A
reunião, a pedido da CGTP, serviu também para discutir com o chefe do Executivo
a contratação coletiva, a reforma do Estado e a degradação das condições de
trabalho dos funcionários públicos
O
secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou hoje o Governo de tentar
prolongar no tempo a atualização do salário mínimo nacional (SMN) de forma a
melhor gerir o calendário eleitoral em 2015.
"O
SMN não deve estar sujeito a objetivos político-partidários", disse o
sindicalista em conferência de imprensa, após uma audiência em São Bento com o
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
"Na
prática, o que o Governo quer é deixar passar o tempo. Agora estamos no mês de
junho, a entrar em julho, período de férias, segue-se o mês de agosto,
retoma-se em setembro, os meses passam, o problema fica por resolver e lá para
o final do ano temos aí a jogada de mestre do coelho a sair da cartola para
dizer temos aqui uma proposta de 500 euros, quatro anos depois do acordo
celebrado", ironizou Arménio Carlos.
A
CGTP responde assim que não aceita esta "gestão" do calendário
eleitoral e reitera que é necessário exigir a atualização imediata do SMN para
os 515 euros.
"Nós
não baixamos a guarda, não atiramos a toalha ao chão. Nós não vamos calar as
nossas reivindicações enquanto elas não forem consagradas", disse Arménio
Carlos, apelando à participação dos trabalhadores na próxima manifestação
nacional da CGTP, em Lisboa, agendada para 10 de julho.
A
reunião com o primeiro-ministro, a pedido da CGTP, serviu também para discutir
com o chefe do Executivo a contratação coletiva, a reforma do Estado e a
degradação das condições de trabalho dos funcionários públicos.
Para
Arménio Carlos, o que este Governo está a fazer aos trabalhadores é
"inadmissível", considerando ser o Executivo "que mais injuriou
os seus trabalhadores", acusando mesmo a equipa de Pedro Passos Coelho de
"tortura psicológica" aos funcionários públicos.
Na
terça-feira, a delegação da CGTP é recebida pelo Partido Comunista Português e
pelo Bloco de Esquerda.
Lusa,
em jornal i
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