Alan MacLeod* | Mint Press News | # Traduzido em português do Brasil
Em relatório da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) descreve como a agência governamental tem encorajado governos, plataformas tecnológicas, meios de comunicação social e anunciantes a trabalharem em conjunto para censurar grandes áreas da Internet. A “cartilha sobre desinformação” de 97 páginas, obtida pela empresa conservadora America First Legal ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, pretende combater notícias falsas. No entanto, grande parte do foco da organização parece estar em evitar que os indivíduos encontrem informações online que desafiem as narrativas oficiais e levem a um maior questionamento do sistema em geral.
O documento apela à regulamentação dos videojogos e dos painéis de mensagens online, afastando os indivíduos dos meios de comunicação alternativos e voltando-os para sites mais amigos da elite, e que os governos trabalhem com os anunciantes para paralisar financeiramente as organizações que se recusam a seguir as linhas oficiais. Além disso, destaca grupos de verificação de factos apoiados pelo governo, como o Bellingcat, o Graphika e o Atlantic Council, como líderes na luta contra a desinformação, apesar do facto de esses grupos terem ligações estreitas com o Estado de segurança nacional, o que constitui um conflito de interesses esmagador. .
A notícia de que uma agência governamental está promovendo tal programa é bastante preocupante. Contudo, veremos também como a própria USAID promoveu notícias falsas para pressionar a mudança de regime no estrangeiro.