domingo, 31 de março de 2019

Os EUA e a mudança de regime na Venezuela (I)


Carlos Fazio

No âmbito de uma guerra global de classes expansionista e agressiva, nos últimos 20 anos, durante quatro sucessivas presidências de democratas e republicanos na Casa Branca: William Clinton, George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump, a diplomacia de guerra dos EUA tem impulsionado uma política de mudança de regime na Venezuela contra os governos constitucionais e legítimos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. 

A acção aberta e clandestina dos EUA inscreve-se na dominação de espectro amplo, noção concebida pelo Pentágono antes dos atentados terroristas do 11 de Setembro de 2001, que abarca uma política combinada em que o militar, o político, o económico, o jurídico/para-institucional, o mediático e o cultural têm objectivos comuns e complementares. Uma vez que o espectro é geográfico, espacial, social e cultural, para impor a dominação é preciso fabricar o consentimento. Ou seja, colocar na sociedade determinados sentidos comuns que de tanto repetirem-se incorporam-se ao imaginário colectivo e introduzem, como única, a visão do mundo do poder hegemónico. Isso implica a formação e manipulação ideológica (doutrinamento) de um grupo e/ou uma opinião pública legitimadores do modelo.

Para a fabricação do consenso tornam-se chaves as imagens e a narrativa dos meios de difusão em massa, com seus mitos, meias verdades, mentiras e falsidades. Apelando à psicologia de massas e à propaganda negra impõe-se à sociedade a cultura do medo. A fabricação social do temor inclui a construção de inimigos internos. 

Portugal | Horas e mentiras


Em Portugal já está em vigor a chamada hora de verão, os relógios foram adiantados uma hora na madrugada passada. É verdade, pode confiar.

Amanhã, segunda-feira, é 1 de Abril, Dia das Mentiras. Evidentemente que sabemos que todos os dias são horas. minutos, segundos, dias, semanas, meses e anos de os políticos e empresários, os gestores, advogados, economistas e outras cáfilas associadas mentirem.

Por isso mesmo há os que propõem que amanhã não se minta, praticando o contrário e dizendo sempre a verdade. O propósito é o de ao menos um dia por ano não ouvirmos mentiras.

Se acaso pertence à cáfila acima mencionada sugerimos que durante todo o dia não pronuncie uma única palavra, nem escreva, nem comunique gestualmente. Experimente fazer do Dia das Mentiras um dia decente. Para mentir tem todos os restantes dias do ano. Adira à proposta e fique calado, nada de comunicar... mentiras. Dêem-nos uma folga.

Redação PG

Portugal | Deputados à la carte


Domingos de Andrade | Jornal de Notícias | opinião

Durante três anos, 23 deputados debateram propostas para aumentar a transparência no exercício de funções públicas. No momento de votar os diplomas, algumas das principais mudanças em discussão caíram por terra.

Os deputados continuam a poder exercer em sociedades de advogados que trabalhem para o Estado, ou a acumular funções em sociedades financeiras. Tal como ficou pelo caminho a obrigação de lobistas revelarem os interesses que representam.

Na sua maioria, as mudanças de última hora resultam da iniciativa do PSD. A que o PS solidariamente deu a mão, na forma de abstenção, seguindo a velha tradição do bloco central. Quarta-feira há nova reunião com outros temas polémicos sobre a mesa, relacionados com novas regras para o pagamento de viagens e para os subsídios de residência. Aguarda-se com expectativa até onde estarão os deputados dispostos a ir, numa matéria que lhes diz diretamente respeito.

A desconfiança é a perceção dominante entre os eleitores e sucessivos estudos comprovam a má imagem de que os políticos gozam. Credibilizar e reforçar o rigor no exercício de funções políticas é uma urgência, a bem da saúde da democracia. Não apenas porque o país ganha, no seu todo, com mais competência e exigência no serviço público, mas também porque lideranças fragilizadas abrem espaço a discursos populistas.

O Relatório Anual de Segurança Interna traz inesperados alertas sobre o crescimento da extrema-direita e as estratégias nacionalistas para conquistar votos em ano de duplas eleições, europeias e legislativas. Temos mantido em Portugal uma aparente imunidade a fenómenos que alastram a nível internacional, mas não nos iludamos. O risco existe e é preciso vigiá-lo desde a raiz. Estar na política com seriedade e total transparência é um contributo precioso para se encarar a política com o respeito e a importância que efetivamente tem.

*Diretor do JN

Portugal | Proença diz que faltam respostas do Governo para enfrentar a seca


O presidente da Câmara de Alcácer do Sal critica o Governo pela «falta de respostas» para enfrentar a seca na bacia hidrográfica do Sado. Agricultores exigem medidas «fora da rotina». 

«É uma situação extraordinariamente preocupante que exige de todos nós medidas para mitigar e acelerar respostas, que há muito temos defendido e o Governo não tem tomado as medidas suficientes para resolver este problema ou para atenuar as consequências das alterações climáticas», disse esta quarta-feira à agência Lusa Vítor Proença (CDU).

Com os níveis da albufeira de Pego do Altar, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, abaixo dos 50% e perante esta «dura realidade», Vítor Proença reclama «medidas e acções», porque, segundo diz, «se não chover, não há resposta» para enfrentar os efeitos da seca.

Portugal de Abril mitiga a seca que o devasta, semana de chuva não basta, mas…


A seca veio para ficar. A agricultura já se queixa da seca. Ainda agora começou a primavera sem chuva, após um Inverno muito pouco chuvoso. Mais a parecer-se com a dita primavera. Fora do seu tempo, pois então.

É notícia que a mitigação da seca vai começar a partir de hoje, durante uma semana. É pouco, mas melhor que não chover patavina. Regozije-se e goze a pouca chuva que por aí vem - que não será suficiente para nos lavar a alma. Quase nada.

Esta coisa das alterações climáticas não deixa lugar a dúvidas. Os mais otimistas e os ignorantes dizem que não. Qual quê, o planeta e as condições climáticas são mesmo assim. “São fases”, dizem eles. E vai daí aplicam-se a escavacar tudo do ambiente planetário. 

Sofre a fauna, a flora, os humanos. Cada vez mais o planeta devastado para alimentar a gula de uns quantos no mundo. Que se lixe o ambiente, abaixo a ecologia, viva o capital,  a ganância e a estupidez de tantos destruidores que desrespeitam a vida de tudo e de todos que habitam neste planeta Terra. Até um dia…

Acresce a tudo isto a estupidez e maus hábitos da humanidade e a gula dos países ditos desenvolvidos.

Do Notícias ao Minuto fique com o esgar de uma trégua muito pequena do chamado “bom tempo”, sem chuva, com muito sol e calor. E muita sede num planeta que na sua maior área territorial é líquido… Mas a morrer. Como todos nós, terráqueos.

Redação PG

'Abril, águas mil'. A chuva regressa hoje para ficar toda a semana

O bom tempo da primavera vai, assim, fazer uma pausa.

O sábado já tinha ameaçado, mas é o domingo que vai concretizar. A chuva regressa hoje a praticamente todo o território nacional e a previsão é que se mantenha durante a próxima semana.

As temperaturas primaveris que têm convidado a um passeio à beira-mar vão também sofrer alterações com as máximas e as mínimas a descerem ligeiramente.

Para este domingo, a temperatura mais alta será de 25º (Leiria). Lisboa e Porto registarão 22º e Faro 21º.

Amanhã, as temperaturas máximas vão variar entre os 21 e os 14º e as mínimas entre os 6 e os 12º, sendo esperados aguaceiros em todo o país - um cenário que é esperado que se repita até sexta-feira.

Patrícia Martins Carvalho | Notícias ao Minuto

Comunidade internacional aperta o cerco aos traficantes de droga na Guiné-Bissau


Teve lugar em Bissau o Fórum de Coordenação de Parceiros sobre Combate ao Tráfico de Drogas e Crime Organizado Transnacional, que juntou, esta sexta-feira na capital guineense vários atores e entidades internacionais.

Os principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau reuniram-se nesta sexta-feira (29.03.), em Bissau, para em conjunto criar novos mecanismos de coordenação e cooperação no combate ao tráfico de droga e crime organizado no país.

A reunião foi realizada numa altura em que se encontram detidos nas celas da Polícia Judiciaria (PJ) da Guiné-Bissau, quatro suspeitos envolvidos na maior apreensão de cocaína pura feita no território, a 8 de março. A PJ apreendeu e incinerou 800 kg de droga pura, escondidos num camião que transportava pescado da Guiné-Bissau para o Senegal. 

Guiné-Bissau | Campanha do caju arranca com vigilância reforçada


A campanha de comercialização do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, começa este sábado. Fronteiras são reforçadas com fiscais e inspetores para impedir a "fuga" da castanha.

A campanha de comercialização do caju, principal produto de exportação do país e da qual depende mais de 50% da população guineense, tem início este sábado (30.03), com o preço mínimo de referência para o agricultor fixado em 500 francos cfa (0,76 euros). 

O valor foi fixado esta semana pelo Executivo guineense, que decidiu também fixar a "base tributária em 1.222 dólares [cerca de 1.084 euros] por tonelada".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu à Guiné-Bissau para realizar uma campanha de comercialização de caju transparente e concorrencial, assegurando um preço de referência consistente com o praticado no mercado internacional.

Travar a saída ilegal

Este sábado, o ministro guineense do Comércio, Vicente Fernandes, afirmou que vai reforçar as fronteiras terrestres do país com inspetores e fiscais para impedir a "fuga" de castanha de caju do país.

"Vamos por equipas de inspetores e fiscais no terreno, sobretudo nas zonas mais próximas da fronteira, para controlar a fuga da castanha para o Senegal, que é um país que exporta, mas não tem produção", afirmou Vicente Fernandes.

APONTAMENTOS SOBRE ÁFRICA, de Martinho Júnior

2º LANÇAMENTO DO LIVRO FOI ONTEM EM LUANDA

Martinho Júnior, Luanda 

1- No momento em que a Comunidade da Segurança do Estado procura substantivamente capacidades de harmonia que durante mais de três décadas andaram arredias…

No momento em que na ASPAR se vai realizar a 2ª sessão da IVª Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de Março de 2019, em local ainda por designar no Zango III…

No momento em que faço parte do mandato que cessa e se abre a oportunidade a outro mandato que terá imensas responsabilidades sobre o muito que há a fazer depois de tantos anos em que se teve de responder com métodos de resistência e advocacia à guerra psicológica que contra pelo menos uma arte da comunidade foi movida…

Coincidindo com o acto da 2ª sessão vai ser feito a do 2º lançamento do livro editado pelo INIS (Instituto de Informações e Segurança),“Apontamentos sobre África”, de que sou autor.

2- Julgo que essa é uma muito modesta contribuição para se levar a cabo a tão necessária conversão mental de que tanto necessita a Comunidade da Segurança do Estado.

A nível da ASPAR, mais que sua representação é premente a participação e o protagonismo associativo, de forma a melhor mobilizar e incentivar os seus membros face a um acumular de fragilidades, vulnerabilidades e traumas.

Nacionalista Adolfo Maria lança "Angola - A Hora da mudança"


O nacionalista angolano Adolfo Maria dá voto de confiança às medidas de combate à corrupção adoptadas pelo Presidente João Lourenço. O autor do novo livro "Angola - A Hora da Mudança" aplaude a nova postura governativa.

Adolfo Maria defende uma efetiva separação de poderes em Angola, nomeadamente entre o poder político e o poder judicial. O nacionalista angolano reage desta forma à recente decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de libertar o empresário Jean-Claude Bastos de Morais e José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, no âmbito do processo de gestão dos ativos financeiros do Fundo Soberano.

O fim do ciclo de Eduardo dos Santos e o início de uma nova era em Angola, encabeçada por João Lourenço, bem como a necessidade de democratização e reforço da sociedade civil angolana configuram o conteúdo do seu novo livro: "Angola - A Hora da Mudança". Adolfo Maria aplaude a mudança de postura no exercício do poder, nomeadamente no que toca ao combate à corrupção. Afirma, entretanto, que a recente restituição à liberdade do empresário suíço-angolano Bastos de Morais, e de Filomeno dos Santos, ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, ao abrigo do processo de recuperação de ativos, levanta dúvidas.

Os abutres e a desgraça dos moçambicanos


@Verdade | Editorial

O ciclone IDAI que fustigou a região Centro do país é tido, até então, como uma das piores e mais violentas calamidades que se abateu sobre Moçambique em particular, e o hemisfério sul no geral. A terrível situação que arrasou especificamente a cidade da Beira, provocando centenas de mortos e deixando milhares de moçambicanos na mais desgrenhada miséria causou comoção, diga-se de passagem, ao mundo inteiro.

A realidade mostra que os sobreviventes do ciclone IDAI vão precisar de ajuda pelo menos um ano para se recuperarem, facto que requer bastante apoio humanitário. Como resposta à tragédia dos moçambicanos, não falta(r)am iniciativas de apoio. Diversas organizações e organismo, tanto internacional como nacional, anuncia(ra)m as suas singelas doações. São milhões e milhões de dólares norte-americanos em dinheiro, bens e produtos para minimizar a dores dos afectados.

Consequentemente, o desatre do Centro de Moçambique também fez emergir os abutres de ocasião. Com os telemóveis nas mãos, os abutres de ocasião registavam a sua “acção supostamente degraça”. Numa atitude hipócrita e sem nenhuma réstia de sentimento, estes oportunistas espalham fotografias e vídeos, segurando um saco de qualquer alimento ou vestuário.

Mas mais do que esses abutres de smartphones nas mãos, há que temer os abutres cravados nas instituições e/ou do Estado, que têm estado a empurrar Moçambique para o abismo, devido a sua insanciável fome pelo bem comum. Exemplo disso, são os inúmeros casos de corrupção são reportados quase todos os dias.

Moçambique | O drama dos esquecidos


Zambézia, Tete e Manica são outras vítimas do ciclone “Idai”. Há surtos de cólera e paludismo

As atenções do mundo concentram-se na cidade da Beira e nas vilas de Nhamatanda e Buzi, na província de Sofala, mas a pior crise humanitária provocada pela passagem do ciclone “Idai” pode estar a ocorrer nas províncias circundantes de Tete, Manica e Zambézia. Além de diarreias e casos de cólera, há registo de surtos de febres, tosse convulsa e de paludismo. As condições de acolhimento das vítimas da tempestade podem não evitar o surgimento de outras doenças como a pneumonia e a tuberculose.

“O ciclone ‘Idai’ não passou apenas pela Beira. Devastou também as províncias da Zambézia, Manica e Tete. Na Zambézia, tive a oportunidade de visitar alguns bairros da capital, Quelimane, e centros de acolhimento no distrito de Nicoadala. A situação é muito crítica”, diz ao Expresso Arão Valoi, da WaterAid.

“As vítimas do ciclone recebem apenas um copo de arroz e outro de feijão, por família — independentemente do agregado — e um bidão de 20 litros de óleo para o total de 2113 pessoas acolhidas no centro de Namitangurine”, salienta o responsável pela comunicação desta ONG inglesa. Valoi insiste para que Governo moçambicano, sociedade civil, organizações humanitárias e o auxílio internacional não concentrem esforços apenas na cidade da Beira e na província de Sofala, “porque há zonas piores, esquecidas”.

Ramos-Horta pede prudência do Governo perante investidores mais antigos em Timor-Leste


O ex-Presidente da República timorense José Ramos-Horta pediu hoje "prudência" ao Governo no tratamento dos investidores estrangeiros mais antigos do país, que vieram para Timor-Leste há quase 20 anos, evitando "discursatas agressivas" que podem prejudicar o país.

"Se queremos promover investimento, comecemos por acarinhar os investidores que já estão cá há quase 20 anos", disse à Lusa, à margem do lançamento da primeira associação de proprietários de hotéis de Timor-Leste, a HOTL.

"Se fazemos discursatas agressivas contra os investidores que cá estão e usamos os media em vez de os convidar para o diálogo, obviamente os novos investidores verão: é assim que tratam os investidores que estão cá, então não iremos", afirmou.

O também ex-chefe da diplomacia timorense disse que é importante reconhecer o esforço que muitos dos investidores fizeram assumindo os riscos de investir no país há 20 anos, e que a imagem do país pode ser afetada pela forma como esses projetos são tratados.

Timor-Leste está completamente refém de companhias aéreas 'gangsters' -- Ramos-Horta


Timor-Leste vive a "tragédia" de estar "completamente refém de companhias áreas da Austrália e da Indonésia que atuam "com comportamento de 'gangsters'", mantendo preços desproporcionadamente elevados, disse hoje José Ramos-Horta.

“Temos esta tragédia deste país completamente refém deste 'gangsterismo' aéreo por parte da Garuda", disse o ex-Presidente da República, referindo-se à empresa estatal indonésia, proprietária das empresas Sriwijaya e Citilink, que voam para Timor-Leste.

"E continuamos reféns da AirNorth que é um roubo às claras", afirmou, numa alusão à companhia da Qantas que mantém um monopólio nos voos entre Timor-Leste e a Austrália, numa das rotas mais caras do mundo.

Ramos-Horta falava em Díli no lançamento oficial da primeira associação de hoteleiros do país, a HOTL, criada por dez unidades hoteleiras, localizadas predominantemente na capital do país.

Especialistas defendem que Macau financie indústrias sustentáveis nos países lusófonos


Macau, China, 29 mar (Lusa) -- Vários especialistas defenderam hoje que Macau deve transformar-se num centro do financiamento chinês às indústrias sustentáveis nos países lusófonos, definindo-o como um mercado de risco, mas rico em recursos naturais.

"Os países de língua portuguesa são a 'casa' de 267 milhões de habitantes, têm vastas reservas de petróleo, gás", possuem potencial turístico e recursos marinhos e, no seu todo, assumem-se como "o quarto maior produtor de petróleo do mundo", sublinhou o professor da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, Jacky So, no segundo dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).

"É um mercado com os seus riscos, mas de grande potencial" e "a China precisa de garantir recursos energéticos", explicou o especialista.

"Portugal e Brasil poderiam especializar-se no desenvolvimento de 'software' e tecnologia para combater o aquecimento global" e os outros países lusófonos [Angola, Moçambique, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe] "exportariam os seus materiais e recursos para financiarem os investimentos 'verdes'", defendeu.

Negociações comerciais entre China e EUA terminam sem acordo


Pequim, 29 mar (Lusa) - A China e os Estados Unidos concluíram hoje sem um acordo mais uma ronda de negociações que visam pôr fim à guerra comercial que começou no verão passado e ameaça abalar a economia mundial.

"Concluímos em Pequim discussões construtivas. Aguardo com expectativa receber o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, na próxima semana, em Washington, para prosseguir com discussões", escreveu na rede social Twitter o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, sem avançar mais detalhes.

A delegação norte-americana, que incluiu Mnuchin e o Representante para o Comércio, Robert Lighthizer, foi recebida esta manhã pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu He, na residência diplomática de Diaoyutai, em Pequim.

Os negociadores de ambos os países apertaram as mãos para os fotógrafos, num ambiente aparentemente descontraído, com sorrisos e trocas de palavras amigáveis, apesar de as negociações se terem já prolongado para além do período de tréguas inicial.

Terrorismo de direita e racista cresce nos EUA


Os Estados Unidos vivenciam um considerável aumento de crimes de ódio e atos de terrorismo associados aos grupos que defendem a supremacia branca e neonazistas durante a última década.

Após o ataque terrorista de um supremacista branco contra fiéis muçulmanos na Nova Zelândia, nesta sexta-feira, a imprensa dos EUA apontou o também para o aumento do terrorismo doméstico praticado por grupos racistas e nacionalistas na América do Norte, informou CBS News.

Em outubro de 2018, uma igreja em Pittsburgh, na Pensilvânia, foi alvo de um ataque que matou 11 pessoas. Em Charlottesville, Virgínia, um comício contra manifestações nacionalistas terminou com três mortos, depois que um supremacista branco avançou em seu carro contra a multidão. 

Após o incidente na Nova Zelânda, mesquitas em todos os EUA tiveram sua segurança reforçada. Embora oficiais e investigadores tenham notado que não houve uma ameaça direta, as forças de segurança do país afirmaram que o extremismo de direita e o terrorismo motivado por motivos raciais parece estar aumentando nos Estados Unidos.

Massacre em Mesquita na Nova Zelândia: Supremacia Branca e Guerras Ocidentais


O recente massacre de fiéis muçulmanos na Nova Zelândia tem aspectos particulares que suscitam perplexidade, sobretudo no que diz respeito à ausência de vigilância a um indivíduo que anunciara a intenção de o levar a cabo. Mas mais importante ainda é o ambiente geral que favorece tais crimes: se os EUA, a UE e Israel massacram muçulmanos, como não haverá indivíduos que se sintam autorizados a fazer o mesmo?

James Petras  | O Diário.info

O ferimento e assassínio em massa de 97 fiéis muçulmanos em Christchurch, Nova Zelândia (NZ) ocorrido na sexta-feira, 15 de Março de 2019, tem profundas raízes ideológicas e psicológicas.

Primeiro e mais importante, os países ocidentais liderados pelo mundo anglo-americano têm estado impunemente em guerra nos últimos trinta anos matando e arrancando das suas terras milhões de muçulmanos. Comentadores nos media, porta-vozes políticos e ideólogos identificaram os muçulmanos como uma ameaça terrorista global e como alvos de uma “guerra contra o terror.” No próprio dia do massacre na Nova Zelândia Israel lançou ataques aéreos de larga escala contra cem alvos em Gaza. Israel já matou várias centenas e feriu mais de vinte mil Palestinianos desarmados em menos de dois anos. Os massacres israelitas acontecem à sexta-feira, o sábado Muçulmano.

A islamofobia é um fenómeno de massa em curso que excede em muito outros “crimes de ódio” em todo o Ocidente e permeia as instituições político-culturais judaico-cristãs.

sábado, 30 de março de 2019

O fascínio da União Europeia por Trump


O fascínio por Trump e a sua gente tomou conta dos dirigentes e instituições da União Europeia e dá que pensar: só aconteceu quando o presidente norte-americano conseguiu estabilizar uma equipa constituída por falcões neoconservadores.

José Goulão | Abril Abril | opinião

Um fascínio assumido pela política e a figura de Donald Trump atravessa a União Europeia. De lés-a-lés, sem excepções governamentais ou institucionais, do executivo social-democrata envernizado ao fascista em estado bruto, da Comissão ao Parlamento Europeu, passando pelo Conselho Europeu. O homem tem o condão de unir as peças na engrenagem mais desconjuntada à face da Terra. Deixou de haver reparos de ocasião ou palavras azedas; agora, nas situações em que os dirigentes europeus europeístas não acham recomendável ser mais trumpistas que o próprio, quedam-se pelo silêncio aprovador.

Quando o presidente dos Estados Unidos decidiu mandar transferir a Embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, reconhecendo assim a anexação da cidade santa de três religiões pelo Estado de Israel, ainda houve quem rabujasse. Macron, Merkel e outros disseram coisas, prometeram acções, tudo para consumo mediático, é certo, porque daí não passaram. Nesses dias ainda só algumas humildes colónias do império, do tipo Honduras e Paraguai, correram apressadas a anunciar medida idêntica. A seguir, o assunto saiu de cena: tudo está consumado. O direito internacional existe para ser citado e é quanto basta.

"A água não deve ser um produto mercantil"


Mais de 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável

Associação Água Pública

Assinalando o Dia Mundial da Água (22 de Março), a Associação Água Pública reafirma a defesa e a gestão pública da água como princípio e objectivo determinante no quadro da iniciativa da ONU a "Década Internacional para a Ação: Água para o Desenvolvimento Sustentável (2018-2028)" .

Segundo a referida organização, "Até 2050, pelo menos uma em cada quatro pessoas viverá num país onde a falta de água potável será crónica ou recorrente".

Também para os responsáveis da UNESCO, 3,6 mil milhões de pessoas em todo o mundo – aproximadamente metade da população mundial – vivem em áreas com potencial escassez de água pelo menos um mês por ano, número que pode aumentar para mais de 5 mil milhões em 2050.

Concorrem para este fenómeno, da escassez de água a nível mundial, o facto dos recursos de água doce estarem continuadamente sob pressão combinada do crescimento populacional, das alterações climáticas, do aumento exponencial do consumo e da expansão de estilos de vida que desperdiçam recursos. 

Portugal | No país do faz de conta


Inês Cardoso | Jornal de Notícias | opinião

No país das contas arrumadinhas e de tricas políticas intermináveis, mas em que se discute muito pouco o verdadeiro estado dos serviços públicos, há milhares de alunos que passam meses sem aulas, à espera de professores substitutos que nunca chegam.

Na Escola Secundária D. Dinis, por exemplo, duas turmas estão sem Física e Química há dois meses. Na Secundária de Bocage, há turmas de 12.0º ano (e que, portanto, vão fazer exame) sem professor de Matemática.

As duas escolas não ficam num concelho isolado a um canto do território. Situam-se respetivamente em Lisboa e Setúbal e são o produto de uma conjugação de fatores que mostra os equilíbrios precários com que se iludem cenários macroeconómicos. Com um corpo docente envelhecido, carreiras pouco atrativas e um sistema de colocações que obriga os professores a passarem décadas de mala às costas antes de conseguirem efetivar-se, as escolas recebem cada vez mais respostas negativas quando precisam de fazer contratos de substituição.

Desde início do ano, o Ministério da Educação já viu recusados 2530 horários. As rendas altas nos centros urbanos são um dos obstáculos, mas além disso as reservas de recrutamento estão praticamente vazias. O cenário irá agravar-se a médio prazo, não só porque 10 a 12 mil docentes desistiram de concorrer nos últimos cinco anos, mas também porque não há novos candidatos em formação.

Só este ano, o número de inscritos nos cursos para o Ensino Básico caiu 30% e houve politécnicos que não conseguiram colocar um único aluno. Dito de forma nua e crua, a carreira de professor não é atrativa e as médias de colocação indicam que a via de ensino é uma escolha de fim de linha. O sucesso na escola depende de muitos ingredientes. Mas não se consegue, indiscutivelmente, sem professores motivados e para quem dar aulas seja um prazer. Ainda não soaram os alarmes no Ministério da Educação?

Portugal | Inquérito aos incidentes no bairro da Jamaica resulta em dois processos disciplinares


Presidente do sindicato reforça a importância de que a PSP não perca autoridade, seja em que sítio do país for.

O Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou esta sexta-feira a conclusão do inquérito aos acontecimentos no bairro da Jamaica, no Seixal, Setúbal, com confrontos entre moradores e polícias, resultando na instauração de dois processos disciplinares.

Numa nota enviada à agência Lusa, o MAI afirma que o inquérito foi elaborado pela PSP e concluído a 22 de março.

Da investigação resultou a instauração de dois processos disciplinares por despacho do diretor nacional da PSP, além da prorrogação da instrução do inquérito por 15 dias úteis, com vista à realização de diligências complementares no âmbito do processo, adianta a nota do MAI.

Portugal | O CDS-PP “foi à lã e saiu tosquiado”


O CDS-PP fez uma interpelação para falar dos «falhanços» do Governo na Saúde mas destapou o estrago feito no SNS pelo último executivo e o seu apetite pelo negócio. Na boa sabedoria popular: foi à lã e saiu tosquiado.

Abril Abril | editorial

Na abertura do debate com a ministra da Saúde, esta quinta-feira, a deputada do CDS-PP, Galriça Neto, deixou escapar o verdadeiro constrangimento identificado pelos centristas ao criticar as alterações realizadas à proposta de Lei de Bases da Saúde concebida por Maria de Belém Roseira, dizendo que «não se deitam para o caixote». 

A possibilidade de contratar profissionais em exclusividade para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a fixação de um tecto máximo para as taxas moderadoras e o carácter supletivo dos privados foram algumas das alterações que não agradaram à consultora do grupo Luz Saúde, e por certo não correspondem aos anseios dos centristas.

Porque hoje é sábado


Porque hoje é sábado, mestre Vinicius de Morais sabia-a toda e presenteou-nos com essa mesma frase e todo o conteúdo na sua obra tão conhecida. Se não conhece é porque não anda a par do bom e rico no dizer meio cantado. Corra a saber e conhecer.

E porque sim, hoje é sábado, abordemos rapidinho um dos homens do norte ou das cavernas que epitetou a deputada Isabel Moreira de "fufa de merda" e etc. O cavernista é do CDS com PP. Não sabemos se brame a moca de Rio Maior, grande simbolo do retrocesso ao fascismo salazar-marcelista do pós 25 de abril de 1974. Eram as "forças da reação". Pois. Eram os "antigamentes" e o povinho manipulado a balir mé, mé, mé. Coisas da história que pode ler, se não sabe nada sobre isso. Use a massa cinzenta, não dói nada.

Isabel Moreira versus o cavernista do norte CDS, que pode ler aqui, numa voltinha ao Notícias ao Minuto: Isabel Moreira divulga mensagem de dirigente do CDS a insultá-la.


Dos "famosos" e clamorosos também "vive" o NM. Lá vêm mais tricas & laricas sobre os diferentes que, afinal, são iguais... porque são gente como todos nós, com opções diferentes mas merecedores de todo o respeito e trato condicente. 


Ora, ora. Aquele marido do Goucha tem de se atualizar na dita disciplina sobre os vãos de cérebro. É que isso é uma nova espécie e existem em barda - que quer dizer: Montanhas de gentes assim. Está tudo dito.

Adianta o Notícias ao Minuto que "A polémica continua entre Rui Oliveira e o comentador do social". E que "O marido de Manuel Luís Goucha, Rui Oliveira, parece ter ficado verdadeiramente incomodado com os comentários feitos por Cláudio Ramos no programa 'Passadeira Vermelha', da SIC Caras, sobre os seus looks."

Estas coisas são mesmo para serrar presunto, não? Há dúvidas de que algum daqueles protagonistas possua cérebro? Pois. Legitimamente. Mas olhem que essa de nada valerem ou contribuírem para a nossa felicidade ou sociedade e serem "famosos", com audiências e referência quotidianas diz bem sobre o povinho que abunda neste retângulo. É, não é?

Ops. Já perdemos tempo demasiado com lana caprina. Aióóó!


Esta é daquilo que considerávamos “de cabo de esquadra” (vá saber o que significa a expressão). Louçã e os familiares no governo de Costa e do seu PS. Mais propriamente NEPOTISMO, parente chegadíssimo da corrupção. Que se usa em Portugal às toneladas e cheira a “cunhas”, a “facilidades”, a “compadrios”, a “podridão”, etc. Pois. Mas é mesmo essa coisa de sala de entrada da corrupção.

Diz o NM que "Francisco Louçã considera que, numa primeira fase, "reagiu muito mal" à polémica relacionada com os casos de familiares no seio do Governo de António Costa." Pois. Mas ir ao fundo da questão não dá para nos salvarmos. Ficaremos atolados no lodo e "foi um ar que nos deu". Pum. Estouramos. Adeus oxigénio.


Bem, quando ainda agora estamos tão titubeantes acerca disto e há os que consideram que não tem "grande mal" se considerarmos a competência dos tais "familiares"... Cheira mal. Muito mal. Corrupção descarada. Mais ou pior: mafia de mentalidade e atos. Que é o que mais abunda por aí.


A miséria aqui tão perto. Sim, pois está. More você onde morar essa tal de miséria está logo nas suas ilhargas. País miserável com manias de grandeza é assim. Que existem países mais miseráveis que Portugal? Pois, isso é o bastante para nos acobardarmos e "dar graças aos deuses". Que coisa!


Ora toma e vai-te curar. Era o que se dizia em tempos idos aos que tinham "peneiras" de que Portugal era um grande e bom país. Nesse tempo, por exemplo, Marcelo Caetano afirmava que "Portugal é maior que a Europa", juntando em foto de cartaz as então chamadas províncias ultramarinas. Manipulação para papalvos. E neste povo é o que não falta. Agora gritam que somos da Europa e isto e aquilo de "algodão doce". Os portugueses papam tudo e aborregam-se. Vão balindo nos centros comerciais onde passam os fins-de-semana ou nos sofás coçados e besuntados a aproveitar uma folga. Achando-se "os maiores" e europeus. Sim, são europeus. Mas tesos que nem carapaus. Miseráveis. Mais miseráveis ainda porque andam na lua e nem querem ver as existências de merda que os obrigam a ter, os salários de miséria que lhes pagam, o stresse na "engenharia" de pagar as contas. Isto se acaso tiverem emprego ou roubarem ou vigarizarem por aí umas "coisitas". 

Depois olham a televisão e os brutos quatro rodas topo de gama que de vez em quando passam por nós. Sentem-se grandes e a fazerem parte de um coletivo desenvolvido, moderno, quase de primeiro mundo. O tanas: Portugal é um país de miséria. O povo português está a ser roubado e nem quer saber, nem ver. Há até os que gostam destes ou aqueles políticos com se fossem a Nossa Senhora de Fátima, porque sim. Nem que eles o enrabassem com dor física e de dignidade ferida mudariam de opinião. Porque sim. São assim. Cegos, borregos. Ou nem querem pensar nisso.

Nem querem ver os bairros degradados, nem a miséria em que sobrevivem... Não são todos assim, mas são demasiados. E por aí andam, embalados pelas canções dos bandidos. Sem protestarem, sem quererem mudar o que urge mudar nesta sociedade em que existem os escravos e os senhores, assim como uns quantos servidores dos senhores que se ocupam da política do país. Quer dizer: de manipular, de iludir, de aplacar a revolta, a indignação, porque isto não é democracia nenhuma.

Têm dúvidas? Olhem para os bairros degradados e para o país. Olhem para os portugueses iludidos e muito mal pagos.

Por hoje chega de ler notícias e de trazer umas quantas para aqui, do Notícias ao Minuto. Porque sim.

Bom dia. Bom fim de semana. Pois.

Redação PG | Mário Motta

sexta-feira, 29 de março de 2019

A nova Grande Estratégia dos Estados Unidos


Thierry Meyssan*

Muitos pensam que os Estados Unidos estão muito activos mas que não concretizam grande coisa. Por exemplo, que as suas guerras ao Médio-Oriente Alargado são uma sucessão de fracassos. Mas, para Thierry Meyssan eles têm uma estratégia militar, comercial e diplomática coerente. De acordo com os seus próprios objectivos, ela avança pacientemente e é coroada de sucesso.

É habitual nos Estados Unidos crer que o país já não tem qualquer Grande Estratégia desde o fim da Guerra Fria.

Uma Grande Estratégia, é uma visão do mundo que se tenta impor e que todas as administrações devem respeitar. Assim, se se perde num teatro de operações, em particular, prossegue-se em outros e acaba por se triunfar. No fim da Segunda Guerra Mundial, Washington escolheu seguir as directivas fixadas pelo Embaixador George Keenan no seu célebre telegrama diplomático. Tratava-se de descrever um pretenso expansionismo soviético para justificar uma contenção da URSS (containment). Efectivamente, muito embora eles tenham perdido as guerras da Coreia e do Vietname, os Estados Unidos acabaram por triunfar.

É muito raro conseguir lembrar uma Grande Estratégia, mesmo se houve outras neste período como com Charles De Gaulle, em França.

No decurso dos dezoito últimos anos, Washington conseguiu progressivamente fixar novos objectivos e novas tácticas para os atingir.

Por que é preciso ouvir os jovens que protestam pelo clima


Às sextas-feiras, virou rotina na Europa: escolares faltam aula e vão às ruas protestar por uma política climática mais sustentável. Muita gente torce o nariz, mas o movimento conta com cada vez mais apoio.

Atualmente, Sebastian Grieme enfrenta a época de "abitur", o vestibular alemão. Mas, segundo o estudante de 19 anos, suas prioridades são agora um pouco diferentes. Todos os dias, ele investe 12 horas, às vezes até mais, na organização das "Sextas-Feiras para o Futuro" (Fridays for Future).

"Protestar não é tudo. A maior parte do esforço que realizamos aqui acontece em nosso tempo livre." No fim de semana, ele trabalha no jornal conjunto, reúne-se com outros membros do movimento contra as mudanças climáticas, prepara notícias para os grupos nacionais – das 9h da manhã às 2h da madrugada.

Grieme faz parte do "grupo de trabalho do documento de reivindicações", que conta com cem membros. Seu objetivo é realizar um catálogo conjunto de demandas do movimento na Alemanha.

Para isso, eles tiveram conversas com cientistas, leram relatórios científicos. Grieme afirma ter estudado o relatório do IPCC, de 150 páginas, o relatório climático da ONU. "Com base nisso, tentamos levar demandas mais concretas aos políticos".

Alemanha estende veto à venda de armas à Arábia Saudita


Medida foi adotada após a morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul e também leva em consideração o papel de Riad na guerra do Iêmen. 

O governo alemão estendeu sua proibição a exportações de armas para a Arábia Saudita por mais seis meses, informou o porta-voz da chanceler federal Angela Merkel nesta quinta-feira (28/03), após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.

A proibição será mantida até 30 de setembro. Durante este período, não serão aprovados novos contratos.

A proibição temporária foi estabelecida em outubro de 2018, depois do controverso assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, na Turquia, no ano passado. A medida também leva em consideração o papel da Arábia Saudita na guerra do Iêmen. 

Como a China subverte a ortodoxia económica


Governo gasta, sistematicamente, mais do que arrecada. Para as teorias convencionais, país estaria quebrado. Mas tornou-se uma superpotência global. Haverá algo errado com as velhas fórmulas de “austeridade”?

David Deccache, editor do Economia à Esquerda | em Outras Palavras

No início de março, a China anunciou um plano fiscal extremamente agressivo: dentre outros, irá injetar 800 bilhões de yuans [equivalentes a US$ 120 bi] na construção de ferrovias e 1,8 trilhão de yuans [US$ 270 bi] para construir estradas e transporte aquaviário.

Um desavisado poderia sugerir que tanto investimento teria que ter como contrapartida aumentos de tributos. Contudo, o Partido Comunista Chinês pretende fazer o oposto disso: uma mega redução dos tributos. O governo cortará impostos e taxas para as empresas em um total de 2 trilhões de yuans (US$ 298 bilhões).

Tailândia | Fraude eleitoral eleva a vencedor partido militarista do agrado do rei


A democracia na Tailândia está a braços com a pressão de militares que se apoderaram do poder com toda a anuência do rei. As irregularidades e fraudes eleitorais são pómio de discórdia e acusações de várias tendências partidárias de âmbito civil e democrático. O partido declarado vencedor nas recentes eleições de cariz fraudulento vai governar a Tailândia ainda com maior défice de democracia que anteriormente. Comunidade internacional reprova a fraude, mas não com a convicção devida. Resta aos democratas tailandeses defenderem a democracia que anda arredia daquele país asiático há imensos anos sem que os militares larguem o poder e o entreguem à sociedade civil em eleições que não manipulem por via de fraudes denunciadas mas sempre consideradas inválidas para os que detêm os poderes.

Redação PG

Comissão Eleitoral tailandesa atribui vitória nas legislativas a partido pró-militar

Banguecoque, 28 mar (Lusa) - A Comissão Eleitoral (CE) tailandesa anunciou hoje em conferência de imprensa os resultados preliminares das eleições gerais de domingo passado, em que o partido pró-militar Phalang Pracharat se impôs com 8,4 milhões de votos.

Em segundo lugar ficou o Pheu Thai, do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto pelos militares, com 7,9 milhões de votos, enquanto o recém-formado partido Anakot Mai ficou em terceiro lugar, com 6,2 milhões.

Cerca de 38,2 milhões de tailandeses (74,69%) votaram nas eleições, as primeiras desde golpe de estado de 2014.

Amnistia Internacional denuncia deterioração dos direitos humanos em Hong Kong


A situação relativa aos direitos humanos em Hong Kong está a deteriorou-se gravemente desde o ano passado acusa a Amnistia Internacional, referindo-se em particular à liberdade de expressão e de manifestação.

A organização não governamental com sede em Londres considera que as autoridades de Hong Kong fazem uma interpretação “demasiado ampla” dos conceitos relacionados com a “segurança nacional” da República Popular da China. “O conceito de ‘segurança nacional’, tal como é encarado pelo Governo de Hong Kong, demonstra falhas jurídicas e é aplicado de forma arbitrária para enfrentar a dissidência e a ‘oposição política’”, refere o relatório da Amnistia Internacional (AI) divulgado ontem. Estas restrições têm como efeito dissuadir o exercício dos direitos promovendo, nomeadamente, a autocensura.

O relatório cita casos judiciais contra os líderes do movimento pró-democracia e a expulsão de um jornalista britânico, referindo também as acções de proibição contra um partido independentista e a anulação de algumas candidaturas às eleições locais. O mesmo documento denuncia as restrições contra a liberdade de reunião em Hong Kong receando novas condenações em futuros processos judiciais.

Mais lidas da semana