Martinho Júnior, Luanda
Quarenta e cinco anos depois do
11 de Novembro de 1975, constata-se que o MPLA está longe de “honrar o
passado e a nossa história”, antes pelo contrário: dá cada vez mais indícios de
ter-se entregue à lavagem da história segundo os padrões típicos das injecções
a que se sujeitou e dos que, como Francis Fukuyama, alegam “o fim da
história”!...
De entidade que, “sob o
olhar silencioso de Lénin”, proclamou a orientação vermelha do
marxista-leninismo, para uma entidade que passou a um socialismo cada vez mais
rosado, de “economia de mercado”, a uma entidade que depois se proclamava,
em rosa pálido, de “socialismo democrático”, a outra entidade que se
identificava com a social-democracia bem alaranjada, a outra entidade ainda
que, de corruptela em corruptela se entregou de facto a um cada vez mais
selvagem neoliberalismo de sangue azul (típico de inconcebíveis elites
fabricadas e formatadas à pressão), os vírus foram-se instalando dentro da
concha do MPLA desalojado que foi o legítimo proprietário original e
agora “os conteúdos” estão descaracterizados numa autêntica “sarrabulhada” ,
subsistindo uma entidade que indicia estar incapaz de se identificar e de
identificar-se com sua própria história!
Uma QUARENTENA PARA O MPLA,
perante um diagnóstico desta natureza é mais que justificável, pelo que o MPLA
só deveria sair dela quando reconhecesse os vírus que progressivamente foram
instalados, por que foram instalados, como foram instalados e passaram a
fazer-se sentir com os conteúdos da devassa, da anarquia, do oportunismo e duma
cada vez mais gritante falta de ética, de moral e de rigor que aliás se vai
espelhando no diagnóstico público dos inexoráveis vereditos de cada acto
eleitoral que vai sucessivamente acontecendo!...
… Os vírus que foram assim
progressivamente injectados, do passado parece terem apenas, como herança, a
velha concha do que foi um dos mais decisivos movimentos de libertação em
África!...
01- O IIº Colóquio de História do
MPLA, que se realizou entre os dias 4 a 6 de Dezembro de 2019, sob o lema “MPLA,
uma trajectória de lutas e de vitórias” foi um sintoma do que acima
escrevi numa apertada síntese crítica! (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/trajectoria-do-mpla-discutida-em-coloquio).
Os responsáveis pela Comissão de
História do MPLA evidenciam não reconhecer os protagonistas vivenciais dessa
história, “esquecendo” que muitos deles ainda estão vivos e
disponíveis para serem ouvidos nos muitos milhares, senão milhões de
depoimentos que há por recolher, arrumar e colocar ao dispor do porvir!... (https://opais.co.ao/index.php/2019/12/04/coloquio-sobre-o-mpla-junta-hoje-especialistas-nacionais-e-estrangeiros/).
Os responsáveis pela Comissão de
História do MPLA, a título de exemplo “esqueceram-se” da imensidão de
trabalho que há a fazer em relação ao após 25 de Abril de 1974, sobretudo em
relação aos acontecimentos que ocorreram em torno da independência e depois o
que foi correndo com a tentativa de golpe de estado do 27 de Maio de 1977, até
ao final da vida do Presidente António Agostinho Neto… quando todos esses
acontecimentos tiveram a experiência vivencial de membros do MPLA partícipes
nos instrumentos do poder de estado e num leque de organismos, alguns deles
sobrevivendo aos riscos que foram sendo sacrificada e dolorosamente
experimentados, de que não se puderam furtar!... (https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/MPLA-acelera-processo-transmissao-historia,8fb07409-e4bd-45ad-8da8-c388022a4f4e.html).
Os membros do MPLA que garantiram
a independência nas condições tão adversas, lembre-se, são membros juramentados
que assumiram defender a pátria nas mais diversas frentes no âmbito dos
instrumentos do poder de estado nascente ainda que à custa de suas vidas!
A Comissão de História do MPLA
jamais deu sinais de procurar recolher os tão necessários depoimentos desses
que vivenciaram momentos tão críticos quão decisivos da própria história do
MPLA e de forma tão alargada quanto é possível, para além do que espelham por
escrito nas suas biografias e autobiografias que tantos, nos organismos que
para isso deveriam estar vocacionados, parece serem avessos a ler, a reler e
sobretudo a historicamente considerar e reinterpretar! (https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Coloquio-aborda-percurso-MPLA,9e948048-1918-4d58-8639-a53b483c14dd.html).
Decorrendo do seguimento da crise
da tentativa do golpe de estado houve um vasto programa interno no MPLA, o
Movimento de Rectificação e também o que foi sendo apurado a partir dele, que
teve influência directa no carácter experimental do Partido do Trabalho,
deixou-se ao que tudo indica, de ter historicamente em conta! (http://www.redeangola.info/opiniao/lucio-lara-historia-ausencias/).
O conjunto desses “esquecimentos” indicia
ser deliberado, tem feito parte das “prioridades da economia” (?)
sobre tudo o demais e esse facto que para alguns se quer consumado, abre
caminho a ingerências de vária ordem que os porteiros das portas escancaradas
pretendem fazer prevalecer fazendo prevalecer as estórias de conveniência
neoliberal, as estórias do império da hegemonia unipolar e seus vassalos, sobre
a rica história vivencial que se está propositadamente a perder! (http://www.botschaftangola.de/pt-pt/angola/sobre-o-pais/economia).
Afinal temos um MPLA que, ao
indiciar ter colocado de parte a necessidade de lógica cm sentido de vida, ao
invés dum partido de massas, indicia estar propenso em tornar-se num partido de
ma$$a$!... (http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/mobile/noticias/politica/2018/8/36/MPLA-faz-historia-congresso-partido,d9944e6a-6d55-4a2f-996b-f98da7455231.html?version=mobile).
02- Há convites que a Comissão de
História fez que parece corresponder muito mais às preocupações para a
formulação dessas estórias de conveniência do que ao trabalho exaustivo de
história que há a fazer, com todos os contraditórios que isso possa implicar,
particularmente quando se sabia e se sabe, que “o mais importante é
resolver os problemas do povo”! (http://www.angonoticias.com/Artigos/item/35640/o-mais-importante-continua-a-ser-resolver-os-problemas-do-povo-lider-do-mpla).
A Durão Barroso, um dos
convidados especiais da Comissão de História para o IIº Colóquio, coube
dissertar sobre “A Experiência da Diplomacia Portuguesa na Construção do
Processo de Paz para Angola”, como se essa experiência nada tivesse a ver com
mais uma estória entre outras que foram propositadamente escolhidas para as
dissertações de recente contingência… (https://www.plataformamedia.com/pt-pt/noticias/politica/durao-barroso-em-angola-para-participar-em-coloquio-do-mpla-11579534.html).
Preocupadíssimo com seu argumento
de marca, que afinal tanto tocava no ego dos presentes, Durão Barroso arrematou
com tal fôlego assimilador, que até a tão “diligente” ANGOP, face ao
aplauso da plateia, difundiu: “pode dizer-se que a queda do Muro de Berlim
começou aqui em Angola, em África”!... (http://tpa.sapo.ao/noticias/politica/durao-barroso-destaca-papel-de-angola-na-africa-austral).
O arrufo neoliberal, próprio dos
arrufos de membros do MRPP arrependidos e convertidos ao capitalismo de 5ª
geração, passou a ser a prova emocional do que faltava para o diagnóstico de
alguns dos vírus implantados não só naquela plateia, mas no próprio conteúdo
que se alojou dentro da concha do MPLA, desalojando historicamente o seu
proprietário original, ou a justa sequência do movimento de libertação em
África que jamais deveria ter abandonado a lógica com sentido de vida que lhe
era intrínseca e veio do berço!... (https://noticias.sapo.ao/economia/artigos/durao-barroso-diz-que-situacao-economica-de-angola-e-um-desafio-permanente).
Se quem cala consente, o MPLA
consentiu muito e por demais: deu azo à publicação do “arrufo à Trump”,
sem qualquer contraditório e como se aquele arrufo se tivesse tornado lei,
aprontado para um suposto prestígio internacional que só existe para os que
buscam elitismo em prejuízo dos mais legítimos interesses patrióticos inerentes
à vida do próprio povo angolano!... (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Durao-Barroso-destaca-papel-Angola-Africa-Austral,f7eacbe1-b2d0-443a-b92f-9e8389669456.html).
03- De estória em estória, o MPLA
foi-se distanciando de então para cá da versão original sobre o fenómeno do 27
de Maio de 1977, a versão que tinha como substância a muito completa Informação
do Bureau Político do seu Comité Central, de 12 de Julho de 1977, conforme às
Publicações Gama, do então Ministério da Defesa (livrete com 65 páginas). (https://www.esquerda.net/opiniao/resgatar-memoria-do-27-de-maio-de-1977-em-angola/48893).
Ao que se seguiu, as
interpretações de muitos membros do MPLA correspondia ao interesse de fazer
recair sobre um organismo que passou pela história de Angola como um meteoro, a
Direcção de Informação e Segurança de Angola (DISA), o ónus da responsabilidade
sobre massacres e massacres e massacres, de forma a sacudir do capote essas
podres águas, não fosse o diabo tecê-las (é próprio de quem, “como o
camaleão”, vai mudando de cor, uma imagem que o MPLA bem conhecia enquanto
perfez a trilha da sua guerrilha, com difusão até no Angola Combatente nos
acordes do musical Grupo Nzaji)! (https://angolarussia.ru/pt/publications/press-releases-articles-reports/492-cancoes-poemas-e-dancas-da-guerra-e-da-reconciliacao.html).
Tudo isso aconteceu quando,
década a década, se foram produzindo as mais diversas versões sobre os
acontecimentos, elas próprias também sem respeitar minimamente a pesquisa de
contraditórios, a exaustiva busca de fundamentos e a objectividade que
cientificamente se impõe! (http://www.novojornal.co.ao/politica/interior/27-de-maio-investigacao-sem-se-dessacralizar-agostinho-neto-vai-ser-dificil-aprofundar---analista-71013.html).
A derrapagem tem sido de tal
ordem que jamais foi feita uma aproximação, ainda que numa tímida leitura
histórica, no sentido de apurar como fizeram os que haviam defendido a
independência que na altura fazia apenas ano e meio, como em tão difíceis condições
se haviam portado nas suas obrigações, sabendo que a própria DISA era um dos
alvos principais dos fraccionistas do 27 de Maio de 1977, antes de atingir o
líder e sofrendo de divisões internas como outras muito frescas instituições do
estado da República Popular de Angola na altura sofriam! (https://www.angola24horas.com/index.php/opiniao/item/13399-dossier-27-de-maio-de-1977-o-que-vai-na-cabeca-destes-assassinos-num-dia-como-hoje).
De facto e circunstancialmente
havia outras mais instituições a inventariar afectadas pelo fenómeno
transversal da tentativa do golpe do 27 de Maio de 1977, por exemplo os órgãos
da Defesa, das FAPLA e da ODP, os órgãos de comunicação social, da Polícia
Nacional, das então Comissões Populares de Bairro, dos governos provinciais,
etc. (https://www.youtube.com/watch?v=9WvonTrJu1U).
Há a agravante de, com o decorrer
do tempo e o deliberado arrastar do estigma, se gerarem sucessivas penalizações
para alguns desses sobreviventes que ousaram defender a RPA: a penalização
directa, sem fazer a abordagem de cada na hora dos acontecimentos e a
penalização indirecta, por causa desse estigma criado a nível interno como
externo, de forma oportunista e, como é óbvio, dando corpo a uma situação de
continuada injustiça que de há muito já deveria ter sido extirpada e acabou por
influenciar no contínuo desgaste dos órgãos de Segurança e Inteligência do
Estado, em benefício do campo de manobra de outras inteligências de potências
interessadas em continuar a vir debicar um corpo inerte! (https://www.dw.com/pt-002/membros-da-pol%C3%ADcia-pol%C3%ADtica-de-angola-tamb%C3%A9m-foram-v%C3%ADtimas-do-27-de-maio/a-15958575).
A partir daí tornaram-se
possíveis sucessivas réplicas que afectaram largos milhares de combatentes como
os acontecimentos de Março de 1986 (“golpe de estado sem efusão de sangue”), ou
os acontecimentos decorrentes do Acordo de Bicesse assinado a 31 de Maio de
1991, que expandiu ainda mais as afectações… (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/mundo/121188-angola-uma-mao-lava-a-outra.html).
04- Nos dez anos que preenchi no
quadro da Direcção Executiva da Acção Social Para Apoio e Reinserção, ASPAR,
fui constatando o agravamento da situação social de milhares e milhares de
membros, apesar de se apregoar a luta contra a fome e a pobreza, apesar de ser
política corrente a reconstrução e a reconciliação nacional, o agravamento da
guerra psicológica que correspondeu aos sucessivos estigmas que se foram
avolumando e traumaticamente repercutindo! (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/06/angola-das-arvores-que-morrem-de-pe.html; http://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-todos-os-saiagos-do-meu-pais.html).
À medida que se foi entrando em
contacto com os associados por todo o país, as provas das repercussões desse
estigma avolumaram-se Delegação a Delegação, Província a Província, em todas as
Assembleias que se foram realizando com centenas de membros ávidos de justiça
social, de paz e de reconciliação, mas marginalizados ou mesmo hostilizados em
toda a linha, com as portas a fecharem-se inexoravelmente como se eles tivessem
peste! (https://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-provas-de-vida-nao-reconhecidas.html).
Em todos os casos prestou-se ao
MPLA contas através de relatórios e relatórios, que eram pacientemente
elaborados com recurso a escritos e à recolha gravada de imagens e de sons
(muitas vezes reproduzindo-se tudo em CDs)! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/10/angola-combater-pobreza-nas-proprias.htm).
Essa saga, não só não trouxe durante
a regência do Presidente José Eduardo dos Santos as respostas que deveriam ter
sido desencadeadas, salvo algumas pequenas e isoladas excepções, como também
comprovou a pouca ou nenhuma atenção do MPLA em relação a uma parte importante
dos que detinham o conhecimento da sua própria história vivencial! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/uma-comunidade-sacrificada-pela-orgia.html; http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/uma-comunidade-sacrificada-pela-orgia_2.html).
As imagens aqui publicadas são de
algumas das Assembleias Provinciais da ASPAR que se foram realizando… (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/angola-uma-comunidade-sacrificada-pela.html; https://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/angola-uma-comunidade-sacrificada-pela_5.html).
05- Antes da minha passagem pela
Direcção Executiva da ASPAR, no momento em que a “guerra dos diamantes de
sangue” atingia proporções nacionais, foi possível com mais dois outros
dois dignos camaradas, no local alternativo onde trabalhava, de apoiar o
Estado-Maior das FAA, numa altura em que as recém-criadas Forças Armadas de
Angola estavam ainda com tantos problemas de organização, mobilização,
reequipamento e rearmamento! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-i.html).
Desde meados de 1998 a Março de
2000, num contentor da WAPO colocado à disposição, procedeu-se ao suporte
devido, mas por fim, numa altura em que meios humanos afectos actuavam já
directamente sobre Savimbi (trabalho de que foi responsável exclusivamente o
camarada José Herculano Pires, “Revolução”, já falecido), sem quaisquer
explicações pôs-se fim a esse trabalho! (http://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-ii.html).
Sintomaticamente, com a
publicação de “Jogos Africanos” da autoria de Jaime Nogueira Pinto,
percebem-se algumas das razões que influenciaram nesse fecho, afinal sob
cobertura do elevado grau de ingerências possíveis com a acção do “Le
Cercle” e seus tentáculos pela via dos cristãos democratas de Portugal,
eles próprios antes por demais identificados com o fascismo-colonialismo português!
(https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-iii.html).
É evidente que nessa altura tudo
se passou à ilharga do MPLA, mas de qualquer modo as preferências marcaram o
seu rumo, por que a “economia de mercado” que esteve na forja desde o
Acordo de Bicesse aguardando o fim do choque para se abrir à terapia
neoliberal, no virar do milénio estavam “em ponto rebuçado” para
eclodir! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/12/em-angola-ha-20-anos-iv.html).
06- O crescimento intestino de
contraditórios que foram sendo paulatinamente estigmatizados dentro do MPLA,
contribuíram duma forma ou de outra para a chegada ao poder do camarada João
Manuel Gonçalves Lourenço, que não demorou a implementar medidas que abriam
caminho à correcção do que estava tão mal em relação à Comunidade de
Inteligência e Segurança do Estado! (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/72611-revitalizar-o-tecido-patriotico-angolano.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/angola-aspar-integracao-rigor-e.html).
De então para cá, sob a
orientação republicana e fundamentada do camarada general Fernando Garcia
Miala, foi possível considerar a Comunidade como um ente só por que tendo
havido porta de entrada não há de saída, foi possível lançar a Caixa de
Previdência Social do SINSE abrangendo os que haviam sido marginalizados ao
longo de décadas, foi possível o início da assistência médica aos associados da
ASPAR, foi possível que o SINSE começasse a debruçar-se sobre a história,
procurando preencher o vazio criado e recriado pelo MPLA, sob o olhar
silencioso de Agostinho Neto!... (http://paginaglobal.blogspot.com/2011/04/os-herois-anonimos-da-patria-angolana.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2018/10/angola-uma-comunidade-prova-de-guerra.html).
Iniciou-se além do mais a saga
que leva ao fim da surda (e não declarada) guerra psicológica a que foi sujeita
durante décadas a Comunidade, que possibilita aos seus membros preencherem, em
igualdade de circunstâncias, acessos no âmbito da reconstrução e reconciliação
nacional! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/angola-agora-nos-somos-nos-mesmo.html).
A uma Comunidade que em grande parte
se havia reunido no âmbito da ASPAR a fim de buscar soluções, a dignidade que
ela historicamente merece começou a ser posta paulatinamente em prática!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/11/angola-patriotismo-nao-tem-preco.html).
O MPLA todavia continua a não dar
sinais de corrigir o que está mal e alguns dos seus membros dirigentes
continuam a demonstrar que em relação à Comunidade de Inteligência e Segurança
de Estado os estigmas são ilegítima e injustamente para continuar! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/angola-estive-no-paraiso-martinho-junior.html).
Essas franjas, fica demonstrado,
evidenciam que como autênticos vírus fazem parte dos problemas e não das
soluções, puxando para o passado o exercício que se quer cada vez mais saudável
e virado para o futuro do camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço! (http://paginaglobal.blogspot.com/2018/04/angola-construir-paz-social.html).
Assim sendo e ao abrigo da
vocação republicana e “honrando o passado e a nossa história”, proponho em
nome dos que foram enterrados em vida: QUARENTENA PARA O MPLA!
07- A necessidade duma mudança de
paradigma foi acelerada na actual conjuntura do Covid-19 e seus impactos em
África e Angola, quando é de prever que os fenóens de degradação das condições
de vida no século XXI se sucedam uns aos outros! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/02/angola-recesion-crisis-e-imperio/).
Sob uma pressão que jamais se
experimentou, o executivo do governo do camarada Presidente João Manuel
Gonçalves Lourenço foi forçado a escolher rapidamente a preservação da vida
humana para todo o povo angolano, ainda sem sair do atoleiro de muitos dos
parâmetros impostos pela degradação bárbara do capitalismo neoliberal onde se
caiu! (https://paginaglobal.blogspot.com/2017/10/ha-que-por-fim-uma-saude-mercenaria-em.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/uma-saude-mercenaria-em-nome-do-mercado.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/18-anos-de-excremento-do-diabo.html).
Na previsão duma evolução para o
abismo da humanidade, ao longo de vários anos tenho reflectido sobre três temas
que se interligam: lógica com sentido de vida, geoestratégia para um
desenvolvimento sustentável e cultura de inteligência patriótica! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/martinho-junior-luanda-as-profundas.html).
Preocupa-me a vida das gerações
de angolanos e africanos que se seguem, pelo que essas reflexões tornam-se cada
vez mais pertinentes, inadiáveis e críticas. (https://paginaglobal.blogspot.com/2012/06/visao-2050-para-o-mundo-e-sadc-i.html; http://paginaglobal.blogspot.com/2012/06/visao-2050-para-o-mundo-e-sadc-ii.html).
Há bastos motivos para o MPLA
revitalizar-se, quando a necessidade de mudança de paradigma se impõe cada vez
mais!
Uma QUARENTENA PARA O MPLA impõe
a adopção dum outro modelo filosófico, doutrinário, ideológico, organizativo e
prático, reforçando o executivo que dá sinais de se tornar cada vez mais
republicano, representativo, mas também aberto à participação e ao
protagonismo!...
Martinho Júnior -- Luanda, 9 de Abril de 2020
Imagens:
01- Assembleia provincial de
membros da ASPAR no Uíge, realizada a 25 de Agosto de 2010;
02- Assembleia provincial de
membros da ASPAR em Malange, realizada a 26 de Agosto de 2010;
03- Assembleia provincial de
membros da ASPAR em Benguela, realizada a 15 de Dezembro de 2010;
04- Assembleia de Renovação de
Mandatos, realizada no Zango IV, no dia 30 de Março de 2019;
05- Assembleia de Renovação de
Mandatos, realizada no Zango IV, no dia 30 de Março de 2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário