COLIGINDO TODO O TIPO DE DINOSSAUROS
Martinho Júnior, Luanda
A superestrutura ideológica do império da hegemonia unipolar identifica-se cada vez mais com o fascismo e o nazismo, de tanta divisão e exclusão que foi gerando à medida que garantia seu expansionismo, à medida que seu flamante “soft power”, eminentemente anglo-saxónico, impactou sobre todas as outras culturas, à medida que espremia o lucro até à exaustão da especulação dilacerando cada vez mais o dólar, à medida que a barbárie subverteu a civilização ao ponto de esgotar em meio ano os recursos da Terra que só podem ser recompostos num ano…
Está-se em plena época de dinossauros exterminadores, com os maiores a “devorarem” os mais pequenos, u a servirem-lhes de minucioso exemplo e sempre prontos para a próxima voracidade… a grande época do “imperiorrex”, sem glaciares e com temperaturas cada vez mais quentes, foi aberta há 12 anos em África!
A hegemonia passou a colectar todas os similares de feição que lhe sejam congénitas, incluindo as fundamentalistas, que passaram a ser seus vassalos tácitos, amigos, inimigos, ou aceitáveis “terceiras bandeiras” aptas a reproduzir cada vez mais outros pequenos dinossauros, dinossauros em cadeia!
Desde o sul subjugado, onde a miséria cresce sufocando o espectro da dignidade, onde largos milhões vegetam até à agonia em miséria e fome, aqueles que se agarram à lógica com sentido de vida como a tábua de salvação para o naufrágio da humanidade, é possível radiografar o que fazem os dinossauros da última procriação, quando AFRICOM acaba de perfazer 12 anos… (https://www.africom.mil/pressrelease/33186/statement-from-africom-commander-us-army-gen).
01- O AFRICOM tornou-se nestes 12 anos num braço do voraz “imperiorrex” a quem nada escapa em relação ao alvo em que se tornou África e suas imensas matérias-primas arrancadas a baixo custo e com mão-de-obra sobre explorada… (https://www.africom.mil/)
Cada “presa” africana amarrada-curto, (desde logo as indexadas ao petróleo e ao gás) flui nas planificadas armadilhas conjunturais da ocasião, produto do acumular de ingerências e manipulações de toda a ordem, por que a exploração artificiosa e manipuladora dos contraditórios exclusivistas foi um dado antropológica e historicamente adquirido (um processo que se arrasta ciclo a ciclo, massivamente desde a Conferência de Berlim) sem alternativas e isso sem que as ameaças propagadas, a China e a Rússia, de facto sejam ameaças reais. (https://www.voltairenet.org/article209736.html).
Sobre a disseminação de caos, de terrorismo e de desintegração, a “superior planificação” do “imperiorrex” (the americans first” mesmo quando há “capitalismo de desastre”) está a tornar-se na única “janela aglutinadora” que para os “pequenos dinossauros” está “acima de qualquer suspeita”! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/10/06/cinturon-de-caos-en-el-paralelo-del-sahel/; https://foreignpolicy.com/2019/04/20/the-trump-doctrine-big-think-america-first-nationalism/; https://www.youtube.com/watch?v=0j4R9Onz8OE; https://www.voltairenet.org/article204807.html).
Alguns analistas como Thierry Meyssan, em relação à doutrina Trump deviam ser mais relativos e não esquecerem que, se há alguns procedimentos contra artificiosos secessionismos em algumas partes do mundo contrariando os seguidores da doutrina Bush, nem por isso essa cultura subversiva e essa constante e venenosa prática de conspiração que deu sequência à IIª Guerra Mundial, foi abandonada de vez noutras partes, sobretudo em África e na América Latina, ali onde a rapina das riquezas naturais se tornou imprescindível para o clã do “imperiorrex” (petróleo, gás, coltan, diamantes…). (https://www.voltairenet.org/article198580.html).
O Secretário da Defesa do “imperiorrex”, Mark T. Esper, celebrou à sua maneira os 12 anitos que já leva o AFRICOM… visitou a borda mediterrânica de África: a Tunísia, a Argélia e Marrocos, a oeste da Líbia onde todo o drama africano se intensificou em 2011, dez anos depois do derrube das torres de Nova York, colectando os dinossauros locais (formalizou acordos com a Tunísia e com Marrocos)… (https://www.africom.mil/article/33196/us-increases-engagements-with-african-nations)
Em 2011, quando do ataque à Líbia, o AFRICOM tinha apenas três anos e por isso foi tão urgente lançar as sementes do caos que medram hoje nos maiores desertos quentes do globo em direcção às profundezas de África, sacrificando Kadafi no altar dinossáurico!... (https://www.voltairenet.org/article211084.html).
Da goela do “imperiorrex” Mark T. Esper, na aplicação da “doutrina” Trump colectora de dinossauros ideologicamente fascistas, nazis e cristalizados fundamentalistas (como os monarcas sauditas), enrolados nos celofanes das “democracias”, ditou: "The United States enduring partnership with like-minded countries — including here in North Africa — is key to addressing these challenges."
Nesse preciso momento, o AFRICOM “inaugurava” exercícios de manobra com a utilização de B-52 em Marrocos, B-52 capazes de portar armas nucleares para dentro dum continente que sempre procurou ver-se livre delas!... (https://www.africom.mil/pressrelease/33141/b-52-stratofortresses-conduct-interoperabilit; https://www.icanw.org/south_africa_from_nuclear_armed_state_to_disarmament_hero).
Tamponado o Mediterrâneo para a desesperada fuga dos refugiados, aumentam as armadilhas para os povos do sul pelo Sahara e Sahel adentro, só lhes restando a escapatória em direcção às regiões tropicais ricas em água do coração de África, onde o espaço vital é cada vez mais disputado, palmo a palmo… (http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/italia/noticias/2018/02/20/crise-migratoria-no-mediterraneo-esta-sob-controle-diz-ue_2391d6a0-ddd7-4539-9508-ffe117d3c5a6.html; https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/migratory-pressures/).