Biden quebra promessa climática e acelera licenças para exploração de combustível fóssil
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Nos primeiros seis meses de governo, seu governo entregou ao menos 2,1 mil autorizações, e poderia chegar a 6 mil até o final do ano, ritmo equiparável ao da gestão de George W. Bush. Ambientalistas como Greta Thunberg e outros criticam seu suposto compromisso de campanha
Victor Farinelli | Carta Maior
Durante sua campanha
presidencial, o presidente estadunidense Joe Biden assegurou que seu governo
teria entre suas prioridades a busca por uma política de diminuição das
emissões de gases e a promoção do uso de energia limpa, abandonando os chamados
“combustíveis fósseis”, para tentar reverter as consequências da crise
climática no planeta.
No entanto, os primeiros seis meses de sua administração mostram outra
realidade: Entre janeiro e julho de 2021, os Estados Unidos entregaram cerca de
2,5 mil licenças para a perfuração e extração de combustíveis fósseis, das
quais pouco mais de 2,1 mil foram autorizadas já durante a administração do
político do Partido Democrata – que tomou posse no dia 20 de janeiro.
Os números são de um levantamento realizado pela agência Associated Press,
baseados em números oficiais da Secretaria do Interior estadunidense. O mesmo
informe afirma que, considerando as solicitações pendentes e o ritmo de
aprovação das autoridades nos últimos meses, o ano de 2021 poderia terminar com
6 mil novas perfurações autorizadas. Para encontrar cifras parecidas a essas no
Estados Unidos, seria preciso regressar ao governo de George W. Bush, há 14
anos atrás.