quarta-feira, 31 de julho de 2019

Venezuela: O naufrágio de Juan Guaidó


Autoproclamado presidente foi incapaz de concretizar golpe planejado pelos EUA. Sua credibilidade internacional desmorona. Desgastada, oposição aposta em recall de imagem e negocia via pacífica com o governo — por ahora

Álvaro Verzi Rangel | Outras Palavras | Tradução: Simone Paz Hernández

Seis meses depois que os Estados Unidos reconheceram o autoproclamado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, Washington ameaçou o Presidente constitucional, Nicolás Maduro, dizendo-lhe que possui um “curto prazo” para abandonar o poder com “garantias”, caso não queira ter de enfrentar a justiça internacional e novas sanções.

O responsável da Casa Branca pelos assuntos da América Latina, Maurício Claver-Carone, afirmou, mesmo assim, que os maiores frutos da estratégia estadunidense ainda estão por vir. Enquanto isso, na frente de um punhado de simpatizantes em Caracas, Guaidó reiterou sua disposição em fazer o que for preciso para tirar Maduro do poder. Há seis meses ele repete o discurso, mas ainda não conseguiu nem sequer uma intervenção militar dos EUA.

A série de ameaças continuou na quarta-feira (24/7), quando o representante especial dos EUA para a crise venezuelana, Elliott Abrams, disse que seu governo avalia sancionar a Rússia pelo apoio ao presidente venezuelano. “Estamos tentando cortar o fluxo de recursos que vão para o regime, e acho que estamos conseguindo um impacto considerável. A pressão continuará, na quinta-feira [dia 25] teremos mais sanções. Continuaremos impondo as sanções para manter a pressão”, disse Abrams.

“As pressões sobre Cuba aumentaram muito desde janeiro e continuarão aumentando — e fizemos questão de deixar claro que foi por culpa de suas ações na Venezuela. Sobre a Rússia, ainda estamos decidindo quais sanções aplicar, se individuais ou setoriais”, acrescentou Abrams.

Ele admitiu que o governo russo não tem “ajudado” Caracas “do ponto de vista financeiro”, mas que tem contribuído para que a Venezuela possa vender seu petróleo, sujeito às sanções estadunidenses. “[Os russos] vêm retirando seu dinheiro da Venezuela. Porém, ajudam a comercializar o petróleo, e é nisso que estamos pensando”, afirmou.

XXV FORO DE SÃO PAULO -- Martinho Júnior


"Pela Paz, a Soberania e a Prosperidade dos Povos: Unidade, Luta, Batalha e Vitória!" – Lema do XXVº Foro de São Paulo

Martinho Júnior, Luanda  

01- Ao processo dialético que a aristocracia financeira mundial continua a implementar para fazer prevalecer o seu domínio em função de seu obsessivo egoísmo e sua ânsia de lucro, (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/06/23/la-dialectica-como-arma-geoestrategica-del-imperio-de-la-hegemonia-unipolar/) o sul global procura ainda timidamente capacidades de resposta por que está longe de acordar para a antropologia, a história e sociologia capazes de servir de fundamentos para a integração em busca de unidade e luta, capazes de gerar resistência numa contraposta dialética mobilizadora de todos os oprimidos da Terra!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/07/forum-denuncia-agressoes-sistematicas.html?spref=fb&fbclid=IwAR0XPRaiBLfLWhdHPKQcliMvUR6PsUNcZe_7A4tL-jUVOT-TmCUxRNkEbGY).

A perspectiva da paz global com as sensibilidades que só o sul pode desencadear sob os pontos de vista antropológico, sociológico e histórico, fica assim fragilizado quando se está longe do patamar de consciência sobre os fenómenos globais e quando tanto se necessita duma trincheira comum consistente, emergente e multilateral para fazer face aos enormes desafios que o império da hegemonia unipolar impõe em pleno século XXI. (http://www.correodelorinoco.gob.ve/la-tarea-historica-de-la-izquierda-en-latinoamerica-es-construir-comunidad/).

A Venezuela é um exemplo de luta, de resistência e de vontade popular para, numa trilha animada de substantiva lógica com sentido de vida, fazer face às contínuas práticas de conspiração do império da hegemonia unipolar que lhe fica a norte, precisamente no lado oposto das costas do Golfo do México e Mar das Caraíbas! (https://br.sputniknews.com/americas/2019072814285261-navio-hospital-dos-eua-se-aproximara-da-venezuela-em-meio-a-temores-de-provavel-invasao/).

Contra a Venezuela Bolivariana continuam a crescer as ameaças, tornadas mais sensíveis sob o ponto de vista militar, durante a Reunião do Movimento dos Não Alinhados e do XXV Foro de São Paulo. (https://br.sputniknews.com/americas/2019072714284573-numero-2-do-chavismo-diz-que-invasao-dos-eua-na-venezuela-e-provavel/).

A Venezuela Bolivariana é essa resistência participativa aberta aos protagonismos democráticos e populares, (https://www.academia.edu/5343512/TRABAJO_SOBRE_LA_DEMOCRACIA_PARTICIPATIVA_EN_VENEZUELA_Genesis_Ailed_Prado_Aranguren) mas esse modelo e suas mensagens chega em visões toldadas a muitas das outras paragens e ao outro lado do Atlântico, apesar de ter tanto a ver com os desafios que África enfrenta! (https://www.causaoperaria.org.br/a-venezuela-que-a-imprensa-golpista-nao-mostra-parte-i/).

O império a todo o transe desencadeou além do mais uma intensa guerra psicológica por que para manter as correntes de domínio, não pode permitir que as mensagens justas passem, sob pena de ter de enfrentar ainda muito mais resistências das que já vai tendo com o desafio multilateral! (http://paginaglobal.blogspot.com/2011/05/condutas-dialecticas-uteis-de.html).

África, inesgotável (?) fonte de matérias-primas obrigatoriamente baratas e de cérebros que o império pretende sempre absorver e aproveitar, é um dos alvos dessa guerra psicológica do império e por isso a imagem que invariavelmente chega da Pátria Grande e da Venezuela Bolivariana, resultam da filtragem dos meios de difusão massiva ao serviço dos interesses e conveniências dessa agressão constante contra as nações, os estados e os povos do sul! (http://paginaglobal.blogspot.com/2013/02/a-liberdade-num-vazio.html).

Pelo contraditório, um pequeno hiato para a África do Sul… (http://noticias.ciudadccs.info/zwelivelile-mandela-venezuela-fue-inspiracion-lucha-apartheid/).

O BRASIL E O MUNDO -- Clipping Internacional


Carlos Eduardo Silveira | Carta Maior

NOTÍCIAS INTERNACIONAIS SOBRE O BRASIL 

DITADURA. A nostalgia da ditadura tem sido uma constante na longa carreira política da extrema-direita Jair Bolsonaro, mas agora ele é presidente do Brasil. O presidente questionou abertamente na terça-feira a Comissão da Verdade que documentou violações de direitos humanos entre 1964 e 1985. A Comissão da Verdade, criada por Dilma Rousseff, documentou 443 assassinatos ou desaparecimentos e atacou os culpados. Ninguém foi julgado pela anistia de 1979. (El País, Espanha) | bit.ly/2T3Ca7T

DITADURA. Ataque político de Bolsonaro transforma-se em revisionismo histórico. O Presidente deu uma versão alternativa sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados e rejeitou as conclusões do único organismo que investigou os abusos da Ditadura Militar. (Público, Portugal) | bit.ly/2YvaNEM

DITADURA. Bolsonaro volta a negar relatório sobre pessoas desaparecidas durante a ditadura. A Comissão Nacional da Verdade brasileira disse em seu relatório, publicado em 2014, que durante a ditadura foram cometidos 434 assassinatos e que houve centenas de detenções arbitrárias. Hoje, porém, quando perguntado sobre o assunto, o presidente disse: "Você acredita na Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? (El Espectador, Colômbia) | bit.ly/2Mv1K48

DITADURA. Bolsonaro descreve como "blablabá" os documentos sobre os horrores da ditadura. O presidente do Brasil desqualifica novamente a Comissão da Verdade e suas conclusões sobre violações de direitos humanos. (El Periódico, Espanha) | bit.ly/2OLFDJN

A chegada ao poder da extrema-direita


Da profunda crise financeira que assolou o Mundo, após 2008, despontou um fenómeno político e social; o surgir de uma extrema-direita, readaptada aos tempos modernos; apareceu como uma oposição muito forte ao estabelecido; em resultado, de profundas clivagens sociais, politicas e económicas, surgidas na sociedade em resultado da crise económica; surgiu como uma reacção directa ao neoliberalismo pan-mundial; doutrina económica que dominou o Mundo, no pós queda do Muro de Berlim; a qual falhou, nas promessas defendidas pelos seus apologistas; relacionadas com progresso económico e social global, para todos; em vez disso trouxe depressão, marginalização, enfraquecimento dos Estados e dos povos, conflitos sociais e demográficos.

Mas os movimentos de extrema-direita também se desenvolveram, em virtude da corrupção generalizada que assolou o Mundo; a qual teve por base, a fome de privilégios das elites políticas e económicas, possuidoras do poder; inseridos num sistema neoliberal onde a ética e a moral desapareceram, substituídas por um vale tudo, podre e defraudante; na busca de riqueza, sucesso e aparência; á custa dos Estados e das comunidades.

Foi o profundo desencanto das pessoas comuns, que tem servido de profícua terra arável para a implantação da extrema-direita, em muitos países; e onde tomaram o poder, tem-se assistido à imposição de regimes autocráticos e autoritários, apesar de terem aparência democrática.

A maioria dos regimes ditatoriais do passado seculo, tinha origem castrense, de raiz ideológica fascista; justificavam-se a si mesmos, pelo combate às ideologias de esquerda; mas ao mesmo tempo, serviam o interesse e privilégio das classes dominantes; actualmente, embora possam ter apoio militar mais ou menos explicito, os regimes autoritários ganham a sua justificação na necessidade de segurança que as pessoas sentem, na defesa dos interesses económicos das élites nacionais, e como reacção emocional dos povos ao que é diferente da sua cultura predominante.

São normalmente, regimes dirigidos por personalidades carismáticas; as Filipinas de Duterte e o Brasil de Bolsonaro, devido à progressiva quebra de segurança das populações; a Turquia do Erdogan, devido ao islamismo xenófobo; a Hungria do Viktor Urban, devido à xenofobia e a problemas culturais e rácicos internos; os EUA de Trump, devido às causas económicas negativas, provocadas pela aplicação das doutrinas neoliberais!

Quem colocou os psicopatas no poder


Trumps, bolsonaros e dutertes estão agora em toda parte. Sua ascensão não é fortuita. Em fase de hiperconcentração de riquezas, capitalismo precisa destroçar democracia e instalar, no palco da política, palhaços que distraiam a plateia

George Monbiot | Outras Palavras | Tradução: Inês Castilho

Há sete anos, o comediante Roty Bremner reclamou que os políticos tinham se tornado tão chatos que poucos mereciam ser imitados. “Atualmente eles são muito parecidos e sem graça… É como se o caráter fosse considerado uma obrigação”, disse ele. Hoje sua profissão tem o problema oposto: por mais afiada que seja a sátira, é uma batalha dar conta da realidade. O universo político, tão sombrio e cinzento há alguns anos, é agora povoado por inacreditáveis exibicionistas.

Os palhaços assassinos estão tomando o poder em todo lugar. Donald Trump, Boris Johnson, Jair Bolsonaro, Narenda Modi, Nigel Farage, Narendra Modi, Jair Bolsonaro, Scott Morrison, Rodrigo Duterte, Matteo Salvini, Recep Tayyip Erdoğan, Viktor Orbán e uma horda de outros ridículos homens fortes – ou fracos, como tantas vezes se revelam – dominam nações que no passado os teriam posto para fora da cena aos risos. A questão é: por que? Por que os tecnocratas que reinaram em quase todos os lugares há alguns anos estão dando lugar a bufões extravagantes?

As mídias sociais, incubadoras de absurdos, são por certo parte da história. Mas embora venham sendo feitos vários bons trabalhos investigando os meios, tem havido surpreendentemente poucos pensando sobre os fins. Por que razão o poder económico, que até recentemente usava seu dinheiro e seus jornais para promover políticos sem carisma, está agora financiando esse circo? Por que o capital desejaria ser representado pela média gerência num dia e no dia seguinte, por bobos da corte?

Portugal | O merecido troco dado a uns pífios politiqueiros


Jorge Rocha* | opinião

Perante as graves acusações, que pendiam sobre o ministério, que dirige, Eduardo Cabrita poderia tê-las resolvido muito facilmente demitindo o secretário de Estado e dando como aceites as denúncias feitas nos dias mais recentes a respeito das golas antifumo ou dos contratos feitos por uma empresa de Arouca com a Universidade do Porto ou a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Minimizavam-se os danos políticos, deixava-se o caso cair no esquecimento e voltava-se à eficaz luta contra os incêndios, quer de origem fortuita, quer de causas criminosas.

Mas pode Eduardo Cabrita ser quem não é? Escrevi-o aqui há um par de dias que, tão-só se sinta motivado pela razão, não há quem o trave. E ai de quem, então, se atreve a pôr-se a jeito.

A história da gola parece exemplarmente resolvida com o ensaio solicitado à Universidade de Coimbra na pessoa do insuspeito Xavier Viegas que, semanas atrás, «abrilhantara» uma ação de campanha de Rui Rio. Segundo o relatório emitido pelo referido professor as golas não são inflamáveis face ao fogo, apenas se deixam perfurar, não constituindo nenhum risco para quem as utilize.

Portugal | Cristas e Rio poderiam "combater, todos nus, um qualquer incêndio"


Alfredo Barroso ironiza a polémica das golas inflamáveis, sugerindo que os líderes dos principais partidos da oposição deveriam combater incêndios sem roupa para darem o exemplo, já que o vestuário também é inflamável.

Rui Rio visitou, na segunda-feira, Vila de Rei (Castelo Branco) para se inteirar das consequências dos incêndios que afetaram a região na semana passada. Alfredo Barroso recorreu à sua página oficial de Facebook para criticar o líder social-democrata: "Pobre Rui Rio! Afinal também ele já está a culpar o Governo por todo e qualquer incêndio que ocorra em Portugal".

Defende o ex-secretário de Estado que "o grande líder do PPD-PSD juntou-se muito mais tarde do que a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ao coro dos que fustigam o Governo por causa de todo e qualquer incêndio florestal que ocorra em Portugal - seja ele pequeno, médio ou grande". Mas, ironiza, "Rui Rio ainda não saberá lá muito bem se essa é (como diria Vladimir Ilitch Ulianov) a "linha justa" para combater o "esquerdalho" e o Governo que este sustenta, há já quatro anos, na Assembleia da República".

"Sinceramente", acrescenta, "acho que o próximo passo espetacular destes dois grandes líderes das Direitas portuguesas poderia ser irem ambos - porventura com vários jornalistas de Direita à ilharga - combater, todos nus, um qualquer incêndio (até podia ser no 'Jardim da Celeste'!) para darem o exemplo da prevenção".

Na crítica que dirige à Direita, Alfredo Barroso recorda ainda a polémica das golas inflamáveis, explicando que os Rio e Cristas deveriam combater incêndios "nus" devido às referidas golas inflamáveis "mas também contra toda a roupa que um cidadão traz vestida habitualmente, e que também é, infelizmente, 'inflamável' (a roupa, não o cidadão, entenda-se, que este demora muito mais tempo a inflamar-se)..."

Recorde-se que no âmbito da polémica relativa às golas inflamáveis, o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se depois de ter assumido que sugeriu a empresa que comercializou os kits distribuídos no âmbito dos programas 'Aldeia Segura' e 'Pessoas Seguras'.

Filipa Matias Pereira | Notícias ao Minuto | Foto: Facebook/Alfredo Barroso

Portugal | Secretário de Estado pode continuar em funções? Costa pede parecer à PGR


O primeiro-ministro reage, desta forma, à polémica que se instalou e que advém das chamadas golas inflamáveis. António Costa quer um "completo esclarecimento desta questão".

O primeiro-ministro enviou, esta terça-feira, um pedido de parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja analisado se o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, se encontra numa situação de incompatibilidade e impedimento de funções.

Em causa está o facto de ter vindo a público, esta terça-feira, que o filho de José Artur Neves detém uma participação uma empresa que celebrou três contratos com o Estado.

Em comunicado enviado às redações, ao início da noite, pelo gabinete de António Costa, lê-se que "ao longo do dia de hoje [terça-feira] tem sido difundida uma interpretação das normas sobre impedimentos de empresas em que familiares de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos tenham participação superior a 10% do capital".

Nesta senda, o primeiro-ministro considera que "não pode deixar de suscitar dúvidas como alguém possa ser responsabilizado, ética ou legalmente, por atos de entidades sobre as quais não detém qualquer poder de controlo e que entre si contratam nos termos das regras de contratação pública, sem que neles tenha tido a menor intervenção".

Cemitério de Espanha tem ossadas de mais de 1.400 vítimas do franquismo


Um relatório revela que o cemitério de La Soledad de Huelva, em Espanha, tem ossadas de pelo menos 1.437 vítimas do franquismo enterradas em valas comuns.

O trabalho, promovido pela Associação de Memória Histórica da Província de Huelva, foi realizado pelo historiador espanhol José María García Márquez, que se tem debruçado sobre a justiça militar em Sevilha e Huelva durante a Guerra Civil de Espanha (1936-1939) e o pós-guerra.

Huelva foi a província espanhola que sofreu mais com a repressão na Guerra Civil, uma vez que tem mais de 120 valas e 8.000 vítimas identificadas, um número que pode ser bem maior, segundo historiadores e outros especialistas.

A repressão militar exercida em Huelva durante a guerra, que opôs nacionalistas e republicanos, foi maioritariamente contra os civis com ideais de esquerda.

Os nacionalistas ganharam a guerra, em 1939, e governaram a Espanha até à morte do seu líder, Francisco Franco, em novembro de 1975.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: Twitter

Alemanha recusa proposta formal dos EUA de se unir à 'pressão máxima' contra o Irão


EUA solicitaram formalmente que Alemanha, França e Reino Unido se juntem à missão no golfo Pérsico para "combater a agressão iraniana", comunicou a embaixada dos EUA em Berlim, mas o pedido foi recusado pelo governo alemão.

"Pedimos formalmente que a Alemanha nos ajude a proteger o estreito de Ormuz e a combater a agressão iraniana, juntamente com a França e o Reino Unido", afirmou uma porta-voz da embaixada à agência alemã DPA, na terça-feira (30).

Entretanto, a Alemanha já rejeitou a proposta de "pressão máxima" dos EUA. Questionado sobre a solicitação formal dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha revelou para a Sputnik que Berlim não está considerando seriamente a proposta norte-americana.

"Os EUA apresentaram recentemente o seu conceito de uma missão de observação naval no golfo Pérsico a vários aliados, incluindo a Alemanha, e solicitando que participassem. O governo tomou nota da proposta, mas não fez promessas", declarou o Ministério das Relações Exteriores alemão.

Segundo declaração da chancelaria alemã, o ministro das Relações Exteriores "tem enfatizado repetidamente que, em nossa opinião, a prioridade deve ser dada à redução das tensões e aos esforços diplomáticos", estando a participação alemã na estratégia americana de "pressão máxima" descartada.

Estratégia de 'pressão máxima'

Anteriormente, autoridades alemãs e britânicas disseram que não apoiavam a estratégia de "pressão máxima" dos EUA contra Teerão, mas acolheram uma operação proposta por Londres para um esforço de segurança liderado pela Europa para "proteger" os navios comerciais que operam no golfo Pérsico e perto do estreito de Ormuz.

A ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, insistiu que cada pedido deve ser cuidadosamente ponderado, dependendo da situação específica. "Podemos falar sobre isso primeiro e decidir [apenas] se soubermos o que exatamente está sendo planeado", afirmou a ministra.

'Coligação internacional'

No fim da semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou ter convidado alemães, franceses e britânicos para uma "coligação internacional" proposta pelos EUA, juntamente com Austrália, Japão, Noruega, Coreia do Sul e outros países.

Os EUA indicaram previamente a criação de um "quadro de segurança marítima internacional", conhecido como Sentinela Operacional, com o objetivo de "reforçar a segurança" dos navios comerciais que operam no golfo Pérsico, no estreito de Ormuz, no estreito de Bab-el-Mandeb e no golfo de Omã, na sequência dos recentes ataques a petroleiros na região.

Washington responsabilizou o Irão pelos ataques. Teerão negou as alegações e acusou os EUA e seus aliados israelitas e sauditas de exacerbarem deliberadamente a situação na região.

Sputnik | Foto: AP Photo / Thomas Haentzschel

'Quem está ao lado de Israel está contra nós', diz Erdogan após morte de palestinos


O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou Israel e seus aliados por permitirem um "estado de terror [...] na Palestina", declarando: "Quem está do lado de Israel, saiba que estamos contra eles".

"Não aprovamos o silêncio sobre o estado de terror que Israel realiza descaradamente na Palestina", declarou Erdogan, dirigindo-se a altos funcionários provinciais de seu Partido da Justiça e Desenvolvimento em Ancara, segundo a Iranian PressTV.

Erdogan tem sido um feroz crítico do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e seu governo, denunciando o PM atualmente atolado em múltiplas investigações de corrupção e suborno como "o ladrão que lidera Israel" e um "tirano que abate crianças palestinas de 7 anos".

Quando Israel adotou sua polémica lei "Estado judeu", Erdogan comparou a mudança ao "espírito de Hitler [...] ressurgiu entre algumas autoridades israelitas".

No entanto, seus últimos comentários também podem ser interpretados como uma alfinetada em Washington, depois de os EUA "suspenderem" a Turquia do programa F-35, condenando a compra de sistemas de mísseis russos S-400 como uma traição aos interesses de segurança da OTAN.

Enquanto a administração Trump deixou claro que Ancara pode voltar ao programa se abandonar o equipamento russo, Erdogan insinuou que ele está preparado para distanciar a Turquia do mercado de armas americano, publicamente ponderando o cancelamento de uma compra avançada de 100 "aeronaves da Boeing".

Forças militares israelitas mataram 56 crianças palestinas e feriram perto de 2.700 "no contexto de manifestações, confrontos e operações de busca e apreensão" em 2018, de acordo com um relatório da ONU divulgado na sexta-feira, o qual confirma muitas outras missões de investigação do órgão. O número de crianças mortas foi o maior desde 2014, quando Israel travou sua mais recente guerra unilateral contra Gaza.

O Conselho de Segurança da ONU tentou denunciar a demolição israelita de 10 prédios de apartamentos palestinos na área de Wadi Hummus, na semana passada, redigindo uma resolução que condenava a destruição por "comprometer a viabilidade da solução de dois Estados e a perspectiva de paz duradoura", apenas para os EUA para vetar o movimento.

Sputnik | Foto: AP Photo / Presidential Press Service/Pool

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China considera a violência durante os protestos em Hong Kong 'OBRA' dos EUA


Governo chinês insinua envolvimento dos EUA em protestos, após declarações de Pompeo.

A violência dos protestos em Hong Kong foi caracterizada como "obra" dos EUA por Hua Chunying, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Tendo em vista as declarações do senhor Pompeo, parece que ele não se acostumou com seu cargo, e ainda pensa que é o chefe da CIA. Provavelmente, ele acha que a recente violência em Hong Kong é razoável, já que, como todos sabem, tudo isso não é mais que obra dos EUA", disse Chunying.

Hua estava-se referindo às palavras do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que disse que a China deveria "fazer a coisa certa" ao lidar com os protestos em Hong Kong, numa entrevista com a Bloomberg Television na semana passada, informou Kyodo News.

Pompeo afirmou que nos EUA também ocorrem protestos.


Ela ainda lembrou que, desde o final de fevereiro, altos funcionários do governo americano começaram a criticar as alterações no projeto de lei sobre extradição, tendo-se encontrado com representantes da oposição.

"Nos vídeos dos protestos violentos em Hong Kong aparecem cidadãos americanos, além de bandeiras americanas. Todos querem saber: qual o papel que os EUA têm tido nos últimos acontecimentos em Hong Kong?", disse Chunying.

O governo chinês nunca permitirá que forças estrangeiras interfiram nos assuntos de Hong Kong, muito menos que provoquem o caos na cidade, disse a representante.

"Se você brinca com o fogo, espere problemas. A história está cheia destes exemplos. Nós insistimos para que os EUA tirem suas mãos e parem esse jogo perigoso com o fogo", declarou Chunying.

Em junho, Hong Kong foi palco de grandes protestos devido à alteração da lei de extradição que, se aprovada, permitiria a Hong Kong entregar suspeitos a jurisdições com as quais não tem acordos como Taiwan, Macau e a China continental.

O governo da região voltou atrás quando a chefe do governo local, Carrie Lam, suspendeu os trabalhos relativos à lei e pediu desculpas pelos desdobramentos.

Mesmo assim, os adversários do projeto de lei têm insistido no total encerramento da questão, dando um ultimato às autoridades e continuando com os protestos.

Sputnik | Fotos: 1 - AP Photo / Ng Han Guan; 2 -  Reuters / Edgar Su

China | Tufão Wipha avança e atinge sinal 8 em Macau


Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos anunciaram que o sinal n.º 8 vai ser içado às 14h00, devido à passagem do Tufão Wipha. Segundo a informação mais recente dos SMG, às 12 horas, estava içado o sinal n.º 3 e o Wipha localizava-se a cerca de 350 quilómetros a sul de Macau e estava a encaminhar-se para a península de Leizhou.

As previsões apontam para que nas próximas horas o vento se vá intensificar com a aproximação do tufão ao território. As autoridades recomendam que a população tome as precauções necessárias.

“Nas pontes, o vento pode atingir, ocasionalmente, o nível forte com rajadas. Recomenda-se a todos os condutores prestarem atenção, e sugere-se que os condutores de motociclos e ciclomotores utilizem a via reservada a motociclos e ciclomotores na Ponte Sai Van”, indicam os SMG.

Além disso, o aviso amarelo de tempestade está igualmente em vigor.

João Santos Filipe | Hoje Macau

Xinjiang tira mais de 2 milhões de pessoas da pobreza nos últimos cinco anos


Beijing, 30 jul (Xinhua) -- A Região Autónoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, tirou mais de 2,31 milhões de pessoas da pobreza de 2014 a 2018, devido aos esforços máximos de alívio da pobreza, disseram as autoridades regionais na terça-feira.

A taxa de pobreza caiu de 19,5% em 2013 para 6,1% em 2018, com a renda per capita disponível dos residentes rurais aumentando de 119 yuans em 1978 para 11 mil yuans no ano passado, revelou Shohrat Zakir, presidente do governo regional de Xinjiang, numa conferência de imprensa em Beijing.

A região investiu mais de 33,4 biliões de yuans no alívio da pobreza no ano passado, com 85,5% das verbas sendo destinadas para as quatro sub-regiões no sul de Xinjiang -- Hotan, Kashgar, Aksu e Kizilsu Kirgiz.

Vivendo à beira do deserto de Taklimakan, o maior da China e o segundo maior do mundo, os habitantes das quatro sub-regiões têm sofrido há muito tempo com o clima instável e a pobreza.

Numa tentativa de eliminar a pobreza absoluta em 2020, Xinjiang também tem realojado as pessoas e acelerado a construção de infraestrutura nas aldeias pobres.

Vendas da Huawei crescem 23,2% até Junho


Empresa chinesa vendeu mais telemóveis nos primeiros seis meses do ano, apesar das pressões dos Estados Unidos.

A Huawei anunciou esta terça-feira que as vendas no primeiro semestre do ano registaram um aumento homólogo de 23,2%, para o equivalente a 52.333 milhões de euros, apesar da ofensiva de Washington para boicotar a gigante chinesa das telecomunicações.

Nos primeiros seis meses de 2019, a Huawei vendeu 118 milhões de unidades de diferentes produtos, incluindo uma subida homóloga de 24% nas vendas de telemóveis.

Trata-se de um ritmo de crescimento superior ao registado na totalidade de 2018, de 19,5%.

O presidente da Huawei, Liang Hua, admitiu, no entanto, que as vendas sofreram “algum impacto” desde que Washington impôs restrições à empresa, mas não avançou mais detalhes.

Os Estados Unidos acusam a maior fabricante mundial de equipamentos para firmas de telecomunicação e Internet de cooperarem com os serviços secretos chineses.

Washington, que proibiu já a Huawei de participar na implantação da rede de Quinta Geração (5G) em solo norte-americano, está também a pressionar os aliados a tomarem medidas semelhantes.

Austrália, Nova Zelândia e Japão aderiram já aos apelos e restringiram a participação da Huawei.

Em Maio passado, a Casa Branca colocou a firma numa lista de entidades do Departamento de Comércio, após as negociações falharem em Maio, o que implica que as empresas norte-americanas tenham de solicitar licença para vender tecnologia à empresa.

O veto foi parcialmente suspenso, após Pequim e Washington acordarem um período de tréguas na guerra comercial que travam há um ano.

Liang disse que a Huawei evitou interrupções na produção e vendas, mas ressalvou que continua a ter “dificuldades pela frente”, no segundo semestre do ano.

Público | Lusa

terça-feira, 30 de julho de 2019

Ex-PM timorense defende programa de reabilitação de estradas de Díli


Díli, 30 jul 2019 (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão rejeitou qualquer irregularidade no programa de reabilitação de estradas em Díli, num texto enviado à Câmara de Contas, após uma auditoria à execução orçamental do Fundo de Infraestruturas em 2015.

Xanana Gusmão afirmou, no texto, que o Governo teve em conta a realidade do país, e quis apoiar as empresas timorenses e melhorar a eficácia das obras.

Estas são algumas das linhas essenciais do texto de contraditório que Xanana Gusmão enviou, em seu nome e de ex-governantes, na sequência de um relatório da Câmara de Contas (CdC), que fez uma auditoria à execução orçamental do Fundo de Infraestruturas em 2015.

Xanana Gusmão, que em 2015 era primeiro-ministro, e posteriormente ministro do Planeamento e Investimento Estratégico, respondeu à Câmara de Contas em nome de todos os membros do Conselho de Administração do Fundo de Infraestruturas (CAFI).

O ex-primeiro-ministro lembra que uma fatia significativa das obras públicas tinha, até então, sido atribuída a empresas internacionais que "instalam-se em Timor, executam a obra, fecham as portas e vão embora", pelo que defende "discriminação positiva" em prol de empresas timorenses.

"Estamos convencidos que é uma função do Governo a capacitação das empresas nacionais, preferindo a sua contratação em relação a empresas estrangeiras, sempre que tal contratação não represente um aumento de custos para o erário público", refere o texto.

"Precisamos de mais empresas nacionais, com mais experiência, para que estas possam, no médio/curto prazo apresentar-se aos concursos públicos internacionais em pé de igualdade com os gigantes internacionais", sublinha.

Câmara de Contas timorense aponta irregularidades na adjudicação de obras públicas


Díli, 30 jul 2019 (Lusa) - A Câmara de Contas timorense criticou a forma como as obras públicas são adjudicadas e geridas em Timor-Leste, com certificações dadas a "empresas de fachada", falta de supervisão e fiscalização dos projetos e recurso excessivo ao ajuste direto.

As conclusões fazem parte de um extenso relatório da Câmara de Contas (CC), a que a Lusa teve acesso, que questiona algumas das práticas da gestão de obras públicas, manifestando "reservas" sobre os "certificados de empresas de construção civil" atribuídos.
No relatório, a CC diz ter detetado "a emissão de 'certificados' a empresas de fachada, que não dispõem sequer de escritório, máquinas ou funcionários" -- o que "constitui um indício da prática de atos com relevância criminal".

Além disso, nota, "a adjudicação de obras a empresas por valores acima dos limites autorizados pelos respetivos certificados e a adjudicação de contratos com valores de vários milhões de dólares a empresas não certificadas, são exemplos paradigmáticos e preocupantes sobre a forma como o setor das obras públicas tem sido gerido pelo Ministério das Obras Públicas" (MOPTC).

O relatório de análise, dividido em três volumes, apresenta os resultados de uma "Auditoria de Conformidade à Execução do Orçamental do Fundo das Infraestruturas" no ano de 2015, ainda que "alargado a anos anteriores e posteriores" em casos considerados pertinentes.

"O Sistema de Controlo Interno em matéria de execução das obras públicas é fraco", nota o relatório, que aponta o dedo ao Conselho de Administração do Fundo de Infraestruturas e a várias Ministérios, especialmente o de Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações.

Parlamento da Austrália aprova tratado de fronteiras marítimas com Timor-Leste


Camberra, 29 jul 2019 (Lusa) - O parlamento australiano aprovou hoje o tratado sobre as fronteiras marítimas com Timor-Leste, ratificado há uma semana pelo parlamento timorense, após uma década de disputa entre os dois países.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, considerou que o tratado "resolve uma disputa longa sobre as fronteiras marítimas no contexto do desenvolvimento do Greater Sunrise" e lança as "fundações para um novo capítulo nas relações bilaterais".

O líder da oposição, Anthony Albanese, disse durante o debate na Câmara dos Representantes, na sexta-feira, que a prolongada disputa "não ajudou à imagem australiana de boa vizinhança com uma das nações mais jovens do planeta".

"Com a aprovação do tratado, a Austrália está agora pronta para, conjuntamente com Timor-Leste, desenvolver os campos de gás Greater Sunrise em benefício dos dois países", adiantou o Governo australiano num comunicado conjunto dos gabinetes do primeiro-ministro e ministros das Finanças, Negócios Estrangeiros e Recursos.

"Greater Sunrise gerará novas oportunidades de rendimento, desenvolvimento comercial e industrial para Timor-Leste e uma importante parte da futura economia timorense", reforça o comunicado.

Arsénio Bano assume interinamente liderança na região timorense de Oecusse

Arsénio Bano (esq) e Mari Alkatiri (dir)
Pante Macassar, Timor-Leste, 29 jul 2019 (Lusa) -- O primeiro secretário da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), Arsénio Bano, foi hoje indicado para liderar interinamente a região depois do final do mandato do atual responsável, Mari Alkatiri, que termina na terça-feira.

A decisão, que carece ainda de aprovação por parte do primeiro-ministro, foi tomada durante a última reunião, hoje, da Autoridade da RAEOA, encabeçada pelo presidente regional Mari Alkatiri, segundo comunicado da região.

Recorde-se que na semana passada Alkatiri comunicou ao primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e ao Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, a "cessação definitiva das suas funções no termo do seu mandato, por não se rever na proposta de alteração à Lei da Criação da RAEOA" que foi aprovada no Parlamento e está agora a ser analisada na Presidência.

Tribunal de Recurso timorense absolve acionista de seguradora NITL


Díli, 29 jul 2019 (Lusa) -- O Tribunal de Recurso timorense absolveu um dos sócios minoritários da seguradora National Insurance Timor-Leste (NITL), sancionado pelo Banco Central do país num processo que se arrasta há vários anos.

A seguradora, a primeira de direito timorense, está em fase de liquidação e os antigos administradores têm, nos últimos anos, estado envolvidos em alegados crimes financeiros.

No acórdão, que foi notificado às partes na semana passada e a que a Lusa teve acesso, um coletivo de juízes do Tribunal de Recurso deliberou "julgar procedente o recurso" de Eugene Ong, e decidiu "revogar a decisão recorrida e absolver o arguido das contraordenações em que foi notificado".

Satisfeito com a decisão, Eugene Ong afirmou que o caso demonstra que sempre teve razão na posição face ao BCTL, com o qual sempre colaborou.

"Fico muito contente que o tribunal me dê razão. Fico contente que isto tenha terminado. Foram sete anos em que perdi tudo, em que gastei dinheiro em advogados e processos. Fica provado o que sempre disse ao longo de todo este tempo", sublinhou.

"Mas tudo o que construi desde 2010 foi por água abaixo. Este processo teve um elevadíssimo custo pessoal, profissional e financeiro. Estou sem trabalho há dois anos e com a minha reputação seriamente afetada", acrescentou.

Moçambique | Começa desarmamento da RENAMO


Arrancou na serra da Gorongosa o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens armados da RENAMO. Foi um momento "histórico", segundo o líder do partido, Ossufo Momade.

Foi um momento carregado de "simbolismo", segundo o líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade. Esta segunda-feira (29.07), quatro guerrilheiros do maior partido da oposição moçambicana entregaram as armas à Comissão dos Assuntos Militares do país.

"A partir desta cerimónia histórica e de grande simbolismo, esperamos que prevaleçam esses valores, para que não voltemos a cometer os mesmos erros do passado", afirmou Momade.

Amnistia para participantes nas “hostilidades militares” desde 2014 em Moçambique


Em mais um passo para o definitivo calar das armas em Moçambique a Assembleia da República assegurou nesta segunda-feira (29) amnistia para os cidadãos que participaram das “hostilidades militares” ocorridas entre Agosto de 2014 e a data em que será rubricado o terceiro Acordo Geral de Paz.

“Havendo necessidade de promoção de uma estabilidade política e garantia de uma paz efectiva e duradoura, bem como assegurar a confiança mútua entre os moçambicanos e a reconciliação nacional” os deputados do MDM, Renamo e Frelimo aprovaram por consenso e aclamação uma nova lei, a terceira do género, que concede amnistia aos cidadãos que, no contexto das hostilidades militares, tenham cometido: crimes contra a segurança do Estado previstos e punidos pela Lei nº 19/91, de 16 de Agosto; crimes militares e conexos, previstos e punidos pela Lei nº 17/87, de 21 de Outubro; crimes contra a segurança exterior e interior do Estado e crimes contra a ordem e segurança publicas, previstos e punidos pelo Código Penal, aprovado pela Lei nº 35/2014, de 31 de Dezembro; e também aqueles que tenha cometido crimes contra as pessoas e contra a propriedade.

Embora seja aparentemente destinada a acomodar os guerrilheiros do partido Renamo o novo dispositivo legal amnistia também os membros das Forças de Defesa e Segurança que participaram das “hostilidades militares” que ocorreram desde 15 de Agosto de 2014.

Angola | Seca causa uma morte e deixa milhares na penúria


A seca severa que assola a província do Cuando Cubango causou a morte de uma criança de três anos, na comuna do Licua, município de Mavinga, e milhares de pessoas correm o risco de perder a vida, devido à penúria alimentar, informou ontem à imprensa a administradora comunal local, Cristina Kapapu.

A responsável disse que a criança morreu este mês no bairro Samayovo, situado a mais de 100 quilómetros da sede comunal do Licua, quando na companhia dos pais procurava alimentos na mata. Segundo relatos dos familiares, a vítima e os país, na caminhada que fizeram pela mata, do Licua ao bairro Samayovo, durante duas semanas, alimentarem-se de frutos silvestres, e a petiz ficou debilitada devido à fome, e acabou por falecer.

Por falta de alimentos, segundo Cristina Kapapu, mais de 20 pessoas contraíram anemia grave no bairro Samayovo, “e se não receberem assistência médica urgente podem morrer”.

Samayovo tem 2.686 habitantes, dos quais 80 por cento estão afectados pela penúria alimentar, que está a atingir contornos alarmantes. “A par da fome, os populares debatem-se ainda com a falta de vestuário, calçado, água potável, escolas, instrumentos de trabalho e inputs agrícolas.Não conseguem desenvolver a agricultura de subsistência nas margens dos rios por falta de materiais de trabalho. Portanto, se não houver intervenção das autoridades competentes teremos vários casos de mortes”, advertiu a administradora.

Angola | Luanda ainda é "El Dorado" e interior ficou esquecido


Luanda continua a ser um chamariz para os jovens que vivem no interior de Angola. Mas analista diz que é preciso mudar este cenário, para que o interior também se possa desenvolver.

Luanda continua a ser um "El Dorado" para muitos jovens angolanos a residir no interior do país, que veem a capital como um dos únicos locais onde podem trabalhar e concretizar os seus sonhos.

"Aqui não há emprego e Luanda tem mais empresas", afirma Orlando Luassi, um motorista a morar na cidade do Huambo. "Se estiver aqui dois ou três meses, sem fazer nada, é um prejuízo. Mas, em Luanda, em poucos dias se consegue um emprego ou faz-se táxi."

André Paixão, um agricultor que trocou o campo pelo mototáxi, também conta que já lhe passou pela cabeça rumar para Luanda em busca de melhores oportunidades. "A dinâmica de uma capital é diferente do interior", diz em entrevista à DW.

O jovem até já fez contas ao que poderia ganhar se fosse para Luanda: "Lá, o preço do táxi é 150 [kwanzas, cerca de 40 cêntimos de euro] e aqui é 100 [26 cêntimos]."

Construir um bairro dos ministérios em Luanda é "meter a carroça à frente dos bois"


Centro Político Administrativo de Luanda vai ser erguido em três anos numa parceria público-privada. Edificado contará com 28 edifícios ministeriais e várias unidades de apoio. Custos do megaprojeto não foram revelados.

Ministérios, casas protolocolares, hóteis, lojas e vários serviços de apoio institucional são algumas das valências que o novo "Bairro dos Ministérios" deverá ter. O empreendimento está previsto para a orla marítima de Luanda, na Chicala, uma das áreas mais nobres da capital angolana.

"Como é que se constrói um bairro dos ministérios com uma população que não tem acesso a água de qualidade, que não tem energia, que não tem educação? Estamos a meter a carroça à frente dos bois", comenta o ativista e militar angolano Osvaldo Caholo.
Bairro de luxo num país em crise

Fraca produção de petróleo faz Guiné Equatorial virar-se para o Golfo Pérsico


A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a redução na produção de petróleo vai fazer a Guiné Equatorial aprofundar as relações com a Arábia Saudita e outros países do Golfo, para além dos vizinhos regionais.

A redução na produção de petróleo vai fazer a Guiné Equatorial aprofundar as relações com a Arábia Saudita e outros países do Golfo, para além dos vizinhos regionais, considera a Economist Intelligence Unit (EIU).

"Esperamos que as relações comerciais com a Arábia Saudita e outros estados do Golfo sejam aprofundadas, mas o difícil ambiente operacional na Guiné Equatorial vai impedir um aumento significativo nos fluxos de investimento ou de crédito externos", escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Primeiro-ministro admite adesão de Cabo Verde à NATO


O primeiro-ministro , Ulisses Correia e Silva, admite a possibilidade de Cabo Verde pedir a integração na NATO, tendo em conta a necessidade de parcerias para reduzir vulnerabilidades e face à localização geo-estratégica do arquipélago.

A posição foi assumida por Ulisses Correia e Silva em entrevista à agência Lusa, na cidade da Praia, na véspera do debate sobre o estado da Nação, que se realiza quarta-feira, na Assembleia Nacional.

"A NATO podia ser uma perspectiva. Nós estamos numa construção que tem este triângulo: Estados da América, Cabo Verde e Europa. A questão de segurança é fulcral, não é que seja uma ameaça hoje, mas nós temos de trabalhar numa perspectiva de futuro, não só para reduzir as vulnerabilidades do país, mas para podermos aumentar a nossa utilidade no ponto onde nós nos situamos", afirmou o primeiro-ministro.

Cabo Verde aguarda uma decisão da ONU sobre o projecto de extensão da plataforma territorial das 200 milhas náuticas (370 quilómetros) actuais (Zona Económica Exclusiva) para um máximo de 350 milhas náuticas (650 quilómetros).

Governo de Cabo Verde repudia ataque a autarca da capital e apela à serenidade


O executivo adiantou que "as autoridades estão a levar a cabo todos os trâmites de forma a capturar rapidamente os autores deste ato".

Governo cabo-verdiano repudiou esta segunda-feira o atentado ao presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, considerando que este "ato ignóbil" em nada representa a imagem do país e apelou à serenidade.

"O Governo repudia em absoluto este ato ignóbil e que em nada representa a imagem do país. Cabo Verde é um país em que a paz social prevalece. Apelamos à serenidade de todos, pois a estabilidade social é o maior ativo do país", escreveu o Governo cabo-verdiano, numa nota enviada à imprensa.

Padaria portuguesa


Paulo Baldaia | Jornal de Notícias | opinião

É impressionante, mas neste Governo, de uma forma geral, e neste ministério, em particular, só se cai de podre. As culpas são reconhecidas tardiamente, quando são, e atribuídas a terceiros: aos autarcas, aos bombeiros, à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)... ao padeiro ou a quem se puser a jeito!

Já se percebeu que no caso das golas inflamáveis (o melhor do jornalismo nas páginas do JN), não se tratou apenas de um caso de incúria que deveria ter consequências políticas. As "notícias irresponsáveis e alarmistas", nas palavras do ministro Eduardo Cabrita, também nos deram conta que o povo pagou a dobrar pelas famosas golas. Tudo num negócio que até devia ter dado direito a desconto, porque foi conduzido por uma delegação do PS de Arouca, agora sediada no Terreiro do Paço, com empresas ligadas a camaradas socialistas. Sendo um caso de Polícia, num país em que o Ministério Publico produz arguidos entre os autarcas a um ritmo quase diário, aguarda-se para perceber qual vai ser a postura da Procuradoria, agora que o negócio foi assinado em papel timbrado, nas cortes de Lisboa.

O PS, com um presidente tão solícito a responder a Filipe Vieira e a demarcar-se da camarada Ana Gomes, muito provavelmente para não perder de vista os votos do futebol e a tão desejada maioria absoluta, não deve estar muito satisfeito com a denúncia deste episódio, que tem tudo para fazer perder votos, perante a suspeita de que pode haver aqui uma gol(p)ada inflamável. E o país político só não está a arder porque o politicamente correto alinha com o ministro, subvertendo a discussão ao transformar o assunto no tema dos incêndios que "não deve servir para conflitualidades pré-eleitorais". A abertura de um inquérito, que haverá de dar a resposta política num momento mais conveniente, parece satisfazer até um dos parceiros parlamentares do Governo, o Bloco de Esquerda.

Agora, o adjunto do secretário de Estado, que de padeiro passou a especialista técnico da proteção civil, depois de uma "pós-graduação" numa Concelhia socialista, assumiu a responsabilidade. E nós fazemos de conta que acreditamos que um adjunto pode dar os passos que Francisco Ferreira deu, sem que o secretário de Estado, que até já tinha adjudicado a compra de material a estas empresas, de nada soubesse.

Num país que exporta padeiros para todo o Mundo, fez-se recente polémica com um padeiro de Portalegre e outro de Arouca. "No ​​​​​​​creo en brujas, pero que las hay, las hay".

* Jornalista

Portugal | "Três arrestos?" Joe Berardo não foi notificado de "nenhum"


O empresário José Berardo não foi notificado de nenhum dos arrestos noticiados nos últimos dias pelos órgãos de comunicação social, garantiu esta segunda-feira à agência Lusa o seu assessor.

"Três arrestos anunciados pela comunicação social. Nenhum notificado pelos tribunais", refere o assessor do empresário, numa mensagem escrita enviada à Lusa, após ser questionado sobre uma notícia avançada pelo jornal Público, segundo a qual foi esta segunda-feira "decretado o arresto da coleção Berardo".

Segundo o Público, o arresto foi decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, credores da coleção de arte moderna de José Berardo, conhecido como Joe Berardo.

O arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário, serão os outros dois arrestos a que a assessoria de Berardo se refere.

Xuxialismo? | Filho de secretário de Estado fez contratos quando pai já era governante


Três contratos foram já celebrados entre o Estado e o filho do secretário de Estado da Proteção Civil.

O filho do secretário de Estado da Proteção Civil celebrou pelo menos três contratos com o Estado, depois de o pai, José Artur Neves (na imagem), assumir funções governativas, noticiou o jornal online Observador.

Segundo o jornal, esta situação determina a demissão de José Artur Neves numa altura em que a Secretaria de Estado está envolvida na polémica relacionada com os 'kits' de proteção contra incêndios no âmbito do programa 'Aldeia Segura, Pessoas Seguras' que já levou à demissão do seu adjunto Francisco Ferreira.

Confrontado pelo Observador, o secretário de Estado disse desconhecer "a existência de qualquer incompatibilidade neste domínio", como desconhecer "também a celebração de tais contratos".

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