Está
finalmente em curso a votação popular e democrática do referendo civil em
Macau, promovido por cidadãos à margem dos controleiros oficiais daquela espécie
de “democracia” que vigora em Macau e em Hong Kong subjugada à vontade de Pequim para o
que der e convier.
O
sucesso do referendo está a ser evidente. As autoridades daquela dita Região
Autónoma estão, pelo sucesso à vista, a perder a cabeça e a expor as suas faces
ocultas associadas a detenções e à repressão conveniente para aquele regime
antidemocrático vigente. Tanto em Macau como no vizinho Hong Kong – que também
registou enorme sucesso no referendo civil que já realizou. Pretendem ignorar
os pequenos, médios e grandes ditadores que é sempre uma questão de tempo para
que a vontade popular e democrática se concretize. Façam o que fizerem o
referendo em Macau já é um sucesso.
Em
notícias da Agência Lusa damos conta do que está a acontecer em Macau sobre
esta matéria e expressa vontade popular. (MM/PG)
Cerca
de 150 votos por hora em referendo civil sobre sufrágio universal em Macau
24
de Agosto de 2014, 20:08
Macau,
China, 24 ago (Lusa) - O referendo civil sobre o sufrágio universal, que
arrancou hoje, promovido por três associações pró-democracia em Macau, está a
registar uma média de 149 votos por hora.
De
acordo com dados publicados no portal da votação 'online', entre as 00:00 e as
18:00 locais (entre as 17:00 de sábado e as 11:00 de hoje em Lisboa), 2.698
tinham votado.
Um
referendo não oficial sobre a eleição do chefe do Executivo de Macau por
sufrágio universal arrancou hoje naquela região administrativa especial
chinesa.
A
iniciativa decorrerá até ao próximo dia 30 e será feita por voto eletrónico
(por computador ou telemóvel), e em dois dos dias da consulta em cinco locais
de voto a instalar na região.
A
consulta, lançada por três associações ligadas ao campo pró-democrático -
Consciência de Macau, Juventude Dinâmica de Macau e Sociedade Aberta de Macau
-, coincide com a escolha, por um colégio eleitoral, do próximo chefe do
Executivo da região administrativa especial, corrida em que está apenas um candidato,
o atual líder do governo, Chui Sai On.
Cinco
ativistas foram detidos hoje, incluindo o promotor da iniciativa.
Andrew
Cheong, membro da Sociedade Aberta, disse que Jason Chao foi levado pela
Polícia Judiciária.
Jason
Chao, líder de duas das três associações organizadoras do referendo - a
Sociedade Aberta de Macau e Consciência de Macau - foi, segundo o mesmo
ativista, levado pela Polícia Judiciária (PJ) já depois de a votação presencial
para o referendo informal ter sido suspensa pelos seus promotores.
Jason
Chao lançou o referendo, esta manhã, na Rua do Campo, em frente à Direção dos
Serviços de Administração e Função Pública, um dos cinco locais previamente
estabelecidos para a votação física, feita através da recolha de votos com
'tablets' pelos voluntários, uma vez que o Tribunal de Última Instância impediu
a colocação de urnas.
Antes
da detenção de Jason Chao, outros quatro ativistas, incluindo o vice-presidente
da Associação Novo Macau Scott Chiang, que se encontravam noutro ponto de
votação - o bairro de São Lourenço - foram levados pela Polícia de Segurança
Pública, que terá apreendido dois 'tablets' nos quais estava a ser efetuada,
até então, a votação presencial.
Duas
questões integram o referendo: a primeira interroga os residentes do território
- permanentes e não permanentes - se concordam que o chefe do Executivo da
Região de Macau deve ser eleito por sufrágio universal em 2019, e a segunda
questiona o nível de confiança da população no candidato ou eventuais
candidatos a chefe do Executivo. Os boletins de voto vão estar disponíveis em
três línguas: português, chinês e inglês.
Macau
é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China desde 20 de
dezembro de 1999, depois de cerca de 500 anos de administração portuguesa,
possui autonomia (face à China) administrativa, legislativa e judicial.
DM/FV
(EL) // ZO - Lusa
Detido
promotor de referendo civil sobre sufrágio universal em Macau
24
de Agosto de 2014, 16:59
Macau,
China, 24 ago (Lusa) -- O promotor do referendo civil sobre sufrágio universal
em Macau, Jason Chao, foi hoje detido pela Polícia Judiciária, disse Andrew
Cheong, membro da Sociedade Aberta, uma das três associações pró-democracia
organizadoras da iniciativa.
Jason
Chao, líder de duas das três promotoras do referendo -- a Sociedade Aberta de
Macau e Consciência de Macau -- foi levado pela Polícia Judiciária (PJ) já
depois de a votação presencial para o referendo informal ter sido suspensa
pelos organizadores, segundo o mesmo ativista.
"Ele
informou os outros voluntários que ia à casa-de-banho e dois ou três minutos
depois recebemos uma mensagem de texto a dizer que ele tinha sido detido pela
PJ", explicou Andrew Cheong.
Jason
Chao lançou o referendo, esta manhã, na Rua do Campo, em frente à Direção dos
Serviços de Administração e Função Pública, um dos cinco locais previamente
estabelecidos para a votação presencial, feita através da recolha de votos com
'tablets' por voluntários, uma vez que o Tribunal de Última Instância impediu a
colocação de urnas.
Antes
da detenção de Jason Chao, outros quatro ativistas, incluindo o vice-presidente
da Associação Novo Macau Scott Chiang, que se encontravam noutro ponto de
votação -- o bairro de São Lourenço -- foram levados pela Polícia de Segurança
Pública, que também apreendeu dois 'tablets' nos quais estava a ser efetuada,
até então, a votação presencial.
Contactada
pela agência Lusa, a polícia remeteu esclarecimentos para mais tarde, tendo
convocado uma conferência de imprensa para as 16:00 (09:00 em Lisboa).
A
votação online foi iniciada hoje e continua a decorrer na página de Internet do
referendo Macau2014.org.
Até
às 14:00 [07:00 em Lisboa] votaram 1.317 pessoas no referendo civil.
FV
// ZO - Lusa
Quatro
detidos e suspensa votação física de referendo civil sobre sufrágio universal
em Macau
24
de Agosto de 2014, 15:40
Macau,
China, 24 ago (Lusa) - Quatro voluntários envolvidos na organização do
referendo informal sobre o sufrágio universal em Macau foram hoje levados pela
polícia e a votação física foi suspensa, afirmou o ativista Jason Chao.
"Os
voluntários que se encontravam no bairro de São Lourenço foram levados pela
Polícia de Segurança Pública. Um deles é Scott Chiang [vice-presidente da
Associação Novo Macau]", disse Jason Chao, líder de duas das associações
promotoras da iniciativa: a Sociedade Aberta de Macau e Consciência de Macau.
Além
das detenções, a polícia apreendeu dois 'tablets', disse aos jornalistas Jason
Chao, algo que o ativista atribui ao facto de as autoridades querem perceber o
processo de votação.
Contactada
pela agência Lusa, a polícia remeteu esclarecimentos para mais tarde.
A
votação arrancou hoje na internet e em cinco locais, onde voluntários recolhiam
votos através de 'tablets', uma vez que o Tribunal de Última Instância impediu
a colocação de urnas. Todavia, menos de duas horas depois do início, a votação
física acabou por ser suspensa, tendo os voluntários permanecido nos locais
distribuindo panfletos, informou Jason Chao.
O
ativista acusou a polícia de ameaçar prender os voluntários por alegada
violação da Lei de Proteção de Dados Pessoais, o que levou à interrupção da
votação física.
"Recebi
indicações de que os agentes policiais não estavam apenas a perturbar os nossos
voluntários. As pessoas depois de exercerem o direito de voto também foram
perturbadas pela polícia. Foram paradas e foi-lhes pedido o bilhete de
identidade. Sinto-me envergonhado com o que a polícia está a fazer. É uma grave
violação dos Direitos Humanos", disse Jason Chao.
Esta
manhã, representantes do Gabinete de Proteção de Dados Pessoais deslocaram-se a
um dos locais de voto e entregaram uma carta aos promotores do referendo
informal, depois de na sexta-feira terem emitido um comunicado a "avisar
os organizadores que não podem tratar os dados pessoais para a finalidade de
"referendo civil", caso contrário, podem assumir as respetivas
responsabilidades jurídicas pela violação da Lei da Proteção de Dados
Pessoais".
"Disse-lhes
que a nossa forma de processamento de dados pessoas está completamente de
acordo com a lei vigente sobre a Proteção de Dados Pessoais", reagiu hoje
Jason Chao.
"A
ideia principal do diploma é a de que se obtenha a autorização dos cidadãos
antes de processar esses dados. E no nosso 'site' os cidadãos têm de concordar
com essas informações antes de avançarem para a votação", acrescentou, ao
incitar a a população a exercer o direito de voto através da internet
(macau2014.org).
O
ativista adiantou que desde o início da votação online tinham sido detetadas
sete possíveis ameaças provenientes do interior da China e que, apesar de não
ter sido concretizado qualquer ataque informático à página da Internet, a
organização decidiu suspender "o tráfego a partir do interior da
China" como medida de precaução. "É possível votar a partir de todo o
mundo, menos do interior da China", referiu.
De
acordo com os dados disponibilizados na página de internet para a votação
online, até às 14:00 [07:00 em Lisboa] votaram 1.317 pessoas no referendo
civil.
FV
// ZO - Lusa