domingo, 29 de março de 2020

A LÓGICA COM SENTIDO DA VIDA – III


Martinho Júnior, Luanda 

OS ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE ANGOLA

Cada país para além da sua dimensão tem o seu formato, em função das fronteiras que ao longo da história foram traçadas.

Depois das controvérsias entre a coroa portuguesa e a coroa britânica sobre o “mapa cor-de-rosa” português, a potência colonial de 2ª ordem que foi Portugal sujeitou-se ao “ultimatum” britânico.

A partir dessa altura tornou-se impossível a Portugal enquadrar um território colonial que ligasse o Atlântico ao Índico, (a potência de 1ª ordem que era a Grã Bretanha impôs a ligação do espaço “do Cabo ao Cairo”, o “mapa vermelho” britânico).

Foi assim que Portugal, em relação à costa Atlântica ao sul do Equador, definiu o espaço geográfico de Angola enquanto um quadrado (exceptuando o caso concreto de Cabinda).

O quadrado angolano passou a situar-se, com os acertos de fronteira que foram entretanto efectuados, entre os meridianos 12ºE e 24ºE e os paralelos 6ºS e 18ºS.

O território é pois bastante homogéneo, sendo fácil definir o centro por via das diagonais do quadrado: o centro resulta do cruzamento do meridiano 18ºE com o paralelo 12ºS.

Enquanto o covid-19 alastra, EUA intensificam sanções devastando saúde da Venezuela


ENQUANTO A COVID-19 SE ESPALHA, EUA INTENSIFICAM SANÇÕES DEVASTANDO O SETOR DE SAÚDE DA VENEZUELA

Durante seu discurso em fevereiro, o presidente norte-americano Donald Trump prometeu “esmagar” e destruir o governo venezuelano. Seus votos foram seguidos pela renovação da ameaça de bloqueio naval ao país, um ato de guerra sob o direito americano e internacional. Em seguida, o Departamento de Estado anunciou entusiasmadamente que a “Doutrina Monroe 2.0” será “desenvolvida nas próximas semanas e meses”, declarando uma “marcha de pressão máxima” contra a Venezuela.

Essas ameaças foram apoiadas por políticas e ações concretas.

A empresa russa de petróleo Rosneft, um dos principais compradores mundiais de petróleo venezuelano, viu duas de suas subsidiárias sancionadas pelos EUA em menos de um mês por negociar com a Venezuela.

O Departamento de Estado dos EUA telegrafou sua decisão em fevereiro, destacando as empresas de petróleo Rosneft, Reliance (Índia) e Repsol (Espanha).

A Chevron, a maior empresa petrolífera dos EUA que ainda trabalha na Venezuela, foi avisada pelo governo Trump de que sua licença para operar no país (que a isenta das sanções) não será renovada.

Desde 2015, o governo dos EUA sancionou 49 petroleiras, 18 empresas venezuelanas, 60 empresas estrangeiras e 56 aviões (41 pertencentes à companhia aérea Conviasa e 15 pertencentes à companhia estatal PDVSA), mas esta é a primeira vez que eles atacam companhias de petróleo estrangeiras.

Número de mortes nos EUA por Covid-19 ultrapassa as 2 mil


O número de mortes causadas pela pandemia de coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou no sábado os 2.000, enquanto o número de casos chegou a 120.000, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos são o país do mundo com maior número de casos confirmados (121.117), e o número de mortes (2.010) duplicou desde quarta-feira, quando tinha ultrapassado o milhar.

Os índices de mortalidade nos Estados Unidos são, no entanto, inferiores aos verificados em Itália (mais de 10.000 mortes) e de Espanha (quase 6.000).

O estado de Washington, que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu no sábado colocar em quarentena, é o que tem mais casos, mais de 50.000.

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 30.003 pessoas no mundo inteiro, dois terços na Europa, desde que a doença surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 19:00 de sábado, a partir de dados oficiais.

Segundo a agência de notícias francesa, já foram diagnosticados mais de 640.770 casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, e a pandemia espalhou-se por 183 países ou territórios.

Portugal registava no sábado 100 mortes associadas à covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados era 5.170.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

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Brasil | "Estamos preparados para ver camiões do exército a transportar corpos?"


Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde do governo de Jair Bolsonaro, terá mantido uma reunião tensa com o presidente brasileiro.

A forma como Jair Bolsonaro está a preparar o Brasil para enfrentar a crise de saúde causada pela pandemia de novo coronavírus tem deixado grande parte dos brasileiros, e do mundo, preocupados.

O presidente do país tem desvalorizado sistematicamente os efeitos que este vírus pode trazer em termos de saúde, mas também sociais, recusando mesmo medidas de contenção como vários outros países mundo fora estão a tomar.

Porém, nem todos no governo estão de acordo com as posição tomadas pelo presidente brasileiro. Segundo o jornal Estadão, Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde de Bolsonaro, terá lembrado, em tom duro, as consequências que poderão advir do facto de não se estarem a tomar medidas nesta fase inicial de contágios no Brasil.

Numa reunião tensa com vários ministros e governadores, o argumento de que a morte de alguns milhares de pessoas seria como se tivessem caído alguns aviões comerciais não agradou a Mandetta, que terá interpelado o chefe da diplomacia canarinha de forma dura.

"Estamos preparados para o pior cenário, com camiões do Exército a transportar corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?", questionou o ministro responsável pela pasta da saúde.

Lembrando, depois, Bolsonaro que esta crise exige um plano centralizado, com mobilização entre estados e entre setor público e privado, Mandetta terá, face a insinuações de que poderia ser demitido, afirmado que não se demitiria durante a crise pandémica, aceitando, contudo, deixar o cargo após ultrapassado este período.

Relembre-se que o governo brasileiro tem pressionado os responsáveis políticos e de saúde no sentido de amenizar as medidas de quarentena no país, sendo que ainda este domingo Jair Bolsonaro furou a quarentena para dar um passeio em Brasília.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images

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Covid-19: Angola regista primeiras duas mortes


Luanda, 29 mar 2020 (Lusa) – Angola registou as duas primeiras mortes de pessoas infetadas com o vírus da covid-19 e o número de casos positivos subiu para sete, anunciou hoje a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.

Os dois cidadãos angolanos morreram no sábado, indicou a governante, numa conferencia de imprensa em Luanda, capital do país.

Um dos cidadãos, de 59 anos, residente habitual em Portugal, tinha chegado a Angola no dia 12 de março.

"Esteve internado nos últimos dias na clínica Girassol e teve um quadro com uma evolução muito rápida, com insuficiência respiratória", precisou Silvia Lutucuta, explicando que o paciente tinha outras doenças associadas.

O segundo caso, um homem de 37 anos, angolano, residente em Luanda, chegou de Lisboa no dia 13 de março e esteve internado uma semana.

Percurso de um notável cirurgião em 5 países lusófonos


Dr. Manuel Pedro Azancot de Menezes

Natural de São Tomé e Príncipe, especialista em cirurgia-geral e ginecologia pela Universidade de Lisboa, notabilizou-se em Angola, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Durante 35 anos dedicou-se, com afinco, sabedoria, competência, simplicidade, ética e integridade a uma causa nobre, a medicina.

As notas que se seguem sobre Manuel Pedro Azancot de Menezes, que faria hoje, 25 de Março, 97 anos de idade, se ainda estivesse entre nós, não serão capazes de mostrar o percurso profissional deste médico, bem como, a ética e a sua dimensão humana, face ao contexto vivido pelas comunidades destes países lusófonos confrontados na época colonial e pós-independência com uma imensa falta de cobertura sanitária.

Mas têm estas notas a intenção de não deixar que tudo se perca na memória dos tempos.

Percursos académico e profissional

Em 1929 começou a frequentar o Ensino Primário em S. Tomé e Príncipe.

Iniciou o ensino secundário no Liceu Diogo Cão, na cidade do Lubango, em Angola.

Em 17 de Julho de 1942, no Liceu Nacional de Pedro Nunes, concluiu o curso complementar de Ciências dos Liceus.

Em 27 de Outubro de 1948 obteve o grau em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Lisboa.

A sua carreira hospitalar enquanto cirurgião geral começou nos Hospitais Civis, em Lisboa, e prosseguiu em Cabo Verde  (1954-1956);  Em data  posterior tornou-se também ginecologista e obstetra.

Esteve em Timor-Leste, entre 1957 e 1963.

Depois em Angola, em várias províncias: Moxico, entre 1964 e 1968, Benguela, de 1969 a 1970, Malanje, entre 1971 e 1972; e desta data em diante, em Luanda.

Na capital de Angola, no Hospital de São Paulo (actual Hospital Américo Boavida), até 1975, e de 1975 a 1983 (data da sua morte), na Maternidade de Luanda (agora Maternidade Lucrécia Paim).

Ao longo da sua carreira, não descurou da necessidade de ter uma formação contínua, estagiando periodicamente em centros hospitalares mais diferenciados e de referência e acompanhando sempre a literatura científica existente.

Na Maternidade de Luanda, como ginecologista e obstetra, foi director clínico e docente responsável de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Luanda.

E, como responsável pelo Internato de Ginecologia e Obstetrícia, orientou e formou os primeiros especialistas nesta área, em  Angola, já independente.

Portugal | Do total das 119 mortes 70 eram pessoas com mais de 80 anos


Graça Freitas: "Os testes negativos podem dar uma falsa segurança"

Responsáveis de lares não podem descansar se um único teste dá negativo ao novo coronavírus, alerta a diretora-geral da Saúde. Em Portugal das 119 mortes, 70 eram pessoas com mais de 80 anos.

Foi uma conferência de imprensa sobretudo didática. Os cuidados a ter pelos responsáveis de lares de idosos e a falsa segurança que um teste negativo para o covid-19 pode incutir foram este domingo os pontos mais focados pela ministra da Saúde e pela diretora-geral da Saúde, respetivamente, no balanço epidemiológico das últimas 24 horas. O boletim aponta para 119 mortes em Portugal - sem contar com a criança de 14 anos que morreu já este domingo no Hospital da Feira.

As declarações das responsáveis máximas da saúde em Portugal surgem num altura em que se multiplicam os casos de infeções e mortes de idosos internados em lares. Com os responsáveis a pedirem a ajuda das autoridades, como fez já este domingo o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Foz Côa que dirige um lar onde 47 dos 62 idosos estão infetados.

Os idosos são a população de maior risco nesta pandemia. Em Portugal, dos 119 casos mortais registados no boletim epidemiológico referente a sábado (28 de março), só sete têm menos de 60 anos. Sendo que é na classe etária acima dos 80 que se regista o maior número de vítimas mortais - 70. A taxa de letalidade nas pessoas com mais de 70 anos subiu este domingo para 8,1%.

"Um teste numa fase precoce permite encontrar pessoas que tenham doença, mas não serve para descansar os casos que foram negativos. Fazer testes isoladamente não resolve o problema. É importante testar, mas não tenhamos a ilusão de que basta fazer testes." As palavras são da diretora-geral da Saúde quando questionada sobre a decisão do município da Maia detestar todos os idosos em lares e significam que um único teste negativo não pode descansar os responsáveis dos lares.

"Os resultados negativos podem dar uma falsa segurança e fazer relaxar dentro dos lares. Devem manter-se os hábitos de distanciamento social dentro de semanas e meses", referiu Graça Freitas, sublinhando que, muitas vezes, um teste dá negativo mas que um segundo já pode ter resultado positivo.

" Não fiquemos com a falsa segurança de que um teste negativo nos dispensa de atitudes que todos os dias todos temos que tomar", acrescentou.

"A questão dos lares é muito delicada"

A ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha centrado a sua intervenção nos cuidados que as direções técnicas de lares e unidades de cuidados continuados devem ter quando são detetados casos positivos ou que medidas de prevenção devem tomar. "A questão dos lares é muito delicada", disse, apelando mais uma vez a apelar à comunidade e a quem tem conhecimentos técnicos que se voluntarie para ajudar nesta área. "Não podemos deixar ninguém abandonado à sua sorte."

A ministra deu exemplos concretos de medidas que devem ser tomadas nas estruturas residências de idosos. Desde o distanciamento de 1,5 metros a 2 metros nos cadeirões usados pelos utentes, a necessidade de desencontrar os horários das refeições para permitir essa mesma distância e a reduzida circulação nos corredores. E pediu que mal seja detetada uma situação suspeita, o idoso seja de imediato isolado e que seja contactado o médico para a avaliação clínica.

Marta Temido pediu ainda que os funcionários sejam organizados por equipas. Ou seja, que a equipa A e B fique com os utentes de uma determinada ala, que a equipa C e D fique com outras, sem se cruzarem.

A ministra insistiu ainda na necessidade de medir a febre a cada um dos funcionários e que sejam cumpridas as regras básicas de higiene, como a lavagem das mãos, e o cumprimento da etiqueta respiratória.

O facto de muita gente estar na rua e de as autoridades policiais estarem a parar os condutores, como aconteceu na Ponte 25 de Abril, levou Marta Temido a afirmar que "estamos a enfrentar um fenómeno que exige uma grande disciplina e capacidade de resistência", mas também acrescentou que temos de tentar manter as nossas atividades laboral tanto quanto possível.

E deixou um alerta: "Para que nos possamos voltar a abraçar é preciso que nos situemos longe uns dos outros agora", disse a ministra da Saúde.

Mais uma vez, as responsáveis pela Saúde em Portugal disseram que se estima "um número muito elevado" de infeções e que é preciso a ação de todos para os diminuir. "Não podemos confiar na sorte."

Graça Henriques | Diário de Notícias

Portugal | Milhares saíram este sábado. "Quem anda na rua arranja sempre uma justificação"


De norte a sul do país, as autoridades confrontaram-se este sábado com milhares de pessoas que decidiram vir para a rua aproveitar o bom tempo.

Centenas de carros a fazer fila na marginal junto à Universidade Nova, em Oeiras. A Ponte 25 de abril cheia de carros, quase todos a serem parados pela PSP. A norte, houve drones da Proteção Civil a mandar as pessoas para casa. "É curioso que quem anda na rua arranja sempre uma justificação", lamentou uma fonte da PSP do Porto, em declarações ao DN.

PSP e GNR estiveram a fiscalizar transeuntes, condutores e passageiros para confirmar se saíram de casa pelos motivos previstos na lei. Há várias exceções à obrigação de permanecer em casa: para a generalidade das pessoas, há 21 motivos previstos para sair à rua.

Entre eles, a aquisição de bens e serviços; deslocações por motivos de saúde, designadamente para efeitos de obtenção de cuidados de saúde; deslocação a estações e a postos de correio, a agências bancárias e a agências de corretores de seguros ou a seguradoras; deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva; deslocações de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia; outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que devidamente justificados.

Portugal | E os velhos, senhor?


Domingos De Andrade* | Jornal de Notícias | opinião

É nos momentos de guerra e de crise profundas, como a que vivemos, que os grandes líderes se confrontam com a História. E que, perante o espelho dos dias, se afirmam, inspirando os seus povos a resistirem e a reerguerem-se.

Ainda vamos no princípio da batalha, feita de soldadinhos de chumbo imaginários, sem trincheiras ou inimigo visível, para usar a linguagem de guerra que tem servido de inspiração aos discursos de chefes de Estado e de Governo um pouco por toda a Europa, de Macron a Marcelo Rebelo de Sousa. Mas os sinais dados quer pela Oposição - com Rui Rio a projetar responsabilidade para o partido e para o país - quer pelo primeiro-ministro exigem de nós igual capacidade de abnegação.

António Costa, cujas declarações de firmeza perante uma Europa que mantém o discurso da moralidade financeira do início da década, da ignomínia do comportamento de arrogância do Norte contra os estouvados do Sul, uma Europa que corre o risco de colapsar pela ausência de solidariedade numa crise sistémica, que parece culpar os mortos por terem morrido, os doentes por estarem doentes, António Costa, repita-se, aprendeu com os erros do passado.

Falta-lhe apenas o discurso da crueza e, contraditoriamente, da capacidade de envolver um Serviço Nacional de Saúde, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares, abatido por anos de desinvestimento. A mesma verdade que tem quando fala da "pancada", expressão dele, que vamos levar na outra frente da guerra, a da economia, e que nos entrincheira entre a morte da doença ou a morte da cura.

Mas sobretudo quando a única certeza que temos é de que não há certezas de nada, exija-se de cada um de nós que não deixemos, como em Espanha ou Itália, os nossos pais, avós, o retrato do nosso futuro, adormecerem em solidão. Seja porque não cuidamos deles o suficiente, ou porque os deixamos à sua mercê num lar onde jazem outros velhos abandonados.

*Diretor

Covid-19: Sissoco Embaló declara estado de emergência na Guiné-Bissau


Estado de emergência entra em vigor às 00:00 de sábado e durará pelo menos duas semanas. Umaro Sissoco Embaló diz que esta é uma "medida excecional" para "salvaguardar bens essenciais, valores e princípios fundamentais".

"A Constituição da República permite que, em situações como esta que estamos a viver, de calamidade pública, sejam suspensos alguns direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, através da declaração do estado de emergência, uma medida excecional com vista a salvaguardar bens essenciais, valores e princípios fundamentais, previstos na Constituição", referiu Umaro Sissoco Embalo, num decreto presidencial divulgado esta sexta-feira (27.03) à comunicação social.

Segundo o decreto, o objetivo é conferir uma base "jurídico-constitucional às medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias que o Governo vem tomando através do plano de contingência e deliberações do Conselho de Ministros, aliada à necessidade de criação de um quadro legal coerente, proporcional e realista ao contexto guineense para a prevenção e combate ao vírus Covid-19".

O decreto especifica que o estado de emergência vai durar entre as 00:00 de sábado e dia 11 de abril, podendo ser renovado.

Covid-19: Mais um caso positivo na Boa Vista e dois outros inconclusivos na Praia


Cabo Verde registou, hoje,28, mais um caso positivo de Covid-19, na ilha da Boa Vista, e dois outros “inconclusivos”, na Cidade da Praia, num total de 16 testes realizados a casos suspeitos.

Este anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, em conferência de imprensa, realizada na tarde deste Sábado, para fazer o ponto da situação do novo coronavírus (Covid-19), em Cabo Verde. Arlindo do Rosário informou que o teste positivo revelado hoje se trata de um técnico de manutenção de equipamento, que se encontrava em quarentena no Hotel Karamboa, na ilha da Boa Vista.

Segundo a mesma fonte, os dois casos “inconclusivos” são de duas crianças, devendo os mesmos serem repetidos para que se possa ter uma conclusão final fiável.

O governante avançou, em síntese, que dos 16 testes realizados, 13 são relativos à ilha de Santiago, dos quais, 11 testaram negativo e 02 deram resultado inconclusivo, sendo que os novos resultados vão ser anunciados entre este domingo e segunda-feira. Precisou que os outros três testes realizados são de pessoas da ilha da Boa Vista, sendo que dois deram resultados negativos e um testou positivo para Covid-19.

Arlindo do Rosário informou também do reforço de equipamentos e materiais para combate ao Convid 19, com destaque para 20 mil kits ( dá para realizar 3 mil testes), 48 mil máscaras cirúrgicas e outras 55 mil descartáveis.

É de salientar que Cabo Verde registou, até este Sábado, seis casos positivos do novo coronavírus, sendo quatro na ilha da Boa Vista e dois na cidade da Praia. Isto sem contar com os dois testes inconclusivos que vão ser repetidos.

A Semana

Leia em A Semana
«O Estado de Emergência, decretado de acordo com a Constituição e em nome dela, não implica, pois, um qualquer apagão democrático», alertou, hoje, o Chefe de Estado na sua comunicação à nação (ver na íntegra na rubrica Registos deste jornal), ao declarar, na sequência da pandemia do novo Coronavírus que atinge o país, o Estado de Emergência em Cabo Verde, a vigorar a partir das zero horas deste Domingo, prolongando-se até às zero horas do dia 17 de Abril deste ano.

Macau anuncia mais dois casos importados de Portugal


Macau, China, 28 mar 2020 (Lusa) - As autoridades de Macau anunciaram hoje mais dois casos importados de contágio da covid-19 provenientes de Portugal, elevando o número de infetados no território para 37 desde o início do surto do novo coronavírus.

Trata-se um português de 32 anos de idade, residente de Macau, noivo do 11.º caso confirmado no território, que esteve a visitar a família no Porto com a sua noiva sul-coreana, regressando a Macau no dia 14 de março.

"Como este indivíduo tinha sido considerado como um caso do contacto próximo esteve desde o dia 16 de março em observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública", informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Após vários testes negativos, o português realizou hoje um de teste do ácido nucleico e revelou positivo, "confirmando a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus", acrescentaram as autoridades.

Díli quase parada, mesmo sem restrições de circulação no estado de emergência


Díli, 28 mar 2020 (Lusa) -- A população de Díli parece ter ido mais longe do que as próprias restrições do Governo relativas ao estado de emergência e hoje deixou a cidade praticamente deserta, com cada vez menos gente nas ruas e mais lojas fechadas.

Durante toda a semana esta tendência foi crescendo, com responsáveis nos municípios a reportarem a chegada de muitas famílias provenientes da capital, num movimento que ecoa tempos passados de outros medos.

Quando a situação se agrava - seja no passado pela segurança, como agora pelo medo à covid-19 -, a reação de muitos é abandonar a capital e seguir para o interior do país, um refúgio para muitos, especialmente os que vivem em Díli em situações mais precárias.

Esse sinal viu-se ao longo da semana nas zonas das 'microlets' e 'biscotas' -- os transportes públicos mais usados -- nas saídas para sul, leste e oeste da capital, mas até começou pelas 'angunas', os camiões amarelos carregados de arroz a sair para outras cidades.

Muitos dos habitantes da capital timorense, incluindo funcionários públicos, optaram por sair das ruas mesmo antes do início do estado de emergência, que começou hoje, e sem que fossem conhecidas as medidas restritivas.

Responsáveis preparam regresso a Portugal de professores portugueses em Timor-Leste


Díli, 28 mar 2020 (Lusa) -- Mais de duas centenas de professores portugueses destacados em Timor-Leste estão a ser informados da operação de apoio ao regresso temporário a Portugal anunciada pelo Governo português, disseram hoje responsáveis dos projetos de cooperação.

A medida deverá abranger os professores portugueses que estão destacados em vários projetos educativos em Timor-Leste, incluindo o Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), que integra 140 docentes, e a Escola Portuguesa de Díli, com 66.

Estão ainda destacados em Timor-Leste professores que participam no projeto PRO-Português, de apoio à formação de docentes timorenses, e outros destacados na Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL).

Alguns professores estão também destacados no Programa da UE de Parceria para a Melhoria da Prestação de Serviços através do Reforço da Gestão e da Supervisão das Finanças Públicas em Timor-Leste (PFMO), cofinanciado e gerido pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

Finalmente há ainda professores destacados em Timor-Leste no programa Consultório da Língua para Jornalistas.

Moçambique regista oitavo caso da Covid-19


O número de infetados com o novo coronavírus em Moçambique subiu de sete para oito, informou o Ministério da Saúde. Novo caso confirmado é de transmissão local.

Moçambique registou um novo caso do novo coronavírus, elevando o total de registos da Covid-19 no país para oito, anunciou este sábado (28.03) o ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago. 

"O novo caso é um caso de transmissão local. Temos no país, até agora, de forma cumulativa, oito casos positivos, seis importados e dois de transmissão local", referiu, indicando que não há registo de mortes. 

Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, Moçambique testou 205 casos suspeitos, 64 dos quais nas últimas 24 horas. O número "demonstra que a nossa capacidade de testar está a aumentar diariamente", realçou Armindo Tiago. 

O governante fez um novo apelo à prevenção, com reforço de medidas de higiene pessoal e coletiva, sobretudo com lavagem das mãos. 

Em Moçambique recomenda-se a suspensão de eventos com mais de 50 pessoas, há quarentena obrigatória para viajantes e isolamento domiciliário para casos suspeitos ou para quem com eles tenha contactado.

Há uma semana, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou ainda à implementação de medidas de prevenção em todas as instituições. As escolas fecharam na segunda-feira (23.03) e, no mesmo dia, foram suspensos os vistos de entrada no país.

Sobe para cinco número de infetados em Angola


Novo caso de infeção pelo coronavírus em Angola é de um homem de 54 anos proveniente do Brasil. Mais de 800 pessoas estão em quarentena a nível nacional.

A ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, anunciou este sábado (28.03) um novo caso positivo de infeção pela Covid-19, elevando de quatro para cinco o número total de doentes. 

Trata-se de um homem de 54 anos, proveniente do Brasil, que se encontra "internado e estável" numa das unidades de referência da doença. Tal como os outros quatro pacientes, apresenta sintomas ligeiros da doença. 

A ministra sublinhou que todos os casos do novo coronavírus em Angola são importados. Segundo Sílvia Lutucuta, encontram-se em Angola atualmente 886 pessoas em quarentena a nível nacional, das quais 535 distribuídas pelos centros de quarentena institucional em Luanda, existindo igualmente "um número importante de pessoas em quarentena domiciliar". 

No segundo dia do estado de emergência declarado em Angola na sexta-feira (27.03), que impõe restrições à circulação de pessoas, a ministra apelou ainda para o respeito pelas medidas de isolamento e quarentena. 

"Faço um apelo aos angolanos de que é importante o isolamento social para conter a cadeia de transmissão do vírus", afirmou Sílvia Lutucuta, lembrando que "o contágio por esta doença é muito fácil". 

"Não gostaria que os angolanos passassem por uma situação tão difícil como estes países que enumerei [Itália, França e Espanha]", realçou a responsável da pasta da Saúde.

Brasil | Porto Alegre: Modernidade e progresso nas primeiras décadas da república


Homenagem aos 248 anos de Porto Alegre!


Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite* | Porto Alegre | Brasil              

"Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...” Mário Quintana (1906-1994)
      
O século 20 chegou com expectativas e sonhos de renovação. A República havia se instalado no Brasil, desde 15 de novembro 1889, trazendo consigo a promessa de “novos ares”, representado no dístico positivista de nossa bandeira: “Ordem e Progresso”. Modernidade, industrialização e ciência eram palavras da moda. Vivíamos a esperança de novos tempos... Os logradouros de Porto Alegre, que homenageavam figuras ligadas ao império, foram renomeados com personagens, fatos ou datas referentes à implantação do novo regime.
    
O historiador Francisco Riopardense de Macedo (1921-2007), em sua “História de Porto Alegre” (1993), pág. 80, descreve -nos, embora sem apresentar suas fontes, o que ocorreu naquela noite de novembro de 1889:

“O povo saiu às ruas arrancando placas que evocavam o Império e substituindo-as por novas representativas do novo regime e que a Junta Municipal nada mais fez que homologar essa iniciativa, essa demonstração de apreço pelo novo regime”.

A Proclamação da República, que se efetivou por meio de um golpe militar, surpreendeu aos porto-alegrenses, principalmente aos jovens republicanos que militavam nas páginas do jornal A Federação (1884-1937), Órgão Oficial do Partido Republicano (PRR). A notícia, sobre o fim do regime monárquico, deu-se por meio de um telegrama afixado no placar deste Órgão do Partido Republicano Rio-Grandense, às 17 horas, no dia 15 de novembro de 1889: 

Governo Provisório, Rio, 15 de novembro
        
“O povo, o Exército e a Armada vão instalar um governo provisório que consultará a Nação sobre a convocação de uma constituinte. Erguem-se aclamações gerais à República. Viva a liberdade! Viva a República! Viva a Pátria Brasileira!”   

Quando o alagoano Deodoro da Fonseca (1827-1892) proclamou República, em 1889, o movimento do comércio e da indústria, em Porto Alegre, já era considerado significativo: 03 bancos, 37 armazéns atacadistas e 33 para vendas no varejo; 10 casas de tecidos por atacado, 56 varejistas, além de 10 lojas para venda de livros ou miudezas.

Brasil | Governador de São Paulo põe em causa faculdades mentais de Bolsonaro


O governador do estado brasileiro de São Paulo, João Doria, acusou hoje o Presidente do país, Jair Bolsonaro, de não estar "em plenas faculdades mentais" para liderar o país, após ter desvalorizado a pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista à agência Efe, João Doria, que governa aquele que é o estado mais rico e populoso do Brasil, mas também o mais afetado pela covid-19, mostrou ser o exemplo do mal-estar entre as autoridades estaduais e municipais do país face à retórica de Bolsonaro, a quem acusam de subestimar a covid-19 e de incitar a população a regressar à sua vida normal de forma a não prejudicar a economia.

São Paulo, que possui 46 milhões de habitantes, é o estado brasileiro mais afetado pela covid-19, contabilizando 84 mortos e 1.406 infetados. Contudo, o chefe de Estado disse na sexta-feira que desconfia do número de mortes e infeções apresentadas por aquela unidade federativa.

Face a essas desconfianças, Doria diz que Bolsonaro não está em "plenas faculdades mentais".

"O Presidente da República, numa entrevista a uma estação de rádio de São Paulo, acusou o governo regional de falsificar os atestados de óbito de brasileiros que morrem de coronavírus (...) Temos um Presidente que não está em plenas faculdades mentais para poder liderar o país", defendeu Doria.

Covid-19: Brasil regista 111 mortos e 3.904 infetados


O Brasil tem 111 mortos e 3.904 infetados pelo novo coronavírus, tendo aumentado para 10 o número de estados brasileiros a registar óbitos associados à covid-19, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

O país sul-americano registou um aumento de 487 infetados nas últimas 24 horas, sendo que a taxa de mortalidade da covid-19, de momento, é de 2,8% no Brasil.

A tutela da Saúde informou ainda que 90% das vítimas mortais tinha acima de 60 anos e 84% apresentava pelo menos um fator de risco.

Segundo os dados hoje divulgados, 10 das 27 unidades federativas do país (26 estados mais o Distrito Federal) registaram óbitos devido ao novo coronavírus: Amazonas, Ceará, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Todas as regiões do Brasil - norte, nordeste, sudeste, centro-oeste e sul - têm mortes confirmadas pela covid-19.

Apesar do alcance geográfico do vírus ter aumentado, São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afetado, contabilizando 84 mortos e 1.406 infetados. Segue-se o Rio de Janeiro com 13 óbitos e 558 infetados.

Assim, o sudeste brasileiro, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a região com o maior número de infetados, totalizando 2.222 casos confirmados do vírus. No lado oposto está a região norte do país, com 184 casos de infeção.

Coronavírus: existe uma lógica genocida por trás do falso dilema entre a economia e vidas


“A vida em primeiro lugar, mas, sem emprego, a sociedade enfrentará um problema tão grave quanto a doença: a miséria”, regurgitou Bolsonaro. É mais uma ideia estúpida, sem nenhum sentido lógico, que condiz plenamente com o que se espera do nosso futuro ex-presidente.


Ele fala como se a miséria já não fosse um problema brasileiro. A sua existência não é só uma obviedade como vem se intensificando com as políticas anti-pobre comandadas pelo seu governo, principalmente as medidas ultraliberais de Paulo Guedes na economia. Todas as políticas de enfrentamento da miséria, como Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, por exemplo, vêm sendo desidratadas. Para salvar o caixa dos empresários durante a pandemia, o governo chegou a criar uma medida provisória autorizando a suspensão de salários por quatro meses. Apesar da revogação desse ponto, o texto continua ferrando o trabalhador: permite corte de 25% do salário, sem redução de carga horária e sem seguro-desemprego.

Essa preocupação repentina com a miséria expressa na fala do presidente, claro, é estratégia demagógica para esconder a real intenção do governo: proteger os interesses das elites que patrocinaram a eleição da extrema direita.

Seguindo uma estratégia anunciada por Donald Trump, que desistiu dela no dia seguinte, Bolsonaro contrariou as recomendações do seu ministro da Saúde e defendeu o chamado isolamento vertical — apenas idosos e pessoas do grupo de risco seriam isolados, e o resto da população poderia circular normalmente. A tese que move essa ideia é a de que os impactos econômicos decorrentes do isolamento total causarão mais mortes que o próprio coronavírus e, por isso, seria necessário encontrar um equilíbrio. A experiência de outros países mostra como essa ideia é estapafúrdia. Desde o início da epidemia na China, o governo brasileiro teve dois meses para analisar quais medidas deram certo no mundo. A medida mais óbvia, que virou um consenso entre os epidemiologistas do mundo, é justamente o isolamento horizontal (total).

Todos os países que adiaram o isolamento total da população demoraram mais para conter o avanço da contaminação. A Itália inicialmente testou o isolamento vertical, mas desistiu quando viu o vírus se espalhando com muito mais rapidez do que nos países que adotaram o isolamento horizontal. O prefeito de Milão, na Itália, reconheceu que errou ao apoiar a campanha “Milão não para”, que incentivava os moradores da cidade a viverem normalmente, mesmo com a pandemia. Segundo ele, há um mês “ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus”.

Nas redes sociais, os bolsonaristas encamparam campanha de nome parecido: #OBrasilNãoVaiParar. A hashtag é o lema de uma campanha publicitária na qual o governo federal está investindo R$ 4,8 milhões. Supostamente preocupado em combater a miséria, Bolsonaro irá incentivar os brasileiros a voltar à vida normal, o que, na prática, levará muitos deles à morte.

negligência dos italianos levou o sistema de saúde do país entrar em colapso e tornar o país líder no ranking de mortos pela doença. Bolsonaro tem plena ciência do fracasso dessas medidas e, mesmo assim, pretende adotá-las. As vidas que poderiam ser perdidas com o isolamento vertical entrariam na conta como mero efeito colateral de uma nobre ação para salvar a economia. Isso tem nome: necropolítica.

“A vida vem em primeiro lugar, mas” é uma frase de quem não considera a vida humana um valor absoluto. Claro, nós estamos falando do político que faz arminha com a mão, que revela publicamente seu desejo de metralhar adversários políticos e que disse que a ditadura militar deveria ter matado uns 30 mil. A frase soa como se a economia não fosse uma atividade humana, mas um deus a ser louvado e protegido, assim como seus apóstolos – os grandes empresários. A vida em primeiro lugar, mas o deus mercado acima de todos. Esse deus não se importa em sacrificar vidas para se proteger. Ainda mais se forem das pessoas mais vulneráveis às complicações do vírus, como as idosas, que participam menos da atividade econômica, ou de pobres, cuja mão de obra pode ser facilmente substituída pela de milhões de outros pobres desempregados. Existe uma lógica genocida por trás da fabricação desse falso dilema.

Há também uma lógica anticiência. Acaba de ser divulgado um estudo de economistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do FED (o banco central americano) sobre a pandemia da gripe espanhola em 1918. A conclusão é a de que as cidades que tomaram medidas drásticas mais cedo, como o isolamento total, além de reduzirem o número de mortos, tiveram suas economias menos prejudicadas em comparação com as que não tomaram. Não sejamos ingênuos imaginando que uma pesquisa patrocinada pelo governo americano convencerá Bolsonaro. Em tempos de terraplanismo no poder, uma pesquisa científica tem praticamente o mesmo valor que um vídeo circulando no WhatsApp de um médico picareta chamando o coronavírus de “gripezinha”.

Preocupados em conter maiores perdas das suas fortunas, vários grandes empresários e pastores aproveitaram a quarentena para gravarem vídeos demonstrando seu desapego à vida (alheia) humana. Roberto Justus, por exemplo, se colocou radicalmente contra o isolamento total, apelando para o falso dilema. Junior Durski, da rede de restaurantes Madero, também disse que “não podemos parar por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer”. Na ânsia de proteger seus negócios, o empresariado brasileiro ignora a experiência internacional, a ciência e coloca a vida humana em uma célula de Excel. As mortes de cinco ou sete mil idosos ou pessoas já acometidas por outras doenças não causarão nenhum impacto no mercado de trabalho. É esse o tipo cálculo que é feito por mentes perturbadas que acreditam possível que uma sociedade doente seja produtora de uma economia pujante.

Desde o início da pandemia, está claro que Bolsonaro age norteado pela missão de proteger suas bases eleitorais. Isso ficou ainda mais evidente quando, em reunião online com o governador João Doria para tratar da pandemia, o presidente decidiu lavar a roupa suja da última eleição com seu ex-aliado. Tanto a MP que ajuda os empresários quanto o decreto que liberou os cultos religiosos mostram que a prioridade do governo durante a pandemia é a contenção dos danos nos lucros de empresários e pastores. Enquanto as principais ações tomadas pelos governos no mundo — inclusive nos EUA de Trump — para conter o aprofundamento da crise foram no sentido de ajudar os mais pobres, aqui foram para ajudar os bancos e o alto empresariado.

Depois do presidente defender o isolamento vertical, o vice-presidente, Hamilton Mourão, correu para desmenti-lo e disse que a posição do governo é uma só: isolamento social e confinamento em massa. Bolsonaro, claro, não deixou por menos e declarou “o presidente sou eu. Os ministros seguem minhas recomendações”. Disse ainda que o ministro da Saúde já está convencido de que o isolamento vertical é a melhor estratégia. Esse bate-cabeça é uma síntese de como o presidente trata a epidemia: na base do improviso, negando a ciência, relativizando vidas humanas, mas sempre protegendo os interesses dos mais ricos.

The Intercept Brasil | João Filho | Imagem: Mauro Pimentel/AFP via Getty Images


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ANTES QUE VOCÊ SAIA… Quando Jair Bolsonaro foi eleito, sabíamos que seria preciso ampliar nossa cobertura, fazer reportagens ainda mais contundentes e financiar investigações mais profundas. Essa foi a missão que abraçamos com o objetivo de enfrentar esse período marcado por constantes ameaças à liberdade de imprensa e à democracia. Para isso, fizemos um chamado aos nossos leitores e a resposta foi imediata. Se você acompanha a cobertura do TIB, sabe o que conseguimos publicar graças à incrível generosidade de mais de 11 mil apoiadores. Sem a ajuda deles não teríamos investigado o governo ou exposto a corrupção do judiciário. Quantas práticas ilegais, injustas e violentas permaneceriam ocultas sem o trabalho dos nossos jornalistas? Este é um agradecimento à comunidade do Intercept Brasil e um convite para que você se junte a ela hoje. Seu apoio é muito importante neste momento crítico. Nós precisamos fazer ainda mais e prometemos não te decepcionar.

EUA recurre a las mentiras para justificar una intervención armada en Venezuela!


NA QUALIDADE DE COLABORADOR DA FAI, JUNTO-ME AO TEOR DESTE COMUNICADO, NUM MOMENTO EM QUE A HUMANIDADE DEVE ASSUMIR-SE PELA CIVILIZAÇÃO E CONTRA A BARBÁRIE!

A BARBÁRIE DESENCADEOU CRIMES CONTINUADOS CONTRA A HUMANIDADE E, NESTE MOMENTO EM QUE UMA AMEAÇA COMO O COVID-19 É PARA TODA A HUMANIDADE, A PERSISTÊNCIA DE MENSAGENS COMO AS EMITIDAS PELO PODER EM WASHINGTON CONTRA A VENEZUELA SOCIALISTA E BOLIVARIANA, É OUTRO CRIME CONTRA A HUMANIDADE, FORA DE CONTEXTO, DAS PREOCUPAÇÕES E DA AGENDA GLOBAL.

A ADMINISTRAÇÃO DE DONALD TRUMP, AO INVÉS DE SE PREOCUPAR COM A SITUAÇÃO QUE ESTÁ A SOFRER O SEU POVO PERANTE A AMEAÇA DO COVID-19, PERSISTE EM EQUÍVOCOS, EM INGERÊNCIAS E EM MANIPULAÇÕES IRRESPONSÁVEIS, NA TENTATIVA DE CONFUNDIR DESDE LOGO O PRÓPRIO POVO ESTADO-UNIDENSE!...

PELA PAZ, PELA CIVILIZAÇÃO E PELA VIDA, BASTA! -- Martinho Júnior

Declaración del Frente Antiimperialista Internacionalista contra el anuncio de la administración de los EEUU señalando a Maduro y a otros miembros de su gobierno como responsables de tráfico de drogas

La Administración Estadounidense acaba de declarar al presidente venezolano Nicolás Maduro responsable de tráfico de drogas (https://twitter.com/SecPompeo/status/1243195481624379393).

Una vez más, Estados Unidos actúa como un gobierno mafioso, amenazando, extorsionando y tratando de doblegar la resistencia y la soberanía del pueblo venezolano.
No es la primera vez que Estados Unidos recurre a la acusación de narcotráfico para tratar de derrocar a un presidente de gobierno y justificar la intervención en un país soberano.

El propio Hugo Chávez ya decía que este tipo de acusaciones se iban a producir denominándolas “plan Noriega”, porque el imperio utilizó la acusación de narcotráfico para invadir Panamá en 1989 y bombardear el barrio popular de El Chorrillo.

Cualquiera que esté mínimamente informado sabe que EEUU es el mayor consumidor de droga del mundo y que controla el tráfico de drogas a nivel mundial, con operaciones militares sostenidas para controlar la producción de opio en Afganistán y la producción de cocaína en Colombia.

La DEA (Drugs Enforcement Administration) controla el tráfico de drogas en EEUU y los lobbies de la droga son un actor político de primer orden en los EEUU y lo utilizan como una poderosa herramienta de control social.

Está ampliamente documentado que EEUU ha utilizado la droga, incluidas las drogas de diseño, para destruir los movimientos de resistencia.

Por ejemplo, el LSD, de acuerdo a las investigaciones de Naomi Klein, fue desarrollado en los años 60 por laboratorios gubernamentales y difundido entre el movimiento pacifista para acabar con el movimiento social contra la segregación racial y el empoderamiento de la población Afrodescendiente.

El llamado “Black Power” fue destruido por la introducción de la heroína en los barrios negros procedente de Vietnam y posteriormente de crack.

Desde hace años Estados Unidos utiliza al narco-estado de Colombia, su mejor aliado en Latinoamérica y uno de los Estados mas depravados y criminales de la historia, para amenazar y acosar a Venezuela.

Es Colombia y no Venezuela el mayor productor de cocaína del mundo, es Colombia y no Venezuela quien se destaca por sus cárteles de la droga que gobiernan a su antojo, es en Colombia y no en Venezuela donde se entrenan y actúan los paramilitares financiados con el tráfico de drogas, es el gobierno colombiano quien se sostiene con el apoyo militar de Estados Unidos y la OTAN que despliegan más de una docena de bases militares y quien actúa como un enclave militar estadounidense.

Sin embargo, el imperio estadounidense a quien amenaza es a Venezuela.

En estos momentos en los que el mundo está conmocionado por la pandemia del Covid-19, el hegemón estadounidense no desaprovecha la oportunidad de aumentar sus ataques a Venezuela.

Porque Venezuela sigue siendo, junto con Cuba, el mayor ejemplo latinoamericano de dignidad y soberanía; y la esperanza de todos los pueblos oprimidos de que es posible plantarle cara al imperialismo.

Porque solo es posible sobrevivir a la barbarie imperialista desde la soberanía y la independencia defendiendo los valores humanos de respeto y solidaridad como hace el pueblo y el gobierno venezolano.

Desde el Frente Antiimperialista Internacionalista denunciamos esta última maniobra del Secretario de Estado Pompeo y le recomendamos que mire para el interior de su casa, en donde cientos de miles de sus ciudadanos son víctimas del abuso de drogas estimulado por sus propias élites, a las que reportan fabulosos beneficios.

Denunciamos la guerra que la administración estadounidense ha emprendido contra el pueblo venezolano y su gobierno; y exigimos que cese de una vez por todas la persecución de los líderes venezolanos y de la Revolución bolivariana.

No podemos dejar de denunciar el peligro que suponen estas nuevas amenazas a Venezuela ya que una y otra vez Estados Unidos recurre a las mentiras para justificar una intervención armada, lo hizo con las inexistentes armas de destrucción masiva que utilizó para invadir Irak y lo puede utilizar hoy acusando al legítimo presidente venezolano aprovechando el estado de shock en el que se encuentran todos los países.
28 de marzo de 2020.

Frente Antiimperialista Internacionalista

Artigo publicado em: 

Brigada médica cubana llegará a Angola para combatir nuevo coronavirus


SÓ HAVERÁ LIBERTAÇÃO SE ELA SE ASSUMIR NO LONGO CAMINHO CIVILIZACIONAL DA LÓGICA COM SENTIDO DE VIDA!... IMAGINEM COM ISSO A IMENSIDÃO DO CAMPO DA BARBÁRIE QUANDO A ESPÉCIE HUMANA ESTÁ EM RISCO! -- Martinho Júnior

Brigada médica cubana llegará a Angola para combatir nuevo coronavirus

Unos 256 especialistas y profesionales de la salud de Cuba, integrantes de la brigada Henry Reeve, llegarán a suelo angolano para combatir la propagación del nuevo coronavirus SARS CoV-2, declarado pandemia el pasado 11 de marzo por la Organización Mundial de la Salud (OMS).

Según publica la embajada cubana en esa nación africana en su cuenta oficial en Twitter, los galenos de la mayor de las Antillas se unirán a los esfuerzos que ya realiza el gobierno de Luanda para enfrentar el virus, causante de la COVID-19.

“La Televisión Pública de #Angola (TPA) informa que aproximadamente 256 profesionales de la salud de #Cuba se unirán a los esfuerzos de este país africano para enfrentar el COVID-19. #CubaSalvaVidas”, tuiteó la sede diplomática.

Con anterioridad, el pasado día 23, Sílvia Lutucuta, ministra de Salud de la República de Angola, expresó públicamente la decisión de su gobierno de solicitar ayuda médica a Cuba, debido a la amplia experiencia de los profesionales de la isla en el combate a diversas enfermedades.

En días recientes la nación antillana ha puesto a disposición de países necesitados varias brigadas médicas, las cuales ya laboran en Venezuela, Nicaragua, Belice, Surinam y en la norteña región italiana de Lombardía.

Cuba y Angola establecieron relaciones diplomáticas el 11 de noviembre de 1975, y desde entonces mantienen vínculos históricos forjados en la lucha por la independencia y defensa de la soberanía de la nación africana.

Ambas naciones han desarrollado relaciones de cooperación en sectores como salud, construcción, educación, ciencia y tecnología, agricultura, defensa, energía y recursos hidráulicos.

En Angola prestan servicio más de 800 cooperantes cubanos de la salud y más de mil de la educación, mientras que en la nación caribeña estudian más de dos mil jóvenes angoleños y se han graduado unos siete mil profesionales.

(Con información de Granma)

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