terça-feira, 10 de março de 2020

Portugal | Governo consulta especialistas sobre hipótese de antecipar férias escolares


As autoridades de saúde já estão a preparar a resposta para fase seguinte do surto de covid-19, quando a transmissão do novo coronavírus estiver disseminada na comunidade.

O Conselho Nacional de Saúde Pública, um órgão de consulta do Governo, vai ser ouvido esta quarta-feira sobre a hipótese de antecipação das férias escolares e a propósito do funcionamento de grandes museus, tendo em conta a evolução do surto do novo coronavírus em Portugal, adiantou a ministra da Saúde, Marta Temido. A proposta de antecipação das férias escolares já para a próxima sexta-feira foi feita pelo presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares e o primeiro-ministro admitiu já que o Governo adoptará as medidas que os especialistas deste órgão de consulta considerarem mais adequadas.  

Esta terça-feira, na conferência de imprensa conjunta em que foi feito o balanço da situação – havia 41 infectados, um das quais inspira “maior cuidado” -, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou que os bombeiros dos 18 distritos do país vão ser formados esta semana, um “trabalho descentralizado” que será coordenado pelas autoridades locais. Também esta semana, na sexta-feira, vão ser ouvidos os bastonários das sete ordens profissionais da área da saúde.

Num momento em que Portugal se encontra na fase de contenção alargada do surto, a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde estão já a preparar a resposta para a fase seguinte, a da mitigação, quando existir transmissão comunitária disseminada do novo coronavírus e já não for possível descobrir a origem das cadeias de transmissão, que esta terça-feira eram seis. Se neste momento o mote é “conter, conter, conter”, é “fundamental” que o país se prepare para a fase seguinte em simultâneo, apelou Marta Temido. “Estamos a trabalhar na fase actual e a preparar a futura”, enfatizou.

A governante deu o exemplo do Hospital de S. João (Porto), onde terça-feira estavam internados metade dos infectados. O hospital já tem tendas montadas em frente à porta principal e do serviço de urgência e, “no prazo de duas semanas”, terá contentores em que serão efectuadas colheitas de amostras biológicas de suspeitos de infecção para análise laboratorial. Mais tarde, as colheitas poderão passar a ser feitas em casa dos doentes, acrescentou.

Sem conseguir prever quando Portugal chegará à fase de mitigação – “depende da evolução da epidemia” - , Graça Freitas explicou que o país poderá não estar todo ao mesmo tempo na mesma situação e que a resposta pode, assim, ser diferente de região para região. Revelou igualmente que está a ser feito um “trabalho muito fino” de apuramento da capacidade instalada e de “expansão” das camas de cuidados intensivos nos hospitais. Há dias tinha adiantado que havia 300 camas de cuidados intensivos em todo o país disponíveis para receber doentes em estado grave.

Alexandra Campos  | Público | 10 de Março de 2020, 20:18 | Imagem: Manuel Almeida / Lusa

Leia em Público:

Fretilin diz que nova coligação em Timor-Leste é ilegal e deve ser rejeitada


Díli, 10 mar 2020 (Lusa) -- Mari Alkatiri, responsável do maior partido no parlamento timorense, a Fretilin, considerou hoje que a nova coligação de maioria liderada por Xanana Gusmão é ilegal e um "nado morto".

"A forma como Xanana Gusmão equacionou esta nova coligação é ilegal. Querer ressuscitar a Aliança de Maioria Parlamentar que ele próprio tinha matado é absolutamente ilegal", disse Mari Alkatiri, em declarações à Lusa.

"Todo o ato que parte de uma base ileal, é ilegal. Eu, se fosse o Presidente da República, recusava esta nova coligação", afirmou.

Alkatiri referia-se à nova coligação liderada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão, e que reúne cinco outros partidos com assento parlamentar, representando 34 dos 65 deputados do parlamento, onde a Fretilin controla 23 lugares.

Timor-Leste confirma novo caso suspeito de cidadão estrangeiro


A notícia surge depois de ser confirmado que deram negativas análises a um outro cidadão estrangeiro, de nacionalidade italiana, que esteve isolado desde a passada semana.

Díli, 10 mar 2020 (Lusa) -- O Ministério da Saúde timorense informou hoje que há um novo caso suspeito de Covid-19 em Díli, um cidadão estrangeiro com "sintomas respiratórios" e que está atualmente isolado em casa à espera do resultado de testes.

"Um cidadão estrangeiro com problemas respiratórios e uma história recente de viagens para países de alto risco está a ser investigado como um possível caso de coronavírus", refere uma nota do Ministério da Saúde divulgada na sua página oficial do Facebook.

"Está estável e sob observação. Amostras foram recolhidas e vão ser enviadas para a Austrália para serem testadas", refere a nota.

Dívidas ocultas: A resposta dos ex-trabalhadores do Credit Suisse à PGR


Ex-trabalhadores do Credit Suisse contestam ação judicial de Moçambique em Londres. Mas há quem não se dê a esse trabalho, preferindo insistir na mediação arbitral, algo pouco benéfico para o Estado.

Surjan Singh, Andrew Pearse e Detelina Subeva contestaram recentemente a ação judicial que o Estado moçambicano intentou contra eles em Londres no contexto das dívidas ocultas. Rejeitam qualquer ação incorreta e consideram que Moçambique não tem direito a compensação, além de negarem a responsabilidade pela degradação da situação económica do país, como entende a Procuradoria-Geral da República moçambicana na sua ação.

Apesar disso, assumiram anteriormente que receberam subornos no contexto das dívidas ocultas quando trabalhavam no Credit Suisse. O banco também contestou em fevereiro a ação, argumentando que o empréstimo é válido e que tem direito a uma compensação por falta de pagamento, e teria focado possíveis imprecisões e erros formais da ação moçambicana.

Moçambique | Cólera alastra-se e faz mais um óbito na Província de Nampula


surto de cólera não está ainda contido na Província de Nampula tendo se alastrado de quatro para outros cinco distritos, o número de doentes ultrapassou as seis centenas e os óbitos são dois.

A Direcção Provincial de Saúde em Nampula actualizou na passada sexta-feira (07) o número cumulativo de doentes com cólera de 128, em final de Fevereiro, para 698 pacientes, no passado dia 6.

Inicialmente registada nos distritos de Mogovolas, Memba, Nacala-à-Velha e na Cidade de Nampula a chamada “doença das mãos sujas” alastrou-se também para Nacarôa, Meconta, Monapo, Ribaué, Lade e o distrito de Nampula.

De acordo com as autoridades da Saúde na Província de Nampula até quinta-feira (06) estavam nos centros criados para o tratamento 44 pacientes e foi registado mais um óbito, que se junta a vítima mortal inicialmente registada no distrito de Mogovolas no início de Fevereiro.

Angola | “HÁ CORRUPTOS TAMBÉM NA UNITA”, DIZ JOB CAPAPINHA


O primeiro secretário do MPLA no Cuanza-Sul, Job Capapinha, afirma que “não há corruptos do MPLA, mas sim no MPLA, na UNITA e provavelmente em outros partidos políticos”. Por outras palavras, a criatura acha que todos os angolanos são corruptos. Então como explicar que os corruptos conhecidos sejam todos, todos, do MPLA?

Falando num acto de massas, no Sumbe, que serviu para o lançamento, na província, da bajuladora e propagandística Agenda Política do MPLA para 2020, Job Capapinha reconheceu que “existem alguns angolanos corruptos, como os há em todo mundo, independentemente da condição política, partidária, ideológica ou religiosa”.

O dirigente exortou os restantes partidos políticos a seguirem o exemplo do MPLA no combate à corrupção, moralização no seio de cada partido da oposição e dos angolanos corruptos. Exemplo que, desde 1975, fez com que o MPLA seja o partido que ocupa o primeiro lugar no ranking mundial dos mais corruptos “per capita” dos seus dirigentes e filiados.

Job Pedro Castelo Capapinha nasceu no dia 9 de Maio de 1962 na Província de Luanda e é, segundo o site do Governo, Licenciado em Filosofia e Mestrado em Ciências Políticas e Administração Pública (2002/2008). Para se aquilatar da honorabilidade (supostamente) à prova de bala deste governador do MPLA (são todos deste partido), vejamos o seu curriculum:

Chefe de Secção do Comité Provincial da JMPLA, Chefe de Secção do Comité Nacional da JMPLA, Chefe de Departamento Produtivo e Social do Comité Nacional da JMPLA, Director do Departamento de Cultura Recreação e Desportos do Comité Nacional da JMPLA. Director do Gabinete de Intercâmbio Internacional da ex-Secretaria de Estado da Cultura.

João Lourenço garante resultados do repatriamento de capitais "em breve"


Os bispos católicos angolanos anunciaram hoje que o Presidente João Lourenço assegurou que "em breve" serão conhecidos os resultados do processo de repatriamento de capitais ilícitos, considerando que Angola está num contexto de "penúria e muita delicadeza".

"O contexto sociopolítico do país é, de facto, de muita delicadeza. Quando há pobreza, há crise, todo mundo pede, todo mundo chora, mas as repostas tornam-se muito difíceis, porque não estamos na abundância do passado, mas estamos numa penúria que já nos leva há mais de sete anos", afirmou hoje o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Belmiro Chissengueti.

Em declarações, no palácio presidencial, em Luanda, após os prelados católicos serem recebidos, em audiência, por João Lourenço, o bispo Belmiro Chissengueti deu conta que o repatriamento de capitais ilícitos foi um dos pontos abordados.

Sobre o assunto, o também bispo de Cabinda fez saber que João Lourenço garantiu aos bispos da CEAST, presentes no encontro, que "brevemente ou a seu tempo" as autoridades competentes empenhadas nesse processo, nomeadamente a Procuradoria-Geral da República e o Ministério das Finanças, "darão a informação pontual a respeito disso".

Abolição da pena de morte na Guiné Equatorial "está concluída"


O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse hoje que o Presidente da Guiné Equatorial lhe assegurou que o projeto de revisão do Código Penal, com abolição da pena de morte, está pronto para ir ao parlamento.

"Falámos sobre direitos humanos, nomeadamente sobre a questão da abolição da pena de morte e ele disse-me que aquilo que tinha a fazer já fez, que foi assinar a moratória sobre a pena de morte, em vigor já há anos no país, não havendo [por isso] execuções há vários anos", afirmou Francisco Ribeiro Telles numa entrevista à Lusa de balanço sobre a visita de quatro dias, concluída no sábado, e durante a qual teve uma reunião de 40 minutos com o chefe de Estado equato-guineense, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, precisamente no último dia.

Além disso, o Presidente da Guiné Equatorial informou que o que "existe agora é um projeto do Governo que vai ser submetido ao parlamento e que é uma reforma profunda do Código Penal", e que "inclui a abolição da pena de morte" no país, adiantou ainda o secretário-executivo da CPLP.

"Se isso vai a tempo de poder ser apresentado, onde ele poderá anunciar, na cimeira de Luanda [da CPLP, marcada para setembro] eu não sei", comentou Ribeiro Telles, aludindo à possibilidade de Teodoro Obiang anunciar esta medida na conferência de chefes de Estado e de Governo do bloco lusófono deste ano.

A abolição da pena de morte era uma das medidas previstas no roteiro de adesão do país como membro efetivo da CPLP, em 2014, mas ainda não aconteceu.

Governo demitido denuncia à ONU alegado aumento de tráfico na Guiné-Bissau


O Governo guineense demitido e liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, denunciou hoje, em carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, um alegado aumento de tráfico de droga no país.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, Aristides Gomes manifesta a António Guterres a sua preocupação pelo facto de, alegadamente, desde o dia em que o seu Governo foi demitido por Umaro Sissoco Embaló, se regista "a retoma de descarga de grande quantidade de droga no sul do país".

Aristides Gomes diz ter informações em como estariam na Guiné-Bissau "indivíduos de várias nacionalidades, todos ligados ao narcotráfico e terrorismo, alguns com mandados de captura internacional".

O primeiro-ministro do Governo demitido aponta ainda para o facto de aquelas pessoas estarem sob proteção dos militares que também, disse, estariam a dar cobertura às alegadas descargas de droga no sul do território guineense.

Guiné-Bissau | "É verdadeiramente um golpe de Estado"


Constitucionalista Jorge Miranda, que ajudou a escrever a lei máxima da Guiné-Bissau, diz que Sissoco Embaló devia ter esperado pela decisão do STJ. Tomando posse como fez, "é um verdadeiro golpe de Estado", diz.

Há uma semana, o coletivo de advogados de Umaro Sissoco Embaló disse à DW África que não houve golpe de Estado na Guiné-Bissau, que a Constituição está a ser respeitada e que há um candidato derrotado. Segundo os advogados de Sissoco, Domingos Simões Pereira estaria em conluio com o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e, por isso, não aceitou os resultados.

Em nome do coletivo de advogados, Nelson Moreira disse que Sissoco Embaló não pode ser chamado de "autoproclamado Presidente" porque foi declarado vencedor pela instância competente - a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Em entrevista à DW, no entanto, o constitucionalista português Jorge Miranda - que ajudou a escrever a Lei Magna da Guiné-Bissau - critica a tomada de posse de Sissoco Embaló. Segundo o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Sissoco Embaló "não é um Presidente verdadeiramente constitucional" porque, antes de tomar posse, devia ter esperado pela decisão do STJ sobre os recursos apresentados por Domingos Simões Pereira - do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). 

Jorge Miranda lamenta a crise pós-eleitoral: "É uma coisa extremamente triste" e "muito grave", afirma.

FRENTE POLISARIO LEVA O FUNDO NZ SUPER A TRIBUNAL


stuff.co.nz.- A Frente Polisario, movimento de libertação do Sahara Ocidental, deu entrada no Supremo Tribunal da Nova Zelândia para impedir o Fundo de Superannuation da Nova Zelândia de investir no disputado território norte-africano ocupado por Marrocos.

A Frente Polisario alertou que os investimentos prejudicam a reputação da Nova Zelândia como membro responsável da comunidade mundial, mas o Fundo respondeu que não aceita as alegações e defenderá o caso.

Há anos, que a Polisario tenta impedir a extração do fosfato do Sahara Ocidental por Marrocos, que pertence ao povo saharaui.

As empresas neozelandesas Ravensdown e Balance Agri-Nutrients importam cerca de US $ 30 milhões em produtos por ano para serem utilizados na agricultura.

A Frente Polisario está a exercer pressão sobre os administradores do Super Fundo, que supervisiona investimentos globais no valor de US $ 44,5 bilhões, para parar de investir na região.

Preço do petróleo tem maior queda desde a Guerra do Golfo


Difusão do novo coronavírus, queda da demanda e disputa entre Opep e Rússia por mais cortes na produção petrolífera provocam desvalorização de 30% no valor da mercadoria e derrubam bolsas pelo mundo.

A difusão do novo coronavírus, a queda da demanda e a disputa entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia em torno de cortes na produção petrolífera fizeram despencar o preço do barril de petróleo do tipo Brent. A mercadoria se desvalorizou mais de 30% na manhã desta segunda-feira (09/03), a maior queda diária de preço desde a Guerra do Golfo, em 1991. Em consequência, os preços das ações nas bolsas de valores da Europa, Ásia e dos Estados do Golfo despencaram.

A Opep não conseguiu chegar a um acordo com a Rússia nesta sexta-feira, em Viena, sobre uma restrição dos volumes de produção. A Rússia rejeitou o corte de produção que a Opep propôs para tentar estabilizar o preço da mercadoria, após semanas de desvalorização, em consequência do surto do novo coronavírus, que desacelera os mercados mundiais e afeta a demanda por combustível.

Então no domingo, o maior país produtor, a Arábia Saudita, membro da Opep, anunciou que aumentaria sua produção e reduziria acentuadamente o preço do petróleo, medida qualificada por analistas como espécie de retaliação à Rússia.

Putin salva Erdogan de si próprio


Pepe Escobar [*]

No início de sua maratona de discussões em Moscovo, na quinta-feira, o presidente russo Vladimir Putin destinou ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan a mais extraordinária jogada diplomática do jovem século XXI.

Putin disse: "No início de nossa reunião, gostaria de expressar mais uma vez minhas sinceras condolências pela morte dos seus militares na Síria. Infelizmente, como já lhe disse durante o nosso telefonema, ninguém, incluindo as tropas sírias, sabia o paradeiro deles.

Eis como um verdadeiro líder mundial diz a um líder regional, a fim de salvar a sua face, que se abstenha de posicionar suas forças como apoiantes de jihadistas – incógnitos, em meio de um teatro de guerra explosivo.

A discussão cara-a-cara Putin-Erdogan, apenas intérpretes foram permitidos na sala, perdurou três horas, antes de uma outra hora com as respectivas delegações. No final, tudo se resumiu a Putin vender uma maneira elegante de Erdogan salvar a face – na forma de mais um cessar-fogo em Idlib, o qual começou à meia-noite da quinta-feira, assinado em turco, russo e inglês – "todos os textos tendo igual força legal".

Além disso, em 15 de Março, começará o patrulhamento conjunto turco-russo ao longo da auto-estrada M4 – o que implica que não será permitido que as intermináveis estirpes mutantes da Al-Qaeda na Síria a retomem.

Se tudo isso parece déjà vu, é porque é. Algumas fotos oficiais da reunião em Moscovo mostram o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, e o ministro da Defesa, Sergey Shoigu – os outros dois pesos pesados na sala, além dos dois presidentes. Na esteira de Putin, Lavrov e Shoigu devem ter dado uma reprimenda a Erdogan em termos inequívocos. Basta: agora comporte-se, por favor – ou então enfrente consequências drásticas.

Portugal/Mundo | O perigoso vírus que no parlamento se manifesta


Vitor Matos, no Expresso Curto, salienta a boa notícia, que o PR não padece de coronavírus. Teste negativo, assim afiança. O mesmo não podem dizer cerca de 40 portugueses, assim como oficialmente mais de 300 aguardam o positivo ou negativo dos testes que fizeram. A incógnita é como uma espada de dâmocles a pairar sobre as suas cabeças.

E o autor vai por aí no seu texto corrido. Abordagens não faltam, do país e do estrangeiro. Leia a seguir. Por aqui não vamos adiantar mais nada. Por agora chega... Agora por chega: Portugal tem, pelo menos, um deputado fascista, racista, xenófobo e aldrabão, alapado num lugar do parlamento. Quem o elegeu tem toda a responsabilidade naquela presença na casa da democracia. Cuidado, portugueses, tal presença é como um perigoso vírus que em contágio ativo - se ocorrer - matará as liberdades e o aperfeiçoamento da democracia que pós 25 de Abril de 1974 temos procurado tornar realidade. Que em algumas vertentes temos conseguido. Urge defender o que de positivo foi obtido.

Desça para o Curto de hoje. Por hoje chega.

MM | PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

O segundo teste negativo da vida de Marcelo

Vítor Matos | Expresso

Bom dia!

Marcelo Rebelo de Sousa passou dias a fazer de conta que a epidemia não merecia alarme excessivo. Se o primeiro-ministro dizia que era preciso distanciamento social, o Presidente continuava com a proximidade do costume: beijos, abraços e fazia piadas sobre o incumprimento das recomendações das autoridades sanitárias. Até que apareceram as suspeitas de coronavírus numa visita ao Palácio de Belém, e Marcelo teve de recolher à casa de Cascais e de ser testado. Não estava contaminado, mas o teste negativo é político (consta que no liceu só teve uma negativa na vida, a Matemática, e há quem diga que nesse dia chorou). O Presidente da República foi imprudente e tardou em ter o comportamento público que se lhe exigia.

"A classe política anda a ver se acerta na gestão do Covid-19 e Marcelo é o campeão dos avanços e recuos", escreveu a Ângela Silva neste texto. Mas Marcelo sabe como ninguém manter-se no centro das atenções e apesar de isolado manteve-se em contacto com o país, fosse a falar a partir do terraço fosse a falar às televisões e a fazer declarações como esta: "Vou estar sozinho, não entra nem sai ninguém. Só entraram três pessoas para fazer o teste. Além do trabalho normal, uma pessoa tem que tratar da casa. Lavo a loiça, ponho a roupa a lavar e faço as refeições". Se não é campanha, serve.

Mas não é certo que o Presidente não repita o teste, caso lhe apareçam sintomas. E por estar assintomático mas vigilante vai continuar em quarentena, no que considera ser também "um exemplo reforçado de prevenção", disse à SIC.

Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta manhã com sete ministros para fazer um ponto de situação da resposta de Portugal ao surto do novo coronavírus, que já infetou 39 pessoas em território nacional. O Governo português já suspendeu eventos com mais de 5.000 pessoas e voos para Itália.

O Executivo sugere também que não se realizem casamentos e celebração de missas com mais de 150 pessoas nos municípios de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto - as duas zonas mais afetadas pelo surto do novo coronavírus em Portugal

Portugal está a esforçar-se por conter a epidemia de modo a não acontecer o mesmo que em Itália, onde todo o país está de quarentena. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro italiano, que justificou a decisão com o facto de o contágio estar a aumentar rapidamente. É bom que o Governo tome medidas, porque nem tudo funciona: um hospital “de referência” para o Covid-19, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa não recebeu formação.

Neste momento, já há mais de 4.000 mortos em todo o mundo (e quase 65.000 pessoas curadas). Pode seguir aqui, ao longo do dia, o direto do Expresso sobre a crise do Covid-19.

Portugal | E se Beja fosse o plano B?


Paula Ferreira | Jornal de Notícias | opinião

A descolagem parece mais difícil a cada dia que passa. A construção do aeroporto no Montijo, como complemento ao da Portela, está num impasse.

Depois do "veto" dos autarcas da Moita, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Palmela, sabe-se agora que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) também desaconselha essa opção. Ou seja: as condições de segurança não estão garantidas.

À luz do novo dado, continuará o Governo a dizer que não existe plano B? Perante tantas condições adversas, manda o bom senso encontrar uma alternativa.

No parecer enviado à Agência Portuguesa de Ambiente em setembro, e agora divulgado, A ANPC destaca o risco de acidentes com aves, mas também a suscetibilidade da zona a sismos e tsunamis. Mais uma entidade a juntar-se ao coro dos que consideram errada a localização do futuro aeroporto. Terá António Costa condições para insistir numa solução que parece apenas interessar à ANA? Em janeiro de 2019, a empresa de gestão aeroportuária assinou um acordo com o Governo no sentido de expandir o aeroporto para a Margem Sul, adaptando a base aérea do Montijo.

Reconhecer um erro é uma grande virtude. Está na altura de o Governo de António Costa traçar novo destino, ao invés de equacionar a mudança da legislação para contornar o chumbo dos autarcas ao projeto, cujo parecer é vinculativo.

Construir no Montijo, numa zona de proteção de aves, significaria também impactos diretos na qualidade de vida de milhares de pessoas, sobretudo devido ao ruído. Vai o Montijo mitigar o problema de ter um aeroporto junto a uma grande cidade? Basta olhar o mapa para se perceber que não. Seria a oportunidade de o Governo mostrar genuíno interesse pelo interior. A Base Aérea de Beja, com capacidade para aviões de grandes dimensões, está à disposição e potenciaria a criação de acessibilidades rodoviárias e ferroviárias para o interior alentejano. Uma solução, sem dúvida, com múltiplos benefícios.

*Editora-executiva-adjunta

O coronavírus já cansa


Acima, cabeçalho da página online da TSF, seguida dos apontamentos da atualidade quase ao minuto acerca do coronavírus em Portugal e do mundo. Já podemos dizer que o tema está a levar-nos à exaustão. Notamos isso mesmo, o cansaço, nos semblantes de todos nós. A preocupação é demasiada para conseguir esconder-se nos sorrisos amarelos que transportamos como uma máscara de carnaval que esquecemos de tirar na efeméride recentemente passada. Devido a esse mesmo cansaço sobre o tema, a doença global, a pandemia que invade largos milhares e que vai deixando escapar muitos mais (até agora) deixamos aqui no PG o acesso aos “relatos” na TSF.

Ali, aqui, em todos os locais de informação, o coronavírus está presente. Siga e entenda no original que postamos à sua disposição O último de dia 9 e o primeiro de dia 10. Quantos dias faltam para o resto da vida tão ativa deste vírus que nos acossa? Vá-se lá saber. (PG)

Leia mais AQUI, na TSF ou noutro portal de informação.

10 mar 00:00
DGS admite horários de trabalho flexíveis e desencontrados
O plano nacional de contingência para responder ao novo coronavírus prevê várias medidas para as escolas e para os locais de trabalho se Portugal passar da atual fase identificada com a cor laranja, de contenção, para a vermelha de mitigação.
Nesta última fase, a derradeira no combate à doença, "as cadeias de transmissão da Covid-19 já se encontrarão estabelecidas em Portugal, tratando-se de uma situação de epidemia/pandemia ativa".

09 mar 23:59
DGS admite uso de máscara em pessoas mais sensíveis e sem sintomas
O plano nacional de contingência para responder ao novo coronavírus prevê várias medidas para as escolas e para os locais de trabalho se Portugal passar da atual fase identificada com a cor laranja, de contenção, para a vermelha de mitigação.
Nesta última fase, a derradeira no combate à doença, "as cadeias de transmissão da Covid-19 já se encontrarão estabelecidas em Portugal, tratando-se de uma situação de epidemia/pandemia ativa".

Qual é a segunda tragédia do coronavírus?


Pedro Tadeu | TSF | opinião

A epidemia do coronavírus é uma espécie de revelador da fotografia de doenças da sociedade do nosso tempo, dos males que afetam a forma como os homens e as mulheres do século XXI se relacionam e reagem coletivamente aos eventos do planeta.

A primeira doença social que podemos detetar através do coronavírus é o estado de medo permanente em que vivemos.

Com a capacidade que nas sociedades desenvolvidas temos de aceder a informação instantânea, seja na rádio, na TV ou na Internet, e com a repetição exaustiva e simultânea que todos os órgãos de comunicação social fazem dos mesmos assuntos que, por sua vez, são comentados e distribuídos em massa pelas pessoas que usam as redes sociais, somos permanentemente conduzidos a temer um cataclismo mundial.

Se a Coreia do Norte testa um míssil, ficamos com medo que venha aí a guerra nuclear; se às praias do sul da Europa chegam uns milhares de refugiados muçulmanos, ficamos com medo do fim da civilização cristã; se Donald Trump ameaça fazer guerra económica à China, ficamos com medo do colapso da economia mundial; se o número de incêndios e a sua dimensão cresce por causa das alterações climáticas, tememos que o fim do mundo esteja já aí à porta.

O medo do coronavírus é, no seu mecanismo de expansão do pânico global, um fenómeno semelhante a muitos outros que hoje em dia fazem parte do nosso dia-a-dia e cujos efeitos me parecem ser muito perigosos.

Num extremo este medo pode provocar reações coletivas irracionais, histéricas e, até, violentas comas as notícias de hoje sobre a revolta nas prisões em Itália exemplificam.

No outro extremo, o constante medo global pode inocular uma espécie de anestesia nas populações que as leve a ficar indiferentes a tanto alarmismo. Esta indiferença, esta eventual dormência perigosa faz lembrar a fábula do Pedro e o lobo, a história do miúdo travesso que tantas vezes alertou, falsamente, a população de uma aldeia que o lobo a ia atacar que, quando os seus gritos de aviso foram verdadeiros, ninguém acreditou.

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