Rui
Peralta, Luanda (continuação - ler anteriores)
IX
- Assistimos, nestes complexos tempos que correm, a uma espectacular
engenharia mediática que mistificou (tornou num fetiche) o sempre
indefinido conceito "fundamentalismo islâmico". As estratégias
de manipulação e propaganda, em voga, criam problemas e numa fase
seguinte oferecem soluções. Esta é uma metodologia designada por "
problema/reacção/solução" e pode ser grosseiramente descrita da seguinte
forma: Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar determinadas
impressões no público, para que este seja mandatário das medidas
que se desejam fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se
intensifique a violência urbana ou organizar atentados sangrentos, para
que o público exija leis de segurança e políticas contrárias á manutenção
da liberdade de viajar, de reunir ou de informar.
Uma
grande parte da actual visão político-ideológica, é consequência
das mentiras fabricadas pelos diversos poderes e a manipulação mediática
tem um papel decisivo neste fenómeno. O "fundamentalismo", por
exemplo, é um termo de uso comum, mesmo que não se saiba muito bem o que significa
e seja utilizado nas mais variadas circunstâncias. Em sentido estrito, o
termo "fundamentalismo" tem origem numa serie de panfletos
publicados entre 1910 e 1915 nos USA,
intitulados "Os Fundamentos: um testemunho da Verdade",
escritos por pastores protestantes e distribuídos gratuitamente nas igrejas e
seminários. O objectivo destes pastores era alertar contra a perda de
influência dos princípios evangélicos no país, durante as primeiras
décadas do século XX. Pretendiam os seus autores efectuar uma declaração cristã
da verdade literal da Bíblia, sendo os seus defensores, considerados
(auto-considerados, claro) "guardiões da verdade". Desde então,
fundamentalismo implica "retorno ás fontes, aos fundamentos".
No
islamismo, o fundamentalismo preconiza a estrita observância das leis corânicas
no âmbito da sociedade. Aspira a voltar ás fontes ou seja ao Livro, á
Sunna (tradição do Profeta, ditos e actos de Maomé) e á Lei Revelada. É
um resgate dos valores do Islão, o que pressupõe a restauração do Estado
Islâmico e a oposição á inovação, considerada alienígena e portadora de valores
contrários á tradição. No interior deste "amplo movimento" existem
diversas tendências, distribuídas pelo cisma sunita e xiita, reveladas em
organizações diversas e abrangendo todo o mundo, islâmico, de África ao Extremo
Oriente, sem um fio condutor único, comungando de forma difusa alguns aspectos
do direito islâmico, como a proibição do casamento entre mulher muçulmana e
homem não muçulmano, proibição do muçulmano em mudar de religião, a não
aceitação dos sindicatos e de organizações dos trabalhadores, os castigos
corporais, a condenação do adultério ou a superioridade do muçulmano sobre o
não muçulmano.
A
maioria das tendências do fundamentalismo islâmico não estabelecem distinção
entre política e religião (no Irão, por exemplo, a direcção política recai nos
líderes religiosos). Para o fundamentalismo a restauração do Islão
originário é a única alternativa viável, a resposta religiosa frente aos
fracassos, ás crises e ao secularismo e o Ocidente é a principal causa
dos males. Nesta linha de pensamento, muitos dos problemas do mundo
árabe actual são provocados pelo abandono da fé islâmica, sendo essencial
retornar ás fontes da fé, depurar todas as escórias e deformações
provenientes e resultantes de séculos de decadência (a pobreza, o atraso
económico, a dominação estrangeira devem-se, nesta óptica, ao abandono do
Islão) e recuperar a época dourada, vista hoje como paraíso
perdido. Este fundamentalismo difundiu-se, principalmente, entre os
estratos mais pobres das sociedades islâmicas, camponeses expropriados e
empurrados a emigrar para a cidade, trabalhadores e pequena burguesia (os
primeiros como assalariados, muitas vezes em situação precária, os segundos
como proprietários) do sector da "economia dos bazares", uma parte do
clero islâmico e na juventude (60 % da população muçulmana entre os 18 e os 25
anos está desocupada e tem um futuro incerto, independentemente das
habilitações e formação técnica e profissional). É um movimento de carácter
interclassista que se opõe á "modernidade laica".
Como
no Alcorão está escrito que aqueles que morram em defesa da fé terão
felicidade eterna, estas camadas mais pobres e necessitadas vêm-se
induzidas aos maiores sacrifícios para alcançar a felicidade habilmente
explorada pelos seus lideres, que utilizam os textos sagrados para
alcançar os seus fins. Isto explica o terrorismo e os actos suicidas, difíceis
de entender se partirmos da concepção ocidental (os norte-americanos e os
ingleses foram confrontados com este problema na II Guerra Mundial, no
Pacifico, frente ás forças japonesas e aos seus esquadrões Kamikazes). Quando
um jovem islâmico lança-se carregado de explosivos contra um objectivo
está convicto de que essa é a "vontade de Deus" e que após a sua
morte irá directamente para o Paraíso onde residirá junto a Alá.
Este contexto de miséria económica, desemprego e pobreza em que as massas
islâmicas se encontram é o combustível do fundamentalismo islâmico, que encontrou
no fascismo um discurso mobilizador e uma formula politica eficaz.
X
- Nos anos cinquenta, sessenta e setenta, no mundo islâmico, existiam
correntes de esquerda bastante importantes. Na Síria, Iémen, Iraque,
Egipto; Líbia e outros países islâmicos existiam correntes nacionalistas
de esquerda, apimentadas de socialismo (ou vice-versa, socialismo apimentado de
nacionalismo, dependendo das circunstancias internas e externas) e existiram
importantes movimentos de massas. No clima da Guerra Fria alguns destes
dirigentes, como Gamal Abdel Nasser ou Kadaffi (para referir dois dirigentes
africanos) desafiaram o imperialismo ocidental e levaram a cabo
nacionalizações, estatizações e reformas radicais nos seus países. A partir
desse momento, uma das pedras angulares da política imperialista foi
organizar, armar e fomentar o fundamentalismo islâmico moderno como uma
arma contra eventuais insurreições islâmicas e regimes nascidos de golpes
nacionalistas, que procuravam alianças com o "campo socialista", CIA
e Pentágono fizeram inflacionar os orçamentos e forneceram ajuda e formação,
armamento e estrutura organizacional a grupos que combatiam, em nome do Islão,
este processo de modernização das sociedades islâmicas. O caso da
nacionalização do Canal do Suez, por parte do Egipto de Nasser, foi a faísca
que incendiou este processo e décadas depois, o Afeganistão representou uma
alteração nas formas de actuação dos USA, que através da CIA passaram a criar
núcleos de combatentes islâmicos, precursores directos do fascismo islâmico
actual, encarnado pelo Califado. A principal fonte de financiamento desta
operações procederam do narcotráfico. Numa primeira fase através do ópio
turco e mais tarde, durante as operações contra os soviéticos e as forças
nacionalistas no Afeganistão a rede internacionalizou-se, ate por efeitos da
produção de ópio afegão e os fundos derivaram com a entrada da Arábia Saudita e
dos Estados do Golfo nas estruturas de financiamento a operações da
inteligência e contra-inteligência norte-americana (este processo de utilização
do narcotráfico e de outros esquemas da economia paralela informal, iniciado
pela estruturas da CIA, acabou por autonomizar-se e é, hoje, um mecanismo de
funcionamento da economia capitalista á escala global). Hoje, cerca de 70 % da
produção mundial de heroína procede dos clãs Afegãos e Paquistaneses e dos
laboratórios localizados na fronteira entre ambos os países (onde se transforma
o ópio em heroína), instalados com a ajuda da CIA.
Em
sociedades onde os Estados são incapazes de proporcionar os serviços
básicos de saúde e educação, o fascismo islâmico utiliza estas privações
para construir as suas próprias forças, prosseguindo a politica dos grupos
fundamentalistas (foi desta forma que o Hamas se instalou em Gaza, ou que o
Hezzbollah ganhou um papel predominante no Líbano, para citar dois exemplos que
acabam por fugir á hegemonia norte-americana, mas para o qual os USA
contribuíram. É o preço de não ler correctamente as dinâmicas internas e pensar
que o mundo é determinado pela externalidade das dinâmicas sociais, politicas,
culturais e económicas). Escolas religiosas formam a carne para canhão e ocupam
o lugar das escolas publicas laicas. Clínicas e hospitais de campanha tapam o
buraco da ausência de um esboço sequer de politica de saúde. O clima de
desespero das grandes massas islâmicas – em particular da juventude – gera a
tentação da violência e é aqui que residem as raízes dos movimentos fascistas e
da sua estratégia terrorista. Em toda e qualquer parte do mundo. O Ocidente
parece nada ter aprendido com o seu passado recente, crivado pelos actos da
barbaridade fascista, como a II Guerra Mundial e o Holocausto, a Alemanha sob
domínio nazi, a Itália debaixo da bota fascista e o Japão militarista.
XI
- As linhas de montagem mediáticas do poder no Ocidente – com Washington
á cabeça – confunde fundamentalismo islâmico com terrorismo, batendo
tanto nesta tecla, que hoje a realidade mistura-se com a mentira criada pelos
propagandistas. O novo perigo, para esta engenharia comunicacional, não é o
comunismo, nem o narcotráfico, mas sim o "terrorismo internacional de
cunho islâmico". Surgem diabólicas figuras como Osama Bin Laden (já
morto) ou Abu al-Baghdadi (o líder do Califado). Os atentados suicidas são
noticias diárias, quotidianas, que acompanham o telespectador na hora da
refeição, assim como os números da morte no Afeganistão, Iraque, Síria,
Somália, Líbia...Enquanto mastiga o almoço ou o jantar o telespectador
ocidental pode ver as mulheres com os rostos tapados e os corpos cobertos sem
ponta de pele á mostra.
É
uma realidade martelada que tenta comprovar os "maus que estes tipos são,
vejam as mulheres deles e como vivem" e que é depois passada para actos
como passar nos aeroportos a pente fino tudo o que é suspeito de ser islâmico,
porque é terrorista, ou olhar de lado nas ruas, camuflando os centros
comerciais e turísticos do Dubai e dos Emiratos, os investimentos estrangeiros
provindos do mundo islâmico (que na África não islâmica são imensos e aparecem
com as mais diversas formas, muitas vezes sob a forma de médios e pequenos
investimentos) e focando, essencialmente, o fanatismo religioso e o terrorismo.
O fundamentalismo islâmico é um bom negócio para as grandes corporações da
industria mediática e o terrorismo islâmico é o ganha pão da industria de
segurança e de muitos serviços dos Estados que encontraram nessa fórmula uma
forma de manter o emprego e pôr a trabalhar o cunhado, o genro, a irmã ou o
filho. Bem explorado serve para todas as carapuças.
Fundamentalmente
esconde-se o que seria obvio se não vivêssemos num mundo alienado pela
realidade única, económica, de vistas curtas e cérebros atrofiados. A
"guerra contra o terrorismo" é uma formula que justifica as manobras
estratégicas de hegemonia dos USA, da U.E e seus parceiros de negócios. Actos
de terror contra interesses dos USA ou da Europa apenas serviram para a
ingerência e agressão imperialista. Olhe-se para o continente africano e
veja-se os avanços da AFRICOM e consegue-se compreender o objectivo final da manipulação.
Veja-se a Europa e compare-se a actualidade com 15 anos atrás, para não ir
muito longe: a liberdade de movimentos, a liberdade de viajar, o conhecer o
mundo e o Outro, o não ver policias a todo o instante, a curiosidade e o prazer
de conhecer e comunicar...Hoje, nos escombros causados pela crise, no meio das
campanhas propagandísticas da segurança, resta a desconfiança...
A
liberdade religiosa e a tolerância correm o risco de tornarem-se bens raros e
com a sua raridade asfixiam-se todas as outras liberdades, direitos e
garantias, substituídos pela obrigação da eficiência, da produtividade e pelo
culto da segurança. As fronteiras voltam a fechar-se sobre si próprias e apenas
os capitais e mercadorias têm liberdade de movimentos. O fundamentalismo islâmico
é uma marca registada pelas corporações dos media e da industria de segurança,
com a cumplicidade das elites ocidentais, dos USA, da U.E. e da NATO, para
permitir cobrir os riscos da grande aventura cosmopolita que o actual estágio
da economia-mundo exige e que implicaria a certidão de óbito das actuais
elites, que nada são sem o espaço nacional inserido, seja no centro ou nas
periferias.
Quanto
ao crente na fé islâmica, que se cuide: o rotulo está colocado na testa! A
tolerância terminou no 11 de Setembro, para gozo dos intolerantes e dos
invasores, afinal, uma e a mesma coisa.
XII
- Na agenda da inteligência militar dos USA estes produtos mediáticos obedecem
a dois tipos de construções: Uma, verdadeira, associada ás redes secretas
do terrorismo e outra, fabricada, para consumo mediático. A primeira
forma e treina o soldado, preparando-o para os actos de terrorismo, a segunda
transforma-o num produto vendável, uma entidade espectral. Os resultados
são sempre funcionais aos interesses estratégicos, políticos e económicos
de Washington.
Da
mesma forma que utilizou o fascismo islâmico e os núcleos integristas
islâmicos para as suas operações encobertas na Ásia e nos Balcãs, agora a
CIA fabrica a psicose terrorista que servem os USA para justificar as
novas invasões militares necessárias ao redesenhar planetário que a
deslocação do centro financeiro implica, de forma a que os USA não se tornem
uma região periférica, mas que permaneça ligada ao centro de decisão (como
aconteceu com a Inglaterra, quando o centro financeiro mundial se deslocou de
Londres para Washington).
Investigações
realizadas pelo FBI e pelo Financial Crimes Enforcement Network (FCEM),
determinaram as conexões do clã Bush com o clã Salem Bin Laden (dirigido pelo pai de Bin
Laden) e o BBCI (Bank of Credit & Commerce). A investigação revela
que os sauditas utilizaram o BCCI para realizar lavagem de dinheiro,
tráfico de armas e canalização dos fundos para as operações encobertas da
CIA na Ásia e América Central, que implicavam subornos a governos. Este é
um exemplo dos "processos de laboratório" dos novos produtos
mediáticos e da maquinaria da propaganda e manipulação. O medo foi instalado,
os negócios foram feitos, os lucros aplicados, o medo tem de ser perpetuado,
para os negócios continuarem e os lucros aumentarem.
Quanto
á aldeia global morrem, por dia, 6 mil pessoas de diarreia, 11 mil de fome,
cerca de 4 mil pela SIDA, 150 por consumo de drogas, 720 por acidentes
rodoviários e 11 são vitimas de "terrorismo".
XII
- Os novos esquemas de vigilância, impostos a nível internacional, são eficazes
a aterrorizar e incomodar cidadãos, mas ineficazes para fazer face a redes bem
estruturadas, como são as que se movimentam nos cenários mundiais do
terrorismo, narcotráfico, lavagem de dinheiro, etc. Têm, estes esquemas, o
mesmo efeito que as operações stop: manda-se parar toda a gente, ou segue-se um
critério arbitrário e havemos de descobrir condutores embriagados, drogas
leves, tipos que conduzem sem carta, viaturas não seguradas, etc. Em
contrapartida agiu-se arbitrariamente sobre 95% de inocentes, que tinham tudo em dia. Incomodaram-se
pais que saíram para passear com os filhos, incomodou-se turistas que vêm para
gozar as paisagens com o esforço das suas poupanças, incomodou-se os contribuintes,
que pagam os custos de todas estas operações, aparentemente necessárias, mas só
aparentemente, pois o motivo real da sua existência é dar emprego, manter
pessoas ocupadas, que de outra forma não teriam qualquer utilidade funcional.
A
efectividade das politicas de segurança em curso é um contra senso. Parte-se do
princípio errado de que tudo e todos são suspeitos, sendo que estes
"todos" são, na sua maioria, os contribuintes, cidadãos que, em
ultima analise, deveriam ser os mais beneficiados pelas medidas de segurança e
não os mais afectados. Por isso a segurança é, no momento, o maior inimigo do
cidadão, um meio de o despir dos seus direitos (inclusive da propriedade, um
direito natural á luz da filosofia do direito ocidental), uma canção de embalar
cuja letra assenta nos medos colectivos engendrados pelos que não aceitam as
regras do jogo democrático e que pretendem enganar os mecanismos de mobilidade
social e as engrenagens do rejuvenescimento das elites. O fascismo islâmico
serve este objectivo das elites ocidentais de duas formas: cria a necessidade
de segurança, fazendo avançar o fascismo no Ocidente e mantém o mito da
superioridade da civilização Ocidental, fazendo implantar o fascismo no
Ocidente e legitimando a sua ascensão a Oriente.
No
fundo estamos a falar de farinha do mesmo saco, sejam farelos do Ocidente ou
Oriente, do Norte ou do Sul.
XIII
- Os bombardeamentos aéreos e o lançamento de mísseis Tomahawk nas últimas
horas sobre território sírio, sob a capa de combater o ISIL é a mais recente
invenção da máquina de guerra dos USA. A administração Obama tenta desde o
inicio da agressão á Síria, uma forma de ataque directo, sem rodeios, deixando
o país num caldo caótico, como aconteceu com o Iraque, a Somália, o Afeganistão
e a Líbia. Claro que os bombardeamentos
não se dirigem directamente contra Damasco, nem contra instalações militares ou
do governo, pelo menos por enquanto. Por ora estão dirigidas ás forças do
Califado e á primeira vista, sem muita reflexão, pode parecer que os ataques
norte-americanos contra o Estado Islâmico favorecem o governo sírio de Al
Assad. Mas este é um argumento que contorna o objectivo a longo prazo, que é o
derrube do regime sírio e a sua substituição por um "governo
funcional" como o da Líbia ou da Somália...
Os
sírios são submetidos a uma dupla agressão: a da NATO (cujo secretário-geral é
a prova comprovada que afinal algo vai podre no Reino da Dinamarca) com os USA
á cabeça e com o apoio dos Estados do Golfo; e a do Califado Fascista,
disfarçado de Estado Islâmico.
Por outro lado estes bombardeamentos, ao contrario do que acontece no Iraque, violam alguns princípios básicos, porque são efectuados por um país, ou por um consórcio de países, que bombardeiam um terceiro, sem que convidem o Estado deste a participar na coligação e declarando abertamente que dão apoio ás forças que se opõem ao Estado do pais bombardeado. É uma posição curiosa em termos de direito internacional e que deveria ser merecedora de um estudo aprofundado por parte dos especialistas na matéria (dos especialistas e não dos papagaios que ainda cheiram a recém-licenciados ou recém-qualquer- coisa em termos académicos e que usam fatos largos, para parecerem mais responsáveis).
XIV
- O que está em perigo? A liberdade do crente e do não-crente. A liberdade de
expressar a fé e a de expressar a razão. A tolerância, mãe da liberdade e a
liberdade, irmã da dignidade. Está em perigo, meus caros, a Humanidade...
Fim
Fontes
Rodinson,
M. Islão Politico e Crença Instituto Piaget, Lisboa, 1997
Almeida,
E. C. Fundamentalismo Islâmico: A Ideologia e o Estado Ed. Autonomia 27,
Azeitão, 2003
Amin,
S. Os desafios da mundialização Ed. Dinossauro, Lisboa, 2000
Graça,
P.G. Historia do Presente e Intelligence nas Relações Internacionais IISA,
Luanda, 2010
Braudel,
F. La Dynamique
du Capitalisme Ed. Arthaud, Paris, 1985
New
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www.democracynow.org
www.rebelion.org
www.lewrockwell.com
www.economicpolicyjournal.com