sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Gaza: quantos vídeos falsificados das FDI conseguem lidar com a mídia ocidental?

Estamos literalmente assistindo a uma ilusão todas as noites dos jornalistas da CNN se abaixando e mergulhando enquanto fazem suas peças para a câmera.

Martin Jay | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A guerra em Gaza está a entrar nos livros de história por estabelecer precedentes para muitas coisas. Mas talvez não seja uma marca d'água que muitos jornalistas irão lembrar, mas notícias falsas em uma escala totalmente nova, que nunca vimos antes, serão uma delas.

Como os ocidentais que assistem ao noticiário noturno levam a sério o nosso jornalista da grande mídia em Israel? Em primeiro lugar, a maioria deles nem sequer está dentro de Gaza, mas confortavelmente “incorporados” nas FDI de Israel, geralmente em acomodações luxuosas que foram arranjadas para eles, enquanto os propagandistas das FDI os alimentam com notícias falsas preparadas durante o dia, enquanto jantam como convidados do exército. Os nossos jornalistas ocidentais estão tão enraizados que o que apresentam nem sequer são notícias todas as noites, mas uma narrativa que ouviram durante todo o dia. E em alguns casos, vendo. Parte do mantra das FDI ao lidar com a imprensa é mostrar-lhes os videoclipes que possuem. Mas até agora não há cepticismo quanto à validade deste material apresentado pelos jornalistas. Notavelmente, jornalistas britânicos como Douglas Murray – que parece ser um dos poucos dentro de Gaza – disseram a Piers Morgan durante uma entrevista ao vivo, enquanto eram atacados, que os palestinos merecem a obliteração “coletiva” absoluta, como os vídeos brutos que ele viu dos combatentes do Hamas que assassinaram civis israelitas no dia 7 de Outubro fizeram -no ao mesmo tempo que demonstravam “alegria”.

Este é um bom exemplo do que acontece aos jornalistas ocidentais que se aproximam demasiado daqueles que fazem o “manuseio dos meios de comunicação”. É sutil e você tem que olhar com atenção, mas há uma transição perfeita a partir de onde o jornalista ultrapassa os limites e se torna o propagandista dos anfitriões. Notavelmente, alguns combatentes palestinianos do Hamas telefonaram aos seus pais num estado de alegria depois de terem assassinado israelitas e isto é suficiente para desumanizá-los e considerá-los dignos de aniquilação em massa.

Angola | Conversa com Hana e o Filho Kalil -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Em tempos que já lá vão abastecia-me de Vinul, Castelvinho e Bangasumo, o propriamente dito de ananás. Líquidos fulminantes que embebedavam à velocidade dos telegramas. Eu gostava e desgostava. Com esses produtos baratuchos aprendi a sonhar e a sonhar vivi. Viajava tão alto que chocava com as estrelas do Cruzeiro do Sul. Empoeirava-me de luar. A meio caminho poisava suavemente no regaço de meninas da vida desprevenida. O sonho ganhava asas e voava para outros sonhadores. Amei e chorei de amor. No dia seguinte acordava todo partido, ressacado, boca sabendo a papel apanhado no lixo. Todo amarrotado.

Meti-me na vida de repórter e um dia assisti ao julgamento de um velho acusado de roubar plantas no horto municipal, de portas abertas ao negócio da planta e da flor. Roubou ou não roubou quatro pés de buganvílias com folha perene? Roubou. Vai preso. Insultei os polícias, o juiz e não deixei levar o velho. Levei nos cornos e a autoridade quis julgar-me por desacatos e falta de respeito ao Tribunal. Um advogado bondoso salvou-me. Fui curar as feridas com uma litrada de Vinul. A vida de repórter é dura.

Os soldados do RIL invadiam o Bairro Operário e levavam tudo à frente. Para os invasores, as mulheres eram todas prostitutas. Meteram-se com a minha amada e enfrentei os tropozoides. Levei tanta porrada de cinturão que meses depois ainda tinha no corpo os vincos do couro e as marcas das fivelas. Entrevistei a Maria Luísa: Qual foi a maka então?

Esse aí queria porcarias. Eu lhe falei que não metia a minha boca de comer naquilo. Nem que fosse atrás! Sou uma mulher de respeito. Entreguei o texto da entrevista e foi para o cesto dos papéis ao qual o Bobela Mota chamava a cesta secção! 

Tantos anos passaram e continuo na mesma vida. Mas hoje perdi a cabeça. Fui ao supermercado e paguei 60 euros por uma garrafa de vinho. Vou dizer a marca porque ninguém vai repetir a linha loucura: Quinta do Côto Grande Escolha. Tenho um copinho de tasco chamado “negus” e desde a meia-noite que vou debicando. Tem que durar até ao último segundo deste 11 de Novembro.

Lúcido, com o fígado em sossego, fixo os olhos no livro “Paraísos Artificiais” de Charles Baudelaire. O Vinho dos Amantes. Partamos cavalgando o vinho pelo céu feérico e divino. A Alma do Vinho. Uma noite a alma do vinho cantava nas garrafas: Homem, vai de mim para ti, ó caro deserdado. Estava neste encanto de melodias e palavras desmedidas quando chegou Hana, a Mamã de Gaza. Trazia na mão uma carta de recomendação. Caro Kitó fala com esta mulher é nossa Mãe. Uma mukanda do Ernesto Lara Filho. Não me larga desde que morreu. A Cesaltina tinha razão. Não lhe varremos as cinzas e nunca mais nos perdoa.

Angola | País Jovem e Velhos Donos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Angola tem um grande povo que ao longo de séculos lutou pela Liberdade e nesse percurso aprendeu a fazer das fraquezas forças. Das derrotas, o ponto de partida para novas vitórias. Do sofrimento, a procura permanente da felicidade. Das injustiças, a disposição para novos combates pela dignidade.

Este povo escreveu a sua História com sangue e sacrifícios sem nome. Ao longo dos anos tem conseguido tudo o que se propõe conquistar. Para este percurso não ser interrompido, as novas gerações têm de ir mais além do que foram as anteriores gerações de mártires, heróis anónimos e grandes dirigentes. Nos nossos dias temos de ser protagonistas das mais saborosas vitórias e conquistas. O 11 de Novembro é a maca indelével desse percurso vitorioso.

Os angolanos deram exemplos de coragem e abnegação ao mundo. Derrotaram o colonialismo. Destroçaram o “apartheid”. Ajudaram a subir bem alto as bandeiras do Zimbabwe, da Namíbia e da África do Sul. Sabem o que são povos irmãos e conhecem como ninguém os valores da solidariedade e da fraternidade. O 11 de Novembro que hoje comemoramos resulta dessa sabedoria colectiva.

Os angolanos têm mostrado que, apesar das insuficiências naturais de quem foi colonizado durante cinco séculos, jamais aceitaram a submissão. Grandes potências mundiais coligaram-se para nos submeter. Confiaram demasiado nas suas máquinas de guerra, nas suas armas sofisticadas, na sabotagem económica, na subversão interna, pagando a peso de ouro traições que eram apresentadas sob a bandeira da democracia. Até 2017 falharam estrondosamente. Os angolanos descobriram, nas palavras de Agostinho Neto, que contra milhões ninguém combate e se combate, perde. O 11 de Novembro é símbolo eterno desse combate.

Este povo grandioso e com uma História exemplar, que demonstrou ao longo dos séculos um amor acrisolado à liberdade e independência, está entre os primeiros na galeria dos construtores da democracia. Por isso não merece que no seu seio cresçam seres híbridos, inqualificáveis, aos quais não assenta um só adjectivo, mesmo negativo. O 11 de Novembro tem hoje e sempre teve muitos inimigos. E está sob fogo amigo há seis anos.

Falo dos que hipotecam os angolanos à causa da traição e da insídia. Dos que foram capazes de vender a terra que os viu nascer, os ventres que lhes deram o ser, os seios que os amamentaram. Sim estou a falar da UNITA e dos seus inesperados parceiros que se juntaram em bloco aos inimigos da democracia, ainda que se intitulem democráticos. A UNITA e o Bloco Democrático são inimigos do 11 de Novembro.

Este povo heróico não merecia que tantos erguessem as suas armas de aluguer contra a Independência Nacional, proclamada por Agostinho Neto faz hoje 48 anos. Angola não merece que alguns dos seus filhos se juntem ao banditismo internacional e conspirem contra a democracia angolana em sinédrios de deserdados da honra e seres humanos sem coluna vertebral. Quando se juntam, viram mabecos. Mordem até a pátria se esvair em sangue. E se ninguém enfrentar a matilha, é o fim. Todos sabemos que já estivemos a ponto de perecer. O grande patriota D. Alexandre do Nascimento lançou esse grito ao mundo. Ninguém respondeu.

Quem atiça a nova guerra mundial

Na Ucrânia, fracasso da “contraofensiva” de Zelenski e divisões internas reduzem os riscos. No Oriente Médio, nem o Irã, nem o Hezbollah querem a guerra – mas em Tel Aviv, os chacais estão soltos, têm armas nucleares e sede de conflitos

Rafael Poch, no CTXT | em Outras Palavras | Tradução: Rôney Rodrigues | # Publicado em português do Brasil

As coisas não iam bem no mundo com a Ucrânia e aí aparece Gaza. A famosa “contraofensiva” ucraniana, em condições de inferioridade bélica, aérea e numérica, já é reconhecida como um desastre até nos meios de comunicação ocidentais. O seu resultado prático foi uma grande carnificina: dezenas de milhares de mortos, mutilados, órfãos e viúvas. 90 mil baixas entre 4 de junho e setembro, segundo o presidente Putin. Mas o aparecimento do ainda mais terrível e ignominioso massacre israelense em Gaza complica tudo ainda mais para Kiev.

As dúvidas sobre a “rentabilidade” da ajuda dos EUA à Ucrânia em armas e dinheiro aumentaram em Washington. Pelo menos metade dos congressistas republicanos opõe-se à continuidade do financiamento de um poço sem fundo, cuja motivação reconhecida, “esgotar a Rússia” com vista à mudança de regime em Moscou, demonstra-se ilusória. O regime russo não se enfraqueceu, como nós próprios previmos erradamente em fevereiro de 2022; pelo contrário, fortaleceu-se. A Rússia é mais forte hoje do que naquela época.

As sanções encorajaram uma grande reconversão industrial e geopolítica que parece estar funcionando a todo vapor. As baixas russas, muito inferiores às ucranianas, mas também grandes, estão distribuídas geograficamente. Têm pouco impacto em grandes cidades como Moscou e São Petersburgo, onde se concentram os setores mais pró-ocidentais da elite, e muito mais nas regiões pobres do país, a principal fonte de voluntários bem remunerados.

O sistema de compensação por ferimentos de guerra ou morte parece funcionar e amortecer as consequências para a sociedade. A indústria da guerra funciona como uma locomotiva econômica dinamizadora de uma certa virada keynesiana, e o próprio conflito torna irreversível a ruptura com o Ocidente e a abordagem “eurasiana” de Moscou em relação ao Leste e ao Sul global. É verdade que também não há ofensiva russa no fronte, mas apenas uma pressão lenta, sem expor demasiado as próprias tropas, mas avançando muito lentamente. Isto poderia ser considerado uma situação de impasse militar que desgasta ambos os lados, se não fosse o fato de o tempo estar trabalhando para Moscou e corroendo o ânimo ucraniano.

Na ausência de uma perspectiva mínima de que as coisas possam melhorar, a resistência numantina não tem sentido e, seja qual for a forma como a encaramos, a Ucrânia carece dessas perspectivas.

EUA-CHINA: O mundo espera ver a 'visão de São Francisco' traduzida em realidade

Global Times | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Quer seja dos lados chinês e americano ou da comunidade internacional, tem havido elogios unânimes à cimeira China-EUA realizada em 15 de Novembro em São Francisco, reflectindo o significado histórico desta reunião. Tendo como pano de fundo a fase crítica nas relações China-EUA e a expectativa global sem precedentes para o retorno das relações bilaterais ao caminho certo, o Presidente Xi Jinping e o Presidente Joe Biden envolveram-se num intercâmbio contínuo durante quatro horas durante a cimeira, utilizando interpretação simultânea ao longo de todo o processo. e conduzindo discussões aprofundadas cara a cara. Estabeleceram a "visão de São Francisco" orientada para o futuro, fornecendo orientação e delineando um plano para o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações China-EUA. Esta cimeira é uma reunião estrategicamente significativa e de grande alcance dos chefes de Estado, deixando uma marca única e profunda na história das relações China-EUA.

Nesta reunião histórica, o Presidente Xi e o Presidente Biden tiveram uma troca de opiniões franca e aprofundada, indicando que a comunicação entre as duas partes não só não evitou diferenças, mas também foi positiva, abrangente e construtiva. Foi um encontro importante que teve como objetivo construir confiança e dissipar dúvidas, gerir diferenças e ampliar a cooperação. Os dois lados chegaram a consenso sobre mais de 20 questões em áreas como política, diplomacia, intercâmbios culturais, governação global e segurança militar com base no respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo. Estes acordos e resultados significativos ilustram ainda mais os amplos interesses comuns entre a China e os EUA, reafirmando que o benefício mútuo e a cooperação vantajosa para todas as partes são características fundamentais das relações China-EUA. O diálogo e a cooperação são as únicas escolhas corretas para ambos os países.

São Francisco deverá tornar-se um novo ponto de partida para a estabilização das relações China-EUA. Traçar a "visão de São Francisco" e transformá-la, passo a passo, de um projecto em realidade não é apenas do interesse a longo prazo da China e dos EUA, mas também da expectativa fervorosa da comunidade internacional. Durante a reunião, o Presidente Xi salientou perspicazmente que a China e os EUA devem desenvolver conjuntamente uma percepção correcta, gerir eficazmente os desacordos, promover conjuntamente a cooperação mutuamente benéfica, assumir conjuntamente responsabilidades como países importantes e promover conjuntamente os intercâmbios entre pessoas. Estes são os cinco pilares e a base para o desenvolvimento estável das relações China-EUA. Só com esta base firmemente estabelecida é que as relações China-EUA poderão resistir ao teste das tempestades.

Todo mundo viu que a viagem de Bali a São Francisco não foi fácil. São Francisco é um novo ponto de partida e a chave para a tranquilidade da próxima jornada ainda reside na implementação destes consensos por parte dos EUA. Esta é a incerteza que as relações China-EUA não podem evitar e que testa em grande medida a credibilidade política dos EUA. A reunião de São Francisco atraiu a atenção mundial e o consenso e as realizações alcançadas são também aguardados com grande expectativa pelo mundo. Esperamos que os EUA e a China se encontrem a meio caminho, façam as escolhas históricas correctas e encontrem a forma correcta de se darem bem.

'NÃO ME BATA, ESTOU GRÁVIDA': KIEV EMPURRA AS MULHERES PARA A FRENTE

No meio das perdas catastróficas do exército ucraniano, da fuga em massa e da escassez da população masculina necessária para a “protecção da Ucrânia”, Kiev lança a mobilização das mulheres.

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Já existem mulheres voluntárias nas Forças Armadas da Ucrânia. Seu número é pequeno e a maioria deles recebe ordens de publicar vídeos do TikTok e dar entrevistas na mídia em vez de lutar nos campos de batalha. Elas participam ativamente na campanha de propaganda de Kiev que visa preparar as pessoas para a próxima mobilização da população feminina.

O regime de Kiev já deu os primeiros passos para enviar mulheres jovens para a frente. A partir de 1º de outubro de 2023, todas as mulheres que trabalhavam nas áreas médica e farmacêutica tiveram que comparecer aos centros de recrutamento locais. Eles deveriam ser alistados e estão proibidos de sair do país. LINK

Segundo fontes abertas, pelo menos cinquenta mulheres médicas especialistas já morreram em Donbass.

A ordem não se aplica apenas a médicos e farmacêuticos. De acordo com as leis aprovadas, as mulheres especializadas em 14 áreas, incluindo especialistas em informática, médicas, advogadas, jornalistas, musicistas, trabalhadoras de restauração e gráfica, assistentes sociais, contabilistas, funcionárias de hotéis, etc., são reconhecidas como responsáveis ​​​​pelo serviço militar.

Esta iniciativa foi lançada pela primeira vez no ano passado e deveria ter começado a 1 de outubro de 2022, mas foi adiada porque a população não estava preparada. Hoje, as mulheres são atraídas para o exército através de uma grande campanha de propaganda.

Depois de registradas no serviço militar, as mulheres recebem as mesmas funções que os homens. Tal como alegado pelos responsáveis ​​de Kiev, uma vez que a Ucrânia adoptou os padrões da NATO, isso significa que o alistamento é obrigatório tanto para homens como para mulheres. Até agora, as mulheres são enviadas para a frente de acordo com o seu “desejo”. No entanto, conforme declarado no Ministério da Defesa da Ucrânia, as mulheres inscritas nos escritórios de alistamento são consideradas na reserva e podem ser mobilizadas a qualquer momento para efeitos de “reposição ininterrupta de perdas de pessoal das Forças Armadas da Ucrânia”.

O regime de Kiev já vendeu todo o país aos seus patronos ocidentais, incluindo as suas terras, indústria, raparigas e crianças que são vendidas no mercado negro na Europa. A elite de Kiev não se preocupa com o futuro dos restantes territórios, que ainda se chamam Ucrânia, e enviar mulheres para a frente é mais uma confirmação da sua política criminosa.

Ver/Ler em South Front:

Menores, mulheres, pessoas com deficiência: Kiev em busca de bucha de canhão

“Crianças à Venda”: ​​Varejo, Atacado, Venda em Peças e Até Aluguel!

“As crianças são o produto mais valioso”: como o tráfico humano se tornou outro item de exportação para a Ucrânia

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 16 DE NOVEMBRO DE 2023 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Dois UAVs ucranianos foram abatidos na região de Bryansk;

Três UAVs ucranianos foram abatidos perto da costa de Criman;

Os ataques russos atingiram instalações ucranianas em Chuguev, na região de Kharkiv;

Ataques russos foram relatados perto do campo de aviação Starokonstantinov;

Ataques russos foram relatados no campo de aviação Mirgorod, na região de Poltava;

Foram relatados ataques russos na região de Kirovograd;

Em 16 de novembro, pelo menos uma mulher civil foi morta e quatro outros civis foram feridos por bombardeios de artilharia ucraniana em Donetsk;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Sinkovka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Dibrova;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Novomikhailovka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Kleshcheyevka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Rabotino;

Os confrontos entre a AFU e o exército russo continuam perto de Krynki;

Os confrontos entre a AFU e o exército russo continuam perto de Avdiivka;

As forças russas eliminaram 10 militares, um tanque, dois veículos de combate de infantaria e um sistema de artilharia M777 fabricado nos EUA na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 175 militares, duas picapes e dois sistemas de artilharia M777 fabricados nos EUA na área de Krasny Liman;

As forças russas eliminaram 240 militares, um tanque, três veículos motorizados, um canhão de artilharia Paladin, dois sistemas de artilharia Krab, três sistemas de artilharia M777 na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 70 militares, dois veículos blindados, duas picapes, um sistema de artilharia Krab, um obus FH70 na área de South Donetsk;

As forças russas eliminaram 100 militares, dois tanques, dois veículos blindados, bem como um canhão Giatsint-B na região de Zaporozhye;

As forças russas eliminaram 70 militares, dois veículos motorizados, um sistema de artilharia Paladin, um sistema de artilharia M777, obuseiro Msta-B na região de Kherson;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram 26 drones ucranianos no último dia;

Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram dois projéteis HIMARS MLRS e uma bomba aérea JDAM no último dia;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram uma aeronave MiG-29 perto de Krasnoarmeysk.

Ler/Ver em South Front:

As defesas aéreas sírias interceptaram mísseis durante o ataque israelense a Damasco

Hezbollah divulga imagens de ataques recentes a instalações do exército israelense e tanques

Exército israelense afirma que atingiu líderes seniores do Hamas e capturou a cidade de Gaza Ocidental (vídeos)

Ofensiva Russa em Avdeevka, DPR, em 16 de novembro de 2023 (atualização do mapa)

Israel precisa de enfermeiras falsas para justificar o assassinato de bebés em Gaza

Israel sabe que corre o risco de perder o apoio global devido ao massacre de crianças. Portanto, estamos recorrendo à desinformação nas redes sociais, que é desleixada, mas muitas vezes eficaz.

Marc Owen Jones* | Al Jazeera | opinião | Traduzido em português do Brasil

Em Gaza, uma criança é morta a cada 10 minutos. Desde 7 de Outubro, Israel  matou mais de 4.000 crianças. Agora, bebés prematuros no Hospital al-Shifa de Gaza estão a morrer porque a instituição está sem energia depois de mais de um mês de cerco de Israel, e por isso não consegue operar incubadoras.

Israel sabe que corre o risco de perder o apoio internacional pelo massacre contínuo de crianças. Aliados ocidentais como o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro canadiano  Justin Trudeau,  que até agora têm sido firmes no apoio a Israel, pediram publicamente na semana passada ao governo israelita que parasse de matar crianças, mesmo que Macron tenha suavizado o seu tom desde então.

Como resultado, a máquina de propaganda e desinformação de Israel está a encontrar novas formas de justificar o assassinato de crianças e o bombardeamento de instalações médicas.

Normalmente, a primeira resposta de Israel às acusações de atrocidades é a negação. Quando isso falha, a segunda estratégia é culpar o Hamas ou outros grupos armados palestinianos pelas mortes palestinianas.

Não desistiu dessas estratégias, mas também está a tentar ligar directamente as crianças palestinianas ao Hamas, procurando assim retratá-las – e aos locais onde estão abrigadas – como alvos legítimos.

Forças israelitas atacam Jenin e cercam hospitais na Cisjordânia ocupada

Cerca de 80 veículos militares israelitas entraram na cidade de Jenin e invadiram o Hospital Ibn Sina

Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Cinco foram mortos em um ataque de drone ao campo de refugiados de Jenin, enquanto dezenas de tanques israelenses invadiram a cidade.

Vários hospitais foram cercados e pelo menos cinco pessoas foram mortas quando as forças israelitas lançaram um grande ataque a Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Os ataques, lançados durante a noite e que duraram até sexta-feira, também deixaram pelo menos outras 14 pessoas feridas, segundo fontes palestinas. A operação no Hospital Ibn Sina terminou após várias horas.

Os cinco que morreram foram mortos por um ataque de drone no campo de refugiados de Jenin. Os ataques aéreos tornaram-se mais regulares na Cisjordânia à medida que a guerra em Gaza avança.

Os serviços de emergência foram impedidos pelas forças israelenses de chegar aos feridos, potencialmente colocando vidas em risco, informou a agência de notícias oficial palestina Wafa.

A partir das 22h30 de quinta-feira, o exército israelita empurrou pelo menos 80 veículos militares para a cidade de Jenin, invadindo casas palestinianas e detendo várias pessoas. Houve relatos de confrontos violentos.

“Apareceram dezenas de veículos blindados, incluindo escavadoras, danificando carros e estradas”, relatou Sara Khairat, da Al Jazeera, da Jerusalém Oriental ocupada. A operação durou cerca de oito horas.

Pelo menos quatro hospitais foram cercados por soldados israelenses.

“As forças israelitas apareceram no Hospital Ibn Sina, um dos maiores da Cisjordânia ocupada. Eles apareceram em uma operação onde pediram à equipe médica que levantasse as mãos e evacuasse o hospital”, disse Khairat.

Vários médicos do hospital recusaram-se a obedecer e a evacuar; dois paramédicos foram presos, acrescentou ela.

“É importante notar que isto aconteceu no campo de refugiados de Jenin, onde os confrontos têm sido intensos quase diariamente… Mas a natureza deste ataque em particular é realmente incrível. Não apenas por ser um hospital, mas pela forma como as forças israelenses estão entrando”, continuou Khairat.

Os militares israelitas afirmaram ter trocado tiros com combatentes palestinianos, que depois utilizaram ambulâncias para fugir em direcção ao Hospital Ibn Sina “para aí se esconderem”. Um combatente palestino foi preso na entrada do centro médico, disse o exército.

As tensões têm aumentado em toda a Cisjordânia desde que Israel lançou a sua guerra contra o Hamas em 7 de Outubro, que matou pelo menos 11.500 pessoas na Faixa de Gaza.

A Wafa também informou que as forças israelenses invadiram várias casas na cidade de Ni'lin, a oeste de Ramallah, e prenderam pelo menos 28 pessoas na sexta-feira.

Na quinta-feira, três palestinianos foram mortos a tiro por soldados israelitas depois de abrirem fogo num posto de controlo na Cisjordânia. Um soldado israelense foi morto no ataque, segundo autoridades israelenses.

Zein Basravi, da Al Jazeera, reportando de Ramallah, na Cisjordânia, disse que tais ataques usando armas pequenas e explosivos aumentaram nas últimas semanas em meio à crescente raiva pelas mortes de civis em Gaza e pela ocupação da Cisjordânia.

“À medida que Israel continua a aumentar a pressão e a aumentar a pressão sobre as comunidades palestinas, as pessoas começam a reagir”, disse ele.

Desde 7 de Outubro, 203 palestinianos foram mortos em ataques israelitas na Cisjordânia.

Al Jazeera

Imagem: Veículos militares israelenses circulam por uma rua depois que as forças israelenses invadiram o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada por Israel, em 17 de novembro de 2023 [Raneen Sawafta/Reuters]

Vídeo: The Occupied West Bank: The Other Front

Ver/Ler:

A Cisjordânia Ocupada: A Outra Frente

Palestinos fogem enquanto Israel ataca o campo de Jenin na Cisjordânia ocupada

Fotos: As consequências do ataque do exército israelense em Jenin

Quem semeia guerras colhe tiroteios

António Santos*

Os tiroteios de massas diários nos EUA são a expressão mais visível da desagregação de uma sociedade violenta. Nos primeiros 10 meses de 2023 houve 583 tiroteios em massa, ou seja, praticamente dois por dia. Num só dia da semana passada 18 pessoas foram assassinadas num salão de bowling no Maine. No fim de semana passado 11 pessoas perderam a vida, pela mesma razão, em festas de aniversário, supermercados, discotecas ou salões de beleza. As estatísticas dizem que, em 2023, 35 mil pessoas já «morreram em incidentes relacionados com armas de fogo», mas quando 100 pessoas são abatidas a tiro todos os dias, não será «incidente» eufemismo para guerra?

Se a própria definição de «tiroteio em massa» evoca cenários de guerra: no mínimo quatro pessoas baleadas, sem contar com o atirador, seria exagerado dizer que os EUA são um país em guerra? Nos primeiros 10 meses de 2023 houve 583 tiroteios em massa, ou seja, praticamente dois por dia, isto nos dias bons, claro, porque outros dias há como na semana passada, em que 18 pessoas foram assassinadas num salão de bowling no Maine e fins de semana como este passado, em que 11 pessoas perderam a vida, pela mesma razão, em festas de aniversário, supermercados, discotecas ou salões de beleza. As estatísticas dizem que, em 2023, 35 mil pessoas já «morreram em incidentes relacionados com armas de fogo», mas quando 100 pessoas são abatidas a tiro todos os dias, não será «incidente» eufemismo para guerra?

Aumentando paulatinamente de ano para ano, o número de tiroteios em massa nos EUA triplicou na última década e, se o ritmo tétrico se mantiver, 2023 baterá o recorde histórico, com mais de 700. Este aumento parece desafiar a lógica de mais de cem pacotes legislativos aprovados em dezenas de Estados e a nível federal para limitar, embora timidamente, a posse de armas de fogo e, sobretudo, o acesso a metralhadoras de assalto. Obviamente, o acesso a armas de fogo não pode ser a única explicação para tantos tiroteios em massa, ou então eles também aconteceriam noutros países, como a Suíça, em que os trabalhadores também têm acesso a armas de guerra.

Os tiroteios de massas diários são a expressão mais visível da desagregação de uma sociedade violenta. É o som da cola a sair. A violência, inscrita no código genético de uma nação fundada sob o genocídio de milhões de nativos, foi sempre justificada, cultivada e celebrada como garante do poder e da hegemonia mundial. Essa cultura paira como nuvens de chumbo sobre problemas explosivos: a maior pandemia de droga de todos os tempos, o insaciável monstro do racismo, desigualdades sociais que arranham os céus e um sistema carcerário que engole um por cento da população.

Não são só as armas: são as armas num país em que o único direito sagrado é a propriedade; todos os outros, da educação à saúde, passando pela habitação, deram lugar à total mercantilização de todos os aspectos da vida humana. São as armas num país que reserva 15 por cento do orçamento federal à compra de armas, consubstanciando o maior gasto de defesa do mundo, superior aos nove maiores países seguintes somados. São as armas, no único país que usou armas nucleares contra populações civis e que, na sexta-feira, anunciou a construção de uma nova bomba 24 vezes mais potente que aquela que arrasou Hiroxima. São as armas, num país que, desde a II Guerra Mundial, levou os tiroteios a uma trintena de nações. Não é possível não se ser aquilo que se exporta. E quem semeia guerras colhe tiroteios.

Publicado em O Diário.info

Fonte: https://www.avante.pt/pt/2605/internacional/173505/Quem-semeia-guerras-colhe-tiroteios.htm?tpl=179

Portugal | A MONTANHA PARIU UM RATO


Henrique Monteiro | HenriCartoon

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