sábado, 16 de setembro de 2023

Angola | A Liberdade nos Olhos* -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Zeca Bailundo desenhava com lápis ou carvão de takula e fixava a luz no papel, num jogo fantástico a preto e branco. Em folhas inteiras ou quartos de papel cavalinho reproduzia a sua madrinha, Nossa Senhora dos Remédios. Ele sentava-se na ponta de um banco corrido e eu andava por ali, fascinado com a luz que atravessava os vitrais, apurando o ouvido para apanhar as palavras abafadas de pobres mulheres pedindo graças à santa. Todas as peticionárias tinham os filhos doentes. Na Sé de Luanda senti A Liberdade nos Olhos. 

Os desenhos do Zeca Bailundo eram filhos da liberdade. A imagem de Nossa Senhora dos Remédios era decomposta. Umas vezes desenhava apenas a cabeça coroada, cercada pelos rostros de mães angustiadas pedindo vida para os filhos famintos. Fazia incidir a luz nos olhos da santa. Apagava-os com manchas negras. Fazia entrar o sol no templo. Criava penumbras. Com ele aprendi que a luz de Luanda tem reflexos de mar. É potente. Mas muito diferente da luz da Kapopa, rasgada pelo voo retumbante dos pombos verdes, sombreada pelas alturas do Pingano. Esverdeada e triste no Cacimbo. É preciso conhecer a luz e isso só é possível através da arte. A Liberdade nos Olhos. 

Um dia pedi ao Zeca Bailundo para me ensinar a capturar a luz. E ele despachou-me: - Isso não se ensina e tu já sabes desde que abriste os olhos. Conformei-me e passei a olhar para tudo pelo lado da luz. Foi assim que descobri a luz das noites de Luanda. Não a luz do luar, das estrelas, dos corpos cansados, dos beijos saciados de amor, quando a madrugada sucumbe ao alvorecer. A luz das noites de Luanda brota da cidade adormecida. Das portas cerradas. Das palavras segredadas em promessas nunca cumpridas. O mundo da luz tem muita imaginação!

O Zeca Bailundo foi estudar Belas Artes para o Porto e ficou só José Rodrigues. Quando cheguei à cidade, nos anos 80, foi o reencontro. Eu andei de repórter toda a vida e ele de artista. Já lhe chamavam mestre.  No seu estúdio das Fontainhas apresentou-me anjos nus, salomés decapitando baptistas, arrependidas da sua nudez. Enquanto via aquelas maravilhas ele fazia no barro o busto do Luís Veiga Leitão para colocar nas Terras do Demo, pátria de Aquilino Ribeiro que eu nomeei mestre da Língua Portuguesa, a minha amada.

Um dia Zeca Bailundo ensinou-me o Porto. Fomos à Praça da Batalha e de lá descemos por vielas e ruelas até à Ribeira onde ele colocou uma escultura. Lá estavam aves poisadas num cubo que é parte essencial da natureza. O Nadir Afonso dizia-me que a arte brota da terra em formas geométricas e o artista limita-se a introduzir-lhe uma dose de harmonia. Temo que 37 notáveis do Porto peçam ao presidente da Câmara, Rui Moreira, que remova a escultura da Praça da Ribeira. Vejo naquelas aves, vaginas voadoras. A Liberdade nos Olhos. E isso avilta gravemente a imagem da mulher. 

O Luís Veiga Leitão passou dias a mostrar-me os batentes das portas no Porto que mais tarde foi classificado como Património da Humanidade. Um dia fomos à outra margem e ele apontou para o casario da Ribeira: - Estás a ver? O Porto nasce do rio em impulsos de granito! 

Isso mesmo Luís! E tem uma luz púdica que se esconde nas brumas e na negritude dos séculos. Uma luz atlântica, belíssima, que nunca se desnuda. A Liberdade nos Olhos.

Angola | O Choro dos Séculos Inventado na Servidão* -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Dona Ana Isabel Paulino teve a desdita de ser esposa de Jonas Savimbi. O criminoso de guerra decidiu enterrá-la viva no covil de um jimbo, perto do Bailundo. Para o corpo não ser descoberto, mandou os seus ajudantes retirá-lo, pela calada da noite, e foi enterrado algures no Bié. As ossadas foram descobertas por especialistas e cientistas graças ao arrependimento de quem participou na operação de ocultação do cadáver. 

A malograda senhora tinha amigas declaradas em Portugal. Mas eram apenas amigas dos diamantes de sangue. Está provado. Quando se soube do seu assassinato, ficaram mudas. Agora mantêm o silêncio. O agente de vendas de Savimbi, João Soares, também está sem pio mas papo cheio de milho! Nós estamos afeiçoados ao Choro dos Séculos Inventado na Servidão.

Redes sociais, não frequento. Não uso. Não quero. Mas causam menos danos ao Jornalismo do que os Media “de referência”, quase todos controlados por serviços secretos e fundos de abutres. Servidos por assalariados que auferem salários mínimos e prestam vassalagens máximas. Não sabem o que escrevem, dizem ou mostram. É o triunfo de Goebbels. Os seguidores do propagandista de Hitler conseguiram fazer da comunicação social no ocidente alargado, uma quinta só para porcos. 

Repórter com sorte, abandonei o chiqueiro quando o coronel da Lusomundo tomou conta do Jornal de Notícias e o ambiente começou a tresandar a merda. Sou um autêntico General Foge a Tempo. Há em mim o Choro dos Séculos Inventado na Servidão. E isso exige dignidade.

As redes sociais estão a divulgar esta declaração de Samuel Chiwale, chefão dos sicários do Galo negro: “Eu, Inácio Kalulu e Estêvão Kassesse estávamos ao lado do Dr. Savimbi quando tomou a decisão de eliminar os Generais Armando Júlio (Tarzan), Altino Bongo Sapalalo (Bock), Antero Vieira e António Perestrelo Moura. Os Generais Beja e Kamy Pena foram os principais executores e ainda estão aí vivos. A UNITA tem de pedir desculpas pelos assassinatos, cujas ossadas nunca desejamos trazer para não demonstrar o nosso nível de desumanidade. Temos de pedir desculpas”. Estranho. Os sicários da UNITA não conhecem o Choro dos Séculos Inventado na Servidão.

O Soldado Desconhecido da Humanidade* -- Artur Queiroz

Presidente Salvador Allende, Chile, eleito democraticamente, deposto e assassinado em golpe de estado dos EUA

Artur Queiroz*, Luanda

O sangrento golpe militar no Chile capitaneado por Richard Nixon, Henry Kissinger e Richard Helms foi apenas um episódio na longa lista de morticínios causados pelo estado terrorista mais perigoso do mundo só no século XX. Washington impôs a ferro e fogo “governos amigos” no Panamá, Honduras, Nicarágua, México, Haiti e República Dominicana. Nestes campos de batalha o sangue correu pelas ruas. Washington plantou no planeta milhares de soldados desconhecidos da Humanidade.

Militares dos EUA e “aliados” europeus mais o Japão invadiram a Rússia em 1918 com 250.000 soldados numa tentativa de matar o novo regime (soviético) e derrotar o Exército Vermelho. A invasão maciça foi no Norte da Rússia, em Arkhangelsk, e simultaneamente na Sibéria, em Vladivostok. Entre as tropas invasoras estava uma amostra do estado terrorista mais perigoso do mundo: 13.000 homens. Em 1920, os invasores retiraram vergados ao peso da derrota. Deixaram no terreno os japoneses fazendo o papel que hoje faz a Ucrânia. Nos campos de batalha russos ficaram mais soldados desconhecidos da Humanidade.

Após os anos 40 os golpes militares sangrentos “made in USA” ocorreram nas Filipinas e na Península da Coreia. Aqui a guerra está em pausa. A Coreia do Norte acaba de comemorar os 70 anos da vitória militar sobre os invasores norte-americanos que saíram dos campos de batalha com o rabo entre as pernas. Entre os patriotas coreanos ficaram para sempre mais soldados desconhecidos da Humanidade.

Em 1953, em parceria com o Reino Unido, os EUA deram um golpe militar no Irão. Em 1961 os “marines” invadiram Cuba (Baía dos Porcos). No mesmo ano, golpe de estado militar na Indonésia. Em resumo: Entre 1946 e o ano 2000 (viragem do século) o estado terrorista mais perigoso do mundo protagonizou 81 intervenções armadas no estrangeiro.

A criadagem doas Media está a falar muito da Coreia do Norte a propósito da visita do Presidente Kim Jong-un à Federação Russa. Convém conhecer a História. Após a rendição do Japão em Agosto de 1945 nasceu a República Popular da Coreia. Em 8 de Setembro de 1945 tropas dos EUA desembarcaram na península e criaram o Governo Militar do Exército dos Estados Unidos da América na Coreia (USAMGK). Este “governo” actuou a sul do Paralelo 38. Ainda hoje é assim.

Entre 1946 e 1949 os EUA participaram nas operações militares do Partido Nacionalista Chinês (KMT), de Chiang Kai Shek contra os libertadores comunistas de Mao Tse Tung. Washington enviou 50.000 militares, coisa leve! O Presidente Harry Truman informou que investiu na guerra sino-japonesa 4,43 biliões de dólares, na época! A guerra contra a Federação Russa por procuração passada à Ucrânia vai pelos mesmos gastos.

As palavras de Sunak evocam a dor oculta da história colonial

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse na quinta-feira que está “plenamente consciente da ameaça específica ao nosso modo de vida aberto e democrático” representada pela China, em resposta a um relatório contundente sobre a estratégia do Reino Unido para a China elaborado pelo Comité de Inteligência e Segurança do Parlamento. 

Global Times | editorial | # Traduzido em português do Brasil

O PM também prometeu que os ministros tomariam “todas as medidas necessárias” para proteger o país da atividade estatal estrangeira. Estas observações não são apenas irracionais e desrespeitosas, mas também reflectem a inferioridade, a sensibilidade e a ansiedade que os políticos britânicos têm em relação à China. Além disso, as suas palavras também estão repletas de arrogância subconsciente e recordam-nos a dor histórica dos países que foram colonizados pelo Ocidente.

É inegável que Sunak fez este discurso num contexto especial. Devido ao agravamento do incidente da "espionagem da China", ele enfrenta uma tremenda pressão do parlamento e da opinião pública e tem sido criticado por ser "muito brando" com a China. Este incidente, alimentado por algumas pessoas, desencadeou mesmo uma tempestade política e de opinião pública. Parte do contacto e da reconciliação com a China promovidos pela administração Sunak há não muito tempo foi ferozmente questionada e rejeitada. Vozes radicais que exigem que a classificação da China seja alterada de “desafio” para “ameaça” têm causado grande clamor. Sob tais circunstâncias, proferir “palavras duras” sobre a China tornou-se uma opção barata para os políticos britânicos que procuram desviar o conflito. Na verdade, esta é uma demonstração de verdadeira fraqueza e irresponsabilidade.

Se a “teoria da ameaça da China” for dividida em níveis, então caluniar a China como uma “ameaça” ao “estilo de vida” ocidental é o nível mais alto e mais inflamatório. Parece que a vida de todos neste país está envolta na sombra da “ameaça chinesa” e uma sensação de tensão surge espontaneamente. O estilo de vida é geralmente considerado a coisa mais importante nos EUA e nos países ocidentais. Gritar slogans para “defender o nosso modo de vida” gerará imediatamente uma mobilização poderosa. A chamada abertura e democracia são listadas como o núcleo dos valores ocidentais nos seus estilos de vida, e a interferência de terceiros não será permitida. Ser autoconsciente não é suficiente para descrever a mentalidade dos países ocidentais que parece inexplicável para os países não ocidentais.

CONFLITO UCRANIANO, UM CAMPO DE TESTES PARA OS EUA

Mais uma vez, parece claro que a Ucrânia é apenas uma parte dos ambiciosos planos de guerra da América. Segundo a mídia ocidental, os especialistas americanos estão “tomando notas” da realidade do combate à guerra eletrônica na Ucrânia. O objectivo é fazer do campo de batalha ucraniano um “campo de testes” para técnicas de guerra electrónica que possam servir os interesses dos EUA noutros conflitos – como um possível confronto com a China no futuro.

Lucas Leiroz* | South Front | # Traduzido em português do Brasil

A história foi publicada em matéria no veículo “ Defence News ”. Josh Koslov, líder da 350ª Ala de Guerra de Espectro da Força Aérea dos EUA, relatou que os EUA estão impressionados com o uso generalizado de meios de guerra electrónica durante as hostilidades na Ucrânia, com ambos os lados mostrando “agilidade” e eficiência na realização de operações. Koslov acredita que estas competências serão necessárias aos EUA no futuro, se o país enfrentar um grande adversário no campo de batalha.

“A agilidade demonstrada por ambas as partes, na forma como estão executando as operações no espectro, é impressionante (…) Ambos os lados estão fazendo o jogo de gato e rato muito, muito bem (…) No futuro, por nós, se confrontarmos um par, ser ágil e rápido é a chave para o sucesso no espectro (…) Não ter o controle do espectro leva a fatalidades, leva à morte. E vimos isso repetidas vezes nesse conflito”, disse ele.

Embora ambos os lados utilizem este tipo de tecnologia, os russos estão evidentemente a revelar-se mais eficientes, como pode ser visto nos resultados da operação especial. Por esta razão,  os analistas ocidentais  estão a avaliar o desempenho da Rússia no campo de batalha e acreditam que as competências electrónicas de Moscovo são uma das principais razões para o fracasso ucraniano.

Na verdade, a guerra electrónica (também chamada de “ guerra de espectro ”) é um dos tópicos mais importantes das ciências militares contemporâneas, embora seja frequentemente ignorada por alguns especialistas. Nas actuais campanhas militares, é essencial que as partes envolvidas nas hostilidades tenham controlo sobre as tecnologias electromagnéticas, tanto para uso defensivo como ofensivo.

Dado o elevado uso de tecnologia avançada em equipamentos como computadores, celulares, radares e rádios e sistemas de orientação, forma-se um grande ambiente eletromagnético ao redor dos campos de batalha. O lado mais hábil na investigação de dados inimigos através deste ambiente eletromagnético tem uma enorme vantagem, tanto em operações militares diretas como na recolha de informações.

Muitos analistas acreditam que as vitórias russas se devem em grande parte à elevada capacidade de Moscovo utilizar o ambiente electromagnético em seu benefício. Utilizando técnicas de guerra electrónica, as forças armadas russas têm sido eficientes na neutralização da maioria dos ataques inimigos (principalmente desviando drones ucranianos), além de alcançarem elevada precisão nos seus ataques. As tecnologias russas de guerra electrónica são também vitais para destruir as linhas de comunicação das tropas ucranianas, tendo provado ser muito mais eficientes do que todo o aparato técnico fornecido pelo Ocidente a Kiev.

Como chefe da ala de guerra electrónica das forças armadas americanas,  Koslov  conhece as fraquezas do seu país e procura no campo de batalha ucraniano o conhecimento necessário para resolver os problemas dos EUA. Há uma “necessidade” por parte dos EUA de acelerar a modernização das suas capacidades de guerra de espectro porque o país vê actualmente a possibilidade de se envolver em conflitos directos num futuro próximo. Nesse sentido, o artigo do Defense News diz:

“O arsenal [do espectro] dos EUA atrofiou-se nos anos que se seguiram à Guerra Fria, mas as autoridades estão a redefinir as prioridades em preparação para uma luta com a Rússia na Europa ou com a China no Indo-Pacífico.”

Esta declaração ajuda a responder a uma série de questões sobre a razão pela qual os EUA continuam a fomentar o conflito na Ucrânia, mesmo com Kiev à beira do colapso. Além de tentar “desgastar” os russos e gerar desestabilização no ambiente estratégico russo, Washington também está a observar o inimigo, tentando recolher dados sobre as suas avançadas tecnologias de guerra para ajudar a superar as suas próprias fraquezas militares. Por outras palavras, o Pentágono está a transformar a Ucrânia num “campo de testes” para melhorar as suas próprias forças de defesa.

A única razão pela qual os EUA estão a fazer isto é porque as autoridades americanas consideram iminente o início de um novo conflito. Actualmente, poucos especialistas acreditam que a OTAN esteja disposta a iniciar uma guerra aberta contra Moscovo, dados os efeitos catastróficos que isso implicaria. No entanto, um conflito com a China parece estar mais alinhado com os planos americanos, já que para os estrategistas americanos Pequim parece ser um alvo “mais fraco”, com maior possibilidade de vitória dos EUA num confronto direto. Por esta razão, os EUA promoveram recentemente uma intensa militarização da região Ásia-Pacífico, aumentando as tensões locais.

Assim, na prática, os americanos estão percebendo no campo de batalha ucraniano o que precisam melhorar em suas próprias forças para alcançarem a vitória numa guerra que pretendem iniciar em breve – sendo a guerra eletrônica um dos principais pontos a serem melhorados. Por outras palavras, não há nenhuma preocupação real com Kiev, há apenas a utilização estratégica do conflito para servir os interesses americanos enquanto centenas de milhares de ucranianos são mortos nas linhas da frente.

* Jornalista, pesquisador do Centro de Estudos Geoestratégicos, consultor geopolítico

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EUA organizam exercícios militares “segredos abertos” com Taiwan

Militares ucranianos escolheram a vida rendendo-se perto de Novomayorskoe -- vídeo

Um grupo de militares ucranianos foi recentemente capturado em batalhas perto da aldeia de Novomayorkoe, localizada na fronteira entre o DPR e a região de Zaporozhie. Prisioneiros de guerra ucranianos explicaram que as suas tripulações explodiram minas russas e confirmaram que o exército ucraniano está a sofrer pesadas perdas na região. 

South Front | #Traduzido em português do Brasil

Apesar das tentativas do regime de Kiev de acusar os militares russos de todos os tipos de crimes de guerra, incluindo as torturas e o tratamento desumano dos prisioneiros de guerra, tais alegações não são confirmadas por quaisquer factos. O vídeo acima é mais uma prova de que todos os militares ucranianos que se rendem aos militares russos são tratados de acordo com as leis internacionais e nenhum dos seus direitos é violado. Além disso, muitos militares ucranianos estão contentes por se renderem e ficam surpreendidos pelo facto de os militares russos os tratarem melhor do que os seus comandantes ucranianos.

- VER VÍDEO NA PÁGINA ORIGINAL SOUTH FRONT

O grupo capturado perto de Novomayorskoe parece calmo. Os prisioneiros de guerra fumam cigarros russos e comem comida russa. Os ucranianos foram despojados para uma busca completa, inclusive pela presença de tatuagens nazistas.

Apesar das tentativas de Kiev de esconder a verdade, cada vez mais militares ucranianos rendem-se aos militares russos porque sabem que o lado russo os tratará normalmente, mais cedo ou mais tarde serão trocados e voltarão para casa vivos.

Por outro lado, o comando militar ucraniano proibiu oficialmente capturar militares russos vivos, inclusive nas mesmas linhas de frente do sul. LIGAÇÃO .

Actualmente, há dez vezes mais prisioneiros de guerra ucranianos em cativeiro russo do que na Ucrânia, de acordo com os dados equilibrados fornecidos por várias fontes. Os russos têm atualmente cerca de 10 mil soldados ucranianos em cativeiro, enquanto não há mais de 1 mil prisioneiros de guerra russos na Ucrânia. É por isso que o regime de Kiev perturba constantemente os intercâmbios acordados entre as partes em conflito.

Ler/Ver em South Front:

Em vídeo: militares ucranianos testemunham sobre seus crimes contra civis

Forças de Kiev envenenam drones para matar russos

Crime de guerra: militares ucranianos foram oficialmente ordenados a matar russos que se rendessem

Rússia | Bombardeiros Tu-160 equipados com novos mísseis de cruzeiro de alto escalão

O comandante da aviação de longo alcance da Rússia, Sergey Kobylash, disse durante uma visita do ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, e do líder norte-coreano Kim Jong Un ao campo de aviação de Knevichi, no Extremo Oriente da Rússia.

# Traduzido em português do Brasil

MOSCOU, 16 de setembro. /TASS/. Os bombardeiros supersônicos estratégicos russos Tu-160 foram equipados com novos mísseis de cruzeiro Kh-BD com alcance superior a 6.500 km, de acordo com um vídeo publicado pelo Ministério da Defesa russo.

"[Um bombardeiro] carrega um míssil Kh-BD com alcance de mais de 6.500 quilômetros", disse o comandante da aviação de longo alcance da Rússia, tenente-general Sergey Kobylash, durante uma visita do ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, e do líder norte-coreano Kim Jong Un ao Knevichi. aeródromo no Extremo Oriente da Rússia. Shoigu acrescentou que existem dois clusters com seis mísseis cada.

Imagem: © Ministério da Defesa da Rússia

Rússia desenvolve novos submarinos nucleares, drones subaquáticos – Shoigu

Na sexta-feira, o ministro da defesa russo faz uma visita de trabalho à região de Primorye, no Extremo Oriente da Rússia

# Traduzido em português do Brasil

VLADIVOSTOK, 15 de setembro. /TASS/. Novos conceitos para submarinos e veículos subaquáticos não tripulados, bem como sistemas robóticos estão sendo desenvolvidos para a Marinha Russa, disse o ministro da Defesa, Sergey Shoigu, em uma reunião na sede da Frota Russa do Pacífico.

“Hoje, estamos trabalhando ativamente no projeto de submarinos nucleares polivalentes, sistemas robóticos e veículos subaquáticos não tripulados”, disse ele na reunião.

Na sexta-feira, Shoigu estará em visita de trabalho à região de Primorye, no Extremo Oriente da Rússia. Ele verificou o cumprimento dos contratos de aquisição do Estado no estaleiro submarino Zvezda em Bolshoy Kamen e na fábrica de helicópteros Progress em Arsenyev. Mais tarde, o principal oficial militar russo foi ao Quartel-General da Frota Russa do Pacífico para realizar uma reunião resumindo os resultados da produção das empresas militares-industriais no Extremo Oriente.

Imagem: Ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu | © Vadim Savitsky/Assessoria de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia/TASS

REUNIÃO

Ivailo Tsvetkov, Bulgária

Vladimir Putin e Kim Jong Un se encontram. Mais desenhos animados em nossa coleção de Cartoon Movement

Antony Blinken e o déficit diplomático

Seus comentários aos estudantes esta semana mostram o quanto o excepcionalismo americano e a competição entre as grandes potências dominaram o ofício.

James W. Carden* | Responsible Statecraft | # Traduzido em português do Brasil

Se o discurso do Secretário de Estado Antony Blinken na quarta-feira em Washington servir de indicação, qualquer esperança de que os milhares de sepulturas recém-cavadas na Ucrânia e na Rússia possam estar a dar origem à introspecção ou ao arrependimento de que as aberturas diplomáticas pudessem ter evitado a guerra, estão fadadas a ser frustradas .

Num discurso intitulado “O poder e o propósito da diplomacia americana numa nova era”, Blinken apresentou uma visão da política externa dos EUA que é ao mesmo tempo exaustivamente familiar e profundamente preocupante porque indica, no mínimo, que o nosso diplomata-chefe tem muito pouca compreensão do que realmente significa a diplomacia tradicional. A sensação que se tira do discurso é que Blinken acredita que ele seja análogo a édito, decreto e ukase.

A concepção de diplomacia de Blinken reflecte com precisão uma coisa: a política da administração Biden de travar uma guerra fria em duas frentes contra as duas principais potências autoritárias, a China e a Rússia, conforme estabelecido na Estratégia de Segurança Nacional de 2022 . Se, ao aumentar as tensões com as duas potências continentais da Eurásia, a política conseguiu tornar a América e os seus aliados na Europa e na Ásia mais seguros, permanece uma questão em aberto.

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