sábado, 11 de abril de 2020

QUARENTENA PARA O MPLA!


Martinho Júnior, Luanda 

Quarenta e cinco anos depois do 11 de Novembro de 1975, constata-se que o MPLA está longe de “honrar o passado e a nossa história”, antes pelo contrário: dá cada vez mais indícios de ter-se entregue à lavagem da história segundo os padrões típicos das injecções a que se sujeitou e dos que, como Francis Fukuyama, alegam “o fim da história”!...

De entidade que, “sob o olhar silencioso de Lénin”, proclamou a orientação vermelha do marxista-leninismo, para uma entidade que passou a um socialismo cada vez mais rosado, de “economia de mercado”, a uma entidade que depois se proclamava, em rosa pálido, de “socialismo democrático”, a outra entidade que se identificava com a social-democracia bem alaranjada, a outra entidade ainda que, de corruptela em corruptela se entregou de facto a um cada vez mais selvagem neoliberalismo de sangue azul (típico de inconcebíveis elites fabricadas e formatadas à pressão), os vírus foram-se instalando dentro da concha do MPLA desalojado que foi o legítimo proprietário original e agora “os conteúdos” estão descaracterizados numa autêntica “sarrabulhada” , subsistindo uma entidade que indicia estar incapaz de se identificar e de identificar-se com sua própria história!

Uma QUARENTENA PARA O MPLA, perante um diagnóstico desta natureza é mais que justificável, pelo que o MPLA só deveria sair dela quando reconhecesse os vírus que progressivamente foram instalados, por que foram instalados, como foram instalados e passaram a fazer-se sentir com os conteúdos da devassa, da anarquia, do oportunismo e duma cada vez mais gritante falta de ética, de moral e de rigor que aliás se vai espelhando no diagnóstico público dos inexoráveis vereditos de cada acto eleitoral que vai sucessivamente acontecendo!...

… Os vírus que foram assim progressivamente injectados, do passado parece terem apenas, como herança, a velha concha do que foi um dos mais decisivos movimentos de libertação em África!...



01- O IIº Colóquio de História do MPLA, que se realizou entre os dias 4 a 6 de Dezembro de 2019, sob o lema “MPLA, uma trajectória de lutas e de vitórias” foi um sintoma do que acima escrevi numa apertada síntese crítica! (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/trajectoria-do-mpla-discutida-em-coloquio).

Os responsáveis pela Comissão de História do MPLA evidenciam não reconhecer os protagonistas vivenciais dessa história, “esquecendo” que muitos deles ainda estão vivos e disponíveis para serem ouvidos nos muitos milhares, senão milhões de depoimentos que há por recolher, arrumar e colocar ao dispor do porvir!... (https://opais.co.ao/index.php/2019/12/04/coloquio-sobre-o-mpla-junta-hoje-especialistas-nacionais-e-estrangeiros/).

Os responsáveis pela Comissão de História do MPLA, a título de exemplo “esqueceram-se” da imensidão de trabalho que há a fazer em relação ao após 25 de Abril de 1974, sobretudo em relação aos acontecimentos que ocorreram em torno da independência e depois o que foi correndo com a tentativa de golpe de estado do 27 de Maio de 1977, até ao final da vida do Presidente António Agostinho Neto… quando todos esses acontecimentos tiveram a experiência vivencial de membros do MPLA partícipes nos instrumentos do poder de estado e num leque de organismos, alguns deles sobrevivendo aos riscos que foram sendo sacrificada e dolorosamente experimentados, de que não se puderam furtar!... (https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/MPLA-acelera-processo-transmissao-historia,8fb07409-e4bd-45ad-8da8-c388022a4f4e.html).

Os membros do MPLA que garantiram a independência nas condições tão adversas, lembre-se, são membros juramentados que assumiram defender a pátria nas mais diversas frentes no âmbito dos instrumentos do poder de estado nascente ainda que à custa de suas vidas!

A Comissão de História do MPLA jamais deu sinais de procurar recolher os tão necessários depoimentos desses que vivenciaram momentos tão críticos quão decisivos da própria história do MPLA e de forma tão alargada quanto é possível, para além do que espelham por escrito nas suas biografias e autobiografias que tantos, nos organismos que para isso deveriam estar vocacionados, parece serem avessos a ler, a reler e sobretudo a historicamente considerar e reinterpretar! (https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Coloquio-aborda-percurso-MPLA,9e948048-1918-4d58-8639-a53b483c14dd.html).

Decorrendo do seguimento da crise da tentativa do golpe de estado houve um vasto programa interno no MPLA, o Movimento de Rectificação e também o que foi sendo apurado a partir dele, que teve influência directa no carácter experimental do Partido do Trabalho, deixou-se ao que tudo indica, de ter historicamente em conta! (http://www.redeangola.info/opiniao/lucio-lara-historia-ausencias/).

O conjunto desses “esquecimentos” indicia ser deliberado, tem feito parte das “prioridades da economia” (?) sobre tudo o demais e esse facto que para alguns se quer consumado, abre caminho a ingerências de vária ordem que os porteiros das portas escancaradas pretendem fazer prevalecer fazendo prevalecer as estórias de conveniência neoliberal, as estórias do império da hegemonia unipolar e seus vassalos, sobre a rica história vivencial que se está propositadamente a perder! (http://www.botschaftangola.de/pt-pt/angola/sobre-o-pais/economia).

Afinal temos um MPLA que, ao indiciar ter colocado de parte a necessidade de lógica cm sentido de vida, ao invés dum partido de massas, indicia estar propenso em tornar-se num partido de ma$$a$!... (http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/mobile/noticias/politica/2018/8/36/MPLA-faz-historia-congresso-partido,d9944e6a-6d55-4a2f-996b-f98da7455231.html?version=mobile).


02- Há convites que a Comissão de História fez que parece corresponder muito mais às preocupações para a formulação dessas estórias de conveniência do que ao trabalho exaustivo de história que há a fazer, com todos os contraditórios que isso possa implicar, particularmente quando se sabia e se sabe, que “o mais importante é resolver os problemas do povo”! (http://www.angonoticias.com/Artigos/item/35640/o-mais-importante-continua-a-ser-resolver-os-problemas-do-povo-lider-do-mpla).

A Durão Barroso, um dos convidados especiais da Comissão de História para o IIº Colóquio, coube dissertar sobre “A Experiência da Diplomacia Portuguesa na Construção do Processo de Paz para Angola”, como se essa experiência nada tivesse a ver com mais uma estória entre outras que foram propositadamente escolhidas para as dissertações de recente contingência… (https://www.plataformamedia.com/pt-pt/noticias/politica/durao-barroso-em-angola-para-participar-em-coloquio-do-mpla-11579534.html).

Preocupadíssimo com seu argumento de marca, que afinal tanto tocava no ego dos presentes, Durão Barroso arrematou com tal fôlego assimilador, que até a tão “diligente” ANGOP, face ao aplauso da plateia, difundiu: “pode dizer-se que a queda do Muro de Berlim começou aqui em Angola, em África”!... (http://tpa.sapo.ao/noticias/politica/durao-barroso-destaca-papel-de-angola-na-africa-austral).

O arrufo neoliberal, próprio dos arrufos de membros do MRPP arrependidos e convertidos ao capitalismo de 5ª geração, passou a ser a prova emocional do que faltava para o diagnóstico de alguns dos vírus implantados não só naquela plateia, mas no próprio conteúdo que se alojou dentro da concha do MPLA, desalojando historicamente o seu proprietário original, ou a justa sequência do movimento de libertação em África que jamais deveria ter abandonado a lógica com sentido de vida que lhe era intrínseca e veio do berço!... (https://noticias.sapo.ao/economia/artigos/durao-barroso-diz-que-situacao-economica-de-angola-e-um-desafio-permanente).

Se quem cala consente, o MPLA consentiu muito e por demais: deu azo à publicação do “arrufo à Trump”, sem qualquer contraditório e como se aquele arrufo se tivesse tornado lei, aprontado para um suposto prestígio internacional que só existe para os que buscam elitismo em prejuízo dos mais legítimos interesses patrióticos inerentes à vida do próprio povo angolano!... (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Durao-Barroso-destaca-papel-Angola-Africa-Austral,f7eacbe1-b2d0-443a-b92f-9e8389669456.html).


03- De estória em estória, o MPLA foi-se distanciando de então para cá da versão original sobre o fenómeno do 27 de Maio de 1977, a versão que tinha como substância a muito completa Informação do Bureau Político do seu Comité Central, de 12 de Julho de 1977, conforme às Publicações Gama, do então Ministério da Defesa (livrete com 65 páginas). (https://www.esquerda.net/opiniao/resgatar-memoria-do-27-de-maio-de-1977-em-angola/48893).

Ao que se seguiu, as interpretações de muitos membros do MPLA correspondia ao interesse de fazer recair sobre um organismo que passou pela história de Angola como um meteoro, a Direcção de Informação e Segurança de Angola (DISA), o ónus da responsabilidade sobre massacres e massacres e massacres, de forma a sacudir do capote essas podres águas, não fosse o diabo tecê-las (é próprio de quem, “como o camaleão”, vai mudando de cor, uma imagem que o MPLA bem conhecia enquanto perfez a trilha da sua guerrilha, com difusão até no Angola Combatente nos acordes do musical Grupo Nzaji)! (https://angolarussia.ru/pt/publications/press-releases-articles-reports/492-cancoes-poemas-e-dancas-da-guerra-e-da-reconciliacao.html).

Tudo isso aconteceu quando, década a década, se foram produzindo as mais diversas versões sobre os acontecimentos, elas próprias também sem respeitar minimamente a pesquisa de contraditórios, a exaustiva busca de fundamentos e a objectividade que cientificamente se impõe! (http://www.novojornal.co.ao/politica/interior/27-de-maio-investigacao-sem-se-dessacralizar-agostinho-neto-vai-ser-dificil-aprofundar---analista-71013.html).

A derrapagem tem sido de tal ordem que jamais foi feita uma aproximação, ainda que numa tímida leitura histórica, no sentido de apurar como fizeram os que haviam defendido a independência que na altura fazia apenas ano e meio, como em tão difíceis condições se haviam portado nas suas obrigações, sabendo que a própria DISA era um dos alvos principais dos fraccionistas do 27 de Maio de 1977, antes de atingir o líder e sofrendo de divisões internas como outras muito frescas instituições do estado da República Popular de Angola na altura sofriam! (https://www.angola24horas.com/index.php/opiniao/item/13399-dossier-27-de-maio-de-1977-o-que-vai-na-cabeca-destes-assassinos-num-dia-como-hoje).

De facto e circunstancialmente havia outras mais instituições a inventariar afectadas pelo fenómeno transversal da tentativa do golpe do 27 de Maio de 1977, por exemplo os órgãos da Defesa, das FAPLA e da ODP, os órgãos de comunicação social, da Polícia Nacional, das então Comissões Populares de Bairro, dos governos provinciais, etc. (https://www.youtube.com/watch?v=9WvonTrJu1U).

Há a agravante de, com o decorrer do tempo e o deliberado arrastar do estigma, se gerarem sucessivas penalizações para alguns desses sobreviventes que ousaram defender a RPA: a penalização directa, sem fazer a abordagem de cada na hora dos acontecimentos e a penalização indirecta, por causa desse estigma criado a nível interno como externo, de forma oportunista e, como é óbvio, dando corpo a uma situação de continuada injustiça que de há muito já deveria ter sido extirpada e acabou por influenciar no contínuo desgaste dos órgãos de Segurança e Inteligência do Estado, em benefício do campo de manobra de outras inteligências de potências interessadas em continuar a vir debicar um corpo inerte! (https://www.dw.com/pt-002/membros-da-pol%C3%ADcia-pol%C3%ADtica-de-angola-tamb%C3%A9m-foram-v%C3%ADtimas-do-27-de-maio/a-15958575).

A partir daí tornaram-se possíveis sucessivas réplicas que afectaram largos milhares de combatentes como os acontecimentos de Março de 1986 (“golpe de estado sem efusão de sangue”), ou os acontecimentos decorrentes do Acordo de Bicesse assinado a 31 de Maio de 1991, que expandiu ainda mais as afectações… (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/mundo/121188-angola-uma-mao-lava-a-outra.html).


04- Nos dez anos que preenchi no quadro da Direcção Executiva da Acção Social Para Apoio e Reinserção, ASPAR, fui constatando o agravamento da situação social de milhares e milhares de membros, apesar de se apregoar a luta contra a fome e a pobreza, apesar de ser política corrente a reconstrução e a reconciliação nacional, o agravamento da guerra psicológica que correspondeu aos sucessivos estigmas que se foram avolumando e traumaticamente repercutindo! (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/06/angola-das-arvores-que-morrem-de-pe.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-todos-os-saiagos-do-meu-pais.html).

À medida que se foi entrando em contacto com os associados por todo o país, as provas das repercussões desse estigma avolumaram-se Delegação a Delegação, Província a Província, em todas as Assembleias que se foram realizando com centenas de membros ávidos de justiça social, de paz e de reconciliação, mas marginalizados ou mesmo hostilizados em toda a linha, com as portas a fecharem-se inexoravelmente como se eles tivessem peste! (https://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/angola-provas-de-vida-nao-reconhecidas.html).

Em todos os casos prestou-se ao MPLA contas através de relatórios e relatórios, que eram pacientemente elaborados com recurso a escritos e à recolha gravada de imagens e de sons (muitas vezes reproduzindo-se tudo em CDs)! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/10/angola-combater-pobreza-nas-proprias.htm).

Essa saga, não só não trouxe durante a regência do Presidente José Eduardo dos Santos as respostas que deveriam ter sido desencadeadas, salvo algumas pequenas e isoladas excepções, como também comprovou a pouca ou nenhuma atenção do MPLA em relação a uma parte importante dos que detinham o conhecimento da sua própria história vivencial! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/uma-comunidade-sacrificada-pela-orgia.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/uma-comunidade-sacrificada-pela-orgia_2.html).

As imagens aqui publicadas são de algumas das Assembleias Provinciais da ASPAR que se foram realizando… (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/angola-uma-comunidade-sacrificada-pela.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.pt/2018/05/angola-uma-comunidade-sacrificada-pela_5.html).

05- Antes da minha passagem pela Direcção Executiva da ASPAR, no momento em que a “guerra dos diamantes de sangue” atingia proporções nacionais, foi possível com mais dois outros dois dignos camaradas, no local alternativo onde trabalhava, de apoiar o Estado-Maior das FAA, numa altura em que as recém-criadas Forças Armadas de Angola estavam ainda com tantos problemas de organização, mobilização, reequipamento e rearmamento! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-i.html).

Desde meados de 1998 a Março de 2000, num contentor da WAPO colocado à disposição, procedeu-se ao suporte devido, mas por fim, numa altura em que meios humanos afectos actuavam já directamente sobre Savimbi (trabalho de que foi responsável exclusivamente o camarada José Herculano Pires, “Revolução”, já falecido), sem quaisquer explicações pôs-se fim a esse trabalho! (http://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-ii.html).

Sintomaticamente, com a publicação de “Jogos Africanos” da autoria de Jaime Nogueira Pinto, percebem-se algumas das razões que influenciaram nesse fecho, afinal sob cobertura do elevado grau de ingerências possíveis com a acção do “Le Cercle” e seus tentáculos pela via dos cristãos democratas de Portugal, eles próprios antes por demais identificados com o fascismo-colonialismo português! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-iii.html).

É evidente que nessa altura tudo se passou à ilharga do MPLA, mas de qualquer modo as preferências marcaram o seu rumo, por que a “economia de mercado” que esteve na forja desde o Acordo de Bicesse aguardando o fim do choque para se abrir à terapia neoliberal, no virar do milénio estavam “em ponto rebuçado” para eclodir! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/12/em-angola-ha-20-anos-iv.html).

06- O crescimento intestino de contraditórios que foram sendo paulatinamente estigmatizados dentro do MPLA, contribuíram duma forma ou de outra para a chegada ao poder do camarada João Manuel Gonçalves Lourenço, que não demorou a implementar medidas que abriam caminho à correcção do que estava tão mal em relação à Comunidade de Inteligência e Segurança do Estado! (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/72611-revitalizar-o-tecido-patriotico-angolano.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/angola-aspar-integracao-rigor-e.html).

De então para cá, sob a orientação republicana e fundamentada do camarada general Fernando Garcia Miala, foi possível considerar a Comunidade como um ente só por que tendo havido porta de entrada não há de saída, foi possível lançar a Caixa de Previdência Social do SINSE abrangendo os que haviam sido marginalizados ao longo de décadas, foi possível o início da assistência médica aos associados da ASPAR, foi possível que o SINSE começasse a debruçar-se sobre a história, procurando preencher o vazio criado e recriado pelo MPLA, sob o olhar silencioso de Agostinho Neto!... (http://paginaglobal.blogspot.com/2011/04/os-herois-anonimos-da-patria-angolana.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2018/10/angola-uma-comunidade-prova-de-guerra.html).

Iniciou-se além do mais a saga que leva ao fim da surda (e não declarada) guerra psicológica a que foi sujeita durante décadas a Comunidade, que possibilita aos seus membros preencherem, em igualdade de circunstâncias, acessos no âmbito da reconstrução e reconciliação nacional! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/angola-agora-nos-somos-nos-mesmo.html).

A uma Comunidade que em grande parte se havia reunido no âmbito da ASPAR a fim de buscar soluções, a dignidade que ela historicamente merece começou a ser posta paulatinamente em prática!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/11/angola-patriotismo-nao-tem-preco.html).

O MPLA todavia continua a não dar sinais de corrigir o que está mal e alguns dos seus membros dirigentes continuam a demonstrar que em relação à Comunidade de Inteligência e Segurança de Estado os estigmas são ilegítima e injustamente para continuar! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/angola-estive-no-paraiso-martinho-junior.html).

Essas franjas, fica demonstrado, evidenciam que como autênticos vírus fazem parte dos problemas e não das soluções, puxando para o passado o exercício que se quer cada vez mais saudável e virado para o futuro do camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço! (http://paginaglobal.blogspot.com/2018/04/angola-construir-paz-social.html).

Assim sendo e ao abrigo da vocação republicana e “honrando o passado e a nossa história”, proponho em nome dos que foram enterrados em vida: QUARENTENA PARA O MPLA!

07- A necessidade duma mudança de paradigma foi acelerada na actual conjuntura do Covid-19 e seus impactos em África e Angola, quando é de prever que os fenóens de degradação das condições de vida no século XXI se sucedam uns aos outros! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/02/angola-recesion-crisis-e-imperio/).

Sob uma pressão que jamais se experimentou, o executivo do governo do camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço foi forçado a escolher rapidamente a preservação da vida humana para todo o povo angolano, ainda sem sair do atoleiro de muitos dos parâmetros impostos pela degradação bárbara do capitalismo neoliberal onde se caiu! (https://paginaglobal.blogspot.com/2017/10/ha-que-por-fim-uma-saude-mercenaria-em.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/uma-saude-mercenaria-em-nome-do-mercado.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/18-anos-de-excremento-do-diabo.html).

Na previsão duma evolução para o abismo da humanidade, ao longo de vários anos tenho reflectido sobre três temas que se interligam: lógica com sentido de vida, geoestratégia para um desenvolvimento sustentável e cultura de inteligência patriótica! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/martinho-junior-luanda-as-profundas.html).

Preocupa-me a vida das gerações de angolanos e africanos que se seguem, pelo que essas reflexões tornam-se cada vez mais pertinentes, inadiáveis e críticas. (https://paginaglobal.blogspot.com/2012/06/visao-2050-para-o-mundo-e-sadc-i.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.com/2012/06/visao-2050-para-o-mundo-e-sadc-ii.html).

Há bastos motivos para o MPLA revitalizar-se, quando a necessidade de mudança de paradigma se impõe cada vez mais!

Uma QUARENTENA PARA O MPLA impõe a adopção dum outro modelo filosófico, doutrinário, ideológico, organizativo e prático, reforçando o executivo que dá sinais de se tornar cada vez mais republicano, representativo, mas também aberto à participação e ao protagonismo!...

Martinho Júnior -- Luanda, 9 de Abril de 2020

Imagens:
01- Assembleia provincial de membros da ASPAR no Uíge, realizada a 25 de Agosto de 2010;
02- Assembleia provincial de membros da ASPAR em Malange, realizada a 26 de Agosto de 2010;
03- Assembleia provincial de membros da ASPAR em Benguela, realizada a 15 de Dezembro de 2010;
04- Assembleia de Renovação de Mandatos, realizada no Zango IV, no dia 30 de Março de 2019;
05- Assembleia de Renovação de Mandatos, realizada no Zango IV, no dia 30 de Março de 2019.

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