Artur Queiroz*, Luanda
Para este peditório não dou nem mais um tostão furado. Aprendi há muitos anos que não devemos meter a nossa catana na lavra alheia. Os problemas de Portugal apenas dizem respeito aos portugueses. Eles é que sabem até quando podem suportar o Tio Célito mais os feios, porcos e maus do partido Chega. Mas satisfaço o pedido de várias famílias do Catambor e volto a esventrar o golpe palaciano que ontem ocorreu em Portugal.
A golpada de 7 de Novembro (vai passar a ser feriado nacional para a extrema-direita) começou em baixo perfil quando o venerando conselheiro presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo, deu uma entrevista ao monturo de papel sujo “Sol” conduzido pela agente de terceira Felícia Cabrita. "A justiça não é uma prioridade para o poder político", afirmou o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo.
Tudo o que sai naquele monturo de
papel sujo é encomendado e pago à linha. A Felícia é paga
Confissão importante para sabermos quem faz parte da direcção do golpe palaciano. Nas grandes convulsões sociais, nas golpadas palacianas ou sangrentas, o dinheiro está sempre a tilintar nas cabeças dos golpistas. Leiam esta declaração do Dr. Henrique Araújo:
“O poder judicial é um poder separado do Estado. Por isso, tem de se estabelecer também o princípio da separação orçamental e de uma forma completamente diferente da que temos. Quem fornece os meios aos tribunais é o Ministério da Justiça – e isto está errado. Tudo deveria estar concentrado no CSM. O Orçamento do Estado deveria atribuir uma verba ao CSM, que este deveria poder supervisionar. Só assim é que se pode falar em completa separação de poderes”.
Nos golpes palacianos ou sangrentos há sempre um programa. Henrique Araújo destapou o véu: “Acho que o enriquecimento ilícito justificado seria um bom instrumento para combater o fenómeno da corrupção que está instalada em Portugal e que tem uma expressão muito forte na administração pública. Isto não é uma simples perceção, é uma certeza! E o que tem sido usado para a combater não é suficiente. Sabemos que os casos de corrupção têm aumentado e, apesar de a investigação a este tipo de criminalidade ter aumentado, os resultados ficam muito aquém daquilo que se sabe que existe”.