de compartilhamento dos detalhes mais íntimos de assistência médica para milhões de americanos”, explica a matéria do Politico.

Empresas como Google e Facebook se reuniram várias vezes com representantes do governo para discutir o assunto nos últimos anos. Don Rucker, diretor do Escritório responsável por supervisionar a tecnologia em saúde no Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país, rejeita as preocupações com o que considera “riscos realisticamente pequenos”. De acordo com ele, as empresas de tecnologia estão atentas às suas marcas e reputações e não vão descuidar da privacidade…

MAIS PERTO DA EUTANÁSIA

Após uma sessão marcada por manifestações de centenas de pessoas contra a eutanásia do lado de fora da Assembleia, o parlamento português votou ontem cinco projetos de lei sobre a legalização — e aprovou todos eles. Pelo texto consolidado, ficam descriminalizados a eutanásia e o suicídio assistido para portugueses e estrangeiros que vivam no país, desde que maiores de 18 anos, conscientes e lúcidos. Os casos podem envolver lesões e doenças incuráveis que causem sofrimento duradouro e insuportável, mas doenças mentais não estão incluídas. E é preciso avaliação de dois médicos pelo menos, além do parecer de uma comissão de verificação e bioética. Agora, os parlamentares ainda precisam consolidar o que foi aprovado, deliberar e fazer outra votação para estabelecer a lei definitiva.

O que vai acontecer em seguida ainda é uma incógnita. Evidentemente o texto precisa ir sanção presidencial, e o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, publicamente defensor de medidas “pró-vida”. pode vetá-lo.  Depois os deputados podem tentar reverter o veto, mas ainda seria possível recorrer no Tribunal Constitucional contra a lei… As últimas semanas têm sido de discussões intensas no país. Embora boa parte da população se mostre favorável à eutanásia, várias entidades se declararam contra, incluindo a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

NOVAS BUSCAS

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts usaram inteligência artificial para identificar uma molécula que parece capaz de combater algumas das mais resistentes superbactérias. Duas delas foram tratadas com eficácia nos testes com ratos. A novidade não é só essa, mas também o fato de que a molécula é estruturalmente distinta de todos os outros antibióticos existentes, e teria poucas chances de ser descoberta sem a inteligência artificial. Foi encontrada num lugar onde cientistas dificilmente procurariam: um banco de dados de reaproveitamento de medicamentos, onde foi inicialmente identificada como possível tratamento para diabetes. “Agora estamos descobrindo pistas entre estruturas químicas que, no passado, nem sequer imaginaríamos que poderiam ser antibióticos”, disse ao Stat o professor de biomédica Nigam Shah, que não participou do estudo.

MAMÃE EU QUERO

O leite materno é impossível de copiar, mas as fórmulas infantis devem chegar o mais perto possível, com a mesma facilidade de digestão e mesma composição nutricional. Mas uma pesquisa que analisou 212 produtos voltados para crianças menores de três anos em 11 países diferentes chegou a uma conclusão bem assustadora: alguns deles chegam a ter o dobro de açúcar por porção do que um copo de refrigerante. O leite materno tem açúcar, mas da própria lactose, e sua composição é específica para cada fase de crescimento. Já no leite artificial, estamos falando de açúcares adicionados, como xarope de milho.

“Mas talvez o mais chocante seja o fato de existirem tão poucas regulamentações para controlar o teor de açúcar e para garantir que os consumidores estejam bem informados”, escreve uma das autoras, Gemma Bridge, no site The Conversation. Os pesquisadores pedem que as autoridades dos países regulem “com urgência” a quantidade e o tipo de açúcar nas fórmulas infantis e que a divulgação sobre a adição de açúcar pelo fabricante se torne obrigatória.

QUEM VAI GANHAR?

A partir de dados da Funai e da Agência Nacional de Mineração, a Agência Pública fez um levantamento das pessoas com mais pedidos minerários em terras indígenas. No site, estão listados — com comentários —  os maiores beneficiários da abertura proposta pelo governo federal. Entre eles, políticos do Amazonas e cooperativas de garimpo envolvidas em crimes ambientais. O levantamento mostra ainda que o número desses pedidos vinha numa tendência de queda desde 2013, mas “subitamente” voltou a crescer no ano passado: nada menos que 91% desde o início do governo Bolsonaro.

RETOMADA ARGENTINA

O governo argentino relançou ontem o programa Remediar, para distribuir gratuitamente medicamentos essenciais em todos os Centros de Atenção Primária do país — ao todo, são cerca de oito mil. A medida deve beneficiar 16 milhões de pessoas. O programa havia sido criado inicialmente em 2002, mas havia sido descontinuado pelo governo Macri.

APÓS A CONTAMINAÇÃO

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais ordenou que a Backer pague as despesas médicas de pessoas com suspeita de intoxicação, mais os custos de deslocamento, estadia e alimentação. A empresa também vai precisar pagar pelo tratamento psicológico dos afetados e dos seus familiares diretos. Os bens e valores depositados em sua conta bancária até o valor de R$ 100 milhões vão ser bloqueados para o caso de haver indenizações a pagar no fim do processo.

SEM NOÇÃO

Uma mulher foi programa Cidade Alerta, da Record, para falar sobre a filha que estava desaparecida havia quase dez dias. Disse aos espectadores que ainda tinha esperanças de encontrá-la. Minutos depois, o apresentador Luiz Bacci deu a ela, diante das câmeras, a notícia de que a moça tinha sido assinada pelo ex-namorado. A mulher desmaiou no ar, para delírio dos organizadores. É um absurdo sem tamanho. O coletivo de comunicação Intervozes entrou com uma representação no Ministério Público Federal acusando a emissora de violar direitos humanos e as normas da radiodifusão vigentes no Brasil. 

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