sábado, 6 de junho de 2015

Portugal. ARRESTO DE PRINCÍPIOS



Domingos Andrade – Jornal de Notícias, opinião

Já era difícil. Agora tornou-se pior. A coligação PSD/CDS pode ter começado verdadeiramente a perder as eleições com o anúncio do corte de 600 milhões na Segurança Social.Primeiro, no Plano de Estabilidade que levou a Bruxelas, a intenção passou quase despercebida. Discrição que a ministra das Finanças se encarregou de corrigir, ao forçar a necessidade de o "ajustamento" voltar às reformas. A derrapagem completa dá-se na omissão das linhas programáticas apresentadas esta semana e que ignoram, como se nada se tivesse passado, o que quer, afinal, o Governo fazer.

Ninguém no seu juízo perfeito pode olhar para estes anos como anos de sucesso. Não foram. Para uma grande maioria dos portugueses, o resgate foi o começo de um calvário que parece não ter fim.

Dispararam o desemprego, a dívida pública, as falências. Há mais idosos sem qualquer tipo de apoio. O rendimento social de inserção caiu drasticamente. Muitas crianças só nas cantinas escolares encontram forma de matar a fome. A pobreza toca hoje quase 30% dos portugueses. E outros tantos só resistem à conta dos parcos apoios que ainda são mantidos. Os salários minguaram para compor os cofres do Estado. Os jovens emigram. Não é uma lengalenga: é o país. Não estamos melhor. E dificilmente estaremos.

Mas à coligação ainda restavam dois argumentos de peso, daqueles que verdadeiramente tocam uma sociedade modorrenta. Mantras que funcionam, se bem repetidos. Os socialistas enterraram o país e chamaram a troika. PSD/CDS fizeram o caminho das pedras. Puseram as contas direitas. A reza, velha e relha, é: a Direita tem contas certas, a Esquerda gasta.

E sobra ainda o outro fator nas eleições que se avizinham, este mais fundamental do que o primeiro. A incerteza. O Governo estava, com sucesso aparente, a colocar esse ónus no Partido Socialista, que agora passou para a maioria. É o que se chama desperdiçar o ativo da credibilidade. E esse, que era apenas uma ilusão, esfumou-se.

Dificilmente os portugueses olharão com credibilidade para uma Carta de Princípios carregada de adversativas e condicionais, como a que a coligação apresentou. Sem uma ideia nova, sem um ar de esperança. Enquanto lançam farpas às propostas do PS, os líderes do PSD e do CDS esquecem-se que ideias sujeitas à crítica são melhores do que o vazio. Anunciar cortes nas pensões com palavras vagas é fazer estremecer o eleitorado mais conservador e menos adepto das mudanças. Perder onde a lógica indicaria ser fácil somar pontos.

Cartoon. Elias o sem abrigo no JN

Portugal. Banca. Autoridade da Concorrência acusa 15 bancos de violar regras




Em causa está um processo aberto em 2012 que ficou conhecido como o ‘cartel da banca’. Ao todo, são 15 as instituições bancárias que estão na ‘mira’ da Autoridade da Concorrência por suposta violação das regras de concorrência.

Entre os acusados de partilha de dados de mercado, incluem-se bancos de peso, casos da Caixa, do BCP, do Novo Banco, Santander e Totta e BPI.

Ao Diário Económico, o advogado de um dos bancos acusados adianta que em causa estão acusações a bancos de “terem partilhado entre eles informação sobre dados de mercado”.
Explica o mesmo jornal que a nota de ilicitude ontem entregue aos bancos visados é o resultado de um processo aberto em 2012 que ficou conhecido como o ‘cartel da banca’.

Os bancos ainda serão ouvidos e só depois desta oportunidade de defesa é que a Autoridade da Concorrência poderá avançar para eventuais coimas às instituições visadas.

A AdC frisa que esta prática, "em alguns casos, terá durado cerca de 11 anos e incidido sobre informações não públicas, designadamente, intenções de alteração de spreads", adianta ainda a Lusa.

Notícias ao Minuto

PS. JOÃO GALAMBA ACUSA GOVERNO DE “DESFAÇATEZ” E “PROPAGANDA”




O dirigente socialista João Galamba fez hoje um discurso violento contra o Governo, acusando-o de adotar uma conduta de "desfaçatez" e "mentira" sobre a realidade do emprego em Portugal e de manipular estatísticas como instrumento de propaganda.

João Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, falava no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, na manhã do segundo dia da Convenção Nacional deste partido, que aprovará o programa eleitoral dos socialistas.

"Se há marca deste Governo, para além do radicalismo [ideológico] e da incompetência, é a desfaçatez de encobrir e mentir", disse, numa alusão à forma como o executivo PSD/CDS interpreta a evolução do emprego em Portugal ao longo dos últimos anos.

João Galamba disse que o Governo, nos últimos quatro anos, destruiu mais de 400 mil empregos "e olha para a precariedade e para os baixos salários como condições para a competitividade económica".

"No Governo entende-se que o sofrimento dos desempregados regenera e usa-se a estatística como mero instrumento de propaganda", declarou.

O membro do Secretariado Nacional do PS contrapôs que os socialistas "querem mobilizar todos os recursos disponíveis na criação de emprego estável e de qualidade".

"As empresas não querem e não precisam de trabalho precário", sustentou o dirigente socialista.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. Miguel Tiago. Chumbo de propostas revela "propaganda" do relatório do BES




O deputado do PCP Miguel Tiago defendeu que o chumbo das propostas do partido sobre a banca demonstrou que "a propaganda" montada em torno do relatório da comissão do BES não passou de "meras proclamações" inconsequentes.

"Toda a política e propaganda que foi montada em torno de um relatório que, supostamente, ia criar as condições para que colapsos bancários desta natureza não tornassem a repetir-se, afinal de contas, ficaram por aí, por meras proclamações sem correspondência com a realidade", afirmou Miguel Tiago aos jornalistas.

Falando no parlamento após a votação das propostas, o deputado comunista na comissão de inquérito ao BES argumentou que "algumas das propostas iam ao encontro de recomendações do relatório", um documento que o PCP votou contra, revendo-se, contudo, em algumas dessas recomendações.

Miguel Tiago destacou um projeto que se referia à "relação entre o Estado português e empresas sedeadas em paraísos fiscais, que o PCP propôs que fossem desde já travadas e que eram uma conclusão do relatório apresentado pela comissão, e que foram rejeitadas pelo PS, PSD e CDS".

O reforço da supervisão do Banco de Portugal, "para não se estar nas mãos de empresa de auditoria externa", foi também rejeitado "apesar de o relatório referir a necessidade de aprofundamento desse papel do Banco de Portugal".

Foram igualmente chumbadas as propostas para a imobilização dos bens da família Espírito Santo, do conselho superior do GES e do BES e a proposta do controlo público da banca.

"Estamos fartos que após cada comissão de inquérito ouvirmos que não voltará a acontecer. PS, PSD e CDS dizem recorrentemente que não voltará a acontecer e, uma vez após a outra, está sempre a acontecer e os portugueses com isto, nos últimos anos, já gastaram qualquer coisa como 15 mil milhões de euros", afirmou.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. Convenção PS. Alegre acusa maioria de ter posto "Portugal de joelhos"




O histórico militante do PS Manuel Alegre acusou hoje a atual maioria de ter colocado "Portugal de joelhos", instou o partido a "falar socialista em vez de "'tecnocratês'" e lamentou o Presidente da República "de fação".

"Eles não pensam em Portugal acima de tudo, eles puseram Portugal abaixo de tudo, puseram Portugal de joelhos. Assumem sem pudor o fundamentalismo ideológico do neoliberalismo. Nós não somos Syriza, mas também não seremos PASOK. Somos socialistas, portugueses e com orgulho", afirmou.

Alegre discursava no segundo dia de convenção nacional do PS para aprovação do programa eleitoral para as eleições legislativas deste ano, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

O antigo deputado criticou as opções do executivo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas relativamente à venda da TAP, à constitucionalização de limites de endividamento ou à recondução do governador do Banco de Portugal.

"Temos de governar pelas pessoas, os direitos sociais, o combate à desigualdade e a defesa da Constituição contra a qual a direita governou, com a bênção de Cavaco Silva", disse, originando a primeira de duas grandes vaias da plateia, sempre que referiu o nome do Presidente da República.

Para Manuel Alegre, "a verdadeira troika é constituída por PSD, CDS e Cavaco Silva".

"Não temos de pedir desculpa por ser quem somos, não temos de andar disfarçados nem falar uma língua que não e a nossa. Não temos de falar 'tecnocratês'. Vamos falar português, vamos falar socialista", incitou, apelando para a concentração na defesa do Serviço Nacional de Saúde, do ensino público, dos direitos de trabalhadores e pensionistas e das minorias.

O ex-candidato presidencial independente e poeta aconselhou ainda o líder socialista, António Costa, a falar para os "muitos que não acreditam", os "milhões de portugueses que sofreram estas políticas, os acabrunhados, os que se interrogam sobre se vale a pena votar no PS", transmitindo-lhes a "alegria e gosto do combate político".

"Com calor e de mãos inteiras. É assim que António Costa tem de estar, pela vitória e pela maioria absoluta", afirmou, citando outro poeta, Orlando Costa.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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Portugal. "A FORÇA DO POVO" INVADIU A LIBERDADE EM LISBOA




A lástima a descoberto na comunicação social

Estimada em dezenas de milhares de portugueses a manifestação que em Lisboa desfilou pela Av. da Liberdade. A marcha de protesto da CDU comprovou novamente a resistência às políticas de desgraça nacional impostas pelo atual governo com a cumplicidade de Cavaco Silva. 

Por parte de muitos orgãos de informação a cobertura informativa foi inexistente ou escassa e sem a relevância devida, sem paralelo com a concentração do PS, em Lisboa, no Coliseu, sendo notório o desproporcionado relevo que ao evento do PS foi dispensado. É assim que, sem sombra de dúvidas, se constata a manipulação dos profissionais da informação e das empresas para que trabalham. 

Também por isso se compreende as razões da existência do chamado Arco da Governação cujos partidos políticos (PS, PSD e CDS) são levados ao colo para as cadeiras do poder pela comunicação social e demasiados profissionais que os servem. Também neste setor a democracia está enferma, com profissionais do jornalismo condicionados por chefias ou à babuja de compensações de préstimos  em que a alma é vendida ao diabo para que assim sobre um lugar de assessor ou outro qualquer tacho em governo presente ou futuro.

A lástima está a ficar a descoberto no deficiente profissionalismo em alguns orgãos de comunicação social. (PG)

Jerónimo de Sousa: "PSD e CDS tomam-se por salvadores da pátria"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o PSD e o CDS de tentarem transformar "quatro anos trágicos de destruição e dramas" em "anos de grandes sucessos", tentando tornar-se salvadores da pátria.

"O PSD e o CDS/PP, a tentar transformar quatros anos trágicos de destruição e dramas do seu governo, em anos de grandes sucessos, e quanto mais certa têm a sua derrota, mais se aprumam na empáfia e no triunfalismo. Tomam-se por salvadores da pátria, essa mesma pátria que alienaram sem escrúpulos às mãos do estrangeiro e prometem agora segurança, estabilidade e previsibilidade, eles que desestabilizaram e infernizaram a vida a milhões de portugueses", disse Jerónimo de Sousa durante a marcha ‘A Força do Povo’, organizada pela CDU que decorreu hoje em Lisboa.

O líder comunista acusou ainda o PS de anunciar mudanças que são uma evolução na continuidade "porque dizem que não querem levar com a porta na cara dos mandantes".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Jerónimo de Sousa: Portugal não será "transformado num apêndice de Bruxelas"

Jerónimo de Sousa falou este sábado aos manifestantes que se reuniram na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Jerónimo de Sousa afirmou que “num tempo em que alguns querem que continue a ser de submissão”, a “massiva presença” de manifestantes, este sábado, “é de afirmação de que jamais renunciarão a viver num país soberano e independente e nunca aceitarão ver Portugal transformado num apêndice de Bruxelas, com troika ou sem troika, nem num apêndice das principais potências estrangeiras, nem subjugados ao seu mando”.

Recorde-se que milhares de portugueses de todo o país estão a descer esta tarde a avenida da Liberdade, em Lisboa, na marcha 'A Força do Povo', organizada pela CDU, pedindo soberania nacional e segurança social solidária e universal.

“Desceram às ruas de Lisboa, e continuam a descer, e aqui estão milhares e milhares de portugueses nesta marcha nacional promovida pela CDU por um Portugal com futuro porque não aceitarão ver um país a ser conduzido à ruína e ao declínio”, indicou o líder do PCP.

Jerónimo de Sousa criticou, ainda, aqueles que entregaram o país “vergonhosamente às mãos de uma troika estrangeira como o fizeram PS, PSD e CDS e o querem manter amarrado a interesses que não são os do nosso povo e do nosso país”.

“O grande desafio que o país enfrenta é a escolha entre insistir no velho e ruinoso caminho prosseguido pelos governos PS, PSD e CDS que mostrou não resolver nenhum dos problemas nacionais”, indicou.

Notícias ao Minuto

Portugal. MINISTÉRIO PÚBLICO QUER MANDAR SÓCRATES PARA CASA




Os advogados de José Sócrates avançam que o Ministério Público promoveu a alteração da medida de coação aplicada ao ex-primeiro-ministro há seis meses, indica a SIC Notícias.

O Ministério Público terá promovido a alteração da medida de coação de prisão preventiva aplicada a José Sócrates há seis meses para prisão domiciliária, de acordo com informações prestadas pelo advogado do arguido, conta a SIC Notícias.

A defesa do ex-primeiro-ministro, no entanto, discorda por considerar que este não devia estar sujeito a qualquer medida de coação.

A decisão do juiz de instrução criminal, Carlos Alexandre, terá que ser tomada até próximo dia 9, terça-feira. Recorde-se que a medida de coação é revista de três em três meses.

João Araújo acrescentou que a medida de coação do ex-primeiro-ministro será analisada na terça-feira e que o ex-líder socialista se irá pronunciar sobre a questão.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês. Está indiciado pelos crimes de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo, depois de o empresário Carlos Santos Silva estar em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, desde o final de maio.

Notícias ao Minuto com Lusa

Portugal. MILHARES NA MARCHA DA CDU MOSTRAM “A FORÇA DO POVO”




Milhares de portugueses de todo o país estão a descer esta tarde a avenida de Liberdade, em Lisboa, na marcha 'A Força do Povo', organizada pela CDU, pedindo soberania nacional e segurança social solidária e universal.

A marcha é encabeçada pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e pela deputada do partido ecologista Os Verdes Heloísa Apolónia, que concorrem juntos às legislativas de setembro/outubro, e seguem lado a lado.

Os participantes mostram várias faixas e cartazes, nos quais se lê "Com a força do povo, um Portugal com futuro, uma política patriótica e de Esquerda; Redução do IVA; Fim do flagelo da precariedade", acompanhados de palavras de ordem como "Faz falta a Portugal produção nacional" ou "Não, não, não à pobreza e à exploração".

Numa altura em que a frente da marcha se encontra a meio da avenida da Liberdade, ainda existem participantes a sair do Marquês do Pombal, que a organização diz corresponderem a dois terços do total.

Esta iniciativa termina nos Restauradores com a intervenção de Jerónimo de Sousa e de Eloisa Apolónia.

Lusa, em Notícias ao Minuto

CDU recusa consensos com PS que não rompa com "caminho da desgraça"

Um acordo que não rompesse com a política que tem estado a ser seguida seria "criminoso e seria, no fundo, esta CDU faltar à palavra dada ao seu povo" disse Jerónimo de Sousa. Durante a Marcha Nacional da CDU "Todos à rua por um Portugal com futuro", o secretário-geral do PCP defendeu a necessidade de criar politicas alternativas à esquerda.

Distinguindo alternativa de alternância, Jerónimo de Sousa sublinhou que "a CDU quer um caminho de construção dessa alternativa", mas não participar na alternância em que tem participado o PS nos últimos 38 anos, pelo que um consenso com o PS está posto de parte. 

"Contem connosco para construir, não contem connosco para continuar este caminha da desgraça" concluiu o líder da CDU. 

RTP – com vídeo da reportagem que colhe declarações de Jerónimo de Sousa

HOJE VAMOS NA MARCHA. COM TODA A NOSSA FORÇA. VENHA DAÍ!




Hoje vamos na marcha. Não é a dos santos populares mas sim a marcha por todos que queiram demonstrar o discernimento e a força do povo contra este governo e seu cúmplice, Cavaco Silva – ambos detentores abusivos de poderes que lhes foram entregues por via eleitoral à custa de falsas promessas, de mentiras.

Marcha Nacional A FORÇA DO POVO. Organizada pelo PCP com destinatários naqueles que não se revêem nas políticas que têm sido levadas a cabo pelos partidos do chamado Arco da Governação, o PS, o PSD e o CDS.

Não é preciso ser militante do PCP para estar presente, hoje, nesta Marcha Nacional. Nem tem de ser comunista. Basta ter consciência de que ao longo de cerca de 40 anos de políticas danosas dos políticos do Arco da Governação que têm entre si partilhado os poderes passou à evidência que são os partidos do Arco da Corrupção e da defesa do sistema capitalista exacerbado e selvagem que provoca o desemprego, o roubo, a fome, a miséria para milhões de portugueses, para muitos milhões de europeus que na União Europeia estão sob as botas cardadas de regime pseudo justo, pseudo sociais democratas, pseudo socialistas, mas que beneficiam com todo o descaramento, cumplicidade e partilha nos roubos aos cidadãos, da sua cumplicidade com os banqueiros, a banca, o grande capital que nos tem esbulhado e colocado a seguro o produto dos roubos que nos vêm fazendo. Empurrando-nos para a pobreza em prol do aumento da sua riqueza. O PS, o PSD, o CDS, outros atores ao serviço do grande capital nacional e global têm sido os beneficiários destes roubos aos que já produziram (agora com reformas de miséria) e aos que produzem a riqueza de Portugal.

Por tudo isso vamos na marcha. Estaremos presentes e ativos na inequívoca demonstração de repulsa pelas políticas danosas levadas a cabo pelos referidos partidos nacionais e da União Europeia, sequestrados pelo grande capital selvagem e desumano, insaciável nos roubos que sistematicamente vem cometendo. Vamos na marcha.

O apelo de um dos que lutam contra a atual situação: "Juntem-se a nós na marcha nacional do dia 6 de Junho, pela libertação e dignidade nacionais por uma política patriótica e de esquerda" – Jerónimo de Sousa

E podemos ler a propósito na página oficial do PCP: “Que chegue o momento de pôr fim à política que os partidos da troika nacional – PS, PSD e CDS – decidiram impor ao País com as dramáticas consequências económicas e sociais que tornaram a vida da maioria dos portugueses um pesadelo. Que chegue rapidamente o dia que lhes permita acertar em definitivo contas com o governo do PSD/CDS que executou tal política com escrupuloso zelo.

É uma aspiração justa essa que tantos e tantos portugueses expressam, tantos e tantos foram os males causados, e continuam a causar, e tanto o sofrimento imposto aos trabalhadores, aos reformados, aos pequenos e médios agricultores e empresários, aos jovens que não têm emprego e foram empurrados às centenas de milhar para a emigração, e ao País cada vez mais fragilizado e dependente, com o capital estrangeiro a dominar de forma crescente a economia portuguesa.

Com este governo do PSD/CDS foram mais quatro anos seguindo a mesma política, no essencial, imposta por 38 anos de sucessivos governos de política de direita!”

E mais à frente, as evidências: “Anos que trouxeram ao de cima uma indisfarçável degradação do próprio poder político dominante e seus agentes, capturado que foi pelos grandes interesses económicos com a acumulação de casos e casos de escandalosa ilicitude, corrupção e compadrio, onde estão patentes as relações de promiscuidade que foram sendo tecidas ao longo do processo privatizador e de restauração dos grandes grupos económicos monopolistas.

Relações de despudorada promiscuidade, envolvendo muitos daqueles que impuseram a entrega de praticamente todos os sectores e empresas estratégicas do País, sempre em nome do interesse nacional, para de seguida participarem no saque de milhões, como gestores uns, como assessores outros, como consultores muitos e todos bem pagos!

Foi assim que vimos crescer na maior das impunidades, e na maior das complacências, a grande fraude económica e financeira, bem evidente na implosão do Grupo Espírito Santo, e com os dinheiros públicos, mais uma vez, a serem chamados a resolver os buracos das negociatas e das fraudes, nas escandalosas negociatas e escândalos do BPN, do BCP, do BPP, todos florescendo à sombra da política de restauração monopolista imposta por sucessivos governos do PS, PSD e CDS!”

Vamos na marcha. Juntemo-nos às vozes dos que ao mostrarem a Força do Povo resistem à destruição de Portugal e dos portugueses enquanto seres livres numa sociedade mais justa e democrática com base nas conquistas de Abril de 1974. Conquistas perdidas mas que urge recuperar, contra a vontade dos partidos do Arco da Governação e de um presidente da República que não representa os interesses de Portugal e dos portugueses mas sim dos agentes do grande capital, os negreiros da atualidade.

Urge combatê-los. Vamos na marcha. Mostremos outra vez a nossa força. Venha daí! 

Redação PG


“Lesados do BES”. Roubados com o aval de Cavaco, do governo e do Banco de Portugal




Sentem-se roubados. Com o aval de Cavaco Silva, do governo e do Banco de Portugal. Entram em desespero e a revolta é imensa. Manifestam-se com uma réstia da paciência que em alguns ainda existe mas em outros não. São os “lesados do BES”. Mais propriamente os roubados do BES. 

Dir-se-à que roubados estão a ser quase todos os portugueses. Com o aval do presidente da República e do governo. Mas o povo é sereno. É a sorte dos que roubam os portugueses e Portugal. No caso dos “lesados do BES” é que a serenidade se esgotou e estão a protestar em crescendo com a legitimidade que em país democrático reconheceria a ilegitimidade daqueles que juraram cumprir e fazer cumprir a Constituição mas que afinal a rasgam e, quem sabe, fazem dela o mesmo uso que dão ao papel higiénico. Se assim não acontece... parece.

Redação PG

Lesados do BES tentam passar cordão policial junto à residência oficial do PM



Cerca de uma centena de lesados do papel comercial vendido aos balcões do BES tentaram hoje derrubar as grades de um cordão policial junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

Os manifestantes queixavam-se do calor no local onde estavam acantonados pela polícia e de estarem longe da residência oficial de Pedro Passos Coelho.

A polícia impediu os manifestantes de remover as barreiras que tinham sido colocadas, mas durante a confusão houve bastonadas e algumas pessoas foram retiradas e imobilizadas pelas autoridades.

Os confrontos duraram poucos minutos mas manteve-se um ambiente de tensão durante mais algum tempo. Os ânimos acalmaram e, entretanto, pelo menos dois dos manifestantes encaminharam-se para a residência oficial de Passos Coelho.

A agência Lusa refere pelo menos dois feridos.

Os manifestantes encontraram-se hoje de manhã frente à sede do Novo Banco, na Avenida da Liberdade, e percorreram a pé as ruas de Lisboa até São Bento, a residência oficial de Pedro Passos Coelho, passando pela sede do PS, no Largo do Rato.

TSF/Lusa



Lesados do BES cortam Avenida da Liberdade

Os lesados em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES) voltaram hoje a manifestar-se junto à sede do Novo Banco, em Lisboa, e cortaram a Avenida da Liberdade.

Os manifestantes, cerca de duas centenas, gritaram palavras de ordem contra o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha.

"Carlos Costa: A desgraça dos pequenos e a frouxidão com as grandes burlas" e "Passos Coelho: Executa a provisão ou demissão", eram algumas das palavras de ordem exibidas nos cartazes.

Os lesados vão ainda esta tarde dirigir-se à residência oficial do primeiro-ministro, o Palácio de São Bento, em Lisboa.

Margarida Diniz, uma das lesadas do papel comercial, disse à agência Lusa que os lesados vão "continuar a lutar" pela causa, mesmo após a venda do Novo Banco. "Temos de mostrar ao novo comprador que se quer clientes no seu banco tem de assumir os erros dos outros", acrescentou.

Já Alfredo Rui, outro dos lesados, referiu que quer o seu dinheiro "que está no banco há cinquenta anos". "Considero-me enganado pelos gestores do banco porque foram eles que foram a minha casa", disse, adiantando que se não for restituído do dinheiro "isto vai acabar muito mal".

São cerca de 2.500 os clientes do Novo Banco com papel comercial do GES no montante total de 527 milhões de euros.

A 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

TSF - Lusa

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