quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Angola | PRISÃO ARBITRÁRIA - CONSELHOS DE DIREITOS HUMANOS, ONU

104.        Diante do acima exposto, o Grupo de Trabalho do Conselho dos Direitos Humanos da ONU dá o seguinte parecer:

A privação de liberdade de Carlos Manuel de São Vicente, está em desacordo com os artigos 9 e 14 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e 9, 10 e 11 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é arbitrária e se enquadra nas categorias I e III.

105.        O Grupo de Trabalho solicita ao Governo de Angola que tome as providências necessárias para sanar sem demora a situação de São Vicente e a torne em conformidade com as normas internacionais pertinentes, incluindo as previstas na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.

106.        O Grupo de Trabalho considera que, levando em conta todas as circunstâncias do caso, a solução adequada é libertar o Sr. São Vicente imediatamente e conceder-lhe um direito exequível de compensação e outras indenizações, de acordo com a legislação internacional.

107.        O Grupo de Trabalho encoraja o Governo a garantir uma investigação completa e independente às circunstâncias em torno da privação arbitrária de liberdade do Sr. São Vicente e a tomar medidas apropriadas contra os responsáveis pela violação de seus direitos.

108.        O Grupo de Trabalho solicita ao Governo que divulgue o presente parecer através de todos os meios disponíveis e da forma mais ampla possível.

CONSELHOS DE DIREITOS HUMANOS

Grupo de Trabalho das Detenções Arbitrárias

Texto adoptado pelo Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária na oitava sessão, entre 13 e 17 de novembro de 2023

Parecer nº 63/2023 sobre Carlos Manuel de São Vicente (Angola)

1.              O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária foi estabelecido na resolução 1991/42 da Comissão de Direitos Humanos. Na sua resolução 1997/50, a Comissão estendeu e esclareceu o mandato do Grupo de Trabalho. De acordo com a resolução 60/251 da Assembleia Geral e a decisão do Conselho de Direitos Humanos 1/02, o Conselho assumiu o mandato da Comissão. O Conselho, mais recentemente, estendeu o mandato do Grupo de Trabalho por um período de três anos, previsto na sua resolução 51/8.

2.              De acordo com os seus métodos de trabalho, 1 em 30 de maio de 2023 o Grupo de Trabalho enviou ao Governo de Angola uma comunicação sobre Carlos Manuel de São Vicente. O Governo apresentou uma resposta tardia em 8 de Setembro de 2023. O Estado é parte do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.

3.              O Grupo de Trabalho considera a privação de liberdade arbitrária nos seguintes casos:

(a)            Quando for claramente impossível invocar qualquer fundamento jurídico que justifique a privação de liberdade (como quando uma pessoa é mantida em detenção após a conclusão de sua sentença ou apesar de uma lei de anistia que lhe seja aplicável) (categoria I);

(b)         Quando a privação de liberdade decorre do exercício dos direitos ou liberdades garantidos pelos artigos 7, 13, 14, 18, 19, 20 e 21 da Declaração Universal de

Direitos Humanos e, no que se refere aos partidos estaduais, pelos artigos 12, 18, 19, 21, 22, 25, 26 e 27 do Pacto (categoria II);

(c)            Quando a não observância, total ou parcial, das normas internacionais relativas ao direito a julgamento justo, previstas na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos instrumentos internacionais pertinentes aceitos pelos Estados em questão, for de tal gravidade que atribua a privação de liberdade um caráter arbitrário (categoria III);

(d)            Quando-solicitantes de asilo, imigrantes ou refugiados estão sujeitos a custódia administrativa prolongada sem possibilidade de revisão ou recurso administrativo ou judicial (categoria IV);

(e)            Quando a privação de liberdade constitui uma violação do direito internacional com base na discriminação baseada no nascimento, origem nacional, étnica ou social, língua, religião, condição econômica, opinião política ou outra, gênero, orientação sexual, deficiência ou qualquer outro status, que tem por objetivo ou pode resultar na ignorância da igualdade dos seres humanos (categoria V).

Angola | Mandatos e Golpadas Palacianas -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Quem pedincha muito, muito incomoda. Na língua Kimbundu isto é dito de uma forma pitoresca e um tanto ordinária: “Monandenge ubinga kiavulu, a-um-bana dibinga”. À criança que pede muito, damos-lhe um cagalhão. Em época carnavalesca a turma do chefe Miala volta a pedinchar um terceiro mandato para o Presidente João Lourenço. Porque Rui Falcão disse na LAC (programa Café da Manhã de José Rodrigues) que isso nunca foi discutido na direcção do MPLA e a Constituiçã0o da República só permite dois mandatos seguidos na Presidência da República.

Aproveitando a folia carnavalesca, um militante do MPLA da Lunda Norte foi ao Club K pedinchar “um terceiro mandado de João Lourenço”. O folião chama-se António Mussumari que, embora tenha idade para ter juízo, se comporta como uma criança. O chefe Miala estraga tudo em que toca. E sacrifica bons rapazes nestas aventuras, que só podem dar ridículo e má fama ao partido que ganhou as últimas eleições com maioria absoluta.

O chefe Miala e os ajudantes de João Lourenço na Cidade Alta mandaram dizer, pela boca de Mussumari, esta monstruosidade:  “Defendo desde algum tempo a esta parte (Abril 2020) a necessidade imperiosa de que o País precisa de um terceiro mandato do Presidente João Lourenço, para a construção dos alicerces que visam a conclusão das reformas que começamos a fazer desde 2017 em todos os domínios”. Isto porque, dizem os inteligentes, não se fazem reformas em dez anos.

Agora é claro. Existe dentro do MPLA uma “quinta coluna” que tem como missão destruir o MPLA. Nada de novo. Bill Clinton pediu ao Presidente José Eduardo que o ajudasse a afastar para sempre do poder “todos os partidos que conduziram os países africanos à independência”. 

O “democrata” que abusava sexualmente de estagiárias queria perpetuar a exploração e a rapina em África. O MPLA devia ser o primeiro a desaparecer porque até derrotou os EUA e os racistas de Pretória durante a Guerra pela Soberania Nacional e Integridade Territorial. Claro que o pedido foi rejeitado com este argumento: Se desparecerem os partidos nacionalistas e independentistas, África fica mais 500 anos na escravatura!

A OTAN e a CIA estão travando uma guerra secreta na Rússia

A Operação Militar Especial ainda está em curso, mas além disso há outra guerra real a ser travada pelo Ocidente, uma “guerra nas trevas”.

Sonja van den Ende* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Num artigo recente reimpresso pela Strategic Culture Foundation , Jack Murphy escreve que há uma campanha por parte dos estados da CIA e da NATO para sabotar a Rússia a partir de dentro.

Jack Murphy é um ex-Boina Verde dos EUA e guarda florestal que virou jornalista. Além disso, a própria CIA  afirma ter uma dúzia de “centros de missão”, grupos temáticos específicos que reúnem funcionários das diversas direcções da agência.

Murphy afirma que dois dias antes de 24 de fevereiro de 2022, o início da Operação Militar Especial (SMO) da Rússia no Donbass, o serviço de espionagem aliado através do qual a CIA está conduzindo a campanha de sabotagem usou um sistema de comunicações secreto para ativar suas células adormecidas em toda a Rússia , de acordo com um ex-oficial militar e uma pessoa informada sobre a campanha.

Alegadamente, uma espécie de programa de “espião” tem funcionado desde 2014, a partir do golpe de estado de Maidan em Kiev, o que é muito plausível.

Na avaliação deste autor, o chamado escritório de mídia investigativa holandês Bellingcat e o Statecraft Institute, fundado no Reino Unido, também estiveram envolvidos.

BLOG DE GAZA: Exército ataca o Hospital Nasser | Muitos civis libaneses mortos

Autoridades israelenses: Não há Palestina | EUA: 'Plano Credível' para Invadir RafahDia 132

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Depois de muitos dias de cerco e de ataques a muitos civis nas proximidades, Israel bombardeou o Complexo Médico Nasser em Khan Yunis antes de transformá-lo num quartel militar, disse o Ministério da Saúde palestino em Gaza. 

As forças israelenses também renovaram os ataques no sul do Líbano, após a morte de pelo menos 11 civis na quarta-feira. 

Washington disse que Israel precisa de um “plano credível” para invadir Rafah, enquanto a Austrália disse que a operação não é justificável e a Alemanha apelou a uma trégua. 

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 28.576 palestinos foram mortos e 68.291 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

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ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Quinta-feira, 15 de fevereiro, 13h (GMT+2)

MÍDIA PALESTINA: Um bombardeio israelense contra uma casa no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, deixou 10 mártires, incluindo 4 crianças, e dezenas de feridos.

EXÉRCITO ISRAELITA: Bombardeamos dezenas de alvos do Hezbollah no sul do Líbano.

LAZZARINI: Desmantelar a UNRWA seria uma decepção para os palestinos por parte da comunidade internacional.

IRISH FM: A Irlanda apela aos Estados Unidos para repensarem a decisão de suspender o apoio à UNRWA.

É Carnaval e levamos a mal: ATAQUE INFORMÁTICO AO PÁGINA GLOBAL

ATAQUE  INFORMÁTICO EM FORÇA SURPRENDEU-NOS NAS PRIMEIRAS HORAS DESTA MANHÃ. POR ESSE MOTIVO ESTAMOS COM DIFICULDADE EM SUPERAR AS DIFICULDADES ENCONTRADAS E CAUSADAS POR ESSE MESMO ATAQUE.

ESTAMOS EMPENHADOS EM SUPERAR AS DIFICULDADES QUE NOS ESTÃO A AFETAR O RITMO NORMAL DAS PUBLICAÇÕES DO PÁGINA GLOBAL. ESTIMAMOS QUE EM BREVE RECUPERAREMOS A NORMALIDADE IMPRESCINDIVEL E MERECEDORA DA ATENÇÃO DOS AMIGOS E LEITORES QUE  NOS VISITAM E ACOMPANHAM. ATÉ JÁ. MUITO GRATOS PELA VOSSA PRESENÇA.   --- Redação PG

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