sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

BLOG DE GAZA: Números de mortos em Gaza | EUA anunciam projeto de resolução

UNRWA: 'Ponto de Ruptura' | China: cessar-fogo agoradia 140

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

O Movimento de Resistência Palestina Hamas disse que Israel continua sua guerra de extermínio, enquanto os incessantes bombardeios israelenses mataram mais de 60 palestinos no centro e sul de Gaza.

O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, disse que a agência palestiniana para os refugiados está num “ponto de ruptura”.

Enquanto Washington anunciava um novo projecto de resolução para ajudar a libertar os cativos, o enviado da China ao Conselho de Segurança da ONU reiterou o seu apelo a um cessar-fogo imediato.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 29.514 palestinos foram mortos e 69.616 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

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ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Sexta-feira, 23 de fevereiro, 19h (GMT+2)

WASHINGTON POST (citando autoridades israelenses): A apresentação de Netanyahu de um plano pós-guerra surpreendeu o governo israelense.

BRIGADAS DE AL-QUDS: Explodimos um tanque Merkava com um dispositivo de “ação de guerrilha” a oeste de Khan Yunis.

HEZBOLLAH: Alvejamos o local de Al-Malikiyah com armas de mísseis.

ESCRITÓRIO DE MÍDIA DO GOVERNO DE GAZA: 700.000 pessoas enfrentam fome no norte da Faixa de Gaza.

BLINKEN: Apoiamos o direito de Israel à “segurança e autodefesa.

MINISTRO ISRAELITA DA CULTURA E ESPORTES: Estamos prontos para entrar em Rafah. Através desta medida, poderemos exercer pressão sobre o Hamas e chegar a um acordo.

Chris Hedges: o Grande Inquisidor de Julian Assange

Os advogados de acusação no Tribunal Superior que procuram garantir a extradição de Julian para os EUA baseiam-se quase exclusivamente nas opiniões judiciais de Gordon Kromberg, um advogado norte-americano altamente controverso.

Chris Hedges* em Londres | Scheer Post | # Traduzido em português do Brasil

A acusação dos EUA, que procura negar o recurso de Julian Assange de uma ordem de extradição, iniciada pela administração Trump e abraçada pela administração Biden, baseou os seus argumentos na quarta-feira nos depoimentos duvidosos apresentados por um procurador federal dos EUA no Leste Distrito da Virgínia, Gordon Kromberg.

As acusações articuladas por Kromberg - muitas vezes falsas - para defender o caso de extradição não agradaram aos dois juízes do Tribunal Superior, Jeremy Johnson e Dame Victoria Sharp , que estão a supervisionar o recurso final de Julian nos tribunais britânicos.

Os promotores, interrogados pelos juízes, ficaram desequilibrados quando questionados sobre a veracidade de várias das alegações feitas por Kromberg em apoio à acusação contra Julian.

Este foi especialmente o caso quando os advogados argumentaram que os documentos confidenciais que Julian divulgou em 2010 – conhecidos como registos de guerra do Iraque e do Afeganistão – não foram redigidos. Estes documentos não editados, disseram eles ao tribunal, colocaram em risco a vida das pessoas citadas nos documentos e fizeram com que alguns “desaparecessem”.

Militares na rua se Governo não der "atenção especial" às Forças Armadas

Portugal 

As associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas admitem protestos na rua se o próximo Governo atender às reivindicações das forças de segurança, mas não der "atenção especial" aos militares.

“Alertamos fortemente, mas mesmo fortemente, para o facto de, se depois das eleições, quando forem tratados - e muito bem - os assuntos das forças e serviços de segurança, não houver uma atenção muito especial, eu diria em dobro, para as Forças Armadas (...) nós equacionamos todas as formas de luta, dentro da legalidade democrática, obviamente, inclusivamente vir para a rua", alertou o coronel António Mota, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

Estes alertas, que já tinham sido avançados hoje pelo semanário Expresso, foram transmitidos pelo coronel em declarações à Lusa.

Apesar de apoiar as reivindicações das forças de segurança, que considera justas, o coronel António Mota alertou que "o fosso" entre as remunerações das forças de segurança, nomeadamente dos militares da GNR, e as Forças Armadas, é cada vez maior.

Segundo o coronel, estas preocupações já foram transmitidas pela AOFA à Casa Militar da Presidência da República e ao próprio chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Espero que o poder político não nos obrigue a optar ou ter que recorrer a formas de luta mais mediáticas, porque quando os militares das Forças Armadas saem à rua não é bonito, mesmo que façamos uma manifestação completamente em silêncio, com cartazes, sem fardas", afirmou.

Portugal - Eleições | Verdade de quem mente


Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

Durante os debates relâmpago, sobram os argumentos polígrafo. Como modelo, o toca e foge. Um “kiss and tell” no espaço de 30 minutos para fazer a diferença em modo monólogo com altercações várias e pedidos de defesa da honra à mesa. Como notas em subtítulo, as juras sobre o que é verdade numa campanha política repleta de demagogia onde essa verdade, se interessa, não é reconhecida como elemento fundamental. Mais do que interessados na verdade, os eleitores e alguns comentadores parecem apresentar-se no pelotão da frente daqueles que só querem saber sobre quem mente. A verdade interessa pouco quando a perseguição a quem não diz a verdade já ganhou e as notas artísticas não têm a mentira como ponderação.

Esgotaram-se os debates entre candidatos a primeiro-ministro, líderes de audiência no segmento político, e a campanha segue nos moldes tradicionais que conduzirão às tradicionais arruadas. Poderá especular-se se uma segunda ronda de debates poderia minorar a abstenção nas urnas ou se restabeleceria o mesmo grau de cansaço nos telespectadores que se tem feito sentir nos eleitores em eleições sucessivas. Os bravos do pelotão em feiras poderão voltar à tradicional forma de fazer política que garanta os votos dos mesmos, mas haverá, certamente, arruadas bem diferentes e extremadas no momento em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril.

Às voltas com a verdade, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro digladiam números que dificilmente sustentam ou entendimentos reversíveis sobre o que pode ser a governabilidade do país. O líder do PSD atira com números errados sobre o corte a todos os pensionistas, enquanto o líder do PS atira certeiramente que a perda em impostos do programa da AD, em quatro anos, ascende a 16,5 milhões de euros. Mas é o mesmo Pedro Nuno Santos que acerta e o que afirma viabilizar um governo minoritário do PSD para a seguir se desobrigar. A sua grande afirmação no debate, claramente vitorioso, esvai-se em poucas horas. No momento em que os portugueses se revêem ao espelho numa crise de afirmação, é estranho que os políticos lhe entreguem falsas certezas em ritmo expresso.

O momento da verdade está para chegar e servirá António Costa como protagonista. Será ele o dínamo do desempate, o factor de equilíbrio de um veículo socialista que parece agora estar a realinhar-se depois de tantos debates em que Pedro Nuno Santos se anulou. Até às eleições, como nas motas com sidecar, Pedro Nuno Santos viajará sempre com António Costa ao lado.

* Músico e jurista

(O autor escreve segundo a antiga ortografia) 

Portugal | NÃO 'CHEGUEM' MAIS LIXO AO LIXO QUE JÁ TEMOS

Na foto, eis uma prova bem portuguesa com certeza. Chegou, caiu, ajoelhou e petrificou naquilo que todos sabem que representa extrema direita nazi fascista. Heil!

Parece que existem, nestas eleições legislativas 2024 cerca de 15 por cento de eleitores portugueses dispostos a votar na viagem da extrema direita nazi fascista... Já Chega e sobra! Vamos todos ver e sentir "como elas nos mordem" e nos vão devorar. Depois não se queixem, por amor da santa.

Abram os olhos, mulas!

Redação PG

Portugal | ZONA DE GUERRA

Henrique Monteiro | HenriCartoon

A MELHOR FONTE DE RIQUEZA DE PORTUGAL ESTARÁ EM EXPORTAR ALDRABÕES


Bom dia quase à tarde solarenga, pelo menos no Sul de Portugal e dos Mouros. Pese embora que na atualidade os Mouros do Sul já não têm quase nada de lisboetas mas assustadoramente mais de estrangeiros das modernidades e dos “desenvolvimentos” das tangas do ‘estrangeiro é que é bom’. E se for Camone ainda melhor, para esses ditos portugueses que papam e falam estrangeirismos por tudo e por nada e dando grandes calinadas na língua portuguesa. Enfim. Uns pobres da língua e da gramática que habitam as ruas, o jornalismo, os jornais, as revistas, as rádios, as televisões e o país da língua de Camões. Pois. É moderno, é moderno… Pois, pois. Adiante

A seguir sai à pressão o Expresso Curto por David Dinis. O mais que costume às sextas-feiras. Vamos nessa.

Polícias e similares que andam a insultar ameaçadoramente cidadãos pacatos no Parque Mayer e não só já sabemos que existem, que cometem ilegalidades também, que perderam a razão das suas lutas laborais também. Agora só faltavam saltarem os militares para ameaçar invadirem-nos com a mesma lenga-lenda. Disso mesmo informa o Expresso Curto que tomamos por base. Pois. Têm todos muita razão com essa história do subsídio de risco. Não tarda saem da toca os operários de construção civil, os pescadores e etc. que são aqueles que estatisticamente mais morrem a trabalhar. Já agora não tarda que os imediatamente nascidos em casa ou nas maternidades venham saídos diretamente das vaginas das mães ou por cesarianas reivindicarem essa tal coisa de subsidio de risco porque na verdade todos que nascem para este mundo passam a estar em risco vítimas de governos engravatados e ‘dótorados’ formados superiormente em aldrabar, em manipular, em enganar a torto e a direito o Zé Povinho fonte que os sustenta nos bons tachos, nas boas vidas e nas miríades de benesses reservadas a esses tais “servidores” e chulos da nação… Pois.

Basta, por agora. A conversa está e sair entornada. Certo é que nada disto acerca dos tais subsídios de risco está a acontecer por acaso. Deixem-se de pieguices e saibam, exigir, isso sim, salários dignos, condizentes com trabalhos dignos e de suporte a uma vida digna. Para todos e não só para alguns com mais ou menos estudos mas que nem sabem pregar um prego, apesar de serem 'dótores' que nem defendem a língua portuguesa falando-a e escrevendo-a corretamente. Broncos com canudos, é o que são. Canudos que cada vez parecem mais reles compras adquiridas na lojas de 1 €. Pois.

Avante para o Curto do Expresso. Bom fim-de-semana. Como? Sabemos lá. A lavagem aos cérebros da Campanha das Mentiras Eleitorais está a lixar tudo e os humores da populaça. Desta feita os recordes de patranhas e manipulações estão a ser a ‘melhorpior’ de todas. Nunca visto! Cuidem-se e comecem a pensar em exportar aldrabões… Será uma grande fonte de riqueza. Pois.

Até para a próxima, com melhores fígados.

Mário Motta | Redação PG

Angola | O Fim do Traidor Nato -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os altos dirigentes fascistas em Angola foram afastados dos cargos por ordem do Movimento das Forças Armadas (MFA) após o 25 de Abril de 1974. O governador Santos e Castro foi recambiado para Portugal. O General Franco Pinheiro ficou a governar Angola interinamente sendo ao mesmo tempo o Chefe do Estado Maior-Geral das Forças Armadas. Esteve nestas funções entre 4 de Maio e 15 de Junho de 1974, data em que Spínola mandou para Angola Silvino Silvério Marques, com instruções para promover o federalismo. Se não fosse possível, avançava a independência branca à sombra do regime racista de Pretória.

O General Franco Pinheiro ouviu uma entrevista de Jonas Savimbi à Emissora Oficial de Angola, assinada por Francisco Simons. O chefe da UNITA defendeu o federalismo porque “o povo angolano não está preparado para a independência”. Antes que Luanda se incendiasse, o governador interino convocou uma conferência de imprensa no salão nobre do alto comando, Fortaleza de São Miguel, para dizer aos jornalistas que o MFA não estava de acordo com o federalismo e achava que os angolanos estavam preparados para a independência. 

O General Franco Pinheiro fez esta afirmação: “Jonas Savimbi é um traidor nato. Traiu os dele e os nossos. Desde que se instalou no Leste de Angola viveu sempre da traição”. Uma bomba! O general também foi bombardeado com perguntas, algumas insultuosas. 

Os Media angolanos pertenciam exclusivamente aos colonos ricos ou eram do Estado que detinha as rádios Emissora Oficial de Angola e Voz de Angola, mais os jornais Diário de Luanda e ABC que pertenciam à Gráfica Portugal, propriedade do partido União Nacional, entretanto nacionalizada pelo MFA. Os mais radicais defendiam a independência branca. Os outros apostaram tudo no federalismo proposto pelo Presidente Spínola. Todos apresentavam Jonas Savimbi como o “Muata da Paz” e a UNITA o “Movimento dos Brancos”. A autoridade máxima portuguesa disse cruamente que o chefe da UNITA era um traidor nato!

No final da conferência de imprensa deixei-me ficar e fui ter com o General Franco Pinheiro: O senhor traçou o retrato de Jonas Savimbi. Peço-lhe documentos que comprovem a sua afirmação. Polidamente respondeu: Está a pedir-me para ser igual a Jonas Savimbi? Os documentos são secretos e pertencem aos arquivos da Polícia de Informações Militares. Não posso divulgá-los. Já fiz a minha parte alertando que estão a promover um traidor nato.

Diamantes e Marfim Deram Amigos à UNITA Liderada por Jonas Savimbi

Artur Queiroz*, Luanda

No dia 9 de Junho de 2014 foi publicada no Jornal de Angola uma entrevista ao inspector da PIDE/DGS Óscar Cardoso, fundador dos FLECHAS (com tropas do Galo Negro entre as quais os comandantes Pedro e Sachilombo) e oficial de ligação entre o regime racista de Pretória e a UNITA de Jonas Savimbi. Hoje, 22 de Fevereiro, envio a peça para que a memória não seja contaminada pela propaganda. E a História Contemporânea de Angola não seja falsificada.

O 25 de Abril em Portugal pôs fim à tenebrosa PIDE/DGS que perseguiu e assassinou milhares de lutadores pela liberdade, mas pouco se sabe para onde foram muitos dos chefes e agentes da polícia política fascista e colonialista portuguesa. Numa quinta algures em Portugal o Jornal de Angola entrevistou aquele que foi o segundo homem da hierarquia da PIDE em Angola e que fundou os “Flechas”.

Diamantes e Marfim Deram Amigos à UNITA Liderada por Jonas Savimbi

Artur Queiroz* | José Ribeiro | Jornal de Angola

Depois da “Revolução dos Cravos”, como especialista em guerra subversiva, Óscar Cardoso foi trabalhar para o regime da Rodésia de Ian Smith. Depois para a África do Sul e ficou integrado nas Forças de Defesa e Segurança na altura em que estas começaram a organizar e a coordenar na Jamba e na faixa de Caprivi as actividades das forças da UNITA, que interessavam à sobrevivência do regime de apartheid. O operacional da PIDE conta a sua história.

Óscar Cardoso foi inspector-adjunto da PIDE/DGS. Era o número dois da organização em Angola. Nas savanas do Cuando Cubango fundou os Flechas “para travarem a UNITA que queria fazer a guerrilha na região”. O sucesso destas forças levou a multiplicar os grupos em todos os teatros de operações. 

Em 1976, Óscar Cardoso foi para a Rodésia de Ian Smith onde criou forças especiais para enfrentar os guerrilheiros da ZANU, comandados por Robert Mugabe. Um ano depois foi para a África do Sul organizar as forças de Savimbi na guerra contra Angola. Pela primeira vez, depois da “Revolução dos Cravos” em Portugal e a extinção formal da polícia política portuguesa, um alto responsável da PIDE fala do percurso de Savimbi ao serviço de Portugal e do apartheid.

Jornal de Angola - Foi para Angola como militar ou já ao serviço da PIDE?

Óscar Cardoso - Eu era um homem de confiança do regime e a PIDE soube que o director da polícia em Angola, São José Lopes, estava metido numa conspiração com a Rodésia e a África do Sul para proclamarem a independência do território. Com São José Lopes estavam pessoas de grande poder económico na província. Era preciso travar aquilo. Fui para Luanda com essa missão. Nessa altura já era inspector.

Angola | O Elevado Preço da Ignorância -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A rebelião armada de Jonas Savimbi após a publicação dos resultados eleitorais, em 1992, causou mais estragos em Angola do que nos anos da Luta Armada de Libertação Nacional e na Guerra Pela Soberania e Integridade Territorial. Pela primeira vez desde 11 de Novembro de 1975 bandidos armados escorraçaram as populações das aldeias, que fugiram para as vilas. Depois os sicários do Galo Negro atacaram as vilas. Os habitantes fugiram para as cidades. Finalmente atacaram as cidades. Milhões de pessoas refugiram-se em Luanda e no eixo Lobito-Catumbela-Benguela-Baía Farta.

Equipamentos sociais importantíssimos para a qualidade de vida das populações foram destruídos. Edifícios do Estado, desde repartições públicas aos palácios dos governos distritais, foram arrasados a tiros de canhão. Circuitos de produção e distribuição refeitos entre 1988 e 1992 foram desmantelados e saqueados. Destruição total. No canal ferroviário do CFB os sicários da UNITA destruíram as pontes e pontecos. Fizeram o mesmo no Caminho-de-Ferro de Luanda e no Caminho-de-Ferro de Moçâmedes. Aeroportos destruídos. Estradas cortadas com a destruição das pontes. Não ficou pedra sobre pedra.

Os bandidos armados saquearam minas de diamantes. Colocaram engenhos explosivos nos trilhos que iam dar às lavras. Milhares de camponesas e camponeses morreram ou ficaram mutilados. Famílias que não conseguiram fugir mandavam as crianças para Luanda ou para os grandes centros do litoral. Desacompanhadas! Milhares e milhares. Já ninguém se lembra dos nossos Meninos de Rua. Concentravam-se junto dos hotéis que ainda funcionavam. Nos mercados e postos de venda na rua. As meninas andavam pelas ruas à procura de clientes. A Marginal (Avenida 4 de Fevereiro) era o centro da prostituição infantil.

Todos os esforços estavam concentrados em enfrentar os bandidos armados de Jonas Savimbi. As FAPLA foram extintas e as Forças Armadas Angolanas (FAA) só tinham oficiais. A Polícia de Intervenção Rápida teve que fazer o papel da tropa. Várias capitais provinciais foram ocupadas pelos bandidos armados. Milhares de civis foram massacrados pelos sicários da UNITA.

Os Meninos de Rua eram cada vez mais. A Igreja ajudou a resolver este problema gravíssimo. Grande ajuda! A Dra. Ana Paula dos Santos, Primeira-Dama, também se empenhou na solução do problema. Nos bairros, a população alojava e alimentava as crianças sem família. Solidariedade dos pobres aos mais pobres.

Em 1992, essas crianças tinham entre 5 e 12 anos. Em 22 de Fevereiro de 2002, quando o chefe dos bandidos armados morreu nas matas do Lucusse, Já tinham entre 15 e 22 anos. Muitos chegaram a adultos sem nunca terem ido à escola. Sem um lar. Sem família. Hoje têm entre 35 e 45 anos. São mães, pais, trabalhadores. Desempregados. Pedintes.

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