terça-feira, 24 de maio de 2011

QUEIMADAS AMEÇAM FLORESTAS DE TURFAS NA INDONÉSIA





As florestas de turfa são um dos ecossistemas que mais armazenam gás carbônico. Na Indonésia, estão ameaçadas pelo desmatamento. Incentivos financeiros e mudanças nas políticas dos países industriais podem ser a saída.

Em julho de 1997, as pessoas foram obrigadas a usar máscaras cirúrgicas nas ruas entre os edifícios de Jacarta, capital da Indonésia, devido à alta concentração de fumaça no ar. Naquele ano, marcado por uma forte estiagem, as queimadas saíram do controle e uma densa camada de fumaça cobriu a Indonésia e a Malásia. A nuvem chegou a atingir a Austrália e só se desfez por completo após um ano. Dez milhões de hectares foram queimados.

Grande parte do que queimou foram as florestas de turfa, um dos ecossistemas que mais armazena CO2 no planeta. A turfa é o material precursor do carvão e, sendo assim, em tais florestas o processo de decomposição em solo já se encontra em um estágio avançado, muito mais do que onde crescem as florestas tropicais normais. Por esse motivo, as turfeiras podem armazenar até 50 vezes mais carbono do que outras áreas florestais dos trópicos.

Pouco se sabe sobre esse tipo de vegetação, mesmo entre os pesquisadores, mas um fato conhecido é de que a turfa está desaparecendo rapidamente na Amazônia, na bacia do Congo e no sudeste asiático. Apenas nessas regiões, as árvores crescem sobre camadas milenares de turfa, que chegam a ter até 20 metros de espessura e são extremamente úmidas. Esse é o motivo pelo qual as florestas de turfa são drenadas antes da extração de madeira.

Uma vez que a mata é queimada e derrubada, resta apenas o solo de turfa, que se decompõe lentamente sob o sol. Isso faz com que quantidades enormes de CO2 sejam liberadas – muito maiores do que na queima das árvores, por exemplo.

Indonésia, o país das turfeiras

O biólogo alemão Florian Siegert, de Munique, resolveu pesquisar esse tipo de floresta, justamente na Indonésia, onde fica a metade de todas as turfeiras do mundo. Em função das plantações, cuja área total ocupada cresce cerca de 500 mil hectares por ano, são desmatadas cada vez mais florestas de turfa no país. "Outras florestas já são exploradas há tempos e, para a indústria de azeite de dendê, sobram apenas as de turfa", diz Siegert.

Junto a seus colegas de pesquisa, em 2002, o biólogo advertiu pela primeira vez sobre os imensos impactos ambientais desse tipo de vegetação: na queimada de 1997 e 1998, foi liberada na Indonésia uma massa de carbono correspondente a um terço de toda a emissão mundial de CO2 procedente de combustíveis fósseis como o petróleo, o gás e o carvão, naquele período de tempo. E, em 2006, as florestas de turfa voltaram a queimar por alguns meses, provocando uma liberação de CO2 tão grande quanto à da Alemanha em todo aquele ano.

Esse é um dos principais motivos pelo qual a Indonésia consta, atualmente, como a terceira maior emissora de gases de efeito estufa no mundo. E, nas florestas de turfa, ainda estão armazenadas 50 bilhões de toneladas de CO2. Se apenas metade dessa vegetação fosse queimada, em virtude do lento processo de decomposição do solo extremamente rico em carbono, poderia haver uma liberação de até 90 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Ciente dos riscos, o governo indonésio permite que sejam realizados estudos na região. O último deles, por exemplo, aponta que metade de toda a emissão de gases de efeito estufa no país provém da transformação de florestas de turfa em plantações.

Assim como inúmeras associações ambientalistas, os autores do estudo também exigem a suspensão dessa prática. E através de meios bastante simples: seria possível evitar 75% das emissões de CO2 ligadas às turfas se houvesse um maior cuidado com as queimadas, se áreas de turfa seca fossem irrigadas e se leis já existentes fossem cumpridas.

Descaso e impunidade

A Indonésia, porém, possui sérios problemas com o cumprimento de suas leis. A extração de madeira, por exemplo, não é permitida em florestas que ficam sobre uma camada de pelo menos três metros de turfa. Ainda assim, o desmatamento ilegal é recorrente: o país carece de policiais e agentes de controle, que rastreiem e punam os infratores.

"A corrupção é alta na Indonésia, o que dificulta a proteção florestal", explica o ambientalista Peter Gerhardt, da organização Robin Wood. O uso de imagens de satélite, no entanto, tem ajudado a detectar o desflorestamento ilegal. A pesquisadora Angelika Heil, graduada com um trabalho nesse tema, acredita que uma convenção sobre a proteção às florestas de turfa pressionaria o governo a punir os infratores.

Já Florian Siegert acredita que, acima de tudo, é necessário convencer os produtores de azeite de dendê, mas que isso só será possível através de incentivos financeiros: apesar de o arquipélago possuir vários milhões de hectares de terra não cultivada, as transnacionais acabam optando por plantar em áreas florestais, atraídas pela possibilidade de vender a madeira retirada do local.

Uma saída para o problema seria o mecanismo REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que deve integrar o próximo acordo climático mundial. O objetivo é remunerar os países que preservarem suas florestas tropicais. Na Indonésia, alguns produtores de azeite de dendê já demonstraram interesse em abandonar as plantações caso sejam recompensados.

Óleo ainda é o problema

"Há boas bases para se começar", afirma Siegert. Todavia, ele ressalta que apenas a suspensão do plantio de óleo de dendê poderia, de fato, salvar as florestas de turfa. "Se a demanda comercial entrar em colapso, eles vão começar a repensar", prevê.

O produto, contudo, faz parte da estratégia da União Europeia quanto à energia renovável. "Enquanto os políticos subsidiarem a produção de óleo de dendê para proteger o meio ambiente, nós continuaremos em forte contradição".

O especialista também encara os sistemas de certificação ambiental de forma cética. Entre eles, a Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (RSPO – Roundtable for Sustainable Palm Oil), na qual associações ambientalistas e produtores de azeite de dendê concordaram com uma proposta de produção sustentável. Siegert alerta: "O controle de qualidade aqui é muito complicado".

Nos próximos dez anos, a Indonésia pretende duplicar sua produção de óleo de dendê, o que é um mau sinal para a proteção ambiental. "Resta-nos, como opção principal, fortalecer o pensamento crítico da população local", aponta Peter Gerhardt.

Autor: Torsten Schäfer (mdm) - Revisão: Roselaine Wandscheer

BRASIL: REVOLTA DE TRABALHADORES EM RONDÔNIA





Fábricas Ocupadas - No dia 15 de março teve início uma revolta dos trabalhadores no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau, em Rondônia, por causa das péssimas condições de trabalho. Aproximadamente 12 mil trabalhadores foram expulsos do canteiro de obras com a ajuda da Polícia Militar e 600 homens da Força Nacional.

A rebelião dos trabalhadores dos canteiros-de-obra da Usina Hidrelétrica Jirau expôs de forma contundente o que os consórcios responsáveis e os apoiadores destes empreendimentos vêm tentando esconder com o blá-blá-blá do “desenvolvimento” e do “progresso”: o seu potencial de destruição. Embora os prejuízos causados pelas usinas do rio Madeira – um dos maiores projetos de investimento no mundo atualmente – venham sendo denunciados desde 2000 por movimentos sociais, organizações nacionais e internacionais, pesquisadores e até mesmo órgãos do Estado, a revolta dos trabalhadores dos canteiros-de-obra desencadeou uma repercussão nacional e internacional.

A superexploração do trabalho nos canteiros-de-obra do rio Madeira, envolvendo violência, trabalho escravo e até mesmo mortes, é apenas uma das faces da tragédia causada pelo barramento de um dos maiores afluentes do rio Amazonas. Os danos ambientais são graves. A mortandade de onze toneladas de peixes ocorrida em 2008, ainda na etapa inicial das obras, é um indicativo do processo de degradação ambiental em curso. Do lado das comunidades atingidas, a violência se expressa pelo deslocamento obrigatório de milhares de pessoas, que tiveram suas casas inundadas pelas barragens. Dentre as opções oferecidas, estão a indenização em forma de carta de crédito ou o reassentamento nas “casas de placa”, das agrovilas. Ficar não é uma opção, já que as “casas de placa” esquentam muito no calor amazônico e são de péssima qualidade.

Poucos dias antes da revolta explodir, a página virtual do PT exibia uma matéria com um vídeo do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, falando bem do “jeito petista” de fazer barragem, marcado pelo “pleno emprego e pelo desenvolvimento social e ambiental”, em oposição aos projetos executados durante a ditadura militar. Mas a democratização do país não alterou, de forma significativa, os procedimentos do setor elétrico em relação aos seus efeitos sociais e ambientais. Os projetos de vida das comunidades ameaçadas por estas obras são descartados. Os argumentos técnicos sobre a inviabilidade dos projetos hidrelétricos são ignorados, como ocorreu no rio Madeira. A decisão é política e tomada, sem muita margem pra negociação.

Longe de se configurar num caso isolado, os conflitos no rio Madeira se inserem num contexto de expansão de hidrelétricas rumo à Amazônia e está articulado com planos de integração regional envolvendo a infra-estrutura dos países sul-americanos, conduzidos pelos Estados e por grandes corporações nacionais e internacionais. A tragédia do rio Madeira ilustra, de forma exemplar, os efeitos perversos das políticas do setor elétrico no Brasil, marcados pelo descompromisso com padrões mínimos de dignidade humana e ética ambiental. Se por um lado, desperta preocupação, ao apontar para o que virá com a euforia de fazer barragens que mais uma vez ganha força em nosso país, por outro lado, aponta caminhos para uma possível aproximação entre a luta dos atingidos por barragem (MAB) e a luta dos trabalhadores dos canteiros-de-obra.

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Potencial hidrelétrico

No Brasil, está praticamente esgotado o potencial hidrelétrico dos melhores eixos da região Sudeste, a indústria barrageira tem se voltado para a Amazônia, caracterizada como uma nova fronteira hidrelétrica, detentora de 44% do potencial total do país. Embora seja comentado o quanto as hidrelétricas irão levar de energia à população, o principal motivo que determina a pressa na conclusão das obras é utilizar a energia gerada para abastecer as grandes indústrias nacionais e internacionais, que consomem muito, como na produção de bauxita/alumínio.

ISRAEL: UM MANIFESTO PELA PAZ





Dezenas de personalidades defendem fronteiras de 1967 e sustentam: “reconhecer Estado palestino é vital para independência de Israel”

Por trás de arrogância há, muitas vezes, fraqueza. Nesta sexta-feira (20/5), o chefe de Estado israelense, Benyamin Netanyahu, descartou rispidamente uma proposta feita por seu colega norte-americano na véspera. Em discurso há muito aguardo, sobre as relações entre Estados Unidos e Oriente Médio, Barack Obama tocara num ponto-chave para esvaziar as tensões que marcam a região. Sugerira que Israel reconheça o Estado palestino e retorne às fronteiras que prevaleciam até a guerra de 1967 – as mesmas aceitas por dezenas de países. Um dia depois, ambos reuniram-se, na Casa Branca. Após o encontro, ao conceder entrevista coletiva, frente a frente com Obama, Netanyahu afirmou: estas são “fronteiras da ilusão”.

Um documento publicado no mesmo dia, no New York Times, revela: a posição expressa com soberba pelo primeiro-ministro é cada vez mais fraca no mundo — e também em Israel. Dezenas de personalidades – reconhecidas nos meios intelectual, associativo, diplomático e mesmo militar israelense – endossaram abaixo-assinado em que expressam posição muito semelhante à de Obama.

O documento revela algo às vezes oculto, nos meios de comunicação tradicionais. Uma parcela expressiva da população de Israel deseja a paz com os palestinos e está disposta a lutar por ela. Esta postura tem, ainda, pouca expressão institucional – inclusive devido às características muito peculiares do sistema político [veja 1 2 3 textos no Diplô Brasil]. Mas se manifesta num conjunto crescente de iniciativas cidadãs.

Articulado pela OnG norte-americana JStreet, o manifesto publicado no New York Times deflagra um processo que poderá se tornar marcante, nos próximos meses. Setores da comunidade israelense começam a se mobilizar, em todo o mundo, para separar-se de atitudes como a de Netanyahu, e afirmar claramente seu apoio a uma paz justa. Este movimento tem raízes também no Brasil.

Leia a seguir o manifesto, firmado, entre outros, por cerca de 40 intelectuais e escritores premiados, incluindo 27 contemplados com o Prêmio Israel; mais de vinte militares de alta patente, incluindo 18 generais da Reserva; cinco ex-embaixadores, cônsules-gerais e diretores do Ministério das Relações Internacionais; mais de 5 reitores e ex-reitores universidades. A tradução é de Cauê Ameni e o documento, com seu formato original e lista de signatários pode ser encontrado no site J Street. (A.M)

O reconhecimento do estado Palestino
baseado nas fronteiras de 1967 é vital para a existência de Israel

“Nós, cidadãos israelenses, nos dirigimos ao público para apoiar o reconhecimento de um Estado palestino democrático, como condição para acabar com o conflito e chegar ao acordo sobre as fronteiras, baseadas nas de 1967. Reconhecer o estado Palestino é vital para a existência de Israel. É a única maneira de garantir a resolução do conflito através de negociações, para prevenir a erupção de outra onda de violência em massa, e isolamento internacional de Israel.

“A implantação bem-sucedida dos acordos requer duas lideranças, israelense e palestina, que se reconheçam uma a outra, optem pela paz e se comprometam inteiramente com ela. Essa é a única política que deixa o destino e a segurança israelenses em suas próprias mãos. Qualquer outra atitude política contradiz com a promessa do sionismo e do bem estar do povo judeu.

“Nós, os abaixo assinados, chamamos todas as pessoas que se preocupam com a paz e a liberdade, e chamamos todas as nações, para que se unam a nós na saudação à Declaração de Independência Palestina e apoiem os esforços dos cidadãos dos dois Estados para manter relações pacificas, fundadas em fronteiras seguras e de boa vizinhança. O fim da ocupação é condição fundamental para a libertação dos dois povos, a realização da Declaração de Independência de Israel e um futuro de convivência pacifica.”

OS TERRORISTAS BONS ESTÃO NO PODER…




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA

Margaret Thatcher, que em Maio de 1979 se tornou a primeira mulher a dirigir um governo britânico, proibiu nesse ano o seu enviado especial à Rodésia de se encontrar com Robert Mugabe.

O argumento, repare-se, era o de que "não se discute com terroristas antes de serem primeiros-ministros", segundo arquivos oficiais britânicos desclassificados no dia 30 de Dezembro de 2009.

"Não. Por favor, não se reúna com os dirigentes da 'Frente Patriótica'. Nunca falei com terroristas antes deles se tornarem primeiros-ministros", escreveu - e sublinhou várias vezes - numa carta do Foreign Office de 25 de Maio de 1979 em que o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Lord Peter Carrington, sugeria um tal encontro.

Ou seja, quando se chega a primeiro-ministro, ou presidente da República, deixa-se de ser automaticamente terrorista. Não está mal. É verdade que sempre assim foi e que sempre assim será.

Esta posição de Margaret Thatcher recorda-me que quando o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs sanções contra a UNITA o fez porque, dizia, os homens de Jonas Savimbi eram os maus da fita, ou seja, terroristas.

Ainda no uso da memória, recordo que em 2001 o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, justificou as sanções com os “ataques da UNITA que, nos últimos meses, mataram milhares de civis”. Curiosamente, poucos dias antes, Eduardo dos Santos afirmara que a UNITA só tinha forças residuais e que só um milagre a salvaria.

Nessa altura, como hoje, a ONU mostrou que é apenas o porta-voz dos donos mundo, pelo que em vez de trabalhar para os milhões de angolanos – por exemplo - que têm pouco (ou nada), prefere lamber as botas (tal como agora faz Portugal) aos poucos que têm milhões.

Durante a guerra, e segundo a rapaziada então comandada por Kofi Annan, a UNITA só matava civis e as forças armadas de Luanda só matavam militares. Pelos vistos o MPLA tinha armas que distinguiam os alvos: se fossem militares... acertavam, se não fossem... desviavam.

Nessa altura, numa reunião do Conselho de Segurança sobre Angola, o sub-secretário-geral das Nações Unidas, Ibrahim Gambari, sustentou que o movimento de Jonas Savimbi era o "primeiro responsável pela continuação do conflito" em Angola.

A este propósito e nessa altura escrevi que se não fosse a determinação de Jonas Savimbi (entre muitos outros, refira-se) e Angola seria, tal como era Luanda, um pantanal de políticos corruptos onde imperava a ditadura dos senhores todo poderosos do MPLA.

Morreu Savimbi e, como era previsível, o pantanal de políticos corruptos estendeu-se a todo o país e, ao que parece, não vai ficar por aí. Já há ramificações em Portugal.

Ou seja, ontem como hoje e certamente amanhã, a ONU tem dois pesos e duas medidas. Luanda pode fazer o que muito bem entende e, por isso, praticar o terrorismo que melhor se enquadra nos seus objectivos. É o que, com certeza, as Nações Unidas consideram um terrorismo bom.

Já a UNITA, ontem como hoje e certamente amanhã, não pode reagir, não pode defender-se. Porquê? Porque teve o exclusivo do terrorismo mau e por muito que o tenha abandonado terá de transportar sempre essa carga.

Aliás, todos sabem que o MPLA sempre praticou terrorismo bom. O que se passou depois do dia 27 de Maio de 1977 (40 mil mortos) é prova disso.

Aliás, o terrorismo é qualificado em função do número de vítimas e de os seus dirigentes serem, ou não, primeiros-ministros ou presidentes. Por ser responsável por três mil desaparecidos, Augusto Pinochet e o seu governo são uns monstros. Já por ter morto Nito Alves e apenas mais 39 999 compatriotas, o MPLA é um exemplo para a humanidade.

Exemplo onde pontificam, entre outros, Lúcio Lara, Iko Carreira, Costa Andrade (Ndunduma), Henriques Santos (Onanbwe), Luís dos Passos da Silva Cardoso, Ludy Kissassunda, Luís Neto (Xietu), Manuel Pacavira, Beto Van-Dunem, Beto Caputo, Carlos Jorge, Tito Peliganga, Eduardo Veloso, Tony Marta, José Eduardo dos Santos.

E, já agora, do lado dos terroristas maus, a UNITA, importa recordar os que morreram para dar voz aos que a não tinham. Entre outros, Jeremias Kalandula Chitunda, Adolosi Paulo Mango Alicerces, Elias Salupeto Pena, Eliseu Sapitango Chimbili, Jonas Savimbi, António Dembo e Arlindo Pena "Ben Ben".

*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Isabel Alçada "voltou" à Escola de Díli para falar da Aventura na Ilha de Timor




MSO - LUSA

Díli, 24 mai (Lusa) -- Os alunos da Escola Portuguesa de Díli puderam hoje fazer perguntas a Isabel Alçada sobre "Uma Aventura na Ilha de Timor", obra lançada em simultâneo em Lisboa e em Timor-Leste.

Duas turmas sentadas no átrio da Escola, onde decorre a Feira do Livro, aguardaram ansiosas que fosse possível, através da Internet, interpelar Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada (atual ministra da Educação) sobre a sua nova "Aventura".

A tarefa não foi fácil porque a Internet em Timor-Leste tem dias, e hoje teimava em estar em dia não.

Uma professora desalentada, explica que ainda na véspera tinha sido tudo testado e havia conseguido ver e ouvir "lindamente".

Hoje não foi bem assim, e sucederam-se as tentativas que já começavam a impacientar as crianças e adolescentes.

Finalmente, já a noite se aproximava em Díli quando ouviram o "bom dia" de Lisboa, a que responderam igualmente com um cordial e afinado bom dia coletivo, apesar do adiantado da hora do outro lado do mundo.

"Estou a ouvir-vos perfeitamente", disse do outro lado Isabel Alçada, cumprimentando o embaixador de Portugal, Luís Barreira de Sousa, que "estava a ver perfeitamente", os professores e funcionários da Escola Portuguesa de Díli, e "os meninos" que assim voltava a ver.

Foi há cerca de um ano que a escritora, então na qualidade de ministra em deslocação oficial a Timor-Leste e de visita àquela mesma escola, anunciou que estava nos seus planos e nos de Ana Maria Magalhães dedicarem uma Aventura a Timor-Leste.

O livro foi hoje lançado e os alunos da Escola Portuguesa de Díli queriam ouvir mais: afinal, esta é uma aventura especial, onde se "veem" búfalos, porcos, galinhas, montanhas e mar, como se olha em cada recanto de Timor-Leste, logo desde os arrabaldes de Díli.

Alguns já tinham lido o livro e acharam-no familiar.

Florinda demorou três dias a devorar as 240 páginas, numa realidade quotidiana em que, além das tarefas escolares, tem de ajudar a mãe nas lides domésticas e, no tempo que lhe sobra, só pode aventurar-se noutras leituras nas noites em que não falta a luz.

Luís faz a crítica do livro à sua maneira: "gostei bastante, mas só tem lá três distritos. Devia ter os 13 distritos de Timor-Leste e falar deles todos".

Fica a sugestão às autoras para, quem sabe, escreverem a sua 54ª Aventura noutras partes da Ilha de Timor.

*Foto em LUSA

Timor Leste: Primeiro campeonato de grupos de artes marciais pela renúncia à violência




MSO - LUSA

Díli, 24 mai (Lusa) -- Os grupos de artes marciais de Timor-Leste realizaram hoje em Díli o seu primeiro campeonato nacional, promovido pela Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, sob o lema da renúncia à violência.

O evento sucede a outra iniciativa do Governo, o Congresso de Artes Marciais e Rituais, com idêntico objetivo: levar para o confronto desportivo e com desportivismo os numerosos grupos que se defrontam nas ruas, em rixas de contornos violentos e, por vezes, mortais.

O vice-primeiro-ministro José Luís Guterres, que presidiu à abertura da competição, felicitou os grupos das artes marciais e rituais pela realização do seu primeiro campeonato nacional e sublinhou o papel que podem desempenhar na estabilidade do país.

"A interpretação que se faz no exterior é que Timor-Leste nunca terá estabilidade devido à existência dos grupos das artes marciais, vistos como gangs criminais, mas hoje vocês indicam aqui que os grupos das artes marciais e artes rituais não são criminais e que querem garantir o bem-estar do povo", afirmou.

O vice-primeiro-ministro lembrou aos participantes que se comprometeram perante "um juramento firme e solene, de que vão contribuir para estabilidade e desenvolvimento nacional".

"Com a presença aqui dos grupos das artes marciais e rituais iniciamos a luta contra a violência e pela paz e estabilidade em Timor-Leste", concluiu.

Miguel Manetelo, secretário do Estado da Juventude e Desporto de Timor-Leste, disse aos jornalistas, na abertura da prova, que o Governo "está fortemente empenhado em apoiar as artes marciais a mudarem a sua imagem".

"Os grupos de artes marciais têm uma má imagem na sociedade, sendo conotados com o crime e a violência, e por isso o Governo de Timor-Leste dá apoio para ajudar a transformar os grupos das artes marciais", afirmou.

Miguel Manetelo salientou que quando a sua atividade se baseia numa doutrina, as artes marciais têm como objetivo proteger os vulneráveis, e é um exercício físico, podendo e devendo os seus praticantes participar em competições.

"Através deste evento, poderão ser selecionados bons atletas para participar na próxima edição dos Jogos da Ásia, representando o país, e noutras provas internacionais", disse.

"Para mudar a atitude dos jovens é preciso algum tempo e fazê-lo de várias maneiras, mas essa é uma tarefa que tem de ser iniciada", defendeu o secretário de Estado.

"É isso que se pretende, contribuindo também para o desenvolvimento do desporto em Timor-Leste, que ainda está bastante atrasado", acrescentou.

MEMBRU PN HUSU UNMIT RESPONSABLIZA NIA RELATORIU




JOSEFA PARADA – SUARA TIMOR LOROSAE

DILI - Membru Parlamentu Nasional (PN) husu Misaun Nasoens Unidas iha Timor Leste (UNMIT) atu responsabilija relatori pesoal ne'ebe sai iha publiku maske relatoriu ne’e seidauk offisial.Deputadu Pedro Martires husi bankada CNRT, la konkorda ho resposta UNMIT nian, tanba relatoriu ne’e seidauk offisial maibe fo sai ba publiku.

“Ami lamenta nusa mak sira nia dokumentu ida ne’e,ladauk offsial nusa mak sira publika sai,fo sai infromasaun ida ne’ebe nakonu tendesiozu,”dehan Pedro ba Jornalista iha PN, Tersa (24/5).

Pedro husu UNMIT buka hatene pesoal ne’ebe mak hasai fo sai infromasaun hodi defama lideransa estadu.

Deputadu Joaquim do Amaral husi bankada Fretilin hatete, relatoriu ne’e iha tendensia maibe TL tenki hatudu fuan boot hanesan saida mak ema Timor halo ona iha 1999 bainhira referendun.

“Ita tenki hare tuir pontu defista pozitivu ou negativu,ita tenki koloka nasionalismu ne’e iha kontekstu ida luan labele nasionalismu ida ne’ebe saugenistiku,”dehan Amaral
Nia dehan, relatoriu ne’e fo sai provas balun ne’ebe mak bele sai testamuninhu atu Timor oan hotu hadia.

Deputadu Agustu Tara husi bankada PSD hatete,nia la fiar ho relatoriu UNMIT nian ne’e no husu atu UNMIT hatudu buat seluk konaba failansu balun iha governu nia laran,tanba tuir nia demokrasia iha rai TL lao diak. Jaime do Rosario

PREVENE DROGA, FRETILIN HUSU TENKI HARI’I LABORATORIUN NASIONAL TL




JOSEFA PARADA - SUARA TIMOR LOROSAE

DILI - Membrus Deputadu husi Bankada Fretilin iha uma fukun Parlamentu Nasional (PN) husu ba governu atu hari’i lalais laboratoriun iha Timor Leste (TL) hodi prevene droga nebe tama iha Timor Leste tamba trafiku konsume droga iha TL ne’e sai problema nebe pregoju.

Deputadu Francisco Miranda Branco husi bankada Fretilin hatete katak trafiku konsume droga iha Timor Leste ne’e sai problema bo’ot ida. Tamba situasaun estadu no situasaun joventude iha Timor Leste, Branco husu estadu tenki preokupa ba sira nia kondisaun atu prepara sai ema nebe aban bainrua sei kaer nasaun ba oin.

“Trafiku konsume droga iha TL ne’e sai problema bo’ot ida, ne’e pregoju. Tuir lolos iha politika nebe sereiu husi governu atu luta hasoru trafiku konsume iha Timor Leste ne’e, tamba situasaun estadu ho situasaun joventude nian iha Timor Leste ne’e, ne’e duni hau husu estadu tenki preokupa ba sira nia kondisaun atu prepara sai ema nebe aban bainrua sei kaer nasaun ba oin, “ komenta Branco ba STL iha PN, Tersa (24/5).

Deputadu husi bankada Fretilin ne’e fo lembra deit katak iha 2009, bainhira debate orsamentu, Fretilin fo hanoin katak priodidade governu tenki aloka osan atu hari laboratoriun ba Polisia nasional timor Leste.

“Problema esensial importante maka governu sidauk hari’i laboratoriun, laboratoriun ne’e maka importante liu tamba iha tinan hirak nia laran governu sidauk hari ne’e hatudu katak governu laiha seriedade atu responde ba kestaun droga iha Timor Leste,” komenta Branco.
Nune’e komandante Investigasaun Nasional Calistro Gonzaga nebe foin lalais ne’e hasoru malu ho STL iha ninia servisu fatin semana ne’e hatete, Polisia Nasionl Timor Leste (PNTL) prontu atu hare se deit mak lori droga tama mai iha Timor ne’e, tamba aimoruk droga ne’e bele istraga joventude sira nebe konsumi.

“Hau hanoin uluk mak ami konsege kaer duni Timor oan ida nebe mak sempre ba liur sosa aimoruk ne’e hodi mai konsumi iha iha rai laran, ita hare ba ladun diak tamba ema nebe mak uja aimoruk ne’e bele istraga nia a’an rasik, liu-liu ba foin sae sira,” dehan Calisto. Jaime do Rosario

OHO CUSTÓDIO, MAUSOKO ENTREGA AAN BA POLISIA


  ENTREGA AAN - Abilio Mesquita alias Mausoko, Segunda (23/5), entrega aan ona ba PNTL, liu husi Servisu Investigasaun Kriminal (SIC), relasiona kazu oho Custodio iha Liquiça, foin lalais nee. Nee hanesan dalan ida atu koopera ho polisia, hodi lori prosesu nee ba oin. - FOTO: STL/ OSCAR SALSINHA

JOSEFA PARADA - SUARA TIMOR LOROSAE

DILI – Eis membru Polisia Nasional Timor-Leste (PNTL), Abilio Mesquita alias Mausoko, Segunda (23/05), entrega aan ona ba polisia, hafoin Tribunal Distrital Dili, hasai karta kapturasaun iha Kinta-feira, semana kotuk.

Mausoko diskunfia nudar autor prinsipal nebee oho matebian Custodio, iha Liquiça, Sabadu (14/5).

Komandante Interinu Servisu Investigasaun Criminal (SIC), Superintedente Calistro Gonzaga ba jornalista sira iha nia servisu fatin, Kaikoli, Dili, informa katak, Abilio Mesquita hatudu duni komportamentu diak ba ema hot-hotu hodi koopera ho justisa. Tamba nee, nia rasik lori aan mai entrega diretamente ba SIC.

Calistro haktuir, iha Kinta-feira, semana kotuk, mandatu definitivu sai husi Tribunal Distrital Dili, atu halo kapturasaun ba suspeitu Abilio Mesquita. “Iha momentu nee kedas, depois ami kontaktu ho Abilio Mausoko, nia konkorda katak kualker tempu sei koopera ho prosesu nee. Needuni ohin loron (Segunda-red), Senhor Abilio, dader kedas mai intrega ona aan iha ami, atu bele kumpri duni prosesu nebee nia atu infrenta,” nia haktuir.

Iha fatin hanesan, suspeitu Abilio Mesquita alias Mausoko, dehan, nia entrega aan atu kumpri no responsabiliza ba hahalok nebee akontese iha Liquiça, semana liu ba.

“Hau mai hodi kumpri deit prosesu, atu oinsa lori prosesu ida nee too iha nia rohan. Tanba kazu nebee akontese iha trenamentu nia laran, needuni hau mai atu esplika loloos ba iha polisia kona ba buat nebee akontese loloos iha fatin nebee refere,” informa Abilio.

Antes nee mos, Segundu Komandante Jeral PNTL, Komisariu Afonso de Jesus, foo sai katak, aktus nebee Abilio Mausoko komete, polisia buka tuir hela. Servisu Investigasaun Criminal halo tiha ona prosesu no entrega ona ba Ministeriu Publiku.

Afonso afirma, Abilio Mausoko laos ona membru polisia, no nia hetan tiha ona despaisu demisaun iha tinan 2010 liu ba.

“Kona ba pistola nebee nia kaer hodi amiasa vitima sira iha Liquiça, ida ami seidauk hatene, tanba too oras nee, sasan (kilat) balun, ami seidauk hetan. Ami koalia dalabarak tiha ona, keta nia hetan fali iha parte seluk maka hodi ba amiasa, ida maka la hatene tuir,” Afonso esplika.

Mandatu Kapturasaun

Fonte konfirmadu husi Tribunal Distrital Dili mos haktuir, mandatu kapturasaun ba Abilio Mausoko hasai tiha ona iha Kinta-feira (19/05). Karta nee hasai, tamba Mausoko nebee diskunfia nudar autor oho ema iha Liquiça, momentu nebaa sei livre hela.

“Rekerementu nebee hatama husi Prokurador konaba mandatu de detensaun nee, mai iha tribunal nee iha dia 19 de Maio. Entaun iha oras nee kedas, tribunal hasai ona mandatu de detensaun ba arguidu Abilo Mausoko. Tamba karta kapturasaun nee tribunal entrega ona ba prokurador, entaun prokurador maka iha ona kompetensia hodi servisu hamutuk ho polisia atu ba kaptura ema nee,” fonte nee klarifika.

Kona ba kazu ida nee, Arcans Soares, nudar joven, sente hakfodak tebes, bainhira rona katak Abilio Mausoko, sei lori hela pestola. Dalabarak ema koalia katak Abilo Mausoko nee intelijen polisia nian, needuni ema lakohi halo keixa ba polisia. Agora nia oho fali ema, entaun diak liu kaer nia, sulan iha kadeia para submete ba justisa.

Nunee mos Silveiro da Costa, hateten, ema nebe lori sasan nasaun nian, hodi estraga estabilidade nasaun nee, diak liu kaer no sulan iha kadeia. “Ema nebee hakarak buka oho ema no baku ema iha fatin fatin, nee hatudu katak nian ne terorista no, tamba nee, polisia iha dereitu atu kaptura ema hanesan nee,” nia dehan. car/alm

Timor Leste: Biblioteca Nacional e base de dados do património cultural arrancam este ano




CFF - LUSA

Lisboa, 24 mai (Lusa) - A construção da Biblioteca Nacional de Timor-Leste vai arrancar este ano, disse hoje o secretário de Estado da Cultura timorense, prevendo também que seja disponibilizada ao público a primeira base de dados do património cultural do país.

"A primeira pedra da Biblioteca Nacional de Timor-Leste deverá ser lançada em agosto", disse Virgílio Simith.

O secretário de Estado da Cultura de Timor-Leste falava à Agência Lusa à margem do colóquio "Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial", que decorre hoje e quarta-feira em Lisboa.

O responsável timorense explicou que a futura Biblioteca Nacional/Arquivo de Timor-Leste será construída em Aitarak Laran, no centro de Díli, e contará com o patrocínio de uma companhia ligada à exploração petrolífera em Timor-Leste.

Atualmente decorre, segundo Virgílio Simith, a formação dos recursos humanos que irão trabalhar na futura biblioteca, que numa primeira fase abrigará também o património que sobreviveu aos anos de luta pela independência e que mais tarde constituirá o espólio do futuro Museu Nacional de Timor-Leste.

Ainda durante este ano, o secretário de Estado espera poder tornar disponível ao público, através da Internet, a primeira base de dados sobre o património cultural timorense, cuja inventariação está a decorrer.

O Governo timorense aprovou em 2009 as linhas orientadoras da política nacional de cultura, um plano para 20 anos, que prevê ainda investimentos na área da língua e a construção de uma escola de artes recreativas, em parceria com o Colégio de Artes Recreativas de Queensland, em Brisbane, na Austrália.

"Há em Timor-Leste 16 línguas nacionais, mas estamos a centrar a atenção no desenvolvimento a nível nacional do tetum, queremos tornar o tetum uma língua moderna a par do português", disse Virgílio Simith, acrescentando que se pretende também preservar as línguas nacionais, que arriscam desaparecer devido à pressão de idiomas como o inglês ou o bahasa indonésio.

Relativamente ao português, o secretário de Estado sublinha a aposta na reintrodução da língua nas escolas timorenses, um processo iniciado em 2002 que deverá estar concluindo no próximo ano, abrangendo todos os níveis de ensino.

Virgílio Simith está em Portugal para participar no colóquio "Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial", uma parceria entre as equipas de investigação do Instituto de Investigação Científica Tropical e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

A iniciativa, que decorre durante dois dias no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, pretende dar visibilidade às pesquisas mais recentes sobre história da ciência portuguesa em Timor-Leste com o objetivo de promover o interesse pela História do país.

Paralelamente decorre a exposição "Timor: ciência, saberes e património através das coleções do Instituto de Investigação Científica Tropical", que reúne documentação escrita, cartográfica e fotográfica, bem como equipamento, material etnográfico e espécimes biológicos produzidos ou recolhidos durante missões cientificas em Timor-Leste entre 1950 e 1970.

Timor Leste: SACERDOTES PORTUGUESES PROCLAMADOS COMO “HERÓIS”





Sacerdotes jesuitas João Felgueiras e José Martins, e o irmão Daniel de Ornelas, apoiaram povo timorense durante a invasão indonésia

Lisboa, 24 mai 2011 (Ecclesia) – Três missionários portugueses foram proclamados como «heróis» nacionais pelo Governo de Timor-Leste, por se terem mantido ao lado do povo timorense durante mais de 24 anos, período que durou a invasão indonésia.

De acordo com um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, os sacerdotes João Felgueiras e José Martins, e o irmão Daniel de Ornelas (este a título póstumo) foram aclamados pelo presidente da República José Ramos Horta, durante as comemorações do Dia Nacional daquele país lusófono, na última sexta-feira.

Aproveitando o exemplo deixado por aqueles três homens, o líder timorense apelou à Igreja Católica para que “assuma a grande responsabilidade da educação nas escolas em Timor”.

Em representação dos seus colegas, o padre João Felgueiras, de 90 anos, sublinhou a necessidade de “mais religiosos e religiosas se animarem a vir para Timor o quanto antes, e em maior número possível, para evangelizar o número crescente de crianças, para que elas se possam assumir, no futuro, como o grande farol da Fé, naquele extremo da Terra”.

Os padres João Felgueiras e José Martins chegaram a Timor-Leste em 1970 e 1974, respetivamente, com a missão de fazerem acompanhamento vocacional e espiritual no Seminário de Díli, e encarregarem-se da educação das crianças e jovens da comunidade.

Apesar da invasão indonésia, em 1975, e de um cenário de violência e opressão que durou até 1999, distinguiram-se por nunca terem posto a hipótese de abandonar o país, insistindo em prosseguir com o seu trabalho junto das populações.

JCP

CPLP: Ministros do Ambiente partilham estratégias para tratamento de resíduos




ANGOLA PRESS

Luanda - Os ministros do Ambiente da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) estão reunidos desde a manhã de hoje, terça-feira, em Luanda, para partilhar experiências e traçar estratégias para o tratamento de resíduos, no quadro das políticas de desenvolvimento sustentável e uso de novas tecnologias.

A reunião de alto nível congrega ministros do Ambiente de Angola, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe, enquanto outros como Brasil, Moçambique e Timor Leste estão representados por diplomatas acreditados em Angola e responsáveis de diversas áreas idos dos respectivos estados membros.

Sob orientação da ministra angolana Maria de Fátima Jardim, neste primeiro dia de trabalhos, os participantes estão a abordar questões relacionadas com o quadro político de gestão de resíduos na CPLP, isto com base na apresentação de experiências de alguns países membros, como de Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Princípe, além da apresentação de soluções inovadoras para os mesmos resíduos.

Sob o lema “Tratar os Resíduos-Defender o Futuro”, o encontro vai ainda procurar encontrar modelos de gestão de resíduos sólidos, sistemas integrados de gestão de fluxos de resíduos e da qualidade de água distribuída à população.

A intervenção do sector privado ao serviço do planeamento ambiental, a gestão de resíduos em Portugal, sua situação actual e perspectivas futuras, também consta da agenda deste fórum que vai decorrer até quarta-feira.

Membros do governo, parlamentares, representantes do corpo diplomático e de empresas públicas e privadas participam do evento.

Angola: RUBRICADOS ACORDOS ENTRE ANGOLA E CHINA




ANGOLA PRESS

Luanda – Seis acordos de cooperação entre Angola e a China foram rubricados hoje, segunda-feira, em Luanda, numa cerimónia presenciada pelos líderes parlamentares angolano, António Paulo Kassoma, e chinês, Wu Bangguo.

Na cerimónia, realizada na Cidade Alta, foi rubricado um memorando de entendimento entre o governo da província de Luanda com o consórcio CITIC construção e a academia de planificação urbana e design, ambas da China, para elaboração do plano intermunicipal dos municípios do Kilamba Kiaxi e Belas.

Os documentos foram assinados pelo governador de Luanda, José Maria Ferraz dos Santos, pelo presidente do conselho de administração da CITIC, Hong Bo, e pelo director-geral da academia de planificação urbana e design, Li Xiaojiang.

A secretária de Estado angolano Exalgina Olavo Gâmboa e o vice-ministro chinês do comércio, Fu Ziyng, assinaram um acordo de cooperação económica e técnica, numa doação avaliada em 50 milhões de RMB Yuan e um outro do domínio da cooperação lateral.

Foram assinadas igualmente as trocas de notas sobre as doações do governo chinês de equipamentos e materiais ao centro anti-malárico e de medicamento contra a malária.

O director do instituto angolano das telecomunicações (ITEL), Américo António dos Santos, e o vice-presidente da ZTE, Zhang Renjun, rubricaram um memorando de entendimento para a doação de equipamentos para um centro de formação de quadros.

O presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da República Popular da China, Wu Bangguo, chegou no domingo, a Angola, no quadro de um périplo que realiza por vários países africanos.

No final da manhã de hoje foi recebido em audiência pelo Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, no Palácio Presidencial da Cidade Alta.

Guiné-Bissau: Portugal vai perdoar dívida guineense no valor de 108 milhões de dólares





Bissau - As autoridades portuguesas vão perdoar a dívida de 108 milhões de dólares (77 milhões de euros) que a Guiné-Bissau deve ao país, disse hoje (terça-feira) o ministro das Finanças guineense, José Mário Vaz.

"Tivemos um encontro com o secretário de Estado do Orçamento português em que falamos sobre este assunto. Portugal já disse claramente que vai alinhar-se com a decisão dos credores do Clube de Paris", afirmou Mário Vaz.

Segundo o ministro guineense, aquela posição "significa que a dívida de 108 milhões de dólares com Portugal será perdoada".

José Mário Vaz acrescentou que a decisão ainda não foi formalizada porque Portugal vai realizar eleições legislativas no próximo 05 de Junho de 2011.

Além de Portugal, o Brasil e Angola já manifestaram também disponibilidade para perdoar a dívida à Guiné-Bissau.

"Relativamente ao Brasil tivemos um encontro com o secretário adjunto da Fazenda brasileiro em que foi manifestado que já foi perdoado 95 porcento da dívida", afirmou José Mário Vaz.

Em Angola, onde José Mário Vaz participou na reunião de ministros das Finanças da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, as autoridades mostraram disponibilidade para perdoar a dívida guineense.

"Angola também está disposta a alinhar com a posição dos membros do Clube de Paris", disse.

Islândia: Portugueses saíram de Reiquejavique no meio do caos de um aeroporto lotado




ANP - LUSA

Lisboa, 24 mai (lusa) -- Os três portugueses que se encontravam retidos na capital da Islândia, devido à situação provocada pela erupção do vulcão Grimsvotn, chegaram hoje a Londres, deixando para trás um aeroporto lotado.

"Saímos do aeroporto de Reflavik, nos arredores de Reiquejavique, cerca das 20:30 da noite (21:30 de Lisboa) num avião fretado pela Iceland Air, para Copenhaga", disse Rui Silva, um dos elementos do grupo, à Agência Lusa.

O aeroporto, uma estrutura pequena, "estava completamente lotado", depois de dois dias sem possibilidade de realizar voos, relatou Rui Silva.

Depois de alguma espera em Copenhaga, os três portugueses, que estiveram na Islândia duas semanas a dar um curso de segurança privada, seguiram para Londres, de onde devem sair ao fim da tarde de hoje com destino a Lisboa.

Quanto ao ambiente em Reiquejavique, o cidadão português conta que o pó provocado pelo vulcão e o vento resultante do agravamento das condições meteorológicas "são incómodos para os estrangeiros", mas para os islandeses "nem por isso".

"Os islandeses tratam a situação com a maior naturalidade, brincam com aquilo e até aproveitar o pretexto para tentar irritar-nos, dizendo que vão ter de ficar lá", contou Rui Silva ao telefone.

Os três portugueses deveriam ter deixado Reiquejavique segunda-feira de manhã, depois de duas semanas de trabalho, mas foram impedidos porque o espaço aéreo islandês esteve fechado desde domingo devido à nuvem de cinzas proveniente da erupção do vulcão Grimsvotn, situado no sul da Islândia.

LAVAGEM DE DINHEIRO É “PREOCUPANTE” EM PORTUGAL





Relatório dos EUA aponta como fraquezas sigilo bancário, falha na criminalização, má regulação bancária e offshores

Portugal é um país vulnerável a crimes financeiros. Um relatório do departamento de Estado norte-americano sobre lavagem de dinheiro garante que a situação portuguesa é «preocupante».

A rigidez do sigilo bancário, a falha na criminalização da lavagem de dinheiro, a fraca regularização bancária e a existência de offshores são as principais fraquezas apontadas a Portugal.

O documento analisa a relação entre o tráfico de droga e o branqueamento de capitais. No total, foram estudados 200 países e Portugal integra o grupo onde os crimes financeiros devem preocupar as autoridades - é o segundo de três níveis de vulnerabilidade.

No primeiro deles - ou seja, a lista mais negra - estão países como a Espanha, a Alemanha, os EUA e o Afeganistão.

No segundo, surgem Portugal e outros 70 países como a Bélgica, a República Checa e a Irlanda.

Naquele grupo onde a lavagem de dinheiro não é um prolema estão os países da Europa do Norte, lado a lado com Cabo Verde, Cuba e Timor-Leste.

"Agora pratos limpos", exige Louçã a PS, PSD e CDS sobre eventual aumento de impostos




JF – LUSA

Sesimbra, 24 mai (Lusa) -- O coordenador do BE, Francisco Louçã, exigiu hoje "pratos limpos" e "transparência" a Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas sobre um eventual aumento de impostos decorrente da redução da TSU negociada no acordo com a 'troika'.

Durante a visita à cooperativa ArtesanalPesca, em Sesimbra, Francisco Louçã falou aos jornalistas e foi questionado sobre as declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, segunda-feira em Nova Iorque, que a redução da Taxa Social Única (TSU), negociada no âmbito do resgate a Portugal, "vai implicar um aumento de impostos", especialmente naqueles que incidem sobre o consumo.

"O Governo que das eleições resultar vai fazer um novo aumento de impostos que não estava no programa de nenhum desses partidos para reduzir contribuições patronais, pedindo ao contribuinte que vá pagar mais impostos", denunciou.

O coordenador do Bloco de Esquerda quer por isso que esta questão fique clara "tim-tim por tim-tim": "Os portugueses têm o direito de saber em quem é que estão a votar e para quê e não serem enganados nestas eleições", afirmou, pedindo que, se "há um imposto escondido, novo, na manga", que PS, PSD e CDS "venham para a rua dizer o que querem fazer" com esse novo imposto.

"O que eu não quero aceitar é a destruição da Segurança Social. A campanha seria uma verdadeira fraude se o maior ataque à Segurança Social pública viesse a surgir pouco tempo depois das eleições com um grande aumento de impostos, no segredo sobre os portugueses", defendeu.

"Agora pratos limpos", desafiou: "Eu peço ao Eng. José Sócrates, ao Dr. Passos Coelho e ao Dr. Paulo Portas que se querem um aumento de impostos para atacar a Segurança Social: pratos limpos. Venham dizer às pessoas com transparência".
 

TAÇA PARA SÓCRATES TRAVADA A SOCO E A PONTAPÉ





A passagem da comitiva do PS por Mangualde ficou marcada por um incidente com um popular que tentou cruzar-se com José Sócrates, a quem queria entregar uma taça. Mas um elemento da comitiva socialista travou a iniciativa. Houve empurrões, uma ida ao hospital e a promessa de apresentação de queixa na polícia. (SIC)

Comentário da Redação

Não mais que repugnante o que está patenteado neste vídeo de reportagem da SIC. "Democratas do PS" usam os métodos salazar-fascistas que, pelo que fica demonstrado, impregna os genes destas gentes auto proclamadas socialistas e outras. Não só em Mangualde e não só do PS. Está a emergir a prova de que os portugueses têm nos genes o salazarismo fascista. Não serão a maioria, talvez, mas algo no seu mais recôndito intimo aceita por bom o que durante mais de cinco décadas ditou Portugal ao ostracismo e ao atraso, à ausência de democracia. Isso é bem patente em comparação a todos os outros países europeus. Incluindo a Espanha do fascista Franco.

A taça era para Sócrates e a maioria que o esperava para o enaltecer era de sua cor partidária. Se acaso a taça fosse para outro político, de outra cor partidária, os que o esperassem com propósitos iguais iriam fazer o mesmo. Todos sabemos que sim. Os caciques e mal formados, os "doentes" da partidarite, abundam pelo país apesar de serem da ralé e espoliados como todos os outros dessa classe social. Abundam eles e a estupidez natural de um povo que vota sempre nos mesmos apesar dos maus-tratos, dos roubos, das falsas promessas, das constantes mentiras, do permanente pedido de sacrifícios a quem já é único sacrificado, o povo espoliado, oprimido, quase na fome, onde bastantes já conhecem e convivem com a miséria.

E assim está Portugal, poucos bem, milhões mal. Mas os caciques têm cara e a destes, em Mangualde, está neste vídeo.

Uma palavra para o português "verdadeiro" que queria oferecer a taça de campeão da mentira a José Sócrates... Já a podia ter oferecido há tempos também a Cavaco Silva, entre outros, e já a pode oferecer a Passos Coelho porque ele ainda agora chegou e já está a mentir e a omitir.

Mas se o promotor do "prémio" a Sócrates duvida sobre os imensos políticos de topo que merecem ser "premiados" e isso nega porque considera que os da sua cor política são honestos... merece-os a todos eles, incluindo José Sócrates. Pena que haja no país quem não mereça tais bandidos mas que não tenha sequer a hipótese de emigrar, de fugir para melhores condições de vida, pela família, pela idade, etc., etc. Condenados, é o que são e estão. Até à tumba. (AV)

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