… De repente, nossos “caimaneros”,
tantas e tantas vezes atirados às urtigas, saem da viciada comodidade de suas
conchas, empertigam-se e começam a afirmar-se entre os “incomodados” do
presente!...
01- Dia 20 de Junho de 2019, no
acolhedor anfiteatro do Centro de Imprensa Aníbal de Melo situado na baixa de
Luanda, alguns dos angolanos que se reveem nas correntes lapidares de
pensamento e acção de Agostinho Neto e de Fidel, encheram o espaço, animando-o
com suas legitimamente “incomodadas” preocupações.
Realizou-se a primeira
Conferência sobre “o impacto da formação de quadros no processo de
desenvolvimento de Angola”!
Temas como economia, saúde e
agricultura estiveram sobre a mesa, apresentadas por ilustres “caimaneros”,
prelectores que reflectiram a electrização de nossos dias, não fugindo à
controvérsia de que a actual conjuntura é pródiga.
A “batalha das ideias” em
Angola está finalmente a deixar de ser “letra morta”, ou mera “figura
de estilo” ao sabor dos interesses e conveniências das “novas elites” (?)
servis da corrente capitalista neoliberal!
Registo desde logo com satisfação
a disponibilidade dos “caimaneros”, capazes como ninguém de unir a
transatlântica amizade Angola-Cuba, com uma espectativa:
Como, aqueles cuja educação se
forjou na ardência das projecções socialistas, estão hoje capacitados, com
salutar disponibilidade pedagógica, a intervir justamente nas múltiplas “transversalidades” socioculturais,
sociopolíticas, ideológicas e práticas, que a actual conjuntura propicia em
Angola?
02- Foi dado (finalmente)
um “pontapé de saída” através dum ciclo de conferências que, com o
manancial “caimanero” alimentará mensalmente a animação do Centro de
Imprensa Aníbal de Melo ou de outros lugares afins…
As palavras do Encarregado dos
Negócios de Cuba em Angola foram enfáticas nesse sentido!
A espectativa será a de avaliar
por um lado o potencial energético mental e humano dos milhares de “caimaneros” disseminados
por tantos sectores de actividade em todo o espaço nacional, por outro a de
avaliar entre as manifestações dos “incomodados”, até onde chega o“incómodo” e
a legitimidade de suas dignas aspirações, quando se impõe a “batalha das
ideias”!