Redação
Antes de ter sido anunciado à comunicação social que José Ramos-Horta se iria aliar ao Partido Democrático (PD), de Fernando La Sama Araújo, já no Página Global, em matéria assinada por António Veríssimo, tinha sido referido que Ramos Horta ia formar um novo partido político em Timor-Leste e que não deixaria a política do país sem a sua intervenção.
Segundo afirma Veríssimo as fontes que o informaram continuam neste momento “a garantir que o propósito de Ramos-Horta é fundar um novo partido político timorense mas que o tempo para se preparar para as próximas eleições legislativas (Junho) é escasso para que garanta sucesso imediato”. Por essa razão se alia agora ao PD de La Sama “com o objetivo de eleger o candidato Taur Matan Ruak na segunda volta das eleições presidenciais, contra Lu-Olo.”
No mês de Junho, para as eleições legislativas, Ramos-Horta fará campanha eleitoral pelo PD, junto com La Sama, a fim de obterem um bom resultado com o potencial de votos dos dois e acréscimo do respetivo partido, PD. O que lhes possibilitará uma eventual maioria nas eleições legislativas.
Se tal acontecer um deles será o primeiro-ministro de Timor-Leste. “Diz-se que Horta já acordou com La Sama que seria ele (Horta) o primeiro-ministro no caso de vencerem mas que as decisões do governo dependeriam da dupla Horta-Lasama”, informaram a António Veríssimo. Salientando que apesar de não pôr dúvidas sobre a credibilidade da fonte da notícia alerta para o facto de que “nestes jogos de política nem tudo acontece como os próprios intervenientes esperam, por isso devemos estar preparados para que se verifiquem algumas nuances ou radicalismos ao que foi acordado entre os dois políticos, sendo certo que tudo dependerá dos resultados de sucesso desta estratégia ou do seu fracasso. É o tudo ou nada.” Salientou.
Quanto à posterior formação de um novo partido por iniciativa de Ramos Horta, segundo as referidas informações “tudo dependerá dos bons ou maus resultados desta aliança, que poderá levar vantagem aos dois, a La Sama e a Ramos-Horta. Com bons resultados e se ambos se entenderem pessoal e politicamente torna-se evidente que Ramos-Horta não precisará de avançar com a formação do novo partido e aí tudo acabará em bem. Pelo menos de acordo com as suas aspirações. A incógnita está em saber se será bom, menos bom ou mau para os timorenses. Pior que este governo de Xanana Gusmão é impossível de ser”, acrescentou António Veríssimo.
Concluímos assim que Ramos-Horta tem em “carteira a intenção de formar um novo partido se se justificar”, disse. Tudo depende da evolução e dos resultados da aliança que fez com Fernando La Sama Araújo. (Redação PG – HS)