sábado, 4 de outubro de 2014

Hong Kong: PEQUIM DESESPERA E USA CONTRAMANIFESTANTES DO MUNDO DO CRIME




O golpe é antigo e Pequim recorreu ao figurino folheado e praticado pela maior parte dos ditadores atuais e idos deste planeta: contratar criminosos para atemorizar manifestantes que se oponham aos regimes. Pequim já desmentiu que tenha que ver com estes contramanifestantes em Hong Kong mas certo é que elementos das tríades (máfia chinesa) foram detidos pela polícia nas contramanifestações. É vísivel que Pequim desespera com a tenacidade, justas convicções e persistência dos manifestantes que em Hong Kong não arredam pé das ruas da cidade há uma semana exigindo mais democracia. Algo tão simples quanto ter o direito de eleger quem os governa e dirige os destinos daquela Região Autónoma Económica, assim como Macau – solidária com Hong Kong.

É evidente que o regime na China não é democrático nem coisa diferente de uma ditadura mascarada da chamada “abertura”. Se abertura existe é para o capital, para as grandes corporações globais e grandes corporações chinesas – controladas pelo regime.  Um partido único é quem rege os destinos daquele nobre e imenso povo. O maior país do mundo e o mais povoado tem todas as condições para ser a maior potência global e contribuir para a paz mundial controlando as tendências e ações guerreiras e tantas vezes criminosas dos EUA e de outras pequenas potências associadas. Para isso Pequim tem de percorrer a estrada da democracia e efetivá-la com práticas que se coadunem com as perspetivas democráticas das populações. A abertura só será efetiva quando o partido único deixar de o ser, houver justiça e as eleições se realizarem com um leque partidário inovador que ensine ao mundo ocidental que já passou o tempo da democracia ansilosada que o rege e que até já pouco tem de democracia mas sim de sindicatos (seitas) onde impera a corrupção e as vontades de restritas elites que dominam povos e países à revelia das suas vontades e carências. Caso dos EUA e dos países da União Europeia.

Os cidadãos da China em Hong Kong têm todo o direito de exigir mais democracia, assim como em Macau e noutras regiões. Assim como em toda a China. Os políticos e dirigentes chineses não podem só parecer adeptos da “abertura”, têm de ser também os seus impulsionadores. E a abertura tem de ser rumo à democracia, não só aos negócios e àquilo a que chamam desenvolvimento sem tomar em consideração a qualidade de vida e saúde que tantas vezes é desprezada ao assimilarem os vícios ocidentais absolutamente nocivos e prescindíveis. A China precisa tanto do MacDonalds e dos seus hamburgos como de sarna. E esse é só um exemplo. Mais democracia, isso sim. É preciso por todo o mundo e também na China. Principalmente na China. Agora em Macau e Hong Kong mas também onde o povo queira ser quem mais ordena. Obviamente que essa meta não é possível atingir com um partido único, nem com partidos criminosos, desonestos, corruptos, etc. A China, nesta fase, tem todas as condições para seguir um rumo diferente do que tem sido ditado pelo capitalismo explorador, opressor e assassino dos povos. Essa foi e é a esperança de muitos que no ocidente observam o gigante asiático e o seu rumo. Utópico? Só se quiserem que o seja.

Seguem-se as notícias de hoje sobre Hong Kong. Com recurso à Agência Lusa. (MM/PG)

Governo nega ter recorrido a grupos criminosos para atacar protestos

04 de Outubro de 2014, 18:11

Hong Kong, China, 04 out (Lusa) -- O secretário para a Segurança, Lai Tung-kwok, negou hoje que o Governo tenha recorrido a tríades para atacar os manifestantes, depois de acusações de que infratores contratados invadiram os locais de protesto para instigar confrontos violentos.

Duas das mais movimentadas áreas comerciais de Hong Kong -- Causeway Bay e Mong Kok -- viveram momentos caóticos na sexta-feira, quando grupos atacaram manifestantes que ocupam as ruas de algumas áreas da cidade desde o início da semana.

Os manifestantes reivindicam o direito a escolher os candidatos a chefe do Executivo, em 2017, mas Pequim decidiu, a 31 de agosto, que os aspirantes ao cargo vão precisar do apoio de mais de metade de um comité de nomeação para concorrer à eleição e que apenas dois ou três serão selecionados.

A China acusou os manifestantes de desestabilizarem a cidade e de "estarem a sonhar" quanto a uma perspetiva de mudança, num editorial publicado hoje no Diário do Povo, jornal do órgão central do Partido Comunista chinês.

A Amnistia Internacional acusou os agentes da polícia de ação passiva e falha na proteção aos manifestantes.

"Eu reparei que pessoas disseram que o governo fechou os olhos às tríades ou chegou mesmo a colaborar com as tríades. Essas acusações foram inventadas e são completamente excessivas", disse o secretário para a Segurança, Lai Tung-kwok aos jornalistas.

O deputado do Partido Democrata Albert Ho disse que a polícia "parecia mostrar muita brandura para com a ação das tríades".

"Tenho todas as razões para acreditar que essa deve ser a única opção que resta para os que estão no poder em Hong Kong para verem se conseguem retirar os manifestantes do local e limpar a via pública".

"A única forma é permitir a outras pessoas fazerem-no, em vez de serem eles", acrescentou.

O também democrata James To apontou igualmente o dedo às autoridades. "Não posso acreditar que a experiente polícia de Mong Kok não tenha podido identificar os membros das tríades", disse em declarações ao jornal South China Morning Post.

"O governo usou forças organizadas e orquestradas, e até membros de tríades, numa tentativa de dispersar cidadãos", continuou.

Em conferência de imprensa, Lai Tung-kwok salientou que a polícia lida de forma justa com cada um dos protestos e que a polícia iria "verdadeiramente" fazer cumprir a lei.

"Nós não aprovamos nenhuma desta violência. Hong Kong é uma sociedade de Direito. Cada cidadão em Hong Kong deve respeitar a lei. Ninguém quer ver o que aconteceu ontem [sexta-feira]", referiu.

Das 19 pessoas detidas nos confrontos de sexta-feira, oito são suspeitos de pertencerem a tríades.

FV/DM // ATR

Denunciados ataques sexuais a mulheres durante protestos

04 de Outubro de 2014, 17:42

Hong Kong, China, 04 out (Lusa) -- Mulheres que participam nos protestos pró-democracia em Hong Kong estão a ser alvo de agressões sexuais e assédio, segundo manifestantes e a Amnistia Internacional, com a violência a estalar em dois movimentados distritos comerciais da Região Administrativa Especial chinesa.

A Amnistia Internacional acusou a polícia de Hong Kong de "falhar no seu dever" de proteger os manifestantes da violência que eclodiu ao final da tarde de sexta-feira, afirmando que mulheres e raparigas estão a ser alvo de ataques.

Os ataques em causa são "agressões sexuais, assédio e intimidação", refere a organização de defesa dos direitos humanos em comunicado, indicando que os incidentes se reportam aos bairros comerciais de Mong Kok e Causeway Bay.

Os ataques surgiram depois de a polícia ter falhado em controlar os grupos que se opõem ao movimento estudantil e ao 'Occupy' e que atacaram, com recurso a violência, os manifestantes na tarde de sexta-feira.

Uma jovem manifestante contactada pela agência AFP, que se encontrava em Causeway Bay, disse que três amigas suas foram atacadas por um homem anti-Occupy, cujos apoiantes prometeram permanecer nas ruas até que as suas reivindicações sejam atendidas.

Três jovens choravam quando se preparavam para entrar para uma carrinha da polícia.

"Estamos a levar a cabo mais investigações -- estas raparigas dizem que foram indecentemente atacadas", disse o agente no local à agência noticiosa francesa.

A Amnistia disse que uma mulher que estava presente aquando dos confrontos em Mong Kok também foi alvo de ataque.

"Um homem apalpou-lhe os seios enquanto ela estava sentada com outros manifestantes cerca das 04:00 (09: em Lisboa), disse a organização em comunicado.

"Ela também viu o mesmo homem a atacar outras duas mulheres, tocando nas suas virilhas", quando manifestantes intervieram, acrescenta a Amnistia.

O clima mantinha-se hoje tenso nos locais das manifestações em Hong Kong, com receios relativamente a novas represálias, com os jornalistas a serem apontados também como alvo das mesmas.

DM/FV // ATR

Dois jornalistas da rádio e televisão pública atingidos nos protestos

04 de Outubro de 2014, 17:35

Hong Kong, China, 04 out (Lusa) -- Dois jornalistas da Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK) ficaram feridos em incidentes registados em duas zonas de protesto que concentram milhares de pessoas desde o início da semana, informou a estação.

Um jornalista da RTHK sofreu ferimentos no rosto depois de ter sido atacado por um homem que protestava contra o movimento "Occupy Central" no distrito de Mong Kok, na península de Kowloon.

Mak Ka-wai disse que foi atacado de repente e que um homem lhe deu um murro enquanto ele filmava uma pequena altercação entre apoiantes e opositores dos protestos nas ruas.

O jornalista disse que estava desapontado por a polícia não ter agido em seu socorro. Pessoas no local intervieram e afastaram-no do seu atacante.

Esta noite, outro jornalista da RTHK foi ferido em Admiralty, depois de aparentemente ter sido atingido por um bastão da polícia.

O caso ocorreu quando fazia a cobertura noticiosa de confrontos entre agentes da polícia e manifestantes numa ponte pedonal no exterior da sede do Governo de Hong Kong.
O jornalista foi transportado para o hospital e um relatório médico comprova que sofreu ferimentos no peito.

Um porta-voz da RTHK disse que a estação condena qualquer ato de violência, nomeadamente contra os jornalistas em trabalho.

FV/DM // ATR

Pequim diz apoiar a ação musculada da polícia

04 de Outubro de 2014, 14:28

Pequim, 04 out (Lusa) - Pequim reafirmou hoje o seu forte apoio à polícia de Hong Kong e ao uso controverso de gás lacrimogéneo contra os manifestantes pró-democracia e advertiu que qualquer ideia de importar "uma revolução colorida" na China continental será uma "fantasia".

"Até mesmo os jovens estudantes são obrigados a respeitar a lei. As ações tomadas pela polícia de Hong Kong face ao movimento 'Occupy Central' são absolutamente necessárias para fazer respeitar a lei", escreve o Diário do Povo, jornal do jornal do órgão central do Partido Comunista chinês.

"Face aos manifestantes que ignoram as ordens da polícia, que se precipitam para transgredir os cordões de segurança, e que querem atingir os polícias com os seus guarda-chuvas (...) a polícia não tem outra alternativa senão usar o gás lacrimogéneo", continua o editorial contra o movimento pró-democrata em Hong Kong, considerado "ilegal" por Pequim.

A mobilização na antiga colónia britânica intensificou-se depois de violentos confrontos, no passado domingo, com a polícia, que tentou dispersar os manifestantes recorrendo ao uso de gás lacrimogéneo e de gás pimenta.

"Os polícias de Hong Kong dão mostras de um grande profissionalismo, as ações que eles tomam são necessárias, razoáveis e moderadas, e não há nenhuma razão para contestar a maneira como atuam para fazer respeitar a lei", acrescenta o artigo.

As forças da ordem optaram nos dias seguintes por uma maior contenção perante a designada "Revolução dos guarda-chuvas", que mobilizou milhares de pessoas, sobretudo estudantes, e tem perturbado o normal funcionamento do centro financeiro e comercial da ilha de Hong Kong e do distrito densamente povoado em Mong Kok, na península de Kowloon.

Mas os líderes estudantis acusaram os polícias de terem permitido a violência, ao fecharem os olhos, esta sexta-feira, aos ataques extremamente fervorosos contra as tendas e barricadas dos estudantes por parte de pessoas contra o movimento 'Occupy', ações essas que foram participadas por indivíduos suspeitos de terem ligações à máfia.

A própria polícia de Hong Kong confirmou que, entre os detidos, se encontram membros de tríades, como tinham denunciado os jovens.

"Quanto àqueles que querem importar e desenvolver, a partir de Hong Kong, uma "revolução colorida" no interior da China, eles sonham, porque isso não mais do que pura fantasia", lê-se ainda no Diário do Povo.

Numa altura em que Pequim é atualmente descrita como estando preocupada com a propagação de apelos à subversão no país, a internet na China estava hoje fortemente censurada, descreve a agência France Presse.

Sinal do seu nervosismo, continua a AFP, é o facto de esta semana as autoridades chinesas terem detido mais de 20 militantes que tinham expressado o seu apoio aos manifestantes de Hong Kong, segundo associações de defesa dos direitos humanos.

FV/DM // DM

Polícia de Hong Kong detém pessoas ligadas às tríades após ataques às manifestações

04 de Outubro de 2014, 06:28

Hong Kong, China, 03 out (Lusa) -- A polícia de Hong Kong deteve hoje várias pessoas com ligações suspeitas aos conhecidos gangues, designados como tríades, depois de uma série de ataques aos manifestantes pró-democracia, anunciaram fontes policiais no início de sábado (hora local).

A polícia realizou um total de 19 detenções na sequência dos confrontos, dos quais pelo menos oito têm ligações às tríades, foi revelado em conferência de imprensa.

RN // JPS

Estudantes rompem diálogo com governo

04 de Outubro de 2014, 01:36

Hong Kong, 03 out (Lusa) - Líderes estudantis em Hong Kong anunciaram hoje que interromperam o diálogo com o governo local depois da erupção de confrontos nas manifestações pró-democracia em curso há quase duas semanas na Região Administrativa Especial chinesa.

Os estudantes, que exigem a demissão do atual chefe do executivo e que a eleição do novo chefe do governo local, em 2017, seja realizada por sufrágio universal e direto, acusam a polícia de ter permitido que "bandos criminosos" atacassem os acampamentos de manifestantes.

A Federação dos Estudantes de Hong Kong anunciou em comunicado que não teve "outra opção senão romper o diálogo, depois de o governo e a polícia terem hoje permitido atos violentos por elementos de 'tríades' (associações criminosas chinesas) contra manifestantes pacíficos do movimento 'Occupy'".

Em paralelo, testemunhas concordantes citadas pela agência noticiosa AFP referiram-se a agressões sexuais em diversos locais da cidade, considerada uma das mais seguras do mundo.

O movimento pró-democracia exige a instauração do sufrágio universal direto e a demissão do chefe do executivo local, Leung Chun-ying, que consideram uma marioneta de Pequim. A China aceita o princípio do voto livre, mas pretende manter o controlo das candidaturas.

Os estudantes, na vanguarda do movimento, emitiram um ultimato até à meia-noite de quinta-feira para a demissão de Leung Chun-ying. Pouco antes de terminar o prazo, o chefe do governo local recusou a exigência do movimento mas sugeriu o início de um diálogo, que agora fica comprometido.

Antiga colónia britânica, Hong Kong atravessa a mais grave crise política desde o seu regresso à soberania da China em 1997, apesar de manter um estatuto especial. No domingo, a polícia antimotim utilizou gás pimenta e gás lacrimogéneo contra os manifestantes.

Hoje, voltaram a decorrer incidentes entre manifestantes e polícias na zona dos escritórios centrais do governo. Leung Chun-ying lamentou uma situação "próxima da anarquia". "Enquanto sociedade civilizada, não podemos permitir que incidentes se produzam", disse.

PCR (JMR) // JMR

Timor-Leste vai criar regulação da comunicação social com apoio de Portugal




Entidade Reguladora da Comunicação Social de PT vai ajudar Timor-Leste a criar entidade homóloga

A Entidade Reguladora da Comunicação Social de Portugal assinou hoje com o secretário de Estado da Comunicação Social, Nélio Isaac Sarmento, um Memorando de Entendimento para ajudar Timor-Leste a criar uma entidade homóloga.

O Memorando de Entendimento foi assinado durante a cerimónia de encerramento do III encontro da Plataforma das Entidades Reguladoras da Comunicação Social dos Países e Territórios da Língua Portuguesa.

O acordo "vai ajudar o Governo de Timor-Leste a fortificar a nova instituição do Conselho Superior de Imprensa que vai ser criada. Contamos também com o apoio dos outros Estados-membros da CPLP" (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), afirmou o secretário de Estado Nélio Isaac.

"A cooperação ou existe na prática ou então não funciona. O que acabamos de assinar foi um documento que materializa essa intenção", disse o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social português, Carlos Magno.

Segundo Carlos Magno, a cooperação vai passar pela formação de quadros, trocas de experiência e comunicação permanente.

O encontro teve como objetivo refletir sobre os modelos de regulação da comunicação social existentes na CPLP e melhorar as formas de cooperação bilateral e multilateral.

Participaram representantes das entidades reguladoras de Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal, Guiné Conacri, Moçambique e Timor-Leste.

Durante o encontro, Timor-Leste assumiu a presidência da plataforma, cuja próxima reunião vai decorrer no próximo ano em Portugal.

Lusa

*Título PG

Moçambique: MARCHA PELA PROTEÇÃO DE “RINOS” E ELEFANTES




Membros de organizações da sociedade civil marcham hoje na capital moçambicana Maputo para repudiar a caça furtiva no país e exigir medidas arrojadas contra estas gangues que estão a dizimar animais como elefantes e rinocerontes.

A iniciativa de Maputo está enquadrada numa acção global que tem o mesmo propósito: dizer não à caça furtiva.

O ponto de encontro para o início da marcha é na Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na Avenida Kenneth Kaunda, devendo o grupo de manifestantes percorrer diversas artérias da cidade.

A ideia dos mentores da iniciativa, que decorre sob o lema “Marcha Global Pela Protecção de Elefantes e Rinocerontes: Em Prol da Conservação e Protecção”, é transmitir aos governos africanos e de todo o mundo que mais vale a conservação ao crime.

E que todos os esforços para proteger estes animais são importantes, enquanto olhar-se eles como sendo de extrema importância no equilíbrio ecológico.

Por outro lado, pretende-se persuadir o Governo a incluir matérias sobre conversação e protecção destes e outros animais no currículo escolar moçambicano bem como exigir que haja a implementação e aplicação de leis realmente severas que possam não somente punir os caçadores furtivos e seus colaboradores e beneficiários como também desencorajar definitivamente esta prática.

É intenção dos proponentes da marcha ver concretizado o maior controlo nas zonas fronteiriças a nível das áreas de conservação, bem como que sejam implementados projectos educacionais nas comunidades dentro ou próximas das áreas de conservação.

Atrair a atenção de potenciais doadores (tal como aconteceu com a Gorongosa), ver melhoradas as condições dos rangers/guardas florestais, pagamento e equipamento (para torná-los incorruptíveis) bem como implementar-se, efectivamente, técnicas de tracking de animais (para melhor posicionamento dos rangers/guardas florestais/guarda costeira) são as outras razões que levam à realização desta marcha.

Para além de Maputo, hoje, 4 de Outubro – Dia da Assinatura do Acordo Geral de Paz em Moçambique – mais de 100 cidades em todo o Planeta Terra irão realizar a mesma marcha. O plano é que, a uma só voz, se faça o apelo no sentido de se salvar elefantes e rinocerontes de futuras chacinas.

Entretanto, dados oficiais indicam que em África, um elefante é morto a cada 15 minutos e um rinoceronte a cada 9 a 11 horas.

Moçambique quase que já perdeu todos os seus rinocerontes, sendo que se a caça furtiva continuar no mesmo ritmo os elefantes poderão estar extintos em Moçambique e em todo o Continente Africano num espaço de dez anos.

Notícias (mz)

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Moçambique - Eleições: Nyusi com escolas, Dhlakama no comércio, Simango reduz governo



Nyusi promete aplicar recursos em escolas

O candidato presidencial do Partido Frelimo, Filipe Nyusi, prometeu ontem em Inhambane que a redistribuição da riqueza resultante da exploração dos recursos naturais existentes naquela região e em todo o país será feita através da aplicação do dinheiro em escolas, fontes de abastecimento de água, energia eléctrica, hospitais, vias de acesso em condições e outras infra-estruturas económicas e sociais.

Falando no bairro Liberdade III,  arredores da capital provincial, Filipe Nyusi reiterou que como futuro Chefe do Estado não terá dinheiro para distribuir aos moçambicanos mas sim no quadro da gestão racional e sustentável dos recursos locais poderá ser possível a concretização dessa promessa. O candidato da Frelimo reafirmou ainda que o seu sonho é transformar Inhambane num centro estratégico de desenvolvimento do país através da exploração dos recursos naturais ali existentes para a redução gradual do desemprego, principalmente na juventude.


Dhlakama reúne-se com comerciantes

O concorrente da Renamo às presidenciais de 15 de Outubro, Afonso Dhlakama, deverá se reunir hoje com os vendedores formais e informais no município da cidade de Tete, no prosseguimento da sua campanha eleitoral à província de Tete.

Afonso Dhlakama, segundo o programa que nos foi cedido pelo Gabinete de Preparação Eleitoral da Renamo em Tete, chega domingo à cidade de Tete, proveniente do Planalto de Angónia onde, entre outras actividades, vai orientar um comício popular no campo de futebol no bairro Sansão Muthemba junto ao Mercado Kwachena Nhartanda, no prosseguimento de “caça” ao voto para si e para o seu partido. Depois disso Dhlakama vai se reunir com os membros e simpatizantes da Renamo.


Simango quer reduzir membros do Governo

O candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) à Presidência da República, Daviz Simango, prometeu ontem aos eleitores de Mocímboda da Praia, província de Cabo Delgado, que em caso da sua vitória e do seu partido nas eleições de 15 de Outubro vai reduzir drasticamente o tamanho do Governo.

Daviz Simango orientou um “showmício” nos arredores da cidade de Pemba, onde disse que ele e o seu partido são os únicos para alterar o cenário. Pediu, na ocasião, a todos eleitores para que votem no dia 15 de Outubro para o candidato do Movimento Democrático de Moçambique como forma de implementar essas ideias, devendo ter mais deputados dos que já tem na Assembleia da República e nas assembleias provinciais.

Notícias (mz) – Título PG

Moçambique: Sociedade civil alerta sobre agravamento da violência eleitoral



Eleições Gerais

Organizações da sociedade civil moçambicanas alertaram, esta quinta-feira, sobre o risco de um agravamento de violência, depois da divulgação dos resultados eleitorais de 15 de Outubro corrente.

O alerta foi lançado por quatro organizações da sociedade civil, nomeadamente, Centro de Integridade Pública (CIP), Parlamento Juvenil, Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH) e Fórum das Rádios Comunitárias (Forcom), numa conferência de imprensa promovida para apelar à “Tolerância Zero à Violência Eleitoral, Impunidade e Inoperância dos Órgãos Eleitorais e de Justiça”.

“Importa frisar que o cenário de violência já registado leva-nos a antever uma situação de proporções muito graves de violência após a divulgação dos resultados, se por ventura um dos concorrentes não reconhecer os resultados, alegadamente por motivos de fraude”, disse Alice Mabota, presidente da LDH, dando voz à preocupação da sociedade civil.

As quatro organizações frisam que “o período eleitoral em África já nos mostrou que, quando mal gerido, pode originar um clima de violência”, recordando casos recentemente registados na Costa do Marfim, Quénia e Zimbabwe, para alertar que Moçambique pode estar a caminhar para um cenário similar.

Numa retrospectiva dos incidentes mais graves ocorridos na presente campanha eleitoral, a sociedade civil recordou oito casos considerados graves que tiveram lugar nas províncias de Gaza (na sua maioria) e Nampula, responsabilizando as autoridades eleitorais e da polícia de terem agido com descaso, favorecendo a violência.

Violência na campanha manchou processo eleitoral

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) reconhece que  os casos de violência registados durante a campanha eleitoral em curso são a mancha que vai marcar o processo eleitoral e alertou para o possível aumento da tensão antes da votação. “Foram incidentes feios e maus que serviram para manchar este processo muito bonito, que todos pretendíamos que fosse. O povo moçambicano não quer mais situações de instabilidade, de violência. As pessoas não querem ver e viver violência”, afirmou Abdul Carimo, durante um encontro com líderes religiosos moçambicanos. “Alguns militantes dos partidos políticos não compreendem e entram em actos de vandalismo puro. Aquelas imagens (de violência) não são só transportadas para todo o povo moçambicano, mas também para o estrangeiro, e fica-se com a imagem negativa de que o povo moçambicano é violento, quando são três ou quatro incidentes”, lamentou Carimo.

O País (mz)

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Moçambique, Portugal e Brasil recebem filiais do banco Sol de Angola



O oitavo maior Banco de Angola

A informação foi avançada à comunicação social pelo presidente do Conselho de Administração do Sol, Coutinho Nobre Miguel. Actualmente, o banco conta com uma carteira de 620 mil clientes em Angola.

O administrador explica que a prioridade imediata da expansão internacional do banco Sol passa pelo início da actividade na Namíbia, no primeiro semestre de 2015, e depois em Moçambique. “Estamos também a pensar em abrir representação em Portugal e, depois, no Brasil. O banco Sol quer acompanhar o crescimento da economia nacional (angolana) e sua internacionalização”, afirmou Coutinho Nobre Miguel à Lusa.

A instituição bancária de Angola, que será a próxima a instalar-se em Portugal, conta com 154 balcões em todo o território angolano, servindo 620 mil clientes.

“O banco Sol trabalhou arduamente, nos últimos treze anos, no reforço do crescimento orgânico, sua expansão a nível nacional e para assegurar os níveis de liquidez e robustez financeiras. Hoje estamos com um banco preparado e apto para dar passos noutras geografias económicas”, disse o administrador à Lusa.

O responsável falava à margem da apresentação da 9.ª edição do estudo angolano “Banca em análise”, da consultora Deloitte, que posiciona o banco Sol como oitavo maior em Angola, em termos de resultados líquidos, com 3465 milhões de kwanzas (35,2 milhões de dólares) em 2013.

O banco Sol aparece na 9.ª posição em termos de crédito concedido a clientes, com uma quota de mercado de 2,8%, equivalente a 152 milhões de dólares, e um rácio de malparado de 5,2%.

O País (mz)

DAVID MENDES NA EBANGA-GANDA: “AS COISAS ESTÃO A MUDAR” EM ANGOLA



Folha 8, 27 setembro 2014

O advogado e activista social David Mendes classificou a revogação da promoção a brigadeiro de um dos ale­gados autores do homicídio de dois opositores do regi­me angolano (Alves Kamulingue e Isaías Cassule) como “um sinal de que as coisas estão a mudar” no país. Será?

“Este gesto do Presidente [revogação da promoção] é um sinal de que as coisas estão a mudar e vão continuar a mudar. É um sinal claro do Presidente para algumas pessoas, que pensavam que estariam impunes, de que a era da impunidade está a terminar”, afirmou David Men­des.

O advogado e membro da associação angolana “Mãos Livres” representa neste processo as famílias das duas vítimas, assassinadas por elementos da Polícia Nacional e dos Serviços de Informação.

Tal como o Folha 8 desenvolve nesta edição, o Presi­dente José Eduardo dos Santos revogou a promoção a brigadeiro de um dos acusados dos crimes de rapto e ho­micídio dos dois homens, pedindo explicações ao Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Geraldo Sachipengo Nunda.

Essa promoção levou o Tribunal Provincial de Luanda (TPL), a 08 de Setembro, a declarar-se incompetente para continuar com o julgamento, uma semana depois de iniciado.

Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados na via pública, em Luanda, nos dias 27 e 29 de Maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação de vete­ranos e desmobilizados contra o Governo do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

À data do crime, António Manuel Gamboa Vieira Lo­pes – um dos sete suspeitos que continuam em prisão preventiva à conta deste processo, de rapto e homicídio – exercia funções de chefia no Serviço de Inteligência e de Segurança do Estado, em Luanda.

Numa ordem assinada pelo Comandante-Em-Chefe e Presidente da República de 22 de Setembro, além da revogação da promoção é ainda determinada a abertura de uma investigação à instrução daquele processo por, à data, Vieira Lopes já se encontrar detido. A mesma or­dem considera “inconveniente e inoportuna” a promo­ção, concedida a 27 de Maio de 2014, ao grau militar de brigadeiro.

“Eu acho que o Presidente foi sensato. Nós, desde o pri­meiro dia, pedíamos uma explicação sobre como é que isso [promoção, com o suspeito detido] aconteceu. E acredito que a forma de o Presidente demonstrar que não está vinculado, que terá acontecido um erro, é anu­lar o seu próprio despacho”, sublinhou o advogado Da­vid Mendes.

Por se tratar de um oficial general – devido à promoção – e por isso sujeito à Justiça Militar, o TPL declarou-se incompetente para continuar com o julgamento deste caso, remetendo-o para o Tribunal Supremo.

De acordo com o advogado David Mendes, com esta revogação da promoção, o processo “perdeu qualida­de” para ser julgado naquela instância superior, regres­sando ao TPL.

“Fico muito satisfeito com o que aconteceu. Isso tam­bém é reflexo que a nossa acção [associação “Mãos Li­vres”], a nossa luta dos últimos anos, está a surtir efeito. Começamos a assistir agora a um distanciamento do Presidente de alguns comportamentos que certas pes­soas, usando das possibilidades e cargos que possuem, tentavam fazer passar por impunes”, enfatizou o advo­gado.

Em comunicado de Dezembro de 2013, aquando das primeiras detenções, a Procuradoria-Geral da Repúbli­ca angolana referiu que os dois ex-militares terão sido assassinados por agentes da Polícia Nacional e da Se­gurança do Estado. Os corpos dos dois homens nunca foram recuperados.

Imagem: da capa de Folha 8 (parcial selecionada por PG)

Angola: SAIBA QUAL A PRÍNCIPAL CAUSA DE MORTE EM CABINDA




As doenças cardiovasculares, durante o primeiro trimestre de 2014, foram as primeiras causas de morte no Hospital municipal de Cabinda, informou esta sexta-feira, o cardiologista Pombalino Oliveira 

A informação foi dada à margem do II Congresso Angolano de Cardiologia e Hipertensão, que decorre de 2 a 4 deste mês, sob o lema Hipertensão Arterial Controlada : Angolanos Saudáveis.

Com o aumento do saneamento básico a nível da província, as doenças infecciosas reduziram, mas em contrapartida as crónicas estão mais acentuadas, explica o médico, acrescentando que a preocupação dos profissionais de saúde é tratar e dar prioridade às patologias cardiovasculares e hipertensão.

Segundo o médico, por dia, o hospital de Cabinda interna quatro pessoas com problemas de hipertensão arterial, com derrames celebras ( AVC), em adultos com idades compreendidas entre os 35 e os 45 anos.

Sublinhou que 52% de mortes foram por hipertensão arterial em adultos e 40 porcento de doentes com problemas cardiovasculares.

De acordo com o médico, para a redução deste problema, é necessário que todos os sectores ligados à saúde, como a comunicação social e juventude e desporto unam-se mais e desenvolvam campanhas de sensibilização nas comunidades sobre um estilo de vida melhor.

O país está em fase de desenvolvimento e começa a surgir as novas metrópoles tais como Luanda , Benguela e Cabinda, onde acaba-se por se substituir as caminhadas pelos automóveis, disse.

Angop / Novo Jornal

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Justino Pinto de Andrade: "Em Angola não há democracia, mas um sistema multipartidário"



Voz da América, em Angola Fala

Angola não tem uma democracia mas um sistema multipartidário, disse Justino Pinto de Andrade, presidente do Bloco Democrático (BD) no programa Fala Só, da VOA, nesta sexta-feira, 3. Durante a conversa com os ouvintes, o também decano da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica abordou vários temas, com destaque para a necessidade de se discutir os assuntos que interessam a todo o país, “que é governado há 40 anos pelo mesmo partido”.

Diálogo foi, aliás, a resposta a ouvintes que pediram a sua opinião sobre a situação nas Lundas, território “com características especiais e que deve merecer uma atenção especial”. Pinto de Andrade defendeu a necessidade de autonomia como forma de administrar o país, mas rejeitou qualquer tipo de separação ou divisão de Angola, assim como no caso de Cabinda.

A propósito das Lundas e de Cabinda, o presidente do BD defendeu, no entanto, “o respeito intransigente pelos direitos humanos, algo que está no adn do partido”. Pinto de Andrade referiu-se, a pedido de um ouvinte de Luanda, à reunião da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas que vai debater em breve, em Genebra, a situação em Angola.

Questionado sobre a candidatura de Angola a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Justino Pinto de Andrade disse apoiar a iniciativa se ela “visa ajudar Angola e o resto do mundo”, mas considerou, à luz do que tem visto, uma preocupação “apenas para projectar a imagem deste Governo”. Para ele, “quando o interesse particular supera o interesse geral, as coisas não vão bem”.

A transmissão dos debates na Assembleia Nacional voltou a ser colocada ao presidente do BD que defendeu ter chegada a hora de todos terem a mesma visibilidade e não apenas o MPLA e o Governo. Aliás, Pinto de Andrade, também em resposta a um ouvinte, felicitou a Zimbo pelos debates das terças-feiras, dizendo que “o apresentar merece o nosso respeito”, mas sobre a TPA afirmou ser “uma reserva do partido no poder”.

“A paz não é apenas o calar das armas”, sublinhou o entrevistado do Angola Fala Só em resposta a um ouvinte que criticou a democracia existente no país. “Em Angola não há democracia, mas sim um sistema multipartidário”, acrescentou Justino Pinto de Andrade, que citou o poder do Presidente da República, do qual tudo imana.

A propósito, ele criticou determinados discursos menos correctos de governadores que, por serem nomeados pela vontade do Presidente da República, devia ser ele a tomar medidas porque “há discursos violentos que só estimulam a violência.

Quanto à corrupção, o líder do BD afirmou que ela começa na liderança. “Quanto o topo dá mau exemplo, a base multiplica essas práticas de corrupção e tráfico de influências”, explicou Pinto de Andrade que apoiou a greve de professores na Huíla.

Quanto às autarquias, o BD, através do seu líder, acusou o Governo de não ter feito nada para cumprir a promessa feita pelo Presidente da República no seu discurso de posse. “É claro que não há condições para a realização das eleições no próximo ano”, concluiu.


STP – Eleições: Analista diz que São Tomé deve "retomar caminho de normalidade"




O investigador Armindo do Espírito Santo defendeu hoje que as eleições legislativas em São Tomé e Príncipe, no próximo dia 12, devem permitir "retomar um caminho de normalidade" depois de ter sido "interrompido um processo em curso".

"Havia um processo em curso que foi interrompido, não me interessa de quem é a culpa, se houve culpados ou não, isso para mim é irrelevante. Havia um processo que estava em curso e que foi interrompido por uma razão", disse à Lusa o historiador e economista, ligado ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), numa alusão à queda do governo de Patrice Trovoada, eleito em 2010, devido a uma moção de censura aprovada por todos os partidos da oposição, em 2012.

Para o especialista, "impõe-se que se retome um processo de normalidade".

"O país tem de estar numa situação de normalidade e não de ruturas constantes, em termos políticos. Isto não ajuda o país a avançar num caminho que se pretende que seja um caminho de desenvolvimento", considerou.

Após a demissão do governo de Patrice Trovoada (Ação Democrática Independente), decidida pelo Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, foi indicado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata, segundo partido mais votado, Gabriel Costa para liderar um novo executivo, que se mantém em funções.

Em declarações à Lusa, Armindo do Espírito Santo disse esperar que a campanha eleitoral "decorra com total normalidade e que os partidos busquem aquilo que é necessário para o país: a estabilidade política, essencial para a promoção do desenvolvimento sustentável que se pretende para criar bens e serviços que possam levar os são-tomenses a um nível de desenvolvimento humano um pouco melhor do que aquele que se verifica".

Desde a introdução do multipartidarismo, em 1990, São Tomé e Príncipe conheceu 18 primeiros-ministros, na sequência de demissões de executivos, pedidas pelos próprios, ordenadas por Presidentes ou devido a moções de censura.

No entanto, o especialista considera que o processo democrático "ainda é muito incipiente" no país, com os principais atores políticos a privilegiarem o ataque pessoal em detrimento do debate de ideias.

"Falta as partes participantes do processo aceitarem a diferença e terem a capacidade para entender a opinião dos outros e terem a perceção de que o debate é essencial e é necessário, e que não devem furtar-se a ele com agressões personalizadas, ao invés de discutir-se ideias. O que é importante é o debate de ideias, é isso que faz crescer um país", sustentou.

Armindo do Espírito Santo salientou que, "geralmente, os são-tomenses têm sabido respeitar os resultados das eleições".

Questionado sobre o facto de os emigrantes são-tomenses estarem impedidos de participar nestas eleições, o especialista considerou existir "falta de sensibilidade de alguns atores políticos e falta de um olhar para o exterior, de maneira a atrair a diáspora para o processo democrático em São Tomé e Príncipe".

No entanto, o investigador acredita que é apenas uma questão de tempo até que o voto da diáspora seja uma realidade.

"As pessoas terão de enquadrar-se com a dinâmica do sistema global em que nós nos inserimos e terão de agir em conformidade. O caminho é este, não pode ser outro, é a democracia", defendeu.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Milhares de pessoas à espera de Patrice Trovoada, candidato a PM de São Tomé e Príncipe



Artur Carvalho – TSF, ontem às 23:33

Vários milhares de pessoas estiveram hoje no aeroporto de S.Tomé para assistir à chegada do candidato a primeiro ministro que uma moção de censura seguida de destituiçao presidencial tirou do cargo em 2012.

Nesse ano Patrice Trovoada saiu do país, alegando perigo para ele e para a família. Hoje, quase dois anos depois, regressou para se candidatar de novo às legislativas e à chefia do governo.

O reporter Artur Carvalho acompanhou as primeiras horas da volta a S.tomé do homem que, à escala do pais, tem uma campanha com meios de outro planeta.

São Tomé e Príncipe realiza em 12 de outubro eleições legislativas, autárquicas e regionais a que concorrem 12 formações políticas.


Brasil - Eleições: Cerca de 30 mil brasileiros em Portugal podem votar nas presidenciais




Cerca de trinta mil brasileiros residentes em Portugal estão habilitados a votar, no domingo, na primeira volta das eleições presidenciais brasileiras, de acordo com informações fornecidas pelo Governo do Brasil.

Em Portugal, existem 17.286 eleitores brasileiros registados em Lisboa, 12.374 eleitores no Porto e 1.250 em Faro, de acordo com dados fornecidos pela chefe da 1ª Zona Eleitoral do Exterior do Brasil, Juliana Bandeira.

Em Portugal, residem um total de 92.120 brasileiros, de acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português.

Na capital portuguesa, os eleitores brasileiros irão votar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na alameda da Universidade, Cidade Universitária, no Campo Grande.

Os brasileiros também poderão exercer o seu direito de voto no Hotel HF Ipanema Porto, na rua do Campo Alegre, nº 156/172, no Porto.

Em Faro, os brasileiros poderão votar no consulado-geral do Brasil, na rua da Misericórdia, nº 60.

As mesas de voto estarão abertas a partir das 08:00 horas e o encerramento aos eleitores será realizado às 17:00 horas.

Se houver a necessidade de uma segunda volta - no caso nenhum candidato obter mais de 50% dos votos válidos -, esta irá decorrer a 26 de outubro, nos mesmos locais de votação em Portugal.

Os brasileiros que vivem no estrangeiro só votam para os cargos de presidente e vice-presidente.

Nestas eleições, estão a concorrer 11 candidatos ao cargo de Presidente do Brasil e ainda serão escolhidos pelos brasileiros os governadores dos 26 estados e do distrito federal, além de deputados estaduais, deputados distritais, senadores e deputados federais.

Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores/PT), que busca a reeleição, Marina Silva (Partido Socialista Brasileiro/PSB) e Aécio Neves (Partido da Social Democracia Brasileira/PSDB) são os principais candidatos à Presidência do Brasil.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil possui 32 partidos registados no órgão e um total 142.822.046 eleitores, dos quais 354.184 votantes no exterior.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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