segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Angola: AFINAL COMO É QUE SE DIZ CORRUPÇÃO NAS LÍNGUAS NACIONAIS?




Os políticos do regime apostam em provar que, afinal, a corrupção é um fenómeno universal e que foi exportado para o nosso país pelos colonos. Vai daí, de forma pedagógica, têm mandado os seus mais ilustres membros explicar o que é a corrupção, começando pelos jovens e pelas escolas primárias.

Orlando Castro - Folha 8 Diário

Chegado a uma escola numa recôndita aldeia do Huambo, o dirigente do MPLA explicou o que é a corrupção, enfatizando que essa é uma doença que, infelizmente, foi trazida para o nosso país pelos europeus.

Em abono da sua tese, o dirigente do regime pediu que levantassem a mão todos os meninos que soubesses como se diz corrupção em qualquer uma das línguas ou dialectos do nosso país.

Todos os alunos ficaram imóveis e com a mão pousada na carteira. Não sabiam como dizer corrupção nas línguas nacionais.

Todos não. Um deles, que estava sentado no fundo da sala, levantou a mão.

O dirigente do MPLA, intrigado, perguntou:

- Por que levantaste a mão?

- Por que sei como se diz corrupção em todas as línguas nacionais, respondeu o puto.

O dirigente perguntou de novo:

- Se todos nós não sabemos como se diz, se eu próprio não sei, como é que tu sabes?

- Porque sei, respondeu com orgulho o puto.

O dirigente do MPLA não podia dar crédito a algo assim e exclamou:

- Diz-me então como é que se diz corrupção em ucôkwe, kikongo, kimbundu, umbundu, nganguela e ukwanyama.

Sorridente, o puto orgulhoso dos seus conhecimentos, explicou que, por sinal, nessas línguas como noutras de Angola, corrupção diz-se da mesma maneira.

Já agastado com a petulância do miúdo, o dirigente do regime levantou-se e vociferou:

- De uma vez por todas, diz lá.

- É simples, respondeu o puto. Corrupção em qualquer das línguas de Angola diz-se: MPLA.

Nota: História baseada no debate sobre autarquias promovido pela Rádio Ecclesia no dia 1 de Março de 2014. Qualquer semelhança com a realidade (não) é mera coincidência.

ANGOLA TRABALHA NA PAZ




O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, declarou que Angola pretende levar ao Conselho de Segurança da ONU, enquanto membro não permanente, a sua experiência de pacificação e reconciliação.

Quando faltam dez dias para o início do mandato de Angola, o ministro Georges Chikoti afirmou que o engajamento do país, enquanto membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, vai no sentido de trabalhar com todos os Estados membros e disponibilizar, onde for possível, a sua experiência. Actualmente, cerca de 70 por cento dos assuntos em agenda no Conselho de Segurança são relacionados com o continente africano.

 \"A este respeito temos um certo número de questões em discussão, como a crise na República Centro Africana, na República Democrática do Congo, Mali, no Sara, na Líbia e agora na Nigéria”, disse o ministro, que acrescentou que “o nosso interesse é o de trabalhar pela paz e segurança, mas também é importante que possamos trabalhar sobre prevenção de conflitos e a questão humanitária como o problema do ébola que atinge alguns Estados africanos, sobretudo quando olhamos para a quantidade de vítimas”.

Em declarações ao diário francês “L´Opinion”, o ministro disse que os três países africanos membros do Conselho Representantes de cerca de uma centena de empresas angolanas e francesas estiveram reunidos em Paris, para analisar o potencial das relações e identificar oportunidades de negócios em ambos os países. O fórum de negócios Angola-França foi organizado pela Ubi-France e o Medef Internacional e contou com a parceria da Liga dos Empresários Angolanos (LIDE). Ao intervir na abertura do certame, o embaixador de Angola em França, Miguel da Costa, lembrou ao empresariado francês que “Angola é um país atractivo e estável”, que oferece todas as condições para a materialização do investimento estrangeiro directo desde 2002. O chefe da missão diplomática angolana em França lembrou também que os empresários franceses têm agora a oportunidade de participar nos esforços de diversificação da economia angolana.Na mesma senda, Jean-Claude Moyret, embaixador de França em de Segurança (Nigéria, Chade e Angola) vão trabalhar de forma coordenada no sentido de reflectirem as posições acordadas pela União Africana, no seio da alta instância da Organização das Nações Unidas.

A ideia é que \"África trabalhe como um bloco e as posições venham das cimeiras de Chefes de Estado sobre todos os assuntos do continente”. Em Paris, onde assinou acordos de facilitação de vistos ordinários e o Plano de Acção Conjunta Angola-França 2015-2017,  Georges Chikoti concedeu igualmente entrevistas às revistas “Jeune Afrique” e “L\'Essentiel des relationes internationales”, além dos programas “Invité du Jour”, da Rádio France Internacional, cuja difusão tem lugar hoje, e ao “Journal Afrique” da TV5 Monde.

Durante a sua estada de 48 horas em França, o ministro Georges Chikoti e o seu homólogo francês mantiveram encontros com homens de negócios dos dois países, tendo em vista o estabelecimento de algumas parcerias empresariais, aproveitando o actual momento de diversificação da economia angolana. A cooperação político-diplomática entre Luanda e Paris ganhou impulso após a visita do Presidente José Eduardo dos Santos a França, em Abril, a convite do Presidente François Hollande.

Jornal de Angola

Angola: DIVERSIFICAR É SÓ UMA PALAVRA BONITA



José Kaliengue – o País (ao), opinião

Este discurso da diversificação da nossa economia deveria ser acompanhado por outro tipo de diversificação. Os nossos endinheirados e os nossos ditos empreendedores deveriam diversificar os seus destinos e deslocar-se mais para o interior do país. Daria jeito, abrir-lhes-ia a mente.

Há um município chamado Jamba neste país, na província da Huíla. É um sítio lindo nesta altura do ano, verdejante, mesmo sobre a terra vermelha com todo o ferro que tem no subsolo. Pois é, Jamba Mineira não é apenas ferro e ouro. É muito mais. É uma terra que, juntando a Matala e o Kuvango, pode bem transformar-se (este trio) num dos maiores fornecedores de manga do país.

Na Jamba, as ruas e os quintais que nem de muro precisam estão sempre limpos… salvo seja, não têm acumulação de lixo como vemos em Luanda… bem, há lixo sim… mangas. Na Jamba, a limpeza do quintal significa varrer as mangas que caiem e levá-las ao lixo.

Acontece que tanto a Jamba, quanto o Kuvango e a Matala têm uma estrada nacional a passar por elas, a 280. Têm estações do Caminho Ferro de Moçâmedes…e têm riqueza que se perde. Depois temos por aí gente a dizer-se empreendedora e cá estamos nós a beber sumo de manga importado.

É no que dá o dinheiro estar em mãos de gente que olha pouco para Angola. São toneladas e toneladas de fruta que se perde todos os anos. É inacreditável que haja tão pouca vontade de se trabalhar e fazer as coisas acontecer em Angola e tanta para mandar dinheiro para fora.

Angola: QUASE 900 IMIGRANTES ILEGAIS DETIDOS EM LUANDA




Cerca de 900 imigrantes ilegais foram detidos em Luanda, pela Polícia Nacional angolana, numa mega operação de fiscalização realizada durante o fim de semana, anunciaram as autoridades policiais.

O porta-voz do Ministério do Interior de Angola, Eduardo de Sousa Santos, disse, em declarações à rádio pública angolana, que dos 2.161 estrangeiros inspecionados, 884 encontravam-se em situação ilegal.

O grupo de imigrantes ilegais é constituído por cidadãos de países europeus, americanos, asiáticos e africanos, mas a maioria são da vizinha República Democrática do Congo.

"Muitos desses cidadãos não possuem consigo documentos de viagem, passaportes. Muitos deles até nem estão definidas as suas nacionalidades", referiu o responsável, sublinhando a necessidade de serem contactados os consulados dos respetivos países para a identificação.

A imigração ilegal é um fenómeno que as autoridades angolanas têm tentado combater, realizando operações periódicas de identificação e controlo de estrangeiros em situação ilegal.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal: TAP, UM PROBLEMA DE TODOS



Tiago Mota Saraiva - jornal i, opinião

O secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações Sérgio Monteiro não tem dúvidas. “Há amplo consenso na sociedade” sobre a privatização da TAP, diz-nos. Ora se é verdade que tem havido sucessivas maiorias governamentais a favor da privatização – é de recordar que Jorge Coelho, em 1998, quis vendê-la à Swissair, dizendo que, ou era privatizada ou desaparecia três anos antes da transportadora suíça falir –, uma sondagem publicada no i em 2013 demonstrava que apenas 19,1% dos portugueses era a favor da sua venda sendo quase 2/3 contra.

Na verdade, a TAP é uma das poucas grandes empresas públicas que ainda escapam à verve privatizadora. Calcula-se que, de uma forma directa e indirecta, a TAP dê emprego a 32 mil trabalhadores correspondendo a 100 milhões de euros para a Segurança Social e IRS. É a maior empresa nacional exportadora e responsável directa por cerca de 4% do PIB. Ou seja, o governo tem razão no argumento que invoca para a requisição civil, a empresa presta “serviços essenciais de interesse público e para o funcionamento de sectores vitais da economia nacional”, mas usa o instrumento jurídico de forma abusiva e despótica.

Há dois precedentes de requisição civil na TAP ambos em governos liderados pelo PS (1977 e 1997). Neste caso, a novidade é que o governo avançou para a requisição civil sem que o tribunal arbitral decretasse os serviços mínimos. A requisição civil não pode assegurar o regular funcionamento da empresa, ao contrário do que é veiculado, mas o cumprimento dos serviços mínimos.

O combate dos trabalhadores da TAP contra a privatização da transportadora corresponde à defesa dos interesses do país e dá expressão à opinião da maioria. A sua luta merece toda a solidariedade de quem quer viver num país livre e soberano e, quanto mais não seja, de quem não quer ficar dependente de interesses privados em promover esta ou aquela rota, este ou aquele aeroporto, este ou aquele país.

Escreve à segunda-feira

Portugal: CARLOS DO CARMO. 75 ANOS E UMA HOMENAGEM EM LISBOA



“É um filme de afectos, de amizades, quase lhe chamava um filme de Natal”, diz o realizador

O fadista Carlos do Carmo completou ontem 75 anos e foi homenageado com a exibição do documentário “Um Homem no Mundo”, de Ivan Dias, que definiu a obra como “um filme de amor”.

“Neste filme, [em contacto com os amigos] Carlos do Carmo revela-se, o que me permitiu, como realizador, poder mostrar este mundo que ele não pôde mostrar ao grande público, só mostrava aos amigos”, disse Ivan Dias. O filme, exibido ontem no Cinema S. Jorge, em Lisboa, “é um filme de afectos, de amizades, quase lhe chamava um filme de Natal, porque é um filme da família, um filme de amor – diria que este é um filme de amor”, afirmou o cineasta que realizou, entre outros, um documentário sobre o viola baixo Joel Pina, a exibir em Fevereiro na RTP.

O realizador disse ainda que o filme surge no “momento mais brilhante, o momento de consagração” do cantor, pois “poucos artistas chegam aos 50 anos de carreira”, celebração que se junta aos 50 anos de casamento do fadista com Maria Judite de Sousa Leal, com quem tem três filhos e vários netos. Para Ivan Dias, esta é uma questão “essencial” e afirmou ainda que procurou “passar a ideia do afecto com que Carlos vive com Judite e com os amigos”.

“Quando estávamos a mostrar o filme”, Carlos contou “17 beijos que dá a Judite”. “Eu não contabilizei. Agora, de facto, é um ritual que ele cumpre sempre antes de entrar em palco, antes de fazer qualquer coisa importante: olha para ver onde está Judite, dá-lhe um beijo na boca e sobe ao palco”, contou Ivan Dias.

Carlos do Carmo, voz de clássicos como “Canoas do Tejo” e “Os Putos”, disse à Lusa que a iniciativa veio de Ivan Dias: “O Ivan quis oferecer-me este filme. Há ano e meio ele disse-me: ‘Vou fazer o filme da sua vida’. Andou atrás de mim, foi a Toronto, a Madrid, ao Brasil e foi filmando, filmando e fazendo uma retrospectiva e fez este documentário que é muito cheio de afectividade – o que ele tem sobretudo é afectividade”, disse o fadista, lembrando que o realizador “andou a bater de porta em porta”, para conseguir os necessários apoios financeiros.

Embaixador da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, Carlos do Carmo realçou a importância deste tipo de documentários, que não foi possível fazer no passado. “É indispensável, para a memória do futuro, para as pessoas saberem quem nós éramos, ao que andávamos, como era o nosso feitio, e depois têm os discos para ouvir”, rematou. “Um Homem no Mundo”.

A estreia do documentário estava prevista para o dia de Natal, mas foi adiada para o próximo ano, por “questões levantadas pela Sociedade Portuguesa de Autores [SPA] sobre direitos autorais”, disse à Lusa a distribuidora cinematográfica NOS.

Jornal i - Foto: José Sena Goulão / Lusa

PORTUGAL ESTÁ A PERDER HABITANTES COMO NÃO ACONTECIA DESDE 1992




Pela primeira vez desde 1992, o número de habitantes em Portugal está a diminuir. Em causa está o facto de haver cada vez mais pessoas a emigrar e menos pessoas a escolherem Portugal como um país de destino para viver e trabalhar, refere o Diário de Notícias.

Entre 2010 e 2013 perderam-se 146 mil habitantes no país, revelam dados da Pordata, site da Fundação Manuel dos Santos que se dedica a estatísticas da população.

O principal motivo para esta situação está relacionado com a diferença entre o número de pessoas que saíram de Portugal e o de estrangeiros que escolheram o nosso país para viver, refere o Diário de Notícias.

Em 2013, por exemplo, emigraram 128.108 pessoas, situando a população portuguesa, atualmente, entre os 10,4 milhões de habitantes.

São também cada vez mais os estrangeiros que viviam em Portugal e decidiram regressar aos seus países de destino ou decidiram emigrar para outro país, fator que está a contribuir para que o número de estrangeiros em Portugal esteja a diminuir numa média de 3% por ano.

Os brasileiros são a maior comunidade em Portugal, seguidos pelos cabo-verdianos, ucranianos e romenos.

Notícias ao Minuto

Portugal: ADESÃO DOS TRABALHADORES À GREVE DO METRO DE LISBOA RONDA 100%




A adesão dos trabalhadores à greve do Metropolitano de Lisboa ronda os 100%, encontrando-se as portas das estações encerradas desde as 23:15 de domingo, disse hoje à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira.

"A adesão ronda os 100%. Por enquanto, está tudo de acordo com o que era expetável. Os trabalhadores estão a aderir massivamente e não há comboios a circular", disse Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), adiantando que as estações estão encerradas desde domingo à noite.

O Metropolitano de Lisboa encerrou as portas às 23:15 de domingo, mantendo-se a circulação suspensa até às 06:30 de terça-feira devido à greve dos trabalhadores em defesa do serviço público da empresa.

Uma fonte do Metropolitano de Lisboa contactada hoje pela Lusa confirmou que as portas das estações vão permanecer "fechadas até terça-feira, não havendo circulação das composições".

A paralisação de hoje é a oitava realizada pelos trabalhadores do metro em 2014, considerando greves totais e greves parciais.

Devido à greve, a rodoviária Carris vai reforçar o número de autocarros nos trajetos servidos pelas carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), que coincidem com eixos servidos pelo metro, acrescentou o Metropolitano, em comunicado.

A greve foi convocada por várias organizações sindicais, nomeadamente a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Lusa, em Notícias ao Minuto – Foto Global Imagens

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