quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Guerreiros da justiça social destruirão nossas liberdades básicas

#Publicado em português do Brasil

Estilo americano de controle de pensamento

Philip Giraldi*

Antigamente era possível contar com grande parte da grande mídia para relatar os desenvolvimentos de forma mais ou menos objetiva, relegando artigos de opinião para a página editorial. Mas isso foi há muito tempo atrás. Lembro-me de me mudar para Washington em 1976, depois de muitos anos como leitor do New York Times e do International Herald Tribune , quando ambos os jornais ainda possuíam integridade editorial. Minha primeira experiência com o Washington Post fez minha cabeça girar, me perguntando como as histórias de primeira página que supostamente relatavam as “notícias” poderiam cair ao nível de incluir comentários editorializados do início ao fim para colocar a história no contexto.

Hoje, o estilo de reportagem do Washington Post se tornou a norma e o New York Times, se houver, pode ser o pior expoente de notícias que, na verdade, não têm fundamento ou, na melhor das hipóteses, uma opinião “anônima”. Nas últimas semanas, histórias sobre a agitação social frequentemente violenta que continua em vários estados praticamente desapareceram de vista porque a grande mídia tem sua versão da realidade, de que as manifestações são protestos legítimos que buscam corrigir o "racismo sistêmico". Da mesma forma, os contramanifestantes são reflexivamente descritos como “supremacistas brancos”, para que possam ser considerados racistas irreformáveis. Vídeos de turbas furiosas saqueando,

O ódio de Donald Trump, que certamente até certo ponto é legítimo apenas devido à sua ignorância e grosseria, gerou um frenesi crescente na mídia moderada a liberal que os tornou cegos para suas próprias falhas. A recente exposição do New York Times sobre os impostos de Donald Trump pode muito bem ser considerada uma nova baixa, com manchetes berrantes declarando que o presidente é um evitador de impostos. Foi um tema rapidamente captado e promovido por grande parte do restante da televisão e da mídia impressa, bem como por estações de “rádio públicas” como a NPR.

IMAGEM DO DIA | O Múmia de Lata social-democrata

O social-democrata da treta reapareceu ontem a lançar um novo livro(?) – mais um – e fez declarações a pretender alimentar a ideia de que é um social-democrata e “rei absoluto da social-democracia em Portugal”, até assim sinalizado pelos que o levam ao colo na febre ‘pré-morte’ que é comum ser usada em figuras públicas que fenecem, mesmo que em vida tenham sido uns grandes sacanórios, egoístas, trapaceiros, cobardes, mentirosos… A verdade de alguns é a mentira constatada para milhões de plebeus.

A mostra está visível e legível no “pedaço” que reproduzimos de título no jornal Público, que afinal só vincou o afirmado por Cavaco Silva “social-democrata”. Grande lata, a de Cavaco. Parece que por isso mesmo passou à denominação de “múmia de lata”, pelo descaramento e pretenso branqueamento da história enquanto chefe de governo e presidente da República de Portugal.

Sobre o evento e declarações do já chamado “múmia de lata” podem ver em Ladrões de Bicicletas a referência de João Ramos de Almeida intitulada “Méritos dos Buracos Negros” (assim como acerca de Silvia Federici), que aqui trazemos para comodidade dos leitores… Porque gostamos e concordamos com o ali referido. Tal também nos inspirou a apresentar aqui mais uma Imagem do Dia. No topo. Repleta de grande lata, de descaramento inaudito, enfaixado em prosélita tenebrosidade.

MM | PG


Méritos dos buracos negros

Os buracos negros existem e, às vezes, fazem com que desapareça do registo mediático o papel histórico de quem foi em Portugal um real representante da escola neoliberal e o faça já aparecer como um "rei absoluto da social-democracia em Portugal". Por outro lado, fazem com que o jornal - que nasceu à esquerda - tenha presentemente medo de colocar em título "Silvia Federici: Bandeira democrática do capitalismo é uma mentira" e pareça sentir a necessidade de se demarcar dessa radical afirmação e quase se justificar, dizendo... "não fui eu quem disse, foi a activista italiana!"

João Ramos de Almeida | Ladrões de Bicicletas

Terceiro dia acima dos mil casos e mais 10 mortes por covid em Portugal

Portugal somou 1278 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, ultrapassando a fasquia das mil infeções pela terceira vez, num dia em que registou 10 mortes.

Dia 8 de outubro fica marcado como o terceiro com mais casos de covid-19 registados desde que a pandemia chegou a Portugal. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas mais 1278 pessoas com a doença provocada pelo vírus da SARS-CoV-2, confirmando-se a revelação que havia sido feita, esta manhã, pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, durante uma visita ao hospital de Braga.

Este é assim o segundo dia com mais casos em Portugal, só superado pelas 1516 infeções de 10 de abril e à frente das 1035 de 31 de março.

O boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) trouxe outros números que Sales não adiantou: mais 10 mortes, para um total de 2050, e um aumento de doentes hospitalizados, de 764 para 801 (mais 37) enquanto os internados em unidades de cuidados intensivos são agora 115 (mais 11).

As vítimas são seis homens e três mulheres com mais de 80 anos e um homem no escalão etário entre os 70 e os 79 anos. Cinco das vítimas residiam na Região Norte, a que não serão alheias as mortes num lar da Santa Casa em Bragança, três na Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) e duas na Região Centro.

Portugal | As bocas cheias de corrupção

Isabel Moreira | Expresso | opinião

Quem realmente quer combater a corrupção, não fala em “sistema” ou em “limpeza”, colocando-se limpo e imaculado fora de um país e de uma República imaginária onde mina o crime perante a complacência dos “políticos”

É ler ou ouvir notícias sem grande critério. Se chegados de Marte, ficaríamos convictos de que Portugal é um país destruído pela corrupção. Aparentemente, há muitos atores políticos, para além de Ventura, e muitos opinadores, que vivem por cá, mas que juram ser sua a convicção de que isto de andar uma multidão a minar os fundamentos do Estado de direito é a ameaça diária da pátria. Sob o pretexto de haver fundos europeus por receber, Rui Rio alerta para “risco tremendo de corrupção”, Marcelo apela à ética republicana no combate à corrupção, Catarina Martins diz que novas regras da contratação pública não podem “facilitar a corrupção e o crime económico” (sim porque isto de alterar regras da contratação pública deve ser suspeitíssimo), no CDS há quem fale em “autoestrada para a corrupção” e, claro, Ventura quer resolver coisa nenhuma aumentando penas de prisão. Pelo meio, finge-se que não há uma questão séria de necessidade de produzir no Parlamento um quadro legal que reforce simultaneamente a transparência e a eficiência em face da magnitude dos fundos europeus de que estamos a falar, fundos esses cujo desperdício o futuro não nos perdoará, sendo certo que o lugar da lei que é tão atacada antes de nascer é o Parlamento, a vontade de todos, isto é, o sistema.

O sistema.

Portugal ultrapassa os mil casos de Covid-19 em 24 horas

Não acontecia desde Abril

Previsões de António Costa confirmaram-se. A revelação foi feita pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou, esta manhã, que Portugal voltou, nas últimas 24 horas, a registar mais de mil novos casos de infeção com o novo coronavírus.

Durante uma visita ao Hospital de Braga, Lacerda Sales admitiu que o número de novas infeções voltou a ultrapassar um milhar e declarou que o país tem de se preparar "para o que se possa aproximar".

Só por duas vezes Portugal ultrapassou mais de mil novos casos de Covid-19 em 24 horas: a 31 de março (1035 casos) e a 10 de abril (1516 casos).

O número exato de novos infetados e de mortos causados pela Covid-19 nas últimas 24 horas será conhecido esta quinta-feira, dentro de algumas horas.

Estas declarações do secretário de Estado vêm confirmar as previsões do primeiro-ministro, António Costa, que, a 18 de setembro, se mostrou preocupado com o aumento do número de infetados no país estar a acompanhar a tendência europeia de crescimento.

"A manter-se esta tendência, chegaremos aos mil casos por dia. Temos de travar esta tendência. Não podemos parar o país", declarou António Costa, na altura.

Rita Carvalho Pereira | TSF

Julian Assange vai morrer sozinho?

Pedro Tadeu | TSF | opinião

Julian Assange chegou a ter estatuto de herói pop. O homem que criou o Wikileaks para receber de forma segura informações, de fontes anónimas, com interesse jornalístico, divulgou documentos e vídeos a provar crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos da América, no Iraque e no Afeganistão.

Toda a imprensa mundial, graças a Assange e ao seu site, divulgou em 2010 as imagens terríveis de massacres de civis inocentes, cometidos três anos antes.

Foi uma comoção no mundo e foi a desoladora prova concreta da hipocrisia das nações que se desculpam com a defesa dos direitos humanos para intervir noutros países.

No mesmo ano, o jornal espanhol El País, o alemão Der Spiegel, o francês Le Monde, o britânico The Guardian e o norte-americano The New York Times juntaram-se para trabalhar mais de 250 mil documentos fornecidos pelo Wikileaks. Dessa vez os dados provaram inúmeros casos de corrupção na diplomacia mundial e desmascararam intervenções abusivas de países poderosos na vida interna de outros países.

Em 2016 o Wikileaks divulgou e-mails da então secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que revelavam que o objectivo da guerra da NATO contra a Líbia tinha, mais uma vez, pouco a ver com direitos humanos e democracia mas, em contrapartida, tinha muito a ver com a vontade de impedir que este país tentasse criar uma moeda pan-africana alternativa ao dólar e ao franco usado em 14 ex-colónias africanas da França. Mais uma vez toda a imprensa mundial utilizou, alegremente, essa informação.

Sim, o australiano Julian Assange foi entusiasticamente aplaudido pela generalidade da imprensa ocidental, foi inúmeras vezes apontado como campeão da liberdade de expressão, foi mostrado como exemplo de modernidade eficaz no combate pela transparência no mundo. Se formos ler os jornais da altura, até parecia que Assange, sozinho, ia revolucionar o governo mundial.

ONU/EUA | Silêncio e cumplicidade no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos

ONU, silêncio ensurdecedor e a ausência de instituições internacionais no Sahara Ocidental ocupado

Isabel Lourenço | Jornal Tornado, em 23 Setembro, 2020

Na busca de dados das várias organizações da ONU como a UNESCO e a UNICEF uma ausência total dos mesmos está presente quando se trata dos territórios ocupados do Sahara Ocidental, território não autónomo que aguarda a descolonização.

Quando consultamos os vários mecanismos de Direitos Humanos e o Comité para a descolonização os resultados não são muito melhores apesar de haver um silêncio aparentemente menor.

Na verdade, desde a invasão Marroquina em Novembro de 1975 são poucas as visitas das Nações Unidas e dos seus mecanismos aos territórios ocupados, tendo eles abandonado a população às mãos do ocupante marroquino. A presença da Missão das Nações Unidas para a Realização do Referendo (MINURSO) desde 1991 no território não traz qualquer beneficio para a população saharaui uma vez que esta Missão viu retirado do seu mandato os componentes necessários para proteger os saharauis das continuas violações de direitos humanos e de integridade física perpetuadas pelo Reino de Marrocos.

Assim, o Comité para a Descolonização, conhecido como o Comité dos 24, apenas visitou o território em Maio de 1975 antes da invasão ainda com a presença e administração de facto de Espanha, sendo o território a província 53 de Espanha (Informe de mision visitadora de la Naciones Unidas al Sahara español). A visita realizou-se 12 anos após de em 1963 o Comité Especial da ONU sobre Descolonização declarar o Sahara Ocidental um “território não autónomo a ser descolonizado”, de acordo com a resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral de 14 de dezembro de 1960.

Até aos dias de hoje o comité não regressou ao Sahara Ocidental, território não autónomo inscrito na lista de descolonização e limita-se a ouvir os “peticionários” de ambas as partes num ritual anual que não tem qualquer efeito prático.  Em Outubro de 2017 participei na sessão deste Comité e apelei ao cumprimento do seu mandato, nomeadamente a visita aos territórios ocupados).

Em 57 anos apenas uma visita foi realizada, nem após o cessar-fogo de 1991 o comité viu relevante actualizar a sua informação localmente.

Qual a razão para ausência de visita ao Sahara Ocidental do Comité dos 24? Passaram 45 anos desde o seu relatório e não houve nenhum seguimento no terreno, algo inacreditável e um indicador da falta de acção credível por parte das Nações Unidas para terminar este conflito. Na verdade, esta falta de acção ajuda a procrastinação do conflito.

A UNESCO simplesmente ignora o Sahara Ocidental, apesar de ter uma página onde aparece o Sahara Ocidental todos os dados estão em branco (ver aqui Western Sahara > Education and Literacy). Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, é cidadã francesa, país que apoia o regime de Mohamed VI de forma incondicional e na sua capacidade de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas tem impedido sistematicamente a inclusão da componente de direitos humanos no mandato da MINURSO.

A UNICEF também não tem dados sobre os territórios ocupados, nem está presente nos mesmos. Os dados que surgem referem-se sempre aos saharauis que vivem nos campos de refugiados perto de Tindouf, Argélia onde colaboram com a Frente Polisario e Republica Árabe Saharaui Democrática.

EUA reforçam apoio militar a Marrocos

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, assinou sexta-feira, em Rabat, com o ministro da Defesa marroquino, general Abdelatif Loudyi, um acordo militar bilateral, válido para os próximos dez anos.

Segundo a AFP, a cerimónia de assinatura do acordo foi precedida por discursos de Esper e do ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Naser Burita. Ambos manifestaram os sólidos laços existentes entre os Estados Unidos e Marrocos. Tanto Esper como Burita sublinharam a aliança bilateral que une os dois países, “há mais de 200 anos”, e a importância da sua cooperação em assuntos delicados como a luta contra o terrorismo, o tráfico ilegal transfronteiriço de todos os tipos e a estabilidade regional.

Burita sublinhou “o papel do Marrocos na manutenção da paz e da segurança regional, num ambiente geoestratégico altamente volátil”, uma alusão velada à Líbia e ao Mali, dois países africanos abalados pela violência e tensões.  O acordo assinado sexta-feira é muito semelhante ao pacto firmado na quarta-feira com a Tunísia, válido igualmente para a próxima década.

Costa da África Ocidental enfrenta ameaça crescente de extremismos

Os Estados costeiros da África Ocidental enfrentam "ameaças crescentes, ataques e a potencial infiltração de extremistas", alertou hoje, em declarações à Lusa, o enviado especial dos Estados Unidos à região do Sahel, J. Peter Pham.

"Com a escalada da violência no Sahel, os Estados costeiros da África Ocidental, em particular, a Guiné-Conacri, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, todos enfrentam ameaças crescentes, ataques, e a potencial infiltração de extremistas", afirmou o responsável, que concluiu recentemente um périplo pela região, incluindo a capital do Mali, Bamako, onde se encontrou com as novas autoridades do país.

"Estamos a seguir de muito perto uma potencial infiltração de extremistas nesses países", sublinhou, numa entrevista telefónica coletiva com órgãos de comunicação social de vários países.

Neste contexto, acrescentou o diplomata norte-americano, a estabilidade e a segurança no Mali, palco de um golpe de Estado em agosto, são essenciais para toda a região do Sahel.

"Não pode haver estabilidade e segurança no Sahel se não elas não existirem no Mali", disse.

"O Mali tem estado no epicentro da violência e das atividades extremistas na região há algum tempo. Infelizmente, não obstante as operações de manutenção da paz das Nações Unidas, MINUSMA, a Operação [francesa] Barkhane e a Força Conjunta G5 do Sahel [constituída em 2013 por tropas do Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger] não se acabou com a violência na região. Estamos a acompanhar a situação de muito perto, e esse perigo persiste", referiu ainda.

Mais de 20 mil migrantes morreram no Mediterrâneo

A mortandade desde a tragédia de Lampedusa em 2013

Mais de 20 mil pessoas morreram em naufrágios no Mediterrâneo desde 03 outubro de 2013, dia da tragédia de Lampedusa, afirmaram hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações.

Itália assinalou este mês no passado dia 3/10 o Dia Nacional da Memória e do Acolhimento, estabelecido em 2016 para honrar os 368 refugiados e migrantes que morreram afogados próximos da costa de Lampedusa em 2013 e todos aqueles que perderam a vida na travessia do Mediterrâneo em direção à Europa.

“Esse naufrágio dramático causou dor e indignação e mobilizou uma resposta de busca e resgate no mar sem precedentes que, no entanto, perdeu força ao longo dos anos. Desde 03 de outubro de 2013, mais de 20 mil pessoas perderam a vida no Mediterrâneo”, denunciaram hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), num comunicado conjunto.

Número de pessoas em pobreza extrema vai aumentar em 150 milhões

O número de pessoas em situação de pobreza extrema no mundo vai aumentar em 150 milhões em 2021 devido à pandemia de covid-19, segundo previsões do Banco Mundial hoje (7/10) divulgadas.

Segundo a instituição presidida por David Malpass, é o primeiro aumento em mais de 20 anos, já que à pandemia de covid-19 se associam as alterações climáticas e situações de conflito em vários pontos do globo.

“A pandemia e a recessão global podem causar que mais de 1,4% da população mundial caia na extrema pobreza”, disse Malpass, citado em comunicado da organização.

De acordo com o relatório, a pandemia deverá empurrar “mais 88 a 115 milhões de pessoas para a extrema pobreza este ano, com o total a chegar aos 150 milhões em 2021, dependendo da severidade da contração económica”.

A extrema pobreza é definida conceptualmente como a vivência com menos de 1,90 dólares (1,61 euros) por dia e deverá afetar cerca de 9,1% e 9,4% da população mundial em 2020, segundo o relatório hoje divulgado.

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