terça-feira, 26 de março de 2013

EUROPA DO SUL SOB O DOMÍNIO DA ALEMANHA NAZI. O QUE E QUEM SE SEGUE?




Pode ler no título aqui publicado e compilado do jornal Expresso que “Schauble diz que críticas à Alemanha devem-se a inveja”. Do artigo trazemos para aqui três parágrafos iniciais. Com base no artigo Página Global emitiu a sua opinião. Que aqui incluimos. 

Os boches estão a destruir a União Europeia e a dominar a Europa. Todos sabemos o que pode vir a  acontecer de modo mais gravoso que na atualidade. A Europa sob o domínio da Alemanha nazi. Basta!

Schauble - “O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse hoje à noite que as críticas feitas à Alemanha se devem "à inveja" dos outros países, durante uma entrevista televisiva, citada pela agência AFP.

"Sempre foi assim. É como numa classe [na escola], quando temos os melhores resultados, os que têm um pouco mais de dificuldades são um pouco invejosos", afirmou o ministro, na cadeia de televisão pública ZDF, em resposta a uma questão sobre as críticas que se multiplicam contra a Alemanha, em particular na Europa do Sul.

Contestou porém que os alemães sejam "os maus" da Europa, como sugeria o jornalista que o entrevistava.”

O QUE "VEM" DA ALEMANHA NÃO É TÃO SIMPLES COMO SCHAUBLE DIZ

Está na história, basta ler. O que vem da Alemanha não é tão simples quanto Schauble afirma. A inveja é uma desculpa esfarrapada que quer fazer esquecer que ciclicamente da Alemanha vem a morte, a destruição, a guerra, o nazismo, e mais um rol de desgraças que tem dizimado os europeus. E isso deve-se ao seu ego depravado de raça superior que ainda hoje lhes está incutido e cada vez menos disfarçado.

O resto da Europa não deve nada à Alemanha, antes pelo contrário. Jamais a Alemanha pagará os prejuízos e horrores causados aos povos europeus. Aos povos que tem assassinado, destruído suas cidades, suas casas, assassinando seus entes queridos, suas famílias.

Schauble procura tapar o sol com a peneira com falinhas mansas e encorpada hipocrisia, mas os europeus estão fartos de ser enganados e prejudicados com a Alemanha quando se sente poderosa bastante para arrasar tudo e todos na Europa e dominar todos os países e todos os europeus. Não só assassinando e destruindo como também impondo (agora através do terror económico-financeiro) um figurino em que lucra e nos arrasa. Se existe um ninho de terrorismo na Europa ele tem estado sempre localizado na Alemanha porque tem sido sempre a Alemanha que leva o terror aos outros povos europeus (além de outros).

Nem Schauble nem Merkel, nem nenhum alemão, devem esquecer que os europeus não esquecem o que representa a Alemanha para a Europa e para os europeus assim que se sente com poder bastante para a dominar. A Alemanha tem sido e pelos vistos continua a ser a desgraça da Europa. Está na história e naquilo que se vai passando na atualidade. Ou a Alemanha pára com todo este embrião de poderio e de nazismo que lhe corre nas veias ou a Europa acaba por se afundar novamente num déjà vu holocaustico - que indicia ser o que tem por objetivo (para já no sul da Europa). Schobler que vá ler a história e que reveja o que tem vindo a acontecer na atualidade. Basta! 

O que agora pode parecer um exagero nesta opinião não será quando se constatar na realidade. Mas nesse tempo já vai ser tarde para evitar a repetição da desgraça dos povos da Europa que os boches sempre servem com grande desumanidade, destruição e carnificina. É histórico, e a história está novamente a repetir-se. Basta! (Redação PG)

A GRANDE FARRA ALEMÃ




We Have Kaos in the Garden

19/03/2013 A chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu hoje com o presidente cipriota, Nikos Anastasiades, que o plano de resgate deve ser negociado apenas com a "troika".

22/03/2013 A chanceler alemã, Angela Merkel, avisou o Governo de Nicósia que não deve pôr à prova a paciência da 'troika' nas negociações para o resgate de Chipre.

22/03/2013A chanceler alemã Angela Merkel rejeitou hoje a utilização dos fundos de pensões como garantia do fundo de solidariedade.

25/03/2013 Angela Merkel elogiou o acordo para resgatar o Chipre e avisou: "Não queremos que os contribuintes salvem os bancos. Os bancos têm que se salvar a eles próprios. É o que vai acontecer no caso do Chipre".

Porque tivemos então de salvar os nossos bancos? Porque condenámos o nosso país à miséria em nome da banca, esse sagrado altar do capital? Se não queria os contribuintes a salvar os bancos porque pagamos os impostos que pagamos para os salvar? Porque mudou agora o discurso?

Talvez porque a Alemanha, ameaçando que os estados passam a poder abocanhar os depósitos, espere que todos eles fujam para a Alemanha a terra da segurança e da estabilidade. Porque a Frau Merkel está-se nas tintas para a Europa, ela quer lá saber dos europeus para alguma coisa, o que a preocupa é o roubo e o saque. Hitler usou tanques, ela utiliza Euros, mas o objectivo é o mesmo, conquistar e escravizar os povos.

BRASILEIRA NO CHIPRE RELATA COMO É VIVER SEM ACESSO A DINHEIRO




Ana Carolina Dani - Especial para a BBC Brasil de Paris

Como a grande maioria da população do Chipre, a brasileira Ana Lima, de 37 anos, foi pega de surpresa pela crise no país e há mais de uma semana tenta se adaptar a viver praticamente sem dinheiro.

Sem acesso às contas bancárias, Ana e a família, que vive há 3 anos em Nicósia, capital do Chipre, têm se limitado a comprar o estritamente necessário para comer.

"Fomos ao supermercado e compramos água, pão e muito macarrão, que é barato", relatou ela à BBC Brasil.

Os bancos no país estão fechados há mais de uma semana, desde que o governo anunciou um acordo com o FMI e o Banco Central Europeu, posteriormente frustrado, para taxar contas bancárias em até 10% em troca de um empréstimo de 10 bilhões de euros (cerca de R$ 26,1 bilhões).

A proposta foi posteriormente rejeitada pelo Parlamento cipriota, aumentando a incerteza no país. Muitos correram para sacar dinheiro de caixas eletrônicos, que logo ficaram sem recursos. A maioria dos bancos vêm impondo um limite de 100 euros para saques.

No domingo, as autoridades do Chipre anunciaram um acordo de última hora para evitar o colapso do sistema bancário do país, com uma possível taxação de até 40% somente para depósitos acima de 100 mil euros (cerca de R$ 261 mil). O segundo maior banco do país, o Laiki, será fechado.

O Chipre é a terceira menor economia da zona do euro, com um PIB de US$ 24,7 bilhões em 2011, segundo o Banco Mundial, para uma população de 1,1 milhão.

O país representa apenas 0,2% do PIB da zona do euro, mas os líderes da região temem que a crise possa afetar outros países europeus, principalmente os que já vinham enfrentando problemas econômicos, como Grécia, Espanha e Itália.

'Tudo bloqueado'

Ana Lima conta que na sexta-feira dia 15 de março, um dia antes do anúncio do primeiro acordo, seu marido tentou fazer, sem sucesso, uma transferência online de uma conta de poupança para conta corrente. "Pensamos que fosse um problema no site do banco. No dia seguinte, tentamos de novo e nada. Foi quando ficamos sabendo que estava tudo bloqueado", conta.

Praticamente todo o dinheiro do casal, que vivem com os dois filhos, de 7 e 18 anos, estava aplicado em uma conta de poupança. O casal prefere deixar o dinheiro na poupança para aproveitar as taxas de juros atrativas do Chipre. À medida que precisam, transferem o dinheiro para a conta corrente.

''O problema é que, desde o dia 15, todas as transferências estão bloqueadas e os bancos, fechados. Quem tem dinheiro na conta corrente, pode sacar nos caixas eletrônicos, mas a gente não tem. Quando isso aconteceu, o meu marido tinha só 70 euros na conta (cerca de R$ 182). Tem uma semana que não conseguimos sacar nada'', lamenta.

Outro problema, segundo ela, é que os comerciantes já não estão mais aceitando pagamentos com cartão de crédito e preferem dinheiro vivo. O próximo passo da família será recorrer ao dinheiro que a filha de 7 anos ganhou de aniversário e que estava guardando num cofrinho pra comprar um laptop.

''Vamos pegar, mas não diremos nada a ela. Depois, devolvemos", diz.

Com os bancos fechados por tanto tempo, ninguém sabe o que vai acontecer quando as agências reabrirem. Muita gente deve fazer como Ana, que promete tirar todo o dinheiro do banco na terça-feira e guardar em casa, no armário. ''Vai ser uma loucura'', comenta.

Situação instável

Outros brasileiros que moram no Chipre dizem viver momentos de tensão e estão atônitos diante da crise, que ameaça implodir todo o sistema bancário do país.

Pamela Martins, de 30 anos, que vive há 12 anos no Chipre, diz já pensar em deixar o país e regressar ao Brasil. Desde 2001, ela vive com o filho de 8 anos em Nicósia. Ela conta ter adotado o Chipre como seu segundo país.

Filha de mãe grega e pai brasileiro, Pamela foi ao Chipre pela primeira vez quando tinha 4 anos de idade. Ela concluiu seus estudos em Nicósia, onde cursou faculdade de Psicologia.
''A situação está muito instável. Eu penso em voltar para o Brasil, e muitos cipriotas também estão pensando em deixar o país'', afirma.

Pamela, que participou de um protesto realizado no final de semana em frente ao Parlamento cipriota, diz temer pelo futuro do país, que ela afirma ter conhecido em seus tempos "áureos".

"O país está se segurando por um fio. Eu conheci o Chipre numa época diferente. Há 5 anos, a taxa de desemprego no país era de 2%. Temo pelo futuro do meu filho, das novas gerações", diz.

'Filas enormes'

Com os bancos fechados e as operações bloqueadas, quem quiser tirar dinheiro tem que ir diretamente aos caixas eletrônicos. ''Mas as filas estão enormes. E muitos caixas não têm mais dinheiro ou estão fora do ar'', explica.

A brasileira teve que pedir dinheiro emprestado para arcar com as despesas básicas até que a situação melhore. Ela também foi pega de surpresa pelo anúncio do acordo que previa a taxação de todos os depósitos bancários. Tinha somente 80 euros em sua conta, que já gastou comprando comida.

Como tantos outros, Pamela promete correr ao banco assim que as agências abrirem na próxima terça-feira para retirar todo o dinheiro. Ela teme, entretanto, que os bancos imponham limites de saques para evitar a fuga de capitais em massa.

"Quero o melhor pra este país, mas a gente não pode mais confiar no sistema bancário", afirma.

Para Pamela, mesmo se o governo cipriota decidir não tributar os depósitos, o estrago já foi feito. ''Os investidores vão retirar o dinheiro dos bancos, pois a situação está muito instável'', considera.

EM UM ANO, DESEMPREGO AUMENTA 10,8 NA FRANÇA




RFI – foto REUTERS/Jean-Paul Pelissier

A quantidade de pessoas sem atividade remunerada continuou a aumentar em fevereiro na França. São mais 18.400 desempregados, totalizando 3, 187 milhões de inscritos nas agências oficiais do país. Os números foram divulgados nesta terça-feira, pelo ministério do Trabalho. Logo em seguida, o presidente francês, François Hollande reafirmou a inteção de inverter a curva do desemprego até o final do ano.

Em um ano, o aumento foi de 10,8%. Trata-se do 22° mês consecutivo de alta do desemprego. Contrariando expectativas e temores, o número total de desempregados ficou abaixo do recorde de 1997, de 3,195 milhões de pessoas.

Segundo o Pôle Emploi, a agência oficial de apoio à inserção no mercado de trabalho, o “desemprego em massa é uma tendência pesada que é preciso reverter”. François Hollande declarou que inverter a tendência "não é um problema de convicção, de crença, mas é uma vontade, um objetivo". E para isso, o presidente francês voltou a bater na tecla do crescimento como forma de combater o problema. "É uma batalha na qual me engajo não só no plano nacional, mas também europeu", afirmou Hollande.

Nenhuma região da França foi poupada. Entre os desempregados atuais, 16% recebem um auxílio mínimo, o chamado RSA, e mais de dois milhões estão sem trabalho há mais de um ano, um dado inédito.

O número de pessoas que estão desempregadas há muito tempo aumentou de 1,4% em relação a janeiro e de mais de 14% em um ano. Os desempregados com mais de 50 anos foram particularmente atingidos: mais 0,9% em um mês, mais 16,6% em um ano. Os jovens com menos de 25 anos foram menos afetados: o número de desempregados nessa faixa aumentou 0,6% de janeiro para fevereiro e 10% em um ano. 

UM IMPÉRIO LATINO CONTRA A HIPER POTÊNCIA ALEMÃ




LIBÉRATION, PARIS - Presseurop

O filósofo italiano Giorgio Agamben propõe relançar a ideia de uma união entre os países do Sul da Europa elaborada por Alexandre Kojève em 1945. Poderiam assim contrabalançar o peso preponderante adquirido pela Alemanha no seio da UE.


Em 1945, Alexandre Kojève, um filósofo que também desempenhava a função de alto funcionário no seio do Estado francês, publicou um ensaio intitulado L’Empire latin (O Império latino), subtitulado Esboço de uma doutrina da política francesa, é um memorando dirigido ao general de Gaulle. Este ensaio corresponde de tal a forma à nossa atualidade que é do nosso interesse analisá-lo.

Com uma presciência rara, Kojève defende categoricamente que a Alemanha tornar-se-á num futuro próximo a principal potência económica europeia e deixará a França a ocupar o segundo lugar no seio da Europa Ocidental. Kojève via com lucidez o fim dos Estados-nações que tinham até à data determinado a história da Europa: tal como o Estado moderno veio em resposta ao declínio das formações políticas feudais e ao nascimento dos Estados nacionais, os Estados-nações também tiveram inexoravelmente de ceder o lugar a formações políticas que superavam as fronteiras nacionais e que este qualificou de “impérios”.

Urgência em regressar às ligações culturais

Segundo Kojève, na base destes impérios deixaria de haver uma unidade abstrata, indiferente às ligações reais de cultura, língua, modo de vida e religião: os impérios – os que prevaleciam nessa altura, quer o Império anglo-saxónico (Estados Unidos e Inglaterra) ou o Império soviético – deveriam ser “unidades políticas transnacionais, mas formadas por nações aliadas”.

É a razão pela qual Kojève propunha à França que se colocasse à frente de um “Império latino” que teria unido económica e politicamente as três grandes nações latinas (isto é, a França, a Espanha e a Itália), com o apoio da Igreja católica e abrindo-se ao Mediterrâneo.

Segundo Kojève, a Alemanha protestante que se tornaria a nação mais rica e poderosa da Europa (o que de facto aconteceu), ficaria inexoravelmente atraída pela sua vocação extra europeia voltando-se para as formas do Império anglo-saxão. Mas, nesta hipótese, a França e as nações latinas ficariam mais ou menos afastadas, reduzidas necessariamente a um papel secundário.

Hoje em dia, enquanto a União Europeia (UE) se formou ignorando as ligações culturais concretas que possam existir entre certas nações, pode ser útil e urgente refletir na proposta de Kojève. O que este tinha previsto acabou por se verificar. Uma Europa que pretende existir numa base rigorosamente económica, deixando de lado as ligações entre as formas de vida, de cultura e de religião, ainda está longe de ter revelado todas as suas fraquezas, sobretudo no plano económico.

Um grego não é um alemão

No caso presente, a suposta união denunciou as diferenças e limita-se a impor à maioria dos mais pobres os interesses da minoria dos mais ricos, que coincide muitas vezes com os de uma única nação, que nada, na história moderna, permite considerar exemplar. Não tem lógica pedir a um grego ou italiano que viva como um alemão; mas mesmo que fosse possível, isto levaria ao desaparecimento de um património cultural e de uma forma de vida. E uma política que prefere ignorar as formas de vida não está apenas condenada à extinção, mas, como a Europa demonstra de forma eloquente, nem sequer é capaz de se constituir como tal.

Se não queremos que a Europa se dissolva definitivamente, como é possível prever através da análise de vários sinais, convinha questionarmo-nos o mais rapidamente possível como é que a Constituição Europeia (que, lembremos, não é uma constituição do ponto de vista do direito público, porque não foi submetida a um voto popular, e nos casos em que foi – em França, por exemplo – foi claramente rejeitada [por 54, 67% dos votos]) poderia ser novamente alterada.

Desta forma, poderíamos tentar fazer com que a nossa realidade política se assemelhe um pouco ao que Kojève qualificou de Império latino.

Comissão Europeia confirma hipótese de estender imposto sobre depósitos




Carlos Abreu - Expresso

Em caso de resgate a um país, os depósitos superiores a 100 mil euros em bancos em dificuldades poderão ser, tal como em Chipre, alvo de um imposto especial.

Os titulares de depósitos superiores a 100 mil euros em bancos em dificuldades poderão ser, tal como em Chipre, alvo de um imposto especial caso esse estado-membro venha a ser resgatado.

Esta hipótese está a ser estudada pela Comissão Europeia, confirmou hoje o porta-voz do comissário responsável pela regulação financeira, Michel Barnier.

"Na proposta da Comissão Europeia, que está neste momento em discussão, não se exclui a possibilidade dos depósitos superiores a 100 mil euros possam integrar os ativos suscetíveis de contribuir para o resgate", disse Chantal Hughes.

"Em nenhuma circunstância tal será possível nos depósitos inferiores a 100 mil euros, agora ou no futuro", acrescentou  durante uma conferência de imprensa em Bruxelas.

O plano de resgate de Chipre prevê a aplicação de um imposto que deverá rondar os 30%, a pagar de uma única vez, nos depósitos do Banco de Chipre superiores a 100 mil euros.

DJANGOLOGY

 


 
Abbebe Selassié, o homem do FMI para Portugal, está surpreendido e chocado com o nível da recessão e do desemprego. Na primeira entrevista depois da sétima avaliação, Selassié avisa que Governo deve cumprir o programa de ajustamento para recuperar o emprego e promete alguma flexibilidade da Troika para corresponder as pretensões de Portugal. O responsável do Fundo confessa que o nível do desemprego é "muito pior" do que se esperava.

Ou é estúpido, o que não acredito porque os seus senhores sabem escolher bem as bestas que lhes obedecem, ou então é mais um hipócrita sabujo que se vem mostrar surpreendido por aquilo que sabia muito bem que iria acontecer. Sabia e queria, escravizar um povo e roubar-lhe as riquezas, as que tinha e as que tem. Uma plataforma continental extensa, riquezas no subsolo, água e sol. Tudo nos querem roubar e não se importam que todo um povo seja atirado para a pobreza e a miséria. Não é novo, já foi feito noutros países e noutros locais. Vejam o filme sobre a divida na Argentina e até ficarão arrepiados. A estratégia é sempre a mesma, criar uma dívida impagável pelo país com a colaboração de governantes corruptos e traidores. Chega depois o FMI com a sua "ajuda" e as suas condições. O resto da história já a conhecemos bem porque a estamos a viver agora.

É por isso que muita desta divida suja e que não deve ser paga, mas para isso é necessário que o poder deseje e faça uma auditoria independente. Até lá suspenda-se o pagamento da dívida, corram-se com os aldrabões e com os gatunos e crie-se uma união com outros países que também estão sob ataque dos mercados especuladores. O caminho que nos apontam não tem saída porque nos torna escravos de senhores de quem nem o nome sabemos. Temos de o renegar e escolher um outro em que sejam as pessoas e não o lucro e o mercantilismo o mais importante.

AS ENTRANHAS DO DECLÍNIO AMERICANO

 


Joseph Sitglitz explica: por que desigualdade, redução do Estado e rentismo financeiro produzem, além de injustiça, cada vez mais ineficiência
 
Joseph Stiglitz, em Vanity FairOutras Palavras - Tradução: Gabriela Leite
 
Vamos começar estabelecendo uma premissa básica: a desigualdade nos Estados Unidos aumenta há décadas. Todos estamos conscientes deste fato. Certas vozes na direita negam a realidade, mas analistas sérios, em todo o espectro político, reconhecem o fenômeno. Não vou elencar todas as evidências neste texto: basta lembrar que a diferença entre o 1% e os 99% é muito vasta quando a analisamos em termos de rendimento anual; e ainda maior quando observamos a riqueza — ou seja, o capital acumulado e outros bens. Considere a família Walton: os seis herdeiros do império do Walmart possuem uma riqueza combinada de cerca de 90 bilhões de dólares, o que é equivalente à riqueza somada dos 30% mais pobres, entre os norte-americanos (muitos deles possuem patrimônio líquido zero ou negativo, especialmente depois do colapso imobiliário). Warren Buffet [leia, de sua autoria, “Parem de mimar os super-ricos”] situou o tema de forma correta quando disse: “Houve uma guerra de classes nos últimos 20 anos, e minha classe ganhou.”
 
Portanto, o debate real não é sobre o fenômeno da desigualdade, mas sobre seu significado. À direita, ouve-se algumas vezes o argumento de que a desigualdade é basicamente uma coisa boa: se os ganhos dos ricos crescem, afirma-se, toda sociedade segue em seu vácuo. Este argumento é falso: enquanto os ricos têm ficado mais ricos, muitos norte-americanos (e não apenas os mais empobrecidos) não conseguem manter seu padrão de vida, muito menos avançar. Um trabalhador em tempo integral típico ganha hoje o mesmo salário que recebia três décadas atrás.
 
Entre a esquerda, por outro lado, o crescimento da desigualdade frequentemente provoca um apelo por justiça: por que tão poucos podem ter tanto, enquanto tantos têm tão pouco? Não é difícil entender por que, em uma era dirigida pelo mercado, na qual a própria justiça é em si uma mercadoria que pode ser vendida e comprada. Mas alguns rejeitariam o argumento, rotulando-o como coisa de sentimentais piedosos.
 
Mesmo colocando o sentimento à parte, existem boas razões para que os próprios plutocratas importem-se com a desigualdade — até mesmo por egoísmo. Os ricos não existem em um vácuo. Necessitam de uma sociedade que funcione em torno deles, para sustentar sua posição. A evidência histórica e do mundo moderno é inequívoca: vamos chegar a um ponto em que a desigualdade desencadeará disfunções econômicas que se espalham por toda a sociedade. Quando isso acontecer, até os ricos pagarão um grande preço.
 
Vamos examinar algumas razões.
 
O problema do consumo
 
Quando um grupo social concentra muito poder, torna-se capaz de assegurar políticas que beneficiam a si próprio, a curto prazo — ao invés de contribuir, a longo prazo, para a sociedade como um todo. Foi o que ocorreu nos EUA, no que diz respeito às políticas tributárias, regulatórias e de investimento público. As consequências (aumento dos rendimentos e da riqueza em favor de um único setor da sociedade) tornam-se visíveis quando se observam os gastos das famílias, um dos motores da economia norte-americana.
 
Não por acaso, os períodos em que setores mais amplos da sociedade norte-americana registraram aumento dos rendimentos líquidos — ou seja, quando a desigualdade foi reduzida, em parte graças a impostos progressivos — foram aqueles em que a economia cresceu mais rápido. Também não é por acaso que a atual recessão, assim como a Grande Depressão, foi precedida por grandes aumentos na desigualdade. Quando muito dinheiro é concentrado no topo da sociedade, os gastos do norte-americano médio tornam-se necessariamente menores — a menos que haja algum estímulo de outra natureza. A concentração do dinheiro reduz o consumo porque indivíduos de renda mais alta consomem uma fração muito menor de seus rendimentos, se comparados às pessoas de rendimentos mais baixos.
 
Aparentemente, não é assim. Os gastos dos ricos são extraordinários, como se constata admirando, nas páginas do Wall Street Journal de fim-de-semana, as fotografias coloridas dos anúncios imobiliários. Mas a realidade torna-se visível quando você faz a conta. Considere alguém como o candidato do Partido Republicano à Presidência, Mitt Romney, cujos rendimentos chegaram, em 2010, a 21,7 milhões de dólares. Mesmo se Romney optar por um estilo de vida muito mais perdulário, gastará apenas uma fração desse montante, em um ano típico, para manter a si mesmo e sua esposa, em suas diversas casas. Mas tome a mesma soma de dinheiro e divida por aproximadamente 500 pessoas — na forma, digamos, de empregos que paguem 43.400 dólares por ano — e você descobrirá que quase todo o dinheiro é gasto.
 
A relação é direta e obrigatória: quanto mais o dinheiro fica concentrado nas classes mais favorecidas, mais a demanda agregada declina. A não ser que “algo a mais” aconteça, na forma de intervenção, a demanda total será menor do que a economia é capaz de oferecer. Significa que haverá um aumento no desemprego, o que vai enfraquecer a demanda ainda mais. Nos anos 1990, a bolha da tecnologia foi este “algo a mais”. Na primeira década do século 21, foi a vez da bolha imobiliária. Hoje, o único recurso, em meio a uma profunda recessão, são os gastos do governo — exatamente o que o pessoal no topo da pirâmide está tentando refrear.
 
O problema da caça de rendas
 
Aqui, preciso recorrer um pouco ao jargão econômico. A palavra renda foi originalmente usada, e ainda é, para descrever o que alguma pessoa recebe pelo uso da terra: é o retorno obtido simplesmente em virtude de propriedade, e não pelo fato de fazer ou produzir algo. Renda contrasta com salário, por exemplo, que conota uma compensação pelo trabalho fornecido pelos assalariados. O termo renda foi, depois, estendido para abranger os lucros de monopólio — a renda que alguém recebe simplesmente por controlar um monopólio. E por fim, o significado da palavra expandiu-se ainda mais, para incluir a remuneração de outros tipos de reivindicações de propriedade. Se o Estado concede a uma empresa o direito exclusivo de importar uma certa quantia de um certo bem (como o açúcar), então os ganhos oriundos deste monopólio são chamados de “renda da quota”.
 
A concessão de direitos de mineração ou extração de petróleo produz uma forma de renda. O mesmo ocorre com tratamento tributário preferencial, para certos lucros. Num sentido mais amplo, a caça de rendas [rent seeking] define muitas das maneiras por meio das quais nosso processo político favorece os ricos às custas de todos os demais. Inclui transferências e subsídios do governo, leis que tornam os mercados menos competitivos, leis que permitem aos executivos abocanhar uma fração desproporcional dos lucros das empresas e que permitem às corporações ampliar seus lucros destruindo a natureza.
 
Embora difícil de quantificar, a magnitude da “caça às rendas”, na economia norte-americana, é imensa. Indivíduos e empresas que se aprimoram nesta atividade são fartamente recompensadas. O setor financeiro — que hoje funciona em grande medida como um mercado de especulação, ao invés de uma ferramenta para promover produtividade econômica autêntica — é caçador de rendas por excelência. A prática não se limita à especulação. Este setor extrai rendas também de seu controle sobre os meios de pagamento — por exemplo, cobrando tarifas exorbitantes nas operações bancárias e cartões de crédito, ou imponto, aos vendedores, tarifas menos conhecidas, que são repassadas aos consumidores.
 
O dinheiro que o setor financeiro extrai dos norte-americanos pobres ou de classe média, por meio de práticas predatórias de crédito, pode ser visto como uma forma de renda de monopólio. Nos últimos anos, este setor apropriou-se de cerca de 40% de todo o lucro empresarial nos EUA, algo totalmente distante de sua contribuição social. A crise mostrou, ao contrário, como ele pode espalhar devastação pela economia. Numa sociedade de caça às rendas, como aquela em que os Estados Unidos se converteram, retorno financeiro e retribuição à sociedade estão perigosamente fora de sintonia.
 
Em sua forma mais simples, as rendas não são mais que transferências de riqueza, de uma parte da sociedade para os caçadores de renda. Muito da desigualdade em nossa economia resulta da caça de rendas, porque este processo extrai recursos da parte de baixo da pirâmide e os concentra no topo.
 
Mas há uma consequência econômica mais ampla: a luta pela apropriação de rendas é, na melhor das hipóteses, uma atividade de soma-zero. A caça de rendas não produz o crescimento de nada. Os esforços que ela envolve são direcionados a abocanhar uma parte cada vez maior do bolo, ao invés de fazê-lo crescer. Mas é ainda pior: a busca de rendas distorce a alocação de recursos e torna a economia mais frágil. É uma força centrípeta: o retorno da caça de rendas torna-se tão desproporcional que cada vez mais energia é dirigida a esta atividade, às custas de tudo o mais.
 
Países ricos em recursos naturais são tristemente famosos pela atividade de caça às rendas. É muito mais fácil tornar-se rico nestes lugares obtendo acesso aos recursos, em condições favoráveis, que produzindo bens ou serviços que beneficiam a população e elevam a produtividade. É por isso que estas economias foram tão mal sucedidas, a despeito de sua aparente riqueza. É fácil desdenhar e dizer: “Não somos a Nigéria, não somos o Congo”. Mas a dinâmica de caça às rendas é a mesma.
 

Reino Unido: “CAMERON NEGA AJUDA A EMIGRANTES”

 


The Times - Presseurop
 
O primeiro-ministro David Cameron está a fazer cortes aos imigrantes europeus desempregados que vivem no Reino Unido e ao seu acesso aos benefícios do Estado.
 
Um novo plano prevê que os subsídios aos imigrantes da UE desempregados terminem ao fim de seis meses se eles não provarem que encontraram emprego, enquanto os visitantes de países de fora da UE têm de ter um seguro de saúde privado para poderem ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde.
 
O plano vai ser anunciado por Cameron durante um discurso em dirá que o Reino Unido tem “um Serviço Nacional de Saúde grátis, não um Serviço Internacional de Saúde grátis”.
 

Schauble diz que críticas à Alemanha devem-se a inveja – com opinião Página Global




Lusa, publicado por Ricardo Simões Ferreira em Diário de Notícias

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse hoje à noite que as críticas feitas à Alemanha se devem "à inveja" dos outros países, durante uma entrevista televisiva, citada pela agência AFP.

"Sempre foi assim. É como numa classe [na escola], quando temos os melhores resultados, os que têm um pouco mais de dificuldades são um pouco invejosos", afirmou o ministro, na cadeia de televisão pública ZDF, em resposta a uma questão sobre as críticas que se multiplicam contra a Alemanha, em particular na Europa do Sul.

Contestou porém que os alemães sejam "os maus" da Europa, como sugeria o jornalista que o entrevistava.

"Não é nada disso. Os outros países sabem muito bem que assumimos as nossas responsabilidades", respondeu, lembrando a implicação dos contribuintes alemães nos diferentes planos de resgate dos países europeus em dificuldade.

Esta solidariedade "é no nosso próprio interesse. Nós beneficiamos com a Europa, com as suas possibilidades de mercados [comerciais], com o seu grande mercado", disse.

Schauble acrescentou, porém, que "cada um tem de respeitar os seus compromissos", insistindo: "Cada um tem de pôr os seus orçamentos em ordem. Cada um tem de ser economicamente competitivo. E o que assume os riscos maiores tem também de suportar os custos".

Sobre Chipre, disse que os cipriotas "estão numa situação difícil" e que "vão viver um período difícil, considerando-o "inevitável".

A Alemanha, considerada a potência que determina as políticas de austeridade na Europa, tem sido tomada por alvo, com alusões ao seu passado nazi, mas recentes manifestações em Chipre, como antes na Grécia, Itália, Espanha e Portugal.

A chanceler Angela Merkel tem mesmo sido objeto de caricaturas que a comparam a Adolf Hitler.

O QUE "VEM" DA ALEMANHA NÃO É TÃO SIMPLES COMO SCHAUBLE DIZ - Opinião Página Global

Está na história, basta ler. O que vem da Alemanha não é tão simples quanto Schauble afirma. A inveja é uma desculpa esfarrapada que quer fazer esquecer que ciclicamente da Alemanha vem a morte, a destruição, a guerra, o nazismo, e mais um rol de desgraças que tem dizimado os europeus. E isso deve-se ao seu ego depravado de raça superior que ainda hoje lhes está incutido e cada vez menos disfarçado.

O resto da Europa não deve nada à Alemanha, antes pelo contrário. Jamais a Alemanha pagará os prejuízos e horrores causados aos povos europeus. Aos povos que tem assassinado, destruído suas cidades, suas casas, assassinando seus entes queridos, suas famílias.

Schauble procura tapar o sol com a peneira com falinhas mansas e encorpada hipocrisia, mas os europeus estão fartos de ser enganados e prejudicados com a Alemanha quando se sente poderosa bastante para arrasar tudo e todos na Europa e dominar todos os países e todos os europeus. Não só assassinando e destruindo como também impondo (agora através do terror económico-financeiro) um figurino em que lucra e nos arrasa. Se existe um ninho de terrorismo na Europa ele tem estado sempre localizado na Alemanha porque tem sido sempre a Alemanha que leva o terror aos outros povos europeus (além de outros).

Nem Schobler nem Merkel, nem nenhum alemão, devem esquecer que os europeus não esquecem o que representa a Alemanha para a Europa e para os europeus assim que se sente com poder bastante para a dominar. A Alemanha tem sido e pelos vistos continua a ser a desgraça da Europa. Está na história e naquilo que se vai passando na atualidade. Ou a Alemanha pára com todo este embrião de poderio e de nazismo que lhe corre nas veias ou a Europa acaba por se afundar novamente num déjà vu holocaustico - que indicia ser o que tem por objetivo (para já no sul da Europa). Schobler que vá ler a história e que reveja o que tem vindo a acontecer na atualidade. Basta! (Redação PG)

Moçambique: VIOLAÇÃO SEXUAL É “NORMAL” COM A COR DO DINHEIRO, CIRCUNCISÃO




Famílias moçambicanas preferem acordos financeiros nos crimes de violação sexual - ativista direitos da mulher

26 de Março de 2013, 09:08

Maputo, 26 mar (Lusa) - Os casos de violação sexual em Moçambique são frequentemente resolvidos através de "acordos financeiros" entre as famílias, porque a prática ainda é considerada "normal", disse hoje uma ativista dos direitos da mulher.

Maria José, da Liga das Mulheres da África Austral (WLSA), afirmou, num encontro sobre violação sexual em Moçambique, que o crime de violação sexual fica muitas vezes impune, porque os pais preferem negociar pagamentos monetários em vez da responsabilização criminal dos autores.

"A violação sexual ainda é encarada como se fosse algo normal em Moçambique e, por isso, são frequentes os casos em que este tipo de crime acaba sendo resolvido através de acordos financeiros e não através da penalização merecida", disse Maria José.

Segundo a representante da WLSA em Moçambique, os rapazes estão também a ser cada vez mais vítimas de violação sexual, apesar de as meninas continuarem a ser as mais abusadas.

"Em mais de 99 por cento dos casos de violação sexual são meninas e apenas um pequeno número envolve rapazes. Mas também se regista uma tendência crescente do número de casos envolvendo rapazes", declarou Maria José, citando estudos sobre o tema.

Em relação aos autores desta prática, 48 por cento são pessoas desconhecidas pelas suas vítimas e 11 por cento são familiares ou vizinhos.

Por seu turno, Amina Issa, da Organização Não Governamental Action Aid, afirmou que os professores estão entre os autores dos crimes de abuso sexual, desviando-se da sua missão de educadores.

"A violação sexual nas escolas não tem fim, pois os professores, mesmo sabendo quem foi o colega que praticou este crime, não denunciam. Protegem-se entre eles", declarou Amina Issa.

PMA // PJA

Governo quer circuncidar dois milhões de moçambicanos até 2017

26 de Março de 2013, 10:00

Maputo, 25 mar (Lusa) - O governo moçambicano pretende circuncidar cerca de dois milhões de indivíduos do sexo masculino em cinco anos, visando prevenir a infeção com o VIH, vírus que provoca a SIDA.

A iniciativa, uma parceria entre o Ministério da Saúde (MISAU) de Moçambique e uma organização não-governamental da área da saúde, denominada JHPIEGO, vai oferecer serviços gratuitos de pequena cirurgia e circuncisão masculina a homens com idades compreendidas entre os 14 e 49 anos.

Na segunda-feira, as autoridades sanitárias moçambicanas lançaram o Programa Nacional de Expansão de Circuncisão Masculina, aprovado em março de 2009.

CPLP ESTEVE E ESTÁ NA GUINÉ-BISSAU, A ONU E RAMOS-HORTA TAMBÉM




A CPLP nunca esteve ausente da Guiné-Bissau -- secretário executivo

25 de Março de 2013, 16:22

Bissau, 25 mar (Lusa) - O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, afirmou hoje em Bissau que a organização lusófona nunca esteve ausente da Guiné-Bissau.

À chegada hoje ao aeroporto internacional de Bissau, Murade Murargy explicou que veio à Guiné-Bissau com o objetivo de constatar pessoalmente qual a real situação do país e propor à CPLP a melhor forma de ajudar para encontrar a paz e estabilidade.

"Venho numa missão de paz e de amizade da CPLP, trazer a nossa solidariedade para com a Guiné-Bissau e conhecer melhor a situação neste momento e ver em que medida a CPLP pode ajudar a encontrar a paz e estabilidade. Esse é o objetivo, conhecer a situação real do país", afirmou Murargy naquela que é a sua primeira visita à Guiné-Bissau.

Eleições na Guiné-Bissau este ano e sem interferências ou ameaças, defende Ramos-Horta 

25 de Março de 2013, 17:11

Bissau, 25 mar (Lusa) - O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, defendeu que as eleições no país têm de ser este ano e sem interferências nem ameaças, que serão inaceitáveis para a comunidade internacional.

Em declarações aos jornalistas durante o fim de semana em Cacheu (norte), que hoje foram divulgadas, José Ramos-Horta disse ser muito importante que cada político e militar guineense ganhe a consciência de que "não poderá haver mais deferimento do prazo das eleições" e de que as mesmas "terão de ser muito transparentes, sem interferências dos militares e sem ameaças".

"Porque nenhum de nós, os atores internacionais, vai aceitar que a comunidade internacional invista aqui, que queira ajudar, e que no entanto seja testemunha de possíveis ameaças, de violência, antes ou depois das eleições", justificou.

José Ramos-Horta disse ainda que os guineenses têm de entender que para convencer a União Europeia a levantar algumas sanções tem de haver na Guiné-Bissau "um respeito escrupuloso pelos princípios da democracia, dos direitos humanos e da justiça".

"Porque estamos no século XXI e África também está no século XXI. Já não estamos na década de 60, quando se faziam golpes e se matava com impunidade", salientou.

O responsável pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) considerou que o país vive talvez a única e última "janela de oportunidade" para que as elites política e militar se entendam, "depois de décadas de problemas, conflitos, ódios e desconfianças, que arruinaram o país".

A comunidade internacional, disse, apoiará a Guiné-Bissau se houver uma vontade política séria de que haja eleições este ano e que seja constituído um governo credível e legítimo, seguindo-se depois uma também séria reorganização das Forças Armadas e de todo o Estado guineense.

O momento atual é "a grande oportunidade. Se essa oportunidade se perder as elites guineenses é que saberão explicar ao mundo e terão de tentar convencer para mais uma oportunidade, e mais outra. Mas do que eu sei da comunidade internacional esta é a última janela de oportunidade", acentuou Ramos-Horta.

O responsável admitiu que tem sido difícil defender a Guiné-Bissau junto da comunidade internacional, de Abuja (Nigéria) a Bruxelas, de Lisboa a Nova Iorque, porque há "uma enorme falta de crença em relação à Guiné-Bissau", embora alguns concordem que é necessário "dar outra oportunidade" ao país.

"Estou convencido de que vão dar, mas depende do que vai acontecer nos próximos meses", disse.

FP // APN

Angola: INFLAÇÃO AUMENTA, RECORDE DE EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO À ESPREITA




Taxa de inflação em Angola aumentou ligeiramente, mas mantém-se abaixo dos 10%

25 de Março de 2013, 19:32

Luanda, 25 mar (Lusa) - A inflação em Angola aumentou ligeiramente em fevereiro, mas mantém-se abaixo dos 10 por cento, anunciou hoje, em Luanda, fonte do Banco Nacional de Angola.

O anúncio surge na sequência da reunião de hoje do Comité de Política Monetária (CPM), em que foi analisada a evolução da inflação, da economia real, das contas fiscais e monetárias, bem como a informação recente sobre a conjuntura económica regional e internacional.

Assim, em termos de evolução da economia monetária e financeira de Angola, em fevereiro a taxa de inflação mensal situou-se em 0,82%, face a 0,61% registada em janeiro e a 0,69% no período homólogo de 2012.

"A taxa de inflação dos últimos 12 meses registou um ligeiro aumento, tendo passado de 8,90% para 9,04%", e as maiores variações verificaram-se nas classes de "Alimentação e Bebidas Não-Alcoólicas", "Vestuário e Calçado" e "Hotéis, Cafés e Restaurantes", com 1,06%, 0,88% e 0,80%, respetivamente.

A taxa LUIBOR Overnight fixou-se em 6,2% ao ano, enquanto nas maturidades de 3 e 12 meses se situou, respetivamente, em 8,85% e 10,24% ao ano.

No mesmo período, o crédito à economia manteve a tendência de crescimento, atingindo 16,42% nos últimos 12 meses.

O CPM decidiu ainda manter a Taxa Básica de Juro, a chamada Taxa BNA, nos 10% ao ano.
A próxima reunião do Comité de Política Monetária realiza-se a 29 de abril.

EL // ARA

Exportações de petróleo angolano em maio aproximam-se de nível recorde de agosto de 2012

25 de Março de 2013, 17:55

Luanda, 25 mar (Lusa) - As exportações de petróleo angolano em maio vão aproximar-se do nível recorde alcançado em agosto, quando foi vendido o correspondente a 1,831 milhões de barris diários, segundo dados de várias agências internacionais.

Segundo a Bloomberg, Angola já assegurou para maio a venda de 56.740 milhões de barris, o que corresponde a 1,830 milhões de barris diários.

As vendas confirmadas de petróleo angolano em abril totalizaram 52.900 milhões de barris ou 1.760 milhões de barris diários.

Outra agência, a Reuters, que cita um operador do mercado de compra e venda de petróleo, refere que metade do petróleo angolano exportado em maio se destina à China.
"A China comprou metade da produção angolana (de maio), e a procura tem sido consistente nos últimos meses", acrescentou a fonte.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, atrás da Nigéria, que produz em diariamente, em média, 2 milhões de barris.

A importância de Angola e da Nigéria foi hoje destacada em Libreville, na abertura dos trabalhos da 30ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Associação de Produtores de Petróleo Africano (APPA), pelo primeiro-ministro do Gabão, Raymond Ndong Sima.

Os dois países têm sido fundamentais no crescimento da APPA, frisou o chefe do governo gabonês.

Angola está presente na conferência com uma missão chefiada pelo seu ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, e as delegações nacionais presentes participam terça-feira no 5º Congresso Africano de Petróleo, que decorrerá também em Libreville até à próxima quinta-feira.

O petróleo é o principal produto de exportação de Angola, com o setor petrolífero a representar 45 por cento do Produto Interno bruto, 70 por cento das receitas fiscais e 90 por cento das exportações.

EL // APN

Portugueses na República Centro-Africana estão seguros e apenas piloto do PR quer sair




RTP - Lusa

Os cerca de 30 portugueses na República Centro-Africana estão seguros e apenas o antigo piloto do Presidente François Bozizé quer sair do país, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

"Ontem [segunda-feira] à noite consegui falar com o cônsul honorário -- José Pereira de Sousa - e ele transmitiu-me que não tem nota de haver problemas graves entre portugueses, além dos assaltos que se verificaram", disse à Lusa José Cesário.

Segundo o secretário de Estado, o piloto do Presidente deposto -- que é português - está seguro.

"O piloto do Presidente, embora tenha perdido tudo [num assalto dos rebeldes locais], está num local mais ou menos seguro. Esta noite [de segunda-feira] devem tê-lo mudado para outro local, pelo menos era essa a expectativa, [porque] ele tinha falado com a embaixada de França", acrescentou.

José Cesário adiantou ainda que dos "cerca de 30 portugueses" presentes na República Centro-Africana, só o piloto quer sair do país.

"Havia uma lista inicial de cerca de 20 que admitiam a evacuação no caso de a situação se degradar muito. Ontem coloquei a questão [ao cônsul honorário português] e ele disse-me taxativamente que nenhum quer sair, à exceção do piloto", afirmou.

A retirada do piloto deverá ser feita, de acordo com o secretário de Estado, através de um voo comercial.

"É essa a primeira orientação. Há voos comerciais ainda e estamos convencidos que aumentarão", disse, acrescentando que está previsto um voo da Air France para a República Centro-Africana na próxima quinta-feira.

O secretário de Estado das Comunidades espera obter mais informações sobre a situação hoje de manhã, porque "às vezes a noite traz surpresas", mas acredita que "as coisas estão mais calmas", até porque pediu a José Pereira de Sousa para lhe telefonar se houvesse novidades.

"Neste momento, há comunicações" entre Portugal e República Centro-Africana, adiantou, explicando que na segunda-feira os telefones fixos não funcionaram e como "não havia energia, não se conseguia carregar os telemóveis".

A capital da República Centro-Africana, Bangui, está em sobressalto desde domingo, quando rebeldes da coligação Séléka tomaram de assalto o palácio presidencial e assumiram o poder no país, depondo o Presidente François Bozizé, que acusam de não respeitar o acordo de paz assinado no início do ano.

O chefe de Estado deposto conseguiu escapar ao ataque e, segundo já foi confirmado, está refugiado nos Camarões, enquanto a família foi acolhida na vizinha República Democrática do Congo.

O caos e as pilhagens tomaram rapidamente conta da capital do país, incluindo alguns dos portugueses, entre os quais o cônsul honorário.

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