quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UMA COLÓNIA ANGOLANA A NORTE DE MARROCOS




Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*

Os donos de Angola (a família Eduardo dos Santos e mais meia dúzia de amigos) estão, no âmbito do em 19 de Julho de 2010, em Luanda, Cavaco Silva chamou de parceria estratégica entre Luanda e Lisboa, a comprar Portugal.

Fazem bem. Se o país (Portugal) está à venda e há compradores... é a regra do mercado a funcionar.

Não creio, até pela amizade entre o governo português e o angolano, entre o PS, o PSD e até o CDS e o MPLA, entre quem precisa e quem tem para dar, que alguma vez Passos Coelho e Cavaco Silva utilizem uma espécie de “golden shares” para evitar a venda, em parte ou por atacado, do país aos poucos que em Angola têm muitos milhões.

Tirando o facto de a maioria dos angolanos passar fome e de cada vez mais portugueses seguirem o mesmo caminho, tudo o resto é normal, como se vê pelos panegíricos bilaterais que caracterizam as visitas de Cavaco Silva, Passos Coelho, Miguel Relvas e Paulo Portas à face A de Angola.

Quintas, vivendas, bancos, empresas etc. fazem parte do cada vez maior leque de interesses dos donos de Angola que, com o dinheiro roubado ao Povo (70% vive na miséria), olham para Portugal não como a árvore das patacas mas, isso sim, como o lugar ideal para esconder o dinheiro dessa árvore.

Ainda bem. Recorde-se aliás que, ao contrário do que quase todos os portugueses e angolanos pensavam, José Eduardo dos Santos é cidadão português. Não que isso o orgulhe, mas sempre facilita.

(Quem disse que o dono de Angola é português foi o então primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, quando afirmou que a venda de parte da Galp a José Eduardo dos Santos se deveu ao facto de não querer que a empresa fosse para mãos de estrangeiros...)

Tirando o facto de a maioria dos angolanos passar fome e de cada vez mais portugueses seguirem o mesmo caminho, é normal que os donos do poder (sobretudo económico) estendam as suas garras a outros países.

E ainda bem que consideram Portugal uma boa escolha. O reino luso a norte de Marrocos só tem a ganhar com estes investimentos. Depois de 500 anos de colonização já era tempo de ser o colonizador a ser colonizado.

Tirando o facto de a maioria dos angolanos passar fome e de cada vez mais portugueses seguirem o mesmo caminho, importa acrescentar que a economia portuguesa está a ficar nas mãos da economia de alguns angolanos e, pelo andar do que é conhecido, um dia destes ainda vamos ter outras grandes surpresas.

Tirando o facto de a maioria dos angolanos passar fome e de cada vez mais portugueses seguirem o mesmo caminho, Portugal vai assistir ao nascimento de novas estruturas empresariais, em quase todos os sectores – incluindo os da comunicação social – de modo a que seja mais fácil aos donos do poder em Angola dizer aos escravos portugueses como devem fazer as coisas para agradar ao colono angolano.

Tirando o facto de a maioria dos angolanos passar fome e de cada vez mais portugueses seguirem o mesmo caminho, fico à espera de ver mais alguns (sim, que já há muitos) sipaios portugueses fazerem a vénia ao chefe do posto angolano porque se o não fizerem sujeitam-se a “fuba podre, peixe podre, 30 angolares e porrada se refilarem”.

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Título anterior do autor, compilado em Página Global: GÉMEOS SEPARADOS (QUASE) À NASCENÇA

O PODER E A SUCESSÃO DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS




Rafael Marques de Morais - janeiro 31, 2012

O ano passado registou uma mudança importante na política angolana, com manifestações regulares, animadas por jovens que exigiam a demissão do Presidente. Dois factores contribuiram para tornar a mensagem, visando o fim do poder de José Eduardo dos Santos, no principal desafio quer ao discurso político convencional quer à percepção pública de poder: a Constituição, aprovada em 2010, e as revoltas populares do Norte de África.

A presente análise apresenta uma breve narrativa das disputas entre o Presidente e o seu próprio partido, o MPLA, desde o estabelecimento do sistema multipartidário em 1991. O texto avalia o emprego de golpes constitucionais, mecanismos de corrupção e de argumentação legal para a resolução de conflitos internos, bem como as consequências que hoje se fazem sentir no quotidiano político nacional.

A Oportunidade

As eleições legislativas de 2008 ofereceram ao Presidente José Eduardo dos Santos a mais legítima, ambiciosa e incomparável oportunidade para prolongar o seu longevo consulado, bem como para reformar o Estado e a sua economia política. O seu partido, o MPLA, venceu as referidas eleições por esmagadora maioria (81.64 porcento). Essa nova legitimidade democrática havia sido magnificada por cinco principais elementos: o elevado crescimento económico (em média 14.2 porcento do crescimento real do PIB de 2005-2009); o programa acelerado de reconstrução nacional, controlado por chineses; a asfixia da oposição política; um inquestionável apoio internacional; e uma atmosfera de esperança no país.

Por sua vez, essas reformas permitiriam a José Eduardo dos Santos o estabelecimento do horizonte temporal, as condições e a estratégia para a sua saída do poder. Ao construir instituições sólidas e verdadeiramente democráticas, o Presidente estaria a demonstrar capacidades de grande estadista, ao devolver o poder às instituições do Estado. Estas, por seu turno, garantiriam ao Presidente a protecção legal e política para a sua tranquila reforma no país.

Todavia, a realidade indica uma saída política diferente, como se explicará.

Leia o texto completo de “O Poder e a Sucessão de José Eduardo dos Santos” aqui (PDF).


“OPERAÇÃO CARLOTA III” – II – INVESTIGAR EM NOME DO FUTURO!



Martinho Júnior, Luanda

1 – Angola pode, a partir do esforço comum que se está a ampliar conjuntamente com Cuba, não se limitar a uma melhor cobertura em termos de saúde em todo o território nacional e começar a esboçar, a partir da plataforma mínima dos êxitos actuais, a criação das bases para se realizarem investigações e pesquisas que conduzam a respostas mais adequadas em benefício do seu povo e de todos os povos que compõem os países africanos e Não Alinhados.

A variada flora e fauna de Angola, bem como outros recursos ligados às águas interiores e aos de natureza ambiental, podem ser alvo de amplos estudos que visem inventariar factores que, por seu turno, mereçam interesse de pesquisa a fim de encontrar soluções para combater todo o tipo de doenças.

Nesse aspecto Angola possui um vasto território e um quadro alargado de pesquisas é praticamente virgem no país.

Esse manancial está pois à mercê, quando doenças como o paludismo, as diarreias, a tuberculose, a SIDA e outras constituem um desafio imenso a vencer em África.

Tendo isso em mente, necessário se torna trabalhar com as novas gerações para enfrentar os desafios pelo que, aqueles que tanto se esforçam por esmerar em educação e saúde, estão na posição ideal para fundamentar o futuro da pesquisa e da investigação em qualquer sector do conhecimento.

Essa é também a melhor fórmula para se enfrentarem os traumas que directa e indirectamente afectam a sociedade angolana depois de tantos anos de tensões, conflitos e guerras.

2 – Em resultado da elevada atenção que a revolução deu à educação e à saúde, em função do homem ter sido colocado como centro de todas as atenções, múltiplos sectores de actividade em Cuba começaram a dar oportunidade à gestação de universidades com capacidades de pesquisa e investigação, com cada vez mais cientistas e investigadores.

Cuba já é mundialmente conhecida pelos seus êxitos em várias disciplinas, entre elas as relacionadas com a saúde.

Muito recentemente o jornal “Expresso” em Portugal (http://aeiou.expresso.pt/cuba-descobre-vacina-contra-cancro-do-pulmao=f625310) noticiava:

“Cuba descobre vacina contra cancro do pulmão.

Cientistas cubanos anunciaram ontem a descoberta da primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão.

A CIMAVAX-EFG, resultante de 15 anos de pesquisa, já está patenteada.

Dentro em breve, o cancro do pulmão poderá deixar de ser o mais letal de todos os tipos e entrar para a lista das doenças crónicas.

A boa notícia vem de Cuba, que acaba de patentear a primeira vacina terapêutica contra a doença.

Mais de 1 000 pacientes já estão a receber o novo tratamento.

A descoberta foi anunciada por Gisela González, responsável pelo projeto que desenvolveu a vacina.

Em entrevista ao semanário cubano "Trabajadores" - publicada ontem por esse órgão de comunicação da Central de Trabalhadores de Cuba-, a investigadora disse que o objetivo da vacina é transformar o cancro do pulmão numa doença crónica controlável”.

Os êxitos de Cuba no campo da saúde têm dimensões variadas e por exemplo em relação ao Haiti eles abrangem toda a sociedade do país e contaminam saudáveis parcerias sul-sul (http://www.hpnhaiti.com/site/index.php?option=com_content&view=article&id=5361:haiti-bresil-du-30-au-31-janvier-2012-se-tient-en-haiti-la-9-ieme-reunion-du-comite-de-gestion-trip&catid=8:societe&Itemid=14):


La neuvième réunion du comité tripartite Brésil-Cuba-Haïti ouverte lundi par la ministre de la santé publique Mme Florence Duperval Guillaume prendra fin ce mardi.

La ministre accueille favorablement cette rencontre qui se tient pour la première fois en Haïti.

Selon la ministre Guillaume l’objectif de la rencontre est d’évaluer l’avancement des accords qui ont été signés par cette coopération depuis le 26 mai 2010 en vue d’améliorer la situation sanitaire en Haïti.

Haïti ne dispose pas jusqu'à présent d’un cadre légal sur le droit sanitaire, aussi cette 9 ieme réunion sera l’occasion pour des experts de Cuba, du Brésil et d’Haïti de faire des échanges et des discussions autour de cette problématique, affirme Mme Guillaume.

La ministre du MSPP dit souhaiter que les autres pays membres de cette coopération respectent leur engagement pris envers Haïti qui visait notamment la mise en place de 4 hôpitaux de référence, la réalisation de programmes de formations d’officiers sanitaires”.

É evidente também que, à medida que as matérias vão sendo aplicadas nas escolas, os métodos de acompanhamento e conhecimentos pedagógicos se vão acumulando, de forma que as experiências visam cada vez mais um melhor aproveitamento, uma melhor assimilação.

Notícias sobre esta questão crucial onde Cuba também é vanguarda sintetizam (http://www.radiorebelde.cu/noticias/educacion/educacion1-040509.html):

“Impacto internacional de investigaciones cubanas.

Teresa Valenzuela,

La Habana, Cuba.-

El Instituto Central de Ciencias Pedagógicas (ICCP), perteneciente al Ministerio de Educación cuenta con un grupo de investigaciones vinculadas a la calidad de la educación de gran impacto internacional.

El director de la entidad, el Doctor Lizardo García destacó que la institución que dirige condujo durante 12 años los estudios sobre el Programa Educa Tu hijo que atiende a la familia y a sus hijos que se preparan para la entrada a la escuela primaria: por su naturaleza social el novedoso proyecto se aplica con éxito en numerosos países de América Latina, donde se tienen en cuenta las características de cada región.

Otra experiencia que se aplica con gran fuerza en el exterior es la referida al mejoramiento de la calidad educativa que apoya fundamentalmente una tecnología elaborada en el ICCP que comenzó en la enseñanza primaria y se extendió al resto: parte de un diagnóstico fino de los estudiantes, de sus familias y las comunidades, así como, de la consideración de las particularidades de la educación del niño a quien se le da una tratamiento diferenciado lo que conlleva a darle una mayor atención pedagógica.

El especialista señaló que en esencia se trata de la detección de las necesidades de los niños y se tienen en cuenta también a los maestros con vistas a darles una atención metodológica através de diplomados y cursos para elevar su calificación como docentes que les permita realizar mejor su trabajo educativo”…

3 – Avaliando a trajectória dos relacionamentos Cuba – Angola e a sua densidade histórica, é legítimo pensar de forma projectiva que os resgates que implicam uma longa luta em relação ao subdesenvolvimento crónico em que nos encontramos em Angola, têm de continuar no futuro, tirando partido da plataforma conseguida com as Operações “Carlota I”, naquela hora decisiva da independência em 1975 e “Carlota II”, quando foi possível, a partir de 2007, esboçar as amplas iniciativas em termos de educação e saúde em solo angolano.

Das fornadas de angolanos que se tornarão médicos, enfermeiros e técnicos de saúde, sairão as futuras equipas capazes de responder aos imensos reptos que existem em termos de pesquisa e investigação multi sectorial, a “Carlota III”!!!

Interrogava-se o Embaixador Cubano Ross Leal na conversa longa que teve com a imprensa angolana a 24 de Janeiro, para a qual tive a honra de ter sido convidado, quantos médicos angolanos formou o colonialismo, ao menos na fase derradeira de sua existência?!...

Julgo que na longa luta que nos espera contra o subdesenvolvimento, os resgates históricos que há por realizar em relação a um passado tão obscuro como o vivido pelos angolanos e por tantos povos de África, obriga-nos à ousadia de projectar o futuro com o homem, para o homem e no homem, duma forma nunca antes experimentada, mesmo que os mercenários tenham proliferado em função dos impactos negativos na sociedade do capitalismo neo liberal.

O relacionamento Angola – Cuba e as plataformas que se têm alcançado são o melhor dos cimentos para garantir a construção do futuro!

* Martinho Júnior pertence ao coletivo de Página Global/Fábrica dos Blogues, foi colunista do semanário Actual, de Luanda, falido no último trimestre de 2004. Reproduzido no Informação Alternativa e em outras publicações. Para breve a publicação de um livro. Antigo combatente do MPLA na luta pelo resgate do colonialismo, do “apartheid” e das suas sequelas. Identificado com o povo angolano, mantendo um ponto de vista histórica e sociologicamente à esquerda do actual espectro político angolano. A vocação para a escrita redunda dessa identificação, tendo começado a publicar na última década do século passado.

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Brasil: CAOS EM SALVADOR





De repente o que nós sempre temíamos aconteceu, mesmo com todo aquele drama ocorrido na antiga greve dos policiais.

Começando devagarzinho o trânsito foi parando, na paralela que vive engarrafada, incautos encapuzados tomam dois ônibus para atravessá-los na avenida; corre-corres em todos os lugares; lojas saqueadas em todos os cantos; ônibus e bancos alvos de atentados; a Estação Pirajá virou um verdadeiro limbo de sofrimento, diversos arrastões, assassinados, o povo esperando a condução durante horas e só o que aparecia mesmo eram pessoas horrorizadas e assustadas com tanta barbárie, em prantos usuários ou sofredores da estação imploram pelo transporte que não aparece, pânico geral.

Em um conjunto do Cabula, abriu-se mais uma frente de terror, o arrastão inaugurou a modalidade de crimes em condomínios, ferindo um morador que por coincidência é policial.

As forças de segurança chegaram, mas não adianta que a insegurança é geral e para ter esse exclusivo policiamento vai ser difícil, pois somente os centros e pontos turísticos terão chances de serem agraciados com o patrulhamento, enquanto que muitos outros bairros co poderão contar com a previdência divina.

* Marcelo de Oliveira Souza: Pseudônimo SOM, natural do Rio de Janeiro, Professor de Língua Portuguesa, formado na Universidade Católica do Salvador. Pós-graduado pela Faculdade Visconde de Cairu com convênio com a APLB/UNEB; Membro titular do Clube dos Escritores de Piracicaba; Organizador do Concurso Anual Poesias sem Fronteiras; participa de vários concursos de poesias, contos, sempre conseguindo colocações louváveis. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS.

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Timor-Leste: Alfabetização em línguas maternas vai ser um desafio para o português



MSE - Lusa

Díli, 08 fev (Lusa) - O ministro da Educação, João Câncio, disse hoje à agência Lusa que o projeto-piloto para alfabetização de crianças timorenses em línguas maternas vai trazer um desafio para a língua portuguesa.

O projeto-piloto, do Ministério da Educação timorense, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), prevê que no início do pré-escolar e durante um período de dois anos sejam utilizadas as línguas maternas (ou locais) como instrumento de transferência de conhecimento.

Segundo o ministro da Educação timorense, o projeto, que tem gerado um aceso debate na sociedade timorense, vai trazer um "desafio para a língua portuguesa".

"Penso que o português deve ser ensinado nos primeiros anos como segunda língua. Embora seja a língua oficial de Timor-Leste, penso que o português não pode ser ensinado como se estivéssemos em Portugal", explicou.

"As crianças em Portugal falam português desde pequenas, nós em Timor não falamos e o desafio está aí", acrescentou o governante depois de ter estado no parlamento para um debate de urgência sobre a questão.

Segundo o ministro, o (ensino do) português deve ser revisto para "ser usado como segunda língua para melhorar a aquisição dos conhecimentos".

O projeto, explicou, foi baseado num estudo que recomenda a utilização das línguas locais para o início da alfabetização, porque nos "primeiros quatro anos as crianças não conseguem ler como se desejava".

"Para o facto de as crianças não conseguirem ler e escrever contribuem muitos fatores, mas um deles é o facto de a língua portuguesa e também o tétum não serem línguas maternas. Pensou-se nos primeiros dois anos no pré-escolar usar simultaneamente as línguas locais como instrumento de transferência de conhecimentos e aquisição de literacia", adiantou o ministro.

"Depois de dois, três anos de início da escolaridade dá-se o início da transição para as línguas oficiais", acrescentou o ministro.

O ministro explicou também que na primeira fase o projeto só vai ser implementado nos distritos de Lautém, Oecussi e Manatuto e que dentro de três anos haverá uma avaliação "rigorosa" para se decidir se é alargado a todo o território nacional.

O projeto-piloto de alfabetização em línguas locais tem provocado um grande debate nacional, com uns a defenderem a sua mais-valia e outros, como a maior parte dos deputados hoje presentes no parlamento, a defenderem que criará discriminação entre as crianças.

O ministro da Educação defendeu que é sempre bom haver debate, mas considerou que há alguma "falta de conhecimento e uma tendência para a politização" da questão.

Quanto à discriminação, o ministro disse não querer antecipar resultados. "Depois do projeto-piloto estar implementado e avaliado, vamos ver", disse.

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São Tomé e Príncipe: Banco Mundial financia plano de desenvolvimento agrícola



MYB – Lusa, com foto

São Tomé, 08 fev (Lusa) - O Programa Detalhado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (PDDAA), financiado pelo Banco Mundial, foi lançado hoje na capital são-tomense.

Aprovado pela União Africana e adotado consensualmente em 2003, em Maputo, pelos países africanos, o PDDAA é executado nos países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

Um dos objetivos do programa é que os países africanos atinjam um crescimento agrícola anual de cinco por cento. Mas, para que isso seja possível, é necessário que os governos afetem pelo menos 10 por cento do seu Orçamento do Estado anual para o setor agrícola.

O lançamento do projeto na capital são-tomense visa "reunir todos os intervenientes neste setor (agrícola), nomeadamente deputados, Governo e cooperativas", para que a CEEAC possa preparar um plano de investimento agrícola para São Tomé e príncipe, disse Joel Beassen, representante do PDDAA.

São Tomé e Príncipe é o sexto país da sub-região da África central onde o programa é aplicado, depois do Chade, Repúbica do Congo, República Democrática do Congo, República Centro Africana e Burundi.

"A intenção é permitir que a agricultura assuma o papel de maior impulsionador do desenvolvimento nacional em cada um dos Estados da sub-região da África central", disse Joel Brassen.

O lançamento oficial do programa será seguido da realização de um atelier para a preparação do Pacto PDDAA e de uma convenção que, a nível nacional, o Governo deverá assinar com os autores que intervêm nos diferentes setores da agricultura.

O ministro do Plano e Desenvolvimento são-tomense, Agostinho Fernandes, lembrou que o país já tem uma Carta Política Agrícola para os setores de desenvolvimento rural e pescas, acrescentando que o governo defende o aumento e diversificação agrícola de culturas alimentares, diminuindo a dependência dos produtos importados e favorecendo a entrada dos produtos nacionais nos mercados internacionais, sobretudo da sub-região.

"Apesar das medidas já adotadas, continuamos com o sentimento de que só com reformas persistentes através de melhorias através do diálogo inter-institucional e o reforço organizacional de competências e capacidades técnicas estaremos em condições de atingir as metas a que nos propusemos", disse o ministro.

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Brasil indicia 22 suspeitos de fraude de mais de mil milhões no Banco PanAmericano



RTP - Lusa

A Polícia Federal brasileira indiciou 22 suspeitos ao encerrar uma investigação que apurou fraudes e subtração de valores num total de 4,3 mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) no Banco PanAmericano.

O inquérito, iniciado a 26 de dezembro de 2010 e concluído na terça-feira, foi instaurado para apurar crimes cometidos entre janeiro de 2008 e novembro de 2010.

Mais de 21 milhões de reais (9,2 milhões de euros), em investimentos, e 20 imóveis dos envolvidos foram apreendidos pela justiça. Entre os indiciados, cinco ex-diretores do banco, três funcionários e um ex-presidente do Grupo Silvio Santos são suspeitos de associação criminosa, branqueamento de capitais, gestão fraudulenta e crimes financeiros.

Outros seis ex-diretores e dois executivos que não faziam parte da diretoria do grupo foram indiciados por gestão fraudulenta e subtração de valores.

Cinco pessoas identificadas como "testas de ferro", sócios em empresas que supostamente receberam recursos desviados, também foram indiciados por associação criminosa.

O inquérito segue agora para o Ministério Público Federal

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Brasil: Oficiais da Polícia Militar decidem amanhã se aderem à greve na Bahia



Luciana Lima, enviada especial – Agência Brasil

Brasília – Os oficiais da Polícia Militar da Bahia marcaram para amanhã (9), às 18h, assembleia para decidir se aderem à paralisação da corporação, que entrou hoje (8) no nono dia. A assembleia foi convocada pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, que representa cerca de 1,6 mil militares.

A adesão dos oficiais à paralisação parece cada vez mais iminente. Ontem (7) à noite, um grupo de cerca de 50 oficiais tenentes foi ao prédio da Assembleia Legislativa prestar solidariedade aos policiais que ocupam o prédio desde a terça-feira (1º) da semana passada.

Ao chegarem em frente à área da Assembleia Legislativa onde se concentra grande parte dos manifestantes, os oficiais foram recebidos pelos colegas com a frase: “a PM parou!”.

Também nesta área, os manifestantes se dão as mãos e fazem orações.

Edição: Nádia Franco

Portugal: CGTP promete tornar Terreiro do Paço num "terreiro do povo"




O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, manifestou-se, esta quarta-feira, convicto de que a manifestação de sábado, em Lisboa, irá transformar o Terreiro do Paço em "terreiro do povo", referindo-se ao "elevado" número de autocarros já alugados.

"Estamos convencidos de que vamos fazer uma das maiores manifestações de sempre em Portugal. De acordo com o levantamento que já fizemos, temos muitos mais autocarros do que nas anteriores manifestações", disse Arménio Carlos aos jornalistas, no final de um plenário dos trabalhadores da administração local de Matosinhos.

Escusando-se a apontar estimativas relativamente a números, o dirigente da CGTP admitiu, contudo, que "possa ultrapassar os 100 mil" manifestantes.

"Pensamos mesmo transformar o Terreiro do Paço em terreiro do povo e a demonstração mais inequívoca disso foi este plenário aqui em Matosinhos, onde os trabalhadores manifestaram a sua disponibilidade para participar na manifestação nacional agendada para o próximo sábado", frisou.

E esclareceu que esta sua convicção se baseia em "diversas razões".

"Em primeiro lugar, porque os trabalhadores não aceitam ser caluniados pelo primeiro-ministro que ainda recentemente disse que os portugueses eram piegas. Em segundo lugar, porque estão convictos de que aquilo que se está a passar em termos de politicas económicas em Portugal não resolvem problema nenhum e, em terceiro lugar, porque estão convictos que há outras alternativas e outras saídas que têm necessariamente de passar por políticas que valorizem o trabalho e dignifiquem os trabalhadores", disse.

De acordo com Arménio Carlos, são "os trabalhadores e as suas famílias que mais têm trabalhado para responder aos problemas do país e para o pôr a andar para a frente. Ninguém mais".

"Estamos a falar de 400 mil trabalhadores a auferir o salário mínimo nacional e, neste caso concreto, a terem o salário líquido por mês inferior ao limiar da pobreza. Será que estes trabalhadores não estão a fazer tudo para pôr o país a desenvolver? Estão, mas não estão a ser bem tratados, estão a trabalhar, empobrecendo", considerou.

No entender do secretário-geral da CGTP, "estas manifestações têm de demonstrar que os portugueses não estão satisfeitos, porque este acordo de concertação social não só não promove crescimento, competitividade e emprego, como promove a recessão económica e vai colocar o país com uma dívida superior àquela que tinha anteriormente", acrescentou.

"Vai promover a desrregulação da legislação laboral e reduzir os salários dos trabalhadores e, em relação ao emprego, não o cria, pelo contrário, aumenta o desemprego e reduz a proteção social dos trabalhadores. É um processo que não faz sentido e, como tal, os trabalhadores precisam de se manifestar contra", referiu.

Aliás, sustentou, "foi a luta dos trabalhadores que levou a que o Governo tivesse recuado nas duas horas e meia de aumento de trabalho semanal. E também aqui vai ser preciso lutar muito para obrigar o governo a recuar".

Arménio Carlos defendeu ainda que é necessário demonstrar à 'troika' que passados este meses os problemas do país agravaram-se.

"É preciso renegociar a dívida, no que concerne aos juros, aos prazos e aos montantes, o que implica alargamento dos prazos para pagamento da dívida e redução de juros, porque ninguém pode pagar juros a 15%. E depois é preciso ver os montantes, porque há um montante que é dívida do país e há outro que é especulação financeira. Não podemos pagar essa parte", afirmou.

Mais Dinheiro Vivo

Um em cada quatro portugueses vivia em risco de pobreza ou exclusão social



Jornal de Notícias

Um em cada quatro portugueses vivia, em 2010, em risco de pobreza ou exclusão social, um número ligeiramente superior à média europeia, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

Os dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia (UE) indicam que a percentagem de portugueses a viver em risco de pobreza ou exclusão social aumentou de 2009 (24,9%) para 2010 (25,3%).

Estas pessoas encontravam-se em, pelo menos, numa das seguintes três condições: em risco de pobreza, em situação de privação material grave ou a viverem em domicílios com intensidade de trabalho muito baixa.

Comentando estes dados, o presidente da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza afirmou à agência Lusa que estes números correspondem à realidade e que "a tendência é para aumentar".

"Ainda não temos dados, mas a situação já piorou em 2011", disse o padre Jardim Moreira, lembrando que "o desemprego leva necessariamente as pessoas a ficarem sem poder de compra" e, como consequência, alguns retiram os filhos da escola, outros emigram, entre outras situações.

"É um problema um bocado negro", comentou, acrescentando: "Quase todas as semanas, vemos empresas a fechar e, também quase todas as semanas, temos mais cortes, mais impostos. As pessoas aguentam, mas não sei até onde, vamos ver".

O dados do Eurostat referem que as crianças apresentam maior risco de pobreza e exclusão social do que o resto da população.

Na UE27, em 2010, 27% das crianças com menos de 18 anos foram afectadas, pelo menos, por uma das três formas de pobreza ou exclusão social, contra 23% da população em idade ativa (18-64 anos) e 20% dos idosos (65 ou mais anos).

As crianças foram as mais afetadas em 20 estados-membros, enquanto que os idosos eram os mais atingidos na Bulgária, Eslovénia, Finlândia e Suécia. Na Dinamarca, foi a população em idade activa a mais afetada.

Os dados do Eurostat não referem a situação portuguesa, mas o padre Jardim Moreira adianta que Portugal é um dos países com um índice mais elevado de crianças pobres (24%).

"Com os pais no desemprego, muitas crianças deixam de ter apoio alimentar, qualidade de vida e outras abandonam a escola", adiantou.

Para o presidente da EAPN, as crianças são as que "vão sentir mais rápido a pobreza familiar".

Os idosos também são afetados porque a família não tem recursos para os acompanhar e abandona-os, disse, alertando que, se a vizinhança não se preocupar com eles, correm o risco de morrerem sós por fome e abandono, como tem vindo a acontecer.

O padre Jardim Moreira disse ver "com muita preocupação a contínua caminhada para um empobrecimento colectivo" porque não vê solução para o problema.

"As pessoas ficam cheias de medo pela sua insegurança e algumas são menos capazes de pensar e partilhar com os outros", acrescentou.

Para o responsável, "a resposta à crise passa por uma mudança de atitude do coração das pessoas, de mentalidade e de comportamento".

Em 2010, 115 milhões de pessoas (23,4% da população) viviam em risco de pobreza ou exclusão social, sendo as percentagens mais elevadas registadas na Bulgária (42%), Roménia (41%), Letónia (38%), Lituânia (33%) e Hungria (30%) e as mais baixas na República Checa (14%), Suécia e Holanda (ambos 15%), Áustria, Finlândia e Luxemburgo (todos 17%).

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Portugal: Jornalista Pedro Rosa Mendes vai processar Luís Marinho por difamação



Maria Lopes - Público

Audição no Parlamento

O jornalista Pedro Rosa Mendes, que tinha uma crónica do programa Este Tempo, da Antena 1, vai processar o director-geral da RTP por difamação.

Na sua audição, ontem, na comissão de Ética, Luís Marinho fez críticas fortes a Pedro Rosa Mendes, dizendo que o jornalista tem “problemas em gerir a verdade das coisas”, referindo-se a alguns episódios mal explicados da sua saída da agência Lusa e de uma ida ao palácio presidencial a Luanda, alegadamente para pedir desculpas ao Presidente angolano.

Pedro Rosa Mendes está agora a ser ouvido pelos deputados na mesma comissão e considera que foi "difamando pelo directro-geral de uma forma absolutamente vil e cobarde". "São insinuações baixas que não me merecem outra resposta do que um processo de difamação", declarou o jornalista, adiantando que Marinho terá "oportunidade" de provar em tribunal aquilo de que o acusou no Parlamento.

Luís Marinho "repete insinuações de que eu terei ido a Angola numa viagam paga pelo governo de Luanda para pedir desculpa ao Presidente da República. Jamais existiu tal coisa", afirmou o jornalista. "Não admito a ninguém que questione a minha relação profissional com um país em que o seu Presidente e o seu fornecedor de armas tiveram dois processos judiciais que perderam sete anos depois", contou Pedro Rosa Mendes.

"Nunca pedi desculpa e nunca fui a Angola pago pelo seu Presidente. Há 10 anos que não vou a Angola – fui lá com um ilustrador, Alain Corbel. Em 15 anos só fui duas vezes porque fui considerado persona non grata", disse ainda.

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Portugal - Secretas: PSD apela a PCP para retirar potestativo para ouvir Passos


Público - Lusa

O PSD apelou nesta quarta-feira ao PCP para retirar o seu pedido potestativo de audição do primeiro-ministro, afirmando que se tal não acontecer apresentará um requerimento “no sentido de sujeitar à votação a admissibilidade” da iniciativa dos comunistas.

“Ou o PCP retira o requerimento ou o PSD pretende fazer um requerimento no sentido de sujeitar à votação a admissibilidade do requerimento do PCP”, disse o deputado social-democrata Hugo Velosa.

O também vice-presidente da bancada parlamentar do PSD falava durante uma reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, em que está a ser discutido o requerimento potestativo dos comunistas para ouvir o primeiro-ministro sobre o funcionamento dos serviços de informações da República Portuguesa.

Portugal - Ordem: DEZ ENFERMEIROS POR DIA ESTÃO A SAIR DO PAÍS



Diário de Notícias - Lusa, com foto

O novo bastonário da ordem dos Enfermeiros denunciou hoje que mais de 1.700 enfermeiros emigraram no ano passado e que só nas primeiras três semanas deste ano 200 destes profissionais solicitaram declarações para sair do país.

Na sua primeira apresentação aos deputados da Comissão de Saúde, em que falou das preocupações desta classe profissional, Germano Couto respondia a dúvidas levantadas sobre a situação dos enfermeiros em Portugal.

Segundo o bastonário, estão inscritos 64.500 enfermeiros, embora alguns não estejam a exercer, seja por estarem no estrangeiro ou em fase de aposentação.

Mas o que mais preocupa o responsável é a "enorme vaga de emigração" de enfermeiros, o que se verifica pelo número de declarações de habilitações solicitadas à ordem para efeitos de emigração e que revelam que no ano anterior emigraram cinco enfermeiros por dia.

"Em 2011 foram solicitadas 1.724 declarações, o que significa que potencialmente este número de enfermeiros emigrou", afirmou Germano Couto.

O bastonário alertou ainda para o agravar desta situação em 2012, afirmando que "só nas primeiras três semanas deste ano, 200 enfermeiros solicitaram a respetiva declaração".

Na opinião de Germano Couto, "o Governo esta a exportar recursos humanos a custo zero".

O responsável sublinha o paradoxo entre o número de enfermeiros que emigram estar a aumentar por falta de resposta do país, quando os estudos existentes mostram a necessidade de mais enfermeiros nos serviços de saúde.

Citando um estudo de 2010, realizado pela ACSS junto de 50 hospitais, Germano Couto disse que só nesse ano e naqueles hospitais faltavam 3.500 enfermeiros.

"Isto sem falar nos restantes hospitais, cuidados de saúde primários e cuidados continuados", sublinhou.

Portugal: Oficiais avisam que "nada os obriga a serem submissos" - carta ao governo



Público

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) avisa o Governo de que "nada os obriga a serem submissos, acomodados, ignorantes e apolíticos". "Pelos vistos daria jeito ao poder político que assim fosse", afirma a mesma entidade, numa carta aberta enviada ao ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que é criticado no mesmo documento revelado nesta quarta-feira pelo jornal Diário de Notícias

De acordo com o mesmo jornal, a missiva é uma resposta a recentes declarações de Aguiar Branco sobre as Forças Armadas e que terão caído mal entre os militares. "As Forças Armadas são insustentáveis, senhor ministro? Não são! Estão!", argumenta a AOFA, que contesta também os cortes orçamentais e a equiparação dos militares aos funcionários públicos. Outras queixas têm a ver directamente com a carreira, como o congelamento das promoções. O ministro da Defesa estará nesta quarta-feira na cerimónia militar comemorativa dos 50 anos do navio-escola Sagres, pelas 10h45, no cais de Alcântara em Lisboa.

O responsável por esta pasta no Governo é acusado pela AOFA de cometer "uma insanável contradição": reconhece "existirem razões de descontentamento" nas fileiras, mas recusa receber as associações o que é "ignorar [o] quadro legal", escreve o Diário de Notícias.

Recentemente, Aguiar-Branco afirmou que os militares que "não sentem vocação, estão no sítio errado. Se não sentem, antes de protestar precisam de mudar de carreira. Sem drama, sme ressentimento". Para a AOFA, o direito ao protesto, à denúncia, existe e não pode ser confundido com fazer política. "Denunciar perante a opinião pública as medidas lesivas e (...) carregadas de falta de respeito pela dignidade de quem jurou e serve abnegadamente (sem se servir) a pátria é fazer política?", interroga a AOFA. "Será portanto política alertar para (...) a penalização dos militares e das Forças Armadas, dando a conhecer, a título de exemplo, a forma como (...) os militares vêem o modo como tem vindo a ser tratado o dossier BPN, obrigando uma significativa parcela do orçamento a ser desviada para dar cobertura, tudo leva a crer, às consequências de criminosos desmandos?"

Não consideramos política e, muito menos, política partidária, tal postura. Trata-se, isso sim, do uso de um direito que a própria cidadania impõe", escreve o DN, atribuindo estas declarações ao líder da AOFA, coronel Manuel Cracel.

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