terça-feira, 6 de setembro de 2011

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 2011




O nosso querido Brasil é um país cheio de peculiaridades, a começar pelo seu tamanho, com verdadeiras dimensões continentais, mas o que mais chama a atenção é a sua unidade linguística e patriotismo, de norte a sul, desde o jeito irreverente até o discreto, do deseducado ao polido, todos com a brasilidade enraizada na alma.

A nossa diversidade cultural não impede que queiramos participar da mesma unidade nacional, salvo algumas desavenças, mas em toda família tem um filho rebelde, que deseja alçar voos com suas próprias asas.

Muitos reclamam que a distância impede uma presença mais efetiva do governo federal, outros reclamam dos políticos que hoje são os verdadeiros nobres do século XXI, administram os cofres públicos com a destreza de um avarento, na melhor das hipóteses.
A imprensa alardeia a posição no cenário mundial, a dívida externa transformou-se numa incógnita, a maioria diz que foi paga, outra parte diz que é uma grande falácia.

O interessante que o Brasil, agora é credor até de países como Estados Unidos, ao passo que o sistema de saúde ainda é um caos, a educação e cultura parecem ser miragens que só são palpáveis no eixo sul-sudeste, o resto sonha com um dia fazer bonito na Olimpíada do Rio de Janeiro, mesmo sem nenhuma estrutura, mas como sonho é sonho, ainda não paga; atletas sonhadores treinam sem material nenhum, o pior que nesse mesmo século das grandes descobertas, ainda tem aluno de escola pública que não tem o prazer de folhear um livro didático ou suprir suas necessidades alimentares na hora do intervalo.

Esse nosso pais querido, está em festa pela sua independência, grande e pujante no cenário internacional, palpiteiro em todas as desavenças no nosso globo, infelizmente não olha para dentro de si mesmo, o seu povo sofre e paga por isso, pela falta de informação, de cultura e de oportunidade, aquela mesma oportunidade que os nobres, eleitos pelos votos tiram todos os dias de nós todos, com seus super poderes de administrar o dinheiro público.

Nesse dia de independência, onde os militares irão desfilar suas sucatas do século passado, vamos valorizar o civismo, pois é a única coisa que ainda temos a comemorar nesse mundinho distrital.

*Marcelo de Oliveira Souza: Pseudónimo SOM, natural do Rio de Janeiro, Professor de Língua Portuguesa, formado na Universidade Católica do Salvador. Pós-graduado pela Faculdade Visconde de Cairu com convénio com a APLB/UNEB; Membro titular do Clube dos Escritores de Piracicaba; Organizador do Concurso Anual Poesias sem Fronteiras; participa de vários concursos de poesias, contos, sempre conseguindo colocações louváveis. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS.

RAPIDINHAS DO MARTINHO – 39




MARTINHO JÚNIOR

SADC O ÚNICO ESPAÇO COM COESÃO EM ÁFRICA

1 ) A única região africana que se mostrou coesa em relação ao caso da Líbia foi a SADC, que actuou principalmente pela via do Presidente Jacob Zuma, suportando a oportunidade para conversações perseguindo uma trilha de paz com vista a encontrar soluções em que se valorizasse o diálogo e se introduzisse por essa via o contexto democrático.

2 ) A SADC teve em Jean Ping, Presidente da Comissão da União Africana, toda a audiência, mas depois a posição de outros países africanos alinhando com o AFRICOM/OTAN sabotaram os esforços iniciais, o que significa dizer que em África os agentes das potências ocidentais proliferam ao Mais Alto Nível…

3 ) A CPLP não teve, nem podia ter coesão: Portugal teve uma posição completamente alinhada à AFRICOM/OTAN, Cabo Verde foi-lhe na esteira e o Brasil emergente mantém até hoje uma posição carregada de ambiguidades, aceitando estar presente na Conferência organizada por Sarkozy...

4 ) A Guiné Bissau, que é já o principal prejudicado no quadro da CPLP pela situação na Líbia, tem agido com um critério mais digno do que Cabo Verde: não se decidiu ainda ao reconhecimento do CNT, impediu o hastear da bandeira do rei Idris na Embaixada da Líbia em Bissau e mantém expectativa sem ter projectado ainda um pronunciamento conclusivo.

5 ) Desconhece-se a posição de São Tomé e Príncipe, mas é importante conhecê-la tendo em conta sua posição no Golfo da Guiné e o seu emparceiramento em matéria de petróleo com a Nigéria, que reconheceu o CNT da Líbia, apesar dos assassinatos de muitos nigerianos migrados na Líbia, às mãos dos "rebeldes" (para esses pobres africanos não há “direitos humanos” que os valha)...

6 ) A coesão da SADC pode marcar uma viragem nos contenciosos internos da União Africana, pois o peso dos países da África Austral e o seu critério, estão a ser exponenciais, até pelo exemplo que a organização deu em relação ao caso de Madagascar, um dos membros da SADC.

7 ) Essa coesão é um indicativo que os relacionamentos internos ao nível da SADC vão sair fortalecidos e a organização pode distanciar-se da União Africana (conforme Kiambata), o que me parece contraproducente, uma vez que os riscos de se repetirem sucessos análogos ao caso Líbia são evidentes em África e necessário se torna não dar mais espaço ao AFRICOM/OTAN motivado pela “Obama doctrine”.

8 ) Há uma incógnita no que diz respeito à SADC: que relacionamentos vão ser mantidos pela organização e seus componentes com o AFRICOM/OTAN, com os países Europeus com presença militar na Líbia e outros que suportaram a agressão militar?

9 ) Neste quadro que questionamentos se vão levantar entre Angola e Moçambique, por um lado e Portugal por outro, sabendo que os relacionamentos militares entre eles têm como referência mensagens a condizer com o AFRICOM/OTAN (os militares portugueses em Angola e Moçambique estão deliberadamente  a compor o corpo dum “cavalo de Tróia” enquanto “mensageiros introdutórios” dos interesses do binómio AFRICOM/OTAN)!

10 ) Quanto à CPLP, com referência a este caso da Líbia, é uma “manta de retalhos” que está destinada a perder o seu crédito em termos de políticas coordenadas de relacionamento interno e da organização com exemplar coesão perante o mundo.

11 ) África quer paz e a presença do AFRICOM/OTAN, com o uso ou não de fantoches, é um risco que não reforça as vias de diálogo, da busca pela via pacífica de soluções para os conflitos, nem serve de garantia para manter o continente fora da presença de armas nucleares, pelo que é pertinente que a SADC assuma uma posição mais frontal em relação às ingerências externas das potências neo coloniais.

12 ) Tendo em conta as notícias que se referem a uma enorme coluna militar líbia, supostamente com Kadafi, que entrou no Níger e se dirige ao que se indica para o Burkina Faso, o “far west” pode atingir o coração do continente…

13 ) Angola e Moçambique têm a oportunidade de rever seus relacionamentos militares, sobretudo os bilaterais com Portugal e Israel!

14 ) Essa questão é tanto mais pertinente quanto o governo de turno em Portugal ter várias plataformas de influência que também se torna necessário rever.

15 ) É de realçar no caso da Líbia, o explosivo “cocktail” que constitui o CNT tendo em conta gente que teve ou tem ligações à Al Qaeda, o que enfraquece os argumentos do AFRICOM/OTAN: então esses “terroristas” combatem-se, ou são mais um reforço de fantoches-aliados?

16 ) África deve exigir, à boa maneira da activista Cinthya McKinney, o AFRICOM/OTAN fora do continente, inclusive e para começar fora da sua neo colónia, a Líbia sob a bandeira do velho fantoche que foi o Rei Idris! 

Gravura e comentários:
Um “cartoon” apropriado (NOVO FAR WEST) – com Kadafi a ir por terra pela via do Níger em direcção ao Burkina Faso, poderá aumentar o prémio pela sua cabeça e por isso em relação a Blaise Campaoré ele que se cuide, não vá acontecer-lhe o mesmo que ao heróico Thomas Sankara!

*Esta Rapidinha surge na sequência da entrevista a Kiambata, um veterano da diplomacia angolana, transcrita aqui no Página Global.

Cabo Verde: CNE diz que demissão passa pelo Parlamento e não pelos seus membros




IMN - A SEMANA

O vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) respondeu a Carlos Veiga lembrando que o órgão é uma emanação do Parlamento e por isso só a ele tem de prestar contas, enquanto centro do sistema em Cabo Verde. “Isso, se a Assembleia Nacional achar que não foi prestado um bom serviço”. Manuel Miranda adianta ainda que cabe ao líder do MpD “activar os mecanismos” para que isso aconteça uma vez que os membros da CNE, por iniciativa própria, não se demitem.

A conferência de imprensa foi marcada para apresentar os dados oficiais das últimas eleições presidenciais, e ocorreu meia hora depois de Carlos Veiga ter pedido a demissão da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

“O órgão CNE é eleito pela Assembleia Nacional e requer consenso dos partidos políticos, numa maioria de dois terços. Estamos disponíveis, havendo acordo entre os partidos políticos e se acharem que a comissão não prestou um bom serviço e que, de facto, convém a demissão de todos, então que façam o trabalho deles. Estamos disponíveis”, reage o vice-presidente da CNE.

Manuel Miranda acrescenta ainda que “caberá a ele (Carlos Veiga) desencadear os mecanismos para isso”. “Nós entendemos que fizemos um trabalho que corresponde ao nosso esforço, à nossa capacidade e demos o nosso máximo. Também é certo, e é do conhecimento de todos, que a CNE está sem presidente e isso já é um constrangimento a nível de funcionamento”, admite.

“Se ele entende que a CNE não prestou um bom serviço, então que desencadeie todos os mecanismos para a substituição de todos os membros da CNE. Eu, pessoalmente, e acredito também que os meus colegas, estamos de consciência tranquila. Fizemos o nosso máximo no contexto e condições que tivemos”, insiste Manuel Miranda, acompanhado dos outros membros da CNE, em silêncio.

Manuel Miranda defende ainda que “a fiscalização do processo eleitoral é compartilhada, não cabe somente à CNE esse trabalho”. “Todos devemos fazer um trabalho no sentido da consolidação do sistema democrático, não caberá apenas à CNE trabalhar pela transparência do processo eleitoral. Continuamos a fazer essa recomendação e apelo a todos para isso”.

Entrando finalmente no assunto da Conferência de imprensa - as eleições presidenciais-, o vice-presidente diz que “ainda há processos de queixas pendentes. Já foram resolvidos alguns, mas, na altura própria terão respostas”.

Sobre o relacionamento entre os membros do colectivo, Manuel Miranda garante que “sempre houve sintonia” entre todos os membros...Mas, “como qualquer órgão colegial, há discordâncias. No geral, sempre houve sintonia”.

Manuel Miranda afirma que “no segundo sufrágio houve menos boca de urna, pelo menos no dia de eleição não houve constrangimentos maiores que possam dar a ideia de que houve números expressivos de boca de urna”.

Resultados oficiais

Terminado o apuramento geral, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já pode confirmar o resultado das eleições presidenciais, uma vez que tem todos os dados, refere o vice-presidente da CNE que confirma o que já é de conhecimento público.

“No primeiro sufrágio, 7 de Agosto, dos quatro candidatos – Jorge Carlos Fonseca, Manuel Inocêncio Sousa, Aristides Raimundo Lima e Joaquim Jaime Monteiro – nenhum obteve a maioria absoluta, provocando assim um novo sufrágio eleitoral a 21 de Agosto”, afirma o vice-presidente da CNE, Manuel Miranda.

Na primeira volta, Jorge Carlos Fonseca obteve 60.887 votos; Manuel Inocêncio Sousa conseguiu 52.612; Aristides Raimundo Lima alcançou 44.648; e Joaquim Jaime Monteiro chegou aos 2.958 votos e a abstenção atingiu os 46,3 por cento.

Isto, num total de 304.621 cidadãos cabo-verdianos inscritos, sendo 267.607 no círculo eleitoral nacional e 36.945 no estrangeiro.

Na segunda volta, protagonizada pelos dois candidatos mais votados na primeira, Jorge Carlos Fonseca conquistou 97.735 votos e Manuel Inocêncio Sousa arrecadou 82.379 votos, sendo Jorge Carlos Fonseca proclamado o vencedor das eleições presidenciais e, consequentemente, o novo Presidente da República de Cabo Verde. A taxa de abstenção na segunda volta atingiu os 40,1 por cento.

PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU CONTINUA INTERNADO NUM HOSPITAL DE DAKAR




ÁFRICA 21, com agência

O estado de saúde do presidente guineense tem constituído preocupação e os rumores que o rodeiam são cada vez mais numerosos.

Bissau - O presidente da Guiné Bissau, Malam Bacai Sanhá, encontra-se na capital senegalesa desde há sete dias para testes médicos aumentando as especulações acerca do seu estado de saúde.

Em declarações a uma rádio privada guineense, Bacai Sanhá , afirmou contudo que o seu estado não inspirava cuidados e que estaria de regresso ao país ainda esta semana, informou a rádio norte-americana Voz da América.

Malam Bacai Sanhá salientou que saiu do país pelo seu pé e não numa maca e reiterou estar bem de saúde.

Segundo informações apuradas junto de fontes ligadas ao seu gabinete, o presidente guineense voltaria ao país ainda esta semana depois de quase uma semana de exames médicos em Dakar.

O chefe de Estado guineense apelou à calma à população guineense e afirmou que o importante é fazer avançar a Guiné-Bissau e ter um país próspero.

O estado de saúde do presidente guineense tem constituído preocupação e os rumores que o rodeiam são cada vez mais numerosos.

À espera de Bacai Sanhá em Bissau está a tomada de posse de novos ministros recentemente nomeados por decreto presidencial.

Ana Gomes considera "imperativo" que Governo português transmita o seu protesto a Luanda




SK - LUSA

Lisboa, 06 set (Lusa) -- A eurodeputada Ana Gomes afirmou hoje que é "imperativo" que Lisboa expresse o seu protesto às autoridades de Angola pela agressão de que foram alvo jornalistas portugueses, este sábado, em Luanda, para além da repressão sobre cidadãos angolanos.

"Penso que é imperativo que o Governo português expresse às autoridades angolanas o seu protesto perante a agressão de que foram vítimas [durante a manifestação de sábado contra o chefe de Estado angolano] jornalistas portugueses da RTP, com destruição do equipamento, para além da repressão dos cidadãos angolanos", vincou a eurodeputada do PS.

Em declarações à Agência Lusa, Ana Gomes disse que o Governo português deve exigir também a "libertação de todos os manifestantes que ainda estão detidos".

A eurodeputada portuguesa manifestou-se "muito preocupada" com as "notícias que chegam de Luanda" e adiantou que vai transmitir essas preocupações à chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e ao Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

"Neste momento estou a escrever a Catherine Ashton e ao Presidente Barroso para pedir a intervenção da União Europeia no sentido de apurar o que efetivamente se passou e exigir a libertação de todos os detidos, e naturalmente fazer diligências junto das autoridades de Angola porque este comportamento das autoridades policiais é absolutamente incompatível com um Estado de direito democrático, onde as manifestações devem ser permitidas", afirmou.

Centenas de jovens pediram sábado em Luanda a destituição do Presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 32 anos em Angola, manifestação que terminou com a detenção de 24 pessoas, segundo a polícia, enquanto fontes próximas dos manifestantes falam em 50 detidos.

A organização dos Direitos Humanos Human Rights Watch afirma que pelo menos 30 detidos continuam incontactáveis e com paradeiro desconhecido. Dos jovens detidos, 21 foram hoje presentes a um juiz para julgamento sumário, que acabou por ser adiado para quinta-feira.

Se há julgamentos de manifestantes é porque houve violações da lei, diz ministro da Defesa





O ministro da Defesa de Angola considerou hoje, na Cidade da Praia, que as detenções feitas sábado pela polícia angolana na sequência da manifestação em Luanda só aconteceram porque houve violação da lei.

Falando aos jornalistas à saída de uma visita de cortesia a José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, Cândido Van Dunem, escusando-se a ir mais longe, sustentou que essas violações levam a que haja julgamentos sumários dos detidos. "Se há um julgamento é porque há uma violação dos princípios institucionalmente previstos. Mas é uma matéria de ordem interna. Eu sou ministro da Defesa, embora membro do Governo, e prefiro não me imiscuir diretamente naquilo que são responsabilidades que me são alheias", disse.

Questionado pelos jornalistas sobre se é habitual em Angola realizarem-se julgamentos sumários, Cândido Van Dunem salientou que a acção do Estado e/ou do Governo tem correspondência jurídica e legal. "Devo dizer que qualquer acção do Estado, do executivo, que não fuja das balizas previstas na Constituição ela encontra respaldo jurídico-legal.

Neste caso, temos a certeza de que quem está a tratar desta matéria está a observar o que está previsto na lei", concluiu. Sábado, em Luanda, centenas de jovens pediram a destituição do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, no poder há 32 anos, manifestação que terminou com a detenção de 24 pessoas, segundo a polícia, enquanto fontes próximas dos manifestantes falam em 50 detidos.

A organização Human Rights Watch afirma que pelo menos 30 detidos continuam incontactáveis e com paradeiro desconhecido. Dos jovens detidos, 21 foram hoje presentes a um juiz para julgamento sumário, que acabou por ser adiado para quinta-feira.

Sindicato de Jornalistas Angolanos repudia agressões e dificuldade de diálogo com autoridades




ÁFRICA 21, com agência

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) repudiou , em Luanda, a agressão a jornalistas de órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros durante manifestação no sábado.

Luanda - O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) repudiou hoje, em Luanda, a atitude de elementos não identificados por agressão a jornalistas de órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros que se encontravam a cobrir uma manifestação realizada no último sábado, 03 de Setembro, na Praça da Independência.

De acordo com um documento do SJA, o sindicato repudia essa atitude perpetrada que resultou em danos morais e físicos, na destruição dos meios de trabalho de alguns jornalistas, entre os quais câmaras de filmagem e gravadores.

O SJA apela as autoridades a identificar e responsabilizar criminalmente os autores das agressões.

O sindicato recorda que os jornalistas se encontravam no local em serviço e não eram protagonistas, factor que agrava a agressão.

O SJA constata, com muita preocupação, a existência, nos últimos tempos, da deterioração das condições de segurança para os jornalistas no exercício da sua profissão.

Não obstante ter já havido manifestação de interesse, por parte do SJA, para a realização de encontros com responsáveis do Ministério do Interior e do Comando Geral da Polícia Nacional, com vista ao esclarecimento de situações que têm envolvido jornalistas em Angola, estes nunca se concretizaram.

Assim, o SJA manifesta total disponibilidade para com as citadas entidades e reitera e intenção de continuar a encetar contactos no sentido de se melhorar a protecção dos jornalistas no exercício das suas funções. As informações são da Angop.

Luanda: Adiado para quinta-feira o julgamento de 21 detidos na manifestação contra o PR




ANGOLA 24 HORAS

O julgamento sumário de 21 jovens detidos no sábado durante uma manifestação contra o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, foi adiado para quinta-feira.

O adiamento foi justificado pelo juiz com a falta de alguns dados para completar o processo. Na sala de audiências estiveram presentes alguns familiares dos detidos. No exterior do edifício do Tribunal de Polícia várias pessoas, entre familiares e jovens, exigiram "justiça". O julgamento sumário, cujo início estava previsto para as 09:00 locais (mesma hora em Lisboa), começou com quase quatro horas de atraso.

Entre os detidos presentes hoje a tribunal encontrava-se uma mulher, Ermelinda Freitas, de 60 anos, do Bloco Democrático. Os detidos submetidos a julgamento fazem parte de um grupo de jovens que no sábado realizou uma manifestação contra o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que resultou na detenção e ferimento de alguns participantes, bem como na agressão a alguns jornalistas que faziam a cobertura da manifestação.

Segundo a polícia, foram detidas 24 pessoas, enquanto segundo fontes próximas dos manifestantes foram detidas 50. A organização dos direitos Humanos Human Rigts Watch afirma que pelo menos 30 detidos continuam incontactáveis e com paradeiro desconhecido.

- Lusa

MOÇAMBIQUE: UM PAÍS DE OPORTUNIDADES





MIGUEL MKAIMA, Embaixador de Moçambique em Portugal, em entrevista ao IMPRESSO, fala deste “país de oportunidades.

Situado na costa oriental da África Austral, Moçambique é um país considerado um caso de sucesso entre as novas economias emergentes africanas. Possuidor de importantes recursos naturais, este país tem uma economia atraente, e com um registo de elevado crescimento económico, razão pela qual tem sido cada vez mais o país preferido do investimento estrangeiro.

Dia 25 de junho comemora-se o 36º aniversário da Independência de Moçambique. Como descreve o país atualmente, face ao passado?

Nos últimos 36 anos que Moçambique vive a sua independência são visíveis as grandes diferenças com o passado. Antes da independência não existia Moçambique como um país soberano. A independência significa a conquista do estatuto do país como uma nação com um rumo e destino próprio, definido pelo seu povo através das suas instituições. Com independência os moçambicanos conquistaram a liberdade a educação, a saúde, ao trabalho para a produção da riqueza para melhorar a vida e promover o desenvolvimento.

Moçambique está cada vez mais na mira dos investidores portugueses. Porquê?

Nos últimos anos temos assistido a um grande incremento de investimentos portugueses, uma grande procura de empresários portugueses às oportunidades de investimento. É uma grande viragem, se compararmos com anos de um passado recente, onde investir em Moçambique não era tema em Portugal. As reformas do setor público que decorrem desde há mais de uma década, que têm como objetivo principal abrir o país ao mundo para conhecimento das potencialidades que existem, e promover uma boa imagem da governação e da gestão racional dos recursos naturais aos investidores, constituem num grande atrativo para o mundo. A acrescentar aquelas medidas, as visitas do Presidente Armando Guebuza a Portugal pouco antes e depois da sua eleição, despertaram atenções de muitos investidores portugueses que responderam com projetos concretos de investimentos porque começaram a confiar nas políticas económicas e sociais que o país implementava, no contexto do grande objetivo: o combate à pobreza. Com base nestas linhas mestras a Embaixada de Moçambique em Portugal desdobrou os esforços para a divulgação em seminários, conferências empresariais e contactos com associações e agentes empresariais de Portugal para a mobilização de investimentos portugueses para Moçambique. As respostas têm sido imediatas e os resultados são, na verdade, incalculáveis e dão um grande orgulho. São muitos pequenos e médios empresários portugueses que estão a contribuir no combate a pobreza e a promover o desenvolvimento do meu país. É gratificante porque os ganhos são de parte a parte.

Como classificaria o grau de sucesso das empresas que se estabeleceram em Moçambique?
 
Depois do estabelecimento da paz em 1992 tivemos uma corrida de investidores portugueses, e também de outros países, situação que nos apanhou em contra pé porque a guerra tinha deixado em nós muitas sequelas pouco favoráveis aos investimentos externos. Por isso, algumas iniciativas privadas, incluindo as portuguesas, não tiveram suces-so empresarial. As reformas a que me referi à pouco, e outras medidas estruturais da nossa economia e de apoio ao investimento externo colocaram o país numa posição de amigo de investidores portugueses e de outras origens. Para empresários portugueses há vantagens acrescidas, nomeadamente a língua portuguesa que nos é comum e outras facilidades associadas a um passado que aproximou as nossas culturas. Mas, devo dizer, que alguns portugueses não tiveram sucesso pela inadaptação dos seus planos empresariais aos condicionalismos e normas locais que regem a nossa economia. Por isso, nos seminários empresariais que temos promovido apelamos aos interessados a respeitarem as normas e condicionalismos que regulam os investimentos em Moçambique.

Moçambique é um país em construção. Que setores de atividade necessitam de maior desenvolvimento?

Sendo um país novo com uma economia fortemente depen-dente de vários fatores externos, Moçambique adotou uma estratégia de desenvolvimento que passa pela prioridade na educação, saúde, infraestruturas incluindo água e saneamento, agricultura, indústria e turismo. Estas áreas, para além de serem, por si só, importantes para a resposta das necessidades prementes da nossa população, elas são uma espécie de setores âncora que permitem o surgimento de vários projetos de desenvolvimentos noutros setores de atividade económica do país. A área dos recursos minerais constitui, hoje, também uma área prioritária pela capacidade que tem na produção de riqueza e na atração de vários projetores de outros setores da vida nacional. Por exemplo o carvão de Moatize consegue hoje, dinamizar a atividade do porto da Beira que há bastante tempo adormecido, e em Tete a construção de habi-tação incrementou-se de forma rápida dinamizando a atividade de construção civil. Em Manica a produção de banana aumentou e abastece o habitual mercado de Maputo, para além de que responde, também, à procura deste produto em Tete e na Beira. Moçambique dá uma particular atenção à educação e formação. Queremos que os moçambicanos tenham o domínio da ciência e da técnica como instrumentos vitais para a construção da sua economia e melhoramento das condições da vida, de forma sustentada. São os moçambicanos, eles próprios, a quem cabem a maior responsabilidade de promover o desenvolvimento do país.

Moçambique é um país com um grande potencial turístico. O que falta para que esta área entre em franca expansão?

As condições e recursos naturais e humanos que Moçambique tem são o principal fator para o incremento do turismo. A acrescentar a estas condições e recursos disponíveis são necessárias medidas de formação e capacitação dos intervenientes do setor turístico através de criação de centros de formação, principalmente do pessoal básico e médio, que assegurem a qualidade do serviço prestado nos locais turísticos. De igual modo precisamos de investir em infraestruturas turísticas, de transporte, água e saneamento de qualidade e meios facilitadores da atividade turística, nomeadamente o transporte de qualidade, água potável, serviços de saúde vocacionado para o atendimento rápido de turistas. A estratégia do governo na promoção do turismo em Moçambique prevê o alcance, a médio e longo prazo, destes objetivos. Ali-ás, os evidentes sinais de crescimento deste setor registados nos últimos anos confirmam a correnteza da estratégia do governo.

Considera que o facto de as viagens entre Portugal e Moçambique serem demasiado caras pode condicionar o número de visitas de potenciais investidores a este país africano?

Na verdade, a alta de tarifas praticadas pelas companhias aéreas com destino a Moçambique tem condicionado o fluxo de turistas ao nosso país, sobretudo nesta fase da crise mundial. Contudo, a beleza natural das nossas praias, a atração do nosso património cultural e natural, a rápida melhoria e qualidade de infraestruturas hoteleiras e de transporte têm atraído e levado muitos portugueses a visitar Moçambique. Os laços familiares e de amizade pessoal entre os dois povos conseguem contrariar a alta de preços aéreos. Igualmente, o nome Moçambique contagia a muitos, mesmo aqueles que nunca lá estiveram ou mesmo sem que não tenham quaisquer relações de parentesco, viajam para aquela terra para saborear o seu calor natural e humano.

Que sugestão faria no âmbito de minimizar os custos dessas viagens?

O governo de Moçambique já tomou algumas medidas para contrariar a alta de preços aéreos liberalizando o espaço aéreo moçambicano. A ampliação da rede de cobertura da nossa companhia aérea também faz parte do conjunto destas medidas. Vamos continuar a procurar outras alternativas com vista a minimizar os preços aéreos das viagens para, e de, Moçambique.

Moçambique também sofreu com a crise?

Tal como os restantes países do mundo Moçambique sofreu e continua a sofrer efeitos da crise mundial. Primeiro foi a crise alimentar que provocou a subida de preços nos produtos essenciais como arroz, pão e outros produtos dependentes do trigo. Mais tarde fomos vítimas da subida de preços do petróleo que agravou os preços de quase todos produtos e serviços, cujo funcionamento depende largamente do petróleo. Moçambique é vulnerável a oscilação do preço de petróleo, porque não é produtor de petróleo, importa petróleo refinado, o que agrava os custos de aquisição. Presentemente, somos vítima da crise financeira mundial que coloca as contas públicas vulneráveis, e coloca os grandes projetos em situação de incerteza quanto a sua realização. Como sabe, a economia do país tem estado a crescer. A área de infraestruturas é aquela que tem contribuído bastante nesse crescimento. Mas, acontece que é esse setor que recente mais da crise devido aos cortes que se verifica nos financiamentos e nos orçamentos. Mas, devo dizer, que o país tem sabido gerir a crise procurando que os seus efeitos não ponham em causa de forma dramática o crescimento da economia nacional. Por exemplo, nos primeiros quatro meses do corrente ano a nossa economia cresceu 8,4%, colocando numa perspetiva animadora o crescimento anual 2011.

Há um ano, o Governo moçambicano fez um brusco aumento na taxa do DIRE (Documento de Identidade e Residência), su-bindo de 10 para cerca de 500 euros. A que se deveu este aumento?

A conjuntura económica nacional e mundial e custos de serviços ligadas as tecnologias que intervêm na produção do documento biométrico, estiveram na origem dos novos preços praticados na aquisição dos bilhetes de identidade, dos passaportes e do DIRE que o país decidiu introduzir. Aliás, os preços antigos que vinham vigorando na emissão desses documentos eram, na verdade, desajustados, e por isso careciam de reajuste.

Para um país que tenta captar investimento estrangeiro, esta uma medida não dificulta essa intenção?

Esta medida não põe em causa o nosso desempenho no seio da família da CPLP, de igual modo não prejudica a nossa estratégia de atrair os investimentos externos. Desde que foram introduzidas estas medidas o crescimento de investimentos externos não pára.

Que planos tem o governo moçambicano para que o país aumente o seu crescimento económico?

Para o crescimento económico do país as autoridades moçambicanas têm desenvolvido, desde há um tempo para cá, medidas consequentes nas diferentes áreas cujo pacote legislativo prevê medidas que encorajem os investimentos internos e externos. Na área macro as medidas partem do reforço da robustez do metical para assegurar as transações e as políticas cambiais. A política tributária é exercida com vigor para garantir a eficiência nas coletas de receitas internas. Estes fatores são determinantes para a criação da capacidade financeira interna que assegure o funcionamento das instituições públicas do país.

Que se pode esperar de Moçambique, face ao mercado europeu e da África austral, nos próximos 10 anos?

A África Austral constitui uma região africana e do mundo que apresenta perspetivas invejáveis nos próximos dez anos. A SADEC já deu mostras de que é uma comunidade económica séria e que projeta um grande conjunto de mudanças económicas e sociais que transformarão a região nos próximos tempos. A calendarização das etapas de integração regional tem estado a ser seguida com sucesso. A introdução do protocolo Comercial, que é o instrumento base da integração regional, tem sido um exemplo encorajador. As lideranças da região estão unidas em torno das questões essenciais da integração, e cada país procura dar o seu máximo para o sucesso deste projeto comum. O diálogo franco e aberto entre Europa e África, em geral, e entre a Europa e a SADEC têm contribuído para harmonização das estratégias com vista ao reforço da cooperação.
 
 
 
 
 
 
 
 

Privatização da RTP: SERÁ UM FAVORZINHO DO GOVERNO PASSOS COELHO À ONGOING?




JOSÉ LEMOS ESTEVES – EXPRESSO, opinião

1. Se há palavra que tem marcado a actuação do governo Passos Coelho até ao momento, essa é incoerência. Ao mesmo tempo que se proclama liberal e promotor da liberdade dos portugueses, o governo aumenta impostos contrariando tudo o que dissera em campanha eleitoral. Ao mesmo tempo que afirma querer ir mais longe que a troika na redução da despesa pública, revela falta de coragem na reorganização da administração central do Estado e mantém a tradição da nomeação dos boys. Hoje falaremos de mais uma contradição deste governo: a privatização da RTP (ou como prefere Miguel Relvas, numa formulação mais suave, a redefinição do serviço público).

2. Como é público e notório, os governos jamais se livrarão da RTP: todos utilizam o canal público de televisão como arma propagandística por excelência. Não por acaso os serviços informativos da RTP dedicam sempre uma atenção e uma reverência peculiar na cobertura das acções do governo. Foi assim com José Sócrates. É assim com o governo Passos Coelho. E deixemo-nos de rodeios: os governos preocupam-se e intrometer-se diariamente na gestão da televisão pública. Até na Lei Orgânica do governo este impulso controlador da RTP se verifica: com Sócrates, a RTP encontrava-se sob a alçada de Pedro Silva Pereiro (Ministro da Presidência); com Passos Coelho, a RTP foi entregue a Miguel Relvas (Ministro dos Assuntos Parlamentares). Isto é, a RTP fica sempre sob a dependência dos ministros mais políticos de cada governo! E convenhamos que é muito, muito estranho que a RTP fica na dependência do ministro dos Assuntos Parlamentares (supostamente, este trata da ligação entre o governo e o parlamento, mas enfim...).

3. Ora, inicialmente, Passos Coelho assegurava que o futuro da RTP passava pela privatização do canal. Depois da sua eleição, mudou o tom: afinal, já era preciso pensar sobre o futuro do serviço público de televisão. Mas o mais anedótico foi Miguel Relvas nomear uma comissão para pensar o futuro da RTP...quando o governo mantém e - reafirma constantemente! - a intenção de proceder à sua privatização. É a velha moda portuguesa de querer mostrar serviço, nomeando uma comissão inútil (liderada por João Duque, para que este não seja muito duro para com o governo nas suas análises - é a tradicional forma de trabalhar de Miguel Relvas) para dar cobertura a uma decisão que o governo já tomou! Em tempos de contenção orçamental, de imposição de sacrifícios aos portugueses, gastar dinheiro com uma comissão inútil é, no mínimo, altamente censurável! Será que Miguel Relvas não tem noção do ridículo? Ou prefere dedicar o seu tempo a escolher os correspondentes da RTP em Washington, no Brasil, por esse mundo fora?

4. Para concluir, devo acrescentar que estarei muito atento ao processo de privatização da RTP. Designadamente, à observância dos princípios da igualdade, da imparcialidade, da transparência pelo governo Passos Coelho - será concurso público ou venda directa, como o BPN (assunto a que voltaremos brevemente)? Confesso aqui aos leitores do POLITICOESFERA que apostei com amigos que o BPN iria ser vendido pelo actual governo ao BIC, dado o seu rosto principal: Mira Amaral (apoiante desde a primeira hora de Passos Coelho e financiador da sua campanha nas directas). Agora, a RTP irá para quem? Tenho para mim que há um interessado que está à frente: a (estranha e suspeita) Ongoing. Esta é uma empresa cata-vento: muda as suas orientações de acordo com o governo. Está sempre alinhada, nunca descola das posições governamentais. Quando se começou a pressentir o crepúsculo do governo José Sócrates, a Ongoing tratou logo de recrutar gente do PSD, próxima de Passos Coelho. A começar por Agostinho Branquinho, que apoiou inicialmente Passos Coelho e passou, posteriormente, para director financeiro de José Pedro Aguiar-Branco, actual ministro da Defesa. Parece-me que está tudo a ser subtilmente cozinhado para a RTP ser entregue numa bandeja dourada à Ongoing. Estaremos muito, muito atentos...

Portugal: RUI RIO LANÇA AVISOS CONTRA POLÍTICA DE PASSOS COELHO




JORNAL DE NOTÍCIAS

Rui Rio lançou esta segunda-feira à noite vários avisos ao Governo. Em entrevista na RTP-N, o presidente da Câmara Municipal do Porto disse que, no capítulo do aumento dos impostos, o Executivo de Passos Coelho "não estará bem". "Mas como digo: lá pelo facto de não estar bem ao cabo de dois meses e tal não quer dizer que não esteja bem daqui a quatro ou cinco meses", disse.

O autarca evidencia, porém, compreensão sobre as dificuldades. "Reduzir a despesa não é tão simples como se diz quando se está na oposição. Porque eu acabo com um instituto público, mas as pessoas existem..."

O autarca deu exemplos sobre matérias em que diverge. "Eu tinha de chegar ao IRS e estabelecer algumas prioridades, uma, duas, três nas quais não tocava em prejuízo de outras. Há duas vertentes no IRS que tínhamos de defender: a Educação e a poupança. Os descontos da Educação tínhamos de proteger ao máximo", sugeriu, dizendo não acreditar que 2013 possa ser "fantástico".

Estas declarações juntam-se às críticas de alguns dos barões do PSD, designadamente Manuela Ferreira Leite, Vasco Graça Moura e Marques Mendes, e ainda o independente Eduardo Catroga.

Sobre a hipótese de Luís Filipe Menezes ser o seu sucessor na Câmara, Rio apenas disse ser cedo para falar do assunto.

Portugal: PORTAS DIZ QUE ONDAS DE GREVES SISTEMÁTICAS TORNARÁ PAÍS MAIS POBRE





O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse, esta terça-feira, que uma onda de greves sistemáticas terá como consequência um maior empobrecimento do país e defendeu que a procura de consenso não deve ser apenas na política.

"Uma onda de greves sistemáticas não teria outra consequência se não empobrecer mais o país e tornar mais difícil a vida de quem já uma vida muito difícil", afirmou Paulo Portas, que, esta terça-feira, encerrou, no Funchal, as Jornadas Parlamentares do CDS-PP.

Para o presidente do partido, "a procura do consenso não deve resumir-se ao perímetro da área política", mas "deve ser também uma atitude na área social".

"O diálogo com os parceiros sociais democráticos, sejam os representantes dos empregadores, sejam os representantes dos trabalhadores, é outra especificidade que Portugal deve cultivar, porque não sucede em todos os países que estão a atravessar dificuldades", considerou Paulo Portas, sustentando que "os acordos sociais tornam as dificuldades mais equitativas".

O responsável garantiu ainda que o CDS é leal a Portugal e à sua situação "dificílima".

"Somos fiéis aos nossos compromissos que são para executar numa legislatura de quatro anos e meio", declarou, reconhecendo que "os primeiros dois anos, como há muito tempo e há muitas previsões já se sabia, têm uma índole recessiva, implicam esforços, significam austeridade".

"Com a diferença de que tudo isso faz sentido para que na segunda fase da legislatura, com a casa arrumada, seja expectável aquilo que os portugueses mais ambicionam, crescimento económico, ambiente favorável ao investimento, criação de emprego e de oportunidades", acrescentou o líder centrista.

Paulo Portas salientou que "estar em coligação implica muitas vezes fazer compromissos e gerir diferenças", mas o partido deve "ter presente, sempre, que a actividade do Governo não esgota a identidade do CDS e que na situação em que Portugal se encontra -- que é uma das mais difíceis da sua história - o que os portugueses esperam é uma cultura permanente de patriotismo e responsabilidade".

A este propósito, acrescentou: "Quando é o país que está em causa, a salvaguarda da sua viabilidade económica, financeira e social, quem no essencial nos trouxe a esta situação deve ter a humildade de ajudar a sair dela".

Para o presidente do CDS, "é importante que Portugal, cá dentro e lá fora, saiba preservar e saber divulgar que preserva o diálogo entre os partidos da maioria e o principal partido da oposição".

"Até porque, todos sabem que quem é hoje maioria recebeu a obrigação de cumprir um memorando de ajuda externa e quem está hoje na condição de principal partido da oposição está na oposição exactamente por ter sido responsabilizado pelos eleitores pelo desregramento na despesa e na dívida que nos obrigaram à situação vexatória de ter de pedir emprestado dinheiro para sobreviver", referiu Paulo Portas.

Portugal: A CRIMINOSA DESTRUIÇÃO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE




DANIEL OLIVEIRA – EXPRESSO, opinião

Qualquer português razoavelmente informado saberá que, apesar das suas debilidades, das listas de espera em algumas especialidades e de uma política do medicamento que promove o desperdício, Portugal tem um bom Serviço Nacional de Saúde. Pode mesmo dizer-se que foi, no que toca aos serviços públicos, o mais bem sucedido empreendimento da nossa democracia. E para esse resultado terá contribuindo a universiladade da prestação de serviços de saúde públicos.

Temos, no entanto, assistido à sua destruição nos últimos anos com o objetivo de canalizar parte da população para a medicina privada. Quando o Estado faz, para os seus funcionários, acordos com hospitais privados, quando é o próprio banco público a deter um hospital privado, quando se aceita que estas unidades hospitalares usem os hospitais públicos como recurso para tudo o que lhes possa dar prejuízo, está, indiretamente, a promover-se a medicina privada. É interessante, aliás, que os que têm a irracionalidade da gestão de recursos por parte do Estado sempre na boca se esqueçam deste pequeno pormenor: 43 por cento do orçamento do SNS vai para operadores privados. Ou seja, o setor privado é largamente financiado por dinheiros públicos. Dinheiro que depois, como é natural, usa para ficar com os melhores recursos humanos.

Junta-se a tudo isto os cortes cegos no SNS de que o último exemplo é a redução em 50 por cento dos incentivos para a recolha de órgãos para transplantes, medida que poderá ser paga em vidas. O resultado mais imediato da sangria está à vista: incapaz de pagar salários concorrenciais aos médicos, os melhores fogem para a medicina privada. Durante muitos anos as pessoas apenas recorriam à medicina privada por uma questão conforto. Mas não faltará muito para que quem queira um tratamento de qualidade tenha mesmo de se endividar. O SNS ficará para os pobres e os indigentes, prestando maus serviços a quem não tenha alternativa. E aí, uma das poucas áreas onde conseguimos garantir alguma igualdade social - nos indicadores de saúde - passará a ser aquela onde a desigualdade de condições mais se fará sentir.

Não vou estar com meias palavras: por lidar com o que de mais elementar existe nas nossas vidas, a medicina privada deve ter um papel estritamente complementar ao SNS público. Porque o Estado não tem como concorrer com o setor privado sem esvaziar os cofres públicos (os privados ficam com quem tem recursos financeiros, podendo pagar mais aos melhores profissionais), este deve ser fortemente regulado e condicionado. Dirão: onde fica a liberdade do mercado? A minha resposta é só esta: o direito à vida está à frente dela. E todos sabemos, através, por exemplo, da experiência dos Estados Unidos - com indicadores de saúde que se aproximam de alguns países do terceiro mundo - até onde nos leva o domínio do lucro sobre as políticas públicas de saúde.

Não se pode confundir "direito de manifestação com arruaça" - porta-voz do MPLA




DESTAK - LUSA

O porta-voz do partido no poder em Angola disse hoje que não se pode confundir "direito de manifestação com arruaça", num comentário ao protesto de sábado contra o Presidente, que terminou com a detenção de vários manifestantes.

"Não se pode confundir o direito cívico de exercício da manifestação (…) com arruaça. Em Angola, como em qualquer Estado de direito, as pessoas são livres de se manifestarem, mas essa manifestação não pode pôr em causa o direito de terceiros. Se puser em causa direitos de terceiros, compete às forças de segurança o retorno à legalidade", disse o porta-voz do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Rui Falcão.

Centenas de jovens pediram sábado em Luanda a destituição do Presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 32 anos em Angola, manifestação que terminou com a detenção de 24 pessoas, segundo a polícia, enquanto fontes próximas dos manifestantes falam em 50 detidos.

A organização dos Direitos Humanos Human Rights Watch afirma que pelo menos 30 detidos continuam incontactáveis e com paradeiro desconhecido.

Dos jovens detidos, 21 foram hoje presentes a um juiz para julgamento sumário, que acabou por ser adiado para quinta-feira.

Rui Falcão desvalorizou "a manifestação de 100 pessoas", adiantando que "um grupo tentou fazer confusão e as forças da ordem agiram no sentido de repor a legalidade".

"Aqueles que se manifestaram de forma cívica não tiveram problemas", acrescentou.

Para o porta-voz do MPLA, "há muita gente interessada em ver Angola ao avesso", mas Rui Falcão garante que "isso não vai acontecer".

"Vamos continuar no rumo certo, vamos continuar a crescer, vamos continuar a reforçar a democracia interna e vamos ser um país bom para viver", reforçou.

Questionado sobre se as manifestações [pelo menos três este ano] de oposição ao Presidente José Eduardo dos Santos, não levam o partido do Governo a repensar o seu rumo político, Rui Falcão adiantou que o MPLA "tem cinco milhões de militantes" e não está preocupado com os protestos.

"Nem nos passa pela cabeça perder tempo com essas coisas. Temos um país para governar. Temos muita coisa para fazer (…) continuamos no rumo certo e vamos continuar a trabalhar. Isso não é um problema nosso", disse.

*Foto em Lusa

Angola: A DITADURA NUNCA PERDEU ELEIÇÕES!




NGUITUKA SALOMÃO – ANGOLA 24 HORAS

Em Direito Penal, fraude é o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou serviços dele ou dela injustamente. Fraude pode ser efetuada através de auxílio de objetos falsificados.

Corrupção significa etimologicamente deterioração, quebra de um estado funcional e organizado.Corrupção política - manifesta-se por meio do suborno, intimidação, extorsão, ou abuso de poder.

“É o poder excessivo do Estado que se alimenta a corrupção”

QUE DITADURA PERDEU ELEIÇÕES POR “ele” CONTROLADA?!

A ditadura é inegavelmente corrupta e irremediavelmente fraudulenta, pois estes dois atributos são parte intrínseca do âmago da Ditadura a saber; A Corrupção e a Fraude. Nenhuma ditadura sobrevive sem a aplicação diária e ininterrupta dos referidos atributos, quanto mais longeva é a ditadura mais absolutamente Corrupta é, e mais requintadamente Fraudulenta. Não há uma ditadura ‘justa, honesta e bem-intencionada’ politica e socialmente, a marca registada da ditadura é inquestionavelmente; A PERVERSIDADE.

Para a prossecução dos seus objectivos maquiavélicos, regra geral a ditadura, socorre-se do poder das armas, isto é da INTIMIDAÇÃO; violência, traduzido na prática pelo contínuo desprezo da lei e da legalidade, nunca cumprem com a lei que eles próprios ‘fabricam’ e promulgam, a lei só é boa a medida que servem os seus interesses, pois a corrupção e a fraude constituem as balizas da ilegalidade (entenda-se da sobrevivência da Ditadura), a violência gratuita é sem-rodeios accionada para garantir a manutenção e a implementação da corrupção e da fraude.

A violência, traduz-se também no ambiente de permanente medo e de constante suspense ‘vigia’ policial que paira sobre a sociedade e em todas as actividades sociais, as prisões ilegais e selectivos constituem pratica corrente, o endeusamento ao ditador é ‘Lei’ e o receio de desagradar o mesmo cobre a todos como um vírus maligno ou bebida inebriante.

A organização de eleições numa base regular, não faz da ditadura uma democracia, assim como o acobertar um lobo com pele de ovelha, não faz do lobo uma ovelha. As eleições são instrumentos utilizados pela ditadura para untar com uma camada de verniz supostamente democrática a sua essência ditatorial, e é precisamente na realização de pleitos eleitorais regulares que a ditadura faz cinicamente ‘justiça’ a sua ‘arte’: a FRAUDE a CORRUPÇÃO e por conseguinte da violência implícita e explícita.

Que ditadura já perdeu eleições por si convocadas e organizadas? Os participantes da maquina eleitoral em regimes ditatoriais, são regra geral indivíduos habituados e viciados ou ‘psico-dependentes’ da maquina da Corrupção e similares, pois não estão dispostos a ‘deixarem cair’ a maquina que ‘os alimenta’ (o pão dos filhos…dizem eles!) e os mantêm ‘endinheiradamente aparte’ da ‘populaça’ num mar de ilícita luxúria e orgia pecaminosa.

Não é possível, a aplicação da Fraude sem a Corrupção e vice-versa, ambos são o verso e o reverso de uma mesma moeda; A Ditadura. Em Angola a ditadura, socorre-se destes atributos com mestria. A pobreza endémica e a desorganização ‘caótica’ planificada pelos ‘cientistas’ do poder ditatorial manifestam o carácter pérfido, impiedoso e impar da ditadura a Angolana. A todos os títulos a Ditadura Cubana ao estilo dos manos Castro é um paraíso, comparado com o inferno a que os Angolanos encontram-se submetidos.

A DITADURA JÁ GANHOU!

Um governo que faz multiuso da violência gratuita, que ‘desconsegue’ resolver os problemas básicos do povo, mantém e atavia propositadamente a miséria exacerbada, expõe um acentuado desemprego entre as populações que governa, com maior incidência entre a juventude, realiza obras de péssima qualidade e que necessita sempre de ‘tapume’, um governo cujos governantes ou elenco, que face ao quadro aqui mencionado mantêm ou melhor exibem pecaminosamente uma promiscuidade de partir o coração, exibem um desmedido luxo, uma riqueza opulenta, um insensível e criminoso apetite para o saque do erário público, nunca cumprem promessas por eles proferida (vejam o que acontece com a suposta nova centralidade; Kilamba) preservam desatenção contínua e propositada ao bem-estar das populações fundamentalmente dos mais desfavorecidos, e ASSIM PROCEDE COM A MAIS ABSOLUTA NORMALIDADE, tal governo não perde eleições, já as ganhou antes mesmo da realização do pleito eleitoral.

Tal governo não tem na realização de pleitos eleitorais a certeza da sua continuada permanência no poder, pois diz (e assim se comporta) já a ter assegurado através das alavancas acima mencionadas.

É neste ‘andar’ e certeza que ‘ouvimos’ da descarada corrupção a que foram submetidos os jovens do MRIS, com atribuição de várias viaturas e outras benesses e a assinatura de um protocolo de cooperação com o partido dirigente (que bazófia?!), será que aconteceu o mesmo com o jovem Luaty Beirão? Será que tal aconteceu com dois conhecidos comentadores da TPA, cujas opiniões colidiram com o posicionamento anterior? É exactamente por isso que o MPLA-Jes não se dedica na resolução dos problemas do povo, é para manter TODOS e tudo sensíveis a actos corruptíveis.

Tem razão de sobra, Pulido Valente (jornal publico, de 03.02.2008) ao afirmar; “ Talvez convenha perceber duas coisas sobre a corrupção. Primeira, onde há poder, há corrupção. E onde há pobreza, há mais corrupção. Destes dois truísmos resulta necessariamente que quanto maior é o poder ou a pobreza, maior é a corrupção."

Que presidente dependente de eleições ou actos eleitorais em plena PAZ e véspera de eleições, ao ‘sair’ para o Talatona (exemplo), ‘espalha’ um dispositivo de efectivos armados, alguns de entre eles com RPG-7 num raio de 10Kms? Mantém propositadamente suspenso o tráfego aéreo por mais de quatro horas, alem de outras bizarras atitudes e exageradas e extravagantes medidas de protecção? Tal aberração é uma demonstração nítida e inequívoca, de que tal líder e o seu partido não perdem eleições, já as ganhou antes da realização do pleito eleitoral.

Que governo, ‘desconsegue’ dialogar com o povo, armadilha a ‘autorização’ de uma manifestação pacífica, enviando posteriormente esquadrões da morte, para semear a morte e o terror entre os manifestantes?

Um Partido governante, que ‘manda para as urtigas’ os interesses básicos da sua massa militante, não procede a regulares e transparentes/democráticos actos eleitorais no seu seio, cujo líder jamais foi eleito por um pleito democrático e plural, e que indica o seu sucessor na liderança do partido, como se tratasse de uma coutada familiar ou pessoal. Tal partido jamais Perde eleições.

A DENUNCIA DE SAMAKUVA

Samakuva denunciou semanas atrás e pelos vistos com muita propriedade ou melhor evidenciando provas aparentemente fidedignas da fraude no pleito eleitoral de 1992 e em 2008.

Três ilações retiramos da chocante e oportuna denúncia do presidente da UNITA;

1. A comunidade internacional, não é totalmente isenta. Como disse o meu amigo do Lote 22, se os “dólares falam alto… o petróleo fala mais alto”. O exemplo de Georges Soro e a célebre open society é o mais vivo exemplo do sádico e perverso poder do ‘ouro negro’. A comunidade internacional, com a Margareth Anstee a cabeça mostraram o caminho a seguir a Georges Soro.

2. As eleições de 2012, para que seja realmente isenta da Fraude depende exclusivamente de nós, ANGOLANOS, contarmos com a comunidade internacional é uma ‘armadilha’ autêntica quimera, pois TODOS ELES SÃO CORRUPTIVEIS e põem-se despudoradamente ao serviço de “quem paga mais” e o MPLA-JES sabe-o sobejamente.

3. A CEI é indispensável para que o próximo pleito seja de facto transparente e justas.
Claro a CEI é composta por homens e estes são corruptíveis, mas vale a pena tentarmos, isto é batermo-nos por uma CEI, como base de um pleito eleitoral, realmente justo e transparente.

Comparar Portugal ou qualquer outro País que possui uma CNE com Angola é uma flagrante injustiça, pois em Portugal por exemplo o 1º ministro ou o PR não detêm o poder absoluto, existe uma clara separação de poderes, o poder judicial não depende do executivo, em Angola todos sabemos a realidade vigente; PODER ABSOLUTO de JES.

Virgílio Fontes Pereira, esparramou-se a todo o comprimento quando afirmou que uma CEI não é composto de todo por orgãos ou homens independentes, porque por exemplo; a Rádio eclesia fala mal do PR, quer dizer ninguém pode exigir ou reivindicar seja o que for, quem o fizer posiciona-se na opinião dos manufacturadores da ditadura no “outro lado da barricada” e classificado como ‘não independente’ ou não-de-confiança.

Os comentadores da TPA antes referidos, não rebateram os argumentos de Samakuva concernentes a fraude, limitaram-se apenas a ridicularizarem Samakuva e a UNITA, quer dizer seguiram os preceitos da ditadura. Chegaram inclusive a insinuar que manifestações nesta ‘altura do campeonato’ é contraproducente, fazendo recursos ao vocábulo dos especialistas do MPLA-Jes ao se referirem que manifestações é igual a desordem, na opinião de tais ‘especialistas’ o povo e a Juventude Angolana, não têm nenhum motivos de ‘reclamarem’ tudo esta na Santa paz de ‘dos Santos’ e que o povo só têm que dizer em uníssono; Ámen.

O FIM DA DITADURA

Fazendo uma correcta leitura da situação do dia 16 de Agosto com a promulgação ‘teórica’ do terror na casa das leis, através do estribilho; Sulanos! Assassinos! E de 3 de Setembro em Luanda com a acção brutal e terrorista das forças policiais, concluímos que nenhuma ditadura e a ditadura Angolana em especial, muito dificilmente cairá através de actos eleitorais.

Angola esta a destinada a ‘viver eternamente’ com uma ditadura? A fraude e a corrupção subsistirão eternamente?!...

…/…

"Muita coisa pode ser feita contra a corrupção e os seus caminhos não precisa de novas leis, nem de polícias, nem tribunais, precisa de políticos que se incomodem com o que vêem e que actuem politicamente."

"É verdade que o fim da corrupção não pode efectuar-se magicamente, por decreto. Mas é só meia verdade. Porque é por decreto que o cerco pode ser apertado e os grandes corruptos exemplarmente punidos." – João Marques dos Santos (Correio da manhã)

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