sexta-feira, 26 de agosto de 2022

A LUTA DE LIBERTAÇÃO EM APARENTE CADÊNCIA DE PASSO A PASSO

Martinho Júnior, Luanda

AO 6º MÊS DESACELEROU DELIBERADAMENTE A RAPIDEZ DO QUE FALTA LIBERTAR NO DONBASS

A SUL, NO TERRITÓRIO DE NIKOLAIV PELO CONTRÁRIO, AUMENTOU DE FORMA PROPOSITADA A PRESSÃO DAS UNIDADES LIBERTADORAS

A PRESSÃO AUMENTOU TAMBÉM NO ACESSO A KARKIV, A 2ª CIDADE DO PAÍS.

A LUTA DE LIBERTAÇÃO NA UCRÂNIA REPERCUTE NO TABULEIRO DO HÍBRIDO EU/NATO, POR QUE A EUROPA, TODA ELA É TAMBÉM UMA PLATAFORMA A LIBERTAR COM A MUDANÇA DE PARADIGMA!

A UCRÂNIA VAI DEIXAR DE SER UM BORDEL DOS UKRONAZIS E DA NATO!

“Durante a operação especial, observamos rigorosamente as normas do direito humanitário. Os ataques são realizados com armas de alta precisão na infraestrutura militar das Forças Armadas da Ucrânia - postos de comando, aeródromos, armazéns, áreas fortificadas, instalações do complexo militar-industrial. Ao mesmo tempo, tudo é feito para evitar baixas entre os civis. Claro, isso diminui o ritmo da ofensiva, mas vamos deliberadamente”

Ministro da Defesa da Federação Russa, no fórum de Defesa da Organização de Cooperação de Xangai, a 24 de Agosto de 2022, em Taskent, ca+ital do Uzbequistão.

Implementando a mudança de paradigma em estreita identidade com Não-Alinhamento e Sul Global, a Rússia está a dar tempo à maturação libertária dos Estados Unidos e do seu híbrido-dilecto, a EU/NATO, ao compasso da cadência da luta popular de libertação na Ucrânia!

Discurso de Putin na 10ª Conferência de Moscovo sobre Segurança Internacional

Discurso aos participantes e convidados da 10ª Conferência de Moscovo sobre Segurança Internacional

-- Hegemonia do Ocidente significa estagnação para o mundo inteiro, obscurantismo e abolição da cultura, totalitarismo neoliberal.

-- EUA interferem grosseiramente nos assuntos internos de Estados soberanos: através de provocações, golpes de Estado, guerras civis

-- Ocidente coletivo está propositalmente desmantelando o sistema de segurança europeu, pois precisam de conflitos para manter sua hegemonia.

-- Ocidente preparou ao povo da Ucrânia o destino da carne para canhão e continua a bombear armas para o regime de Kiev.

-- Os EUA tentam prolongar o conflito na Ucrânia, da mesma forma como agem na Ásia, África, América Latina.

-- Aventura americana em relação a Formosa não é apenas uma viagem de um político irresponsável, mas uma descarada demonstração de desrespeito à soberania, uma provocação cuidadosamente planeada.

-- Elites ocidentais tentam transferir seus próprios fracassos para outros países soberanos, incluindo Rússia e China

-- Ocidente busca estender à região Ásia-Pacífico seu sistema de blocos por analogia com a NATO na Europa.

-- A era de uma ordem mundial unipolar é coisa do passado, novas oportunidades para lidar com ameaças comuns estão a abrir-se para um mundo multipolar.

-- A Rússia aperfeiçoará os mecanismos de segurança internacional em vigor, garantirá seus interesses nacionais e a proteção de seus aliados, tomará outras medidas para construir um mundo mais democrático.

Vladimir Putin [*]

Senhoras e senhores,

Estimados convidados estrangeiros,

Deixem-me dar-lhes as boas-vindas ao 10º Congresso de Moscou sobre Segurança Internacional. Durante a última década, seu fórum representativo tornou-se um importante local para discutir os problemas político-militares mais urgentes.

Hoje, esta discussão aberta é particularmente pertinente. A situação no mundo está mudando de forma dinâmica e os contornos de uma ordem mundial multipolar estão ganhando forma. Um número crescente de países e povos está escolhendo um caminho de desenvolvimento livre e soberano baseado em sua própria identidade, tradições e valores distintos.

Estes processos objetivos estão sendo combatidos pelas elites globalistas ocidentais, que provocam o caos, deflagrando conflitos antigos e novos e perseguindo a chamada política de contenção, que na verdade equivale à subversão de qualquer opção alternativa de desenvolvimento soberano. Assim, eles estão fazendo tudo o que podem para manter a hegemonia e o poder que estão escapando de suas mãos; eles estão tentando manter os países e os povos no controle do que é essencialmente uma ordem neocolonial. Sua hegemonia significa estagnação para o resto do mundo e para toda a civilização; significa obscurantismo, cancelamento da cultura, e totalitarismo neoliberal.

Eles estão usando todos os meios. Os Estados Unidos e seus vassalos interferem grosseiramente nos assuntos internos dos Estados soberanos, encenando provocações, organizando golpes de Estado ou incitando guerras civis. Por meio de ameaças, chantagem e pressão, eles estão tentando forçar os Estados independentes a se submeterem à sua vontade e a seguirem regras que lhes são estranhas. Isto está sendo feito com um único objetivo em vista, que é preservar sua dominação, o modelo secular que lhes permite apossar tudo no mundo. Este modelo, porém, só pode ser mantido pela força.

Portugal | LADRÕES DE CASACO

Patrões querem manter Estado a suportar salários

O presidente da CIP argumenta que a «solução» para manter pessoal está «saturada» e pede o regresso do lay-off. Diz que, «ao fim e ao cabo, o País também beneficia», e que as empresas «não são vacas

Depois de dois anos de pandemia, em que foram os grandes grupos económicos quem mais beneficiou das medidas públicas para alegadamente proteger o emprego, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal volta à carga na defesa de medidas que mais não fazem do que transferir dinheiro público para cofres privados. 

Mais do que uma reivindicação, a questão do lay-off é apresentada numa espécie de ultimato. «A opção [do Governo] é entre colocar o trabalhador no desemprego ou mantê-lo activo na empresa, a melhorar as suas competências, e com verbas que apoiem essa necessidade», admitiu António Saraiva numa entrevista ao Jornal de Negócios, publicada esta quinta-feira. «Ao fim e ao cabo», argumentou, «o País também beneficia». 

Escamoteando o facto de os custos com pessoal representarem, em média, apenas 16% do total de encargos, Saraiva dramatizou ao dizer que a «possibilidade de as empresas suportarem os custos do volume da massa salarial que têm a cargo está a atingir limites, nalguns casos, insustentáveis».

O presidente da CIP, que conta entre os seus membros com o BPI, que obteve 201 milhões de lucro no primeiro semestre do ano, ou a Navigator, que registou um aumento de 151% dos seus lucros em igual período, insiste na retórica de que o aumento dos salários deve depender da «produtividade, inflação e crescimento», reforçando que é preciso «dar condições» às empresas. 

«Se os indicadores permitirem, óptimo. Mas, se não, temos de perceber que o mundo hoje é muito perigoso e imprevisível», ameaçou Saraiva, iludindo sobre a indisfarçável concentração da riqueza no nosso país. 

Confrontado com a perda de poder de compra dos trabalhadores, o representante dos patrões respondeu com o aumento (especulativo) dos gastos de energia e dos combustíveis, admitindo que os trabalhadores «terão de ser minimamente compensados da perda do seu poder de compra, mas dentro de um quadro razoável».

«Se o Governo nos der melhorias desses mesmos custos, não teremos problemas nenhuns em, se os indicadores derem 10%, podermos conceder 12%, porque obtivemos margem para isso», disse. «Não pensem que as empresas são vacas leiteiras».

A CIP pretende celebrar o designado acordo de competitividade e rendimentos antes do Orçamento do Estado, pedindo como contrapartida, para começar, a eliminação gradual da derrama estadual a partir de 2023.

AbrilAbril

Imagem: António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de PortugaL -- Miguel A. Lopes / Lusa

Portugal e Arredores | CURTO ALINHAMENTO PEDERASTA QUE NOS VIOLA

Proclama o arauto:

No Curto de hoje há largada à moda do Ribatejo taurino com pitons apontados a vários temas que podem ser consumidos no fim-de-semana. Temas evidentes são: a bazófia – a que chamam bazuca, o gás (traques) que aumenta à fartazana e que nos há-de intoxicar até à morte, depois encandear-nos com tanta luminosidade para pindéricos sempre roubados, enganados e violados.

Também a referência a um coração é incluído no alinhamento pederasta. Dizem que é o de D. Pedro rei de Portugal e do Brasil – esse tal que como homem foi maltratado até pela mãe mas que agora viaja banhado em hipocrisia num avião real com outros pássaros e passarões a escoltá-lo. Dinheiro não falta e octanas para a poluição do costume também não. Vamos ver se não dá qualquer coisa mázinha ao coração habituado a viajar em carroças reais com o luxo de penicos por debaixo dos bancos de sumapau destinados à realeza e distintos dejectos à mistura com urinas coroadas. Da espionagem também reza a história no Curto. Nanja com D. Pedro. Mas Angola e as eleições constam no menu. O engulho nem é evidente mas que existe disso nem se duvida. Falta o aviso de que segue dentro de momentos e para sempre enquanto existir o MPLA. Coisas do Expresso que conhecemos há décadas…

Então e o que é que há mais no Curto? Muitas outras coisas. Não dá para o ler na totalidade, um só que seja. Se o fizéssemos, quando nos apercebêssemos já estávamos a atingir a idade da reforma de miséria que talvez, talvez, talvez, ainda venhamos a ter direito. O direito à miséria, que não consta na Constituição da República mas que é certinho e desumano e xuxalista... Adiante.

Dito o exposto sigam para o Curto. Sem mais salamaleques passem um razoável fim-de-semana ignorando a fome de quase tudo porque até a cultura está muito cara. Pelas horas da morte jazem as exposições nas feiras do livro em Lisboa e Porto. Assim, percebe-se a expressão “livros para que te quero”. Portugal Pêéxe e xuxalista com um Costa Baldrocas para animar os baixos salários, a miséria e a fome dos portugueses. Mas está tudo bem, dizem eles, os da chularia e parceiros da bancaria e do venha-a-nós… O costume. Quando damos por isso já fomos violados. Pois então. É a porca desta má vida.

Avante, para o Curto, a seguir.

MM | PG

UMA “MECA” CHAMADA ARGEL

Martinho Júnior, Luanda

ENQUANTO A ARGÉLIA LUTA NUM PATRIÓTICO QUADRO PEJADO DE SOLIDÁRIO NÃO-ALINHAMENTO, DE ANTICOLONIALISMO, DE ANTINEOCOLONIALISMO E DE ANTIIMPERIALISMO…

… UMA DECRÉPITA EUROPA, TEIMOSAMENTE HIPÓCRITA E CÍNICA, VASSALA DA HEGEMONIA UNIPOLAR E CEGA PELO COLONIALISMO MENTAL VAI EM BUSCA DO PETRÓLEO E DO GÁS DE SUA PRÓPRIA INVERNIA!

PARA ONDE QUER QUE OS OTÁRIOS EUROPEUS SE VIREM ALUCINADAMENTE, TENTANDO OBTER GÁS OU PETRÓLEO, OU URÂNIO DE ÚLTIMO RECURSO, VÃO LIDAR COM OS ESTADOS “MOUROS” QUE COMPÕEM O CAMPO MULTILATERAL…

… AI MOURARIA!...

Desde que em 24 de Fevereiro de 2022, há seis meses, começou na Ucrânia a libertação de toda a Europa, que se adivinhava esta tendência em tornar Argel numa “Meca” para o petróleo, o gás e o urânio, entre outras modernas especiarias, de que tanto e tão urgentemente precisa o zombi-híbrido UE/NATO.

Em pleno verão e a pensar no inverno (mais longe não enxergam os olhos dos que se especializaram em colonialismo mental), as “CORRIDAS DE FÓRMULA Z” estão a privilegiar Argel como se em termos de petróleo, gás e urânio uma “Meca” fosse… é essa a conversão!

Nesta semana e seguindo as pegadas do desaparecido cometa Dragui em tempo de contrarrelógio italiano, Argel tem de visita o Ministro dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus do Grão-Ducado de Luxemburgo, o senhor Jean Asselborn, como se fosse um termómetro de um dos centros financeiros mais discretos, conforme convém, ao serviço do zombi-híbrido EU/NATO…

O senhor Jean Asselborn parece motivado a “abrir caminho” a outros, à frente duma coluna de “competidores”, mas sendo uma corrida é cada um por si e deus por todos, pelos vistos sem direito a “ir às boxes”: seguir-se-lhe-á imediatamente, nada mais nada menos, o senhor Presidente da República Francesa recém-eleito, Emmanuel Macron!

É claro que as palavras de contingência e ocasião em tão conturbado momento das “CORRIDAS DE FÓRMULA Z” desnudam a hipocrisia e o cinismo de quem corre com motor de colonialismo mental sob pressão, a ponto de atrapalhadamente poderem traduzir “Meca” como meta!

A Agência de Notícias Argelina aproveita para adiantar que tudo se passará num contexto “marqué par la volonté politique des deux pays à renforcer les relations bilatérales et à impulser une dynamique selon une vision nouvelle, basée sur un traitement d'égal à égal et l’équilibre des intérêts”…

… Vejam só como a “mouraria” trata a “metrópole”!

Querem petróleo, gás, urânio e às tantas que o piedoso Reino de Marrocos continue a saquear os fosfatos da ocupada e colonizada República Árabe Saharahoui Democrática como se nada houvesse em termos de antigos contenciosos de dignidade e de luta!

Decerto que a França esqueceu quando “aproveitava” o território argelino, que em colonialismo estava a seu bel-prazer, para os testes das bombas atómicas com as quais entrou no “clube nuclear”!

As “CORRIDAS DE FÓRMULA Z” vão em alucinantes velocidades e vale tudo para uns se ultrapassarem aos outros!

Eu acho que o inverno é que vai ganhar, mas até lá revejam, com olhos de rever, Franz Fanon!

Círculo 4F, Martinho Júnior, 25 de Agoasto de 2022

Para recordar:

CORRIDAS DE FÓRMULA Z! – https://paginaglobal.blogspot.com/2022/07/corridas-de-formula-z.html;

Visite de Macron en Algérie: relancer les relations selon une vision nouvelle basée sur un traitement d'égal à égal et l'équilibre des intérêts – https://www.aps.dz/algerie/144036-visite-de-macron-en-algerie-relancer-les-relations-selon-une-vision-nouvelle-basee-sur-un-traitement-d-egal-a-egal-et-l-equilibre-des-interets.

Imagem:

Le Président Tebboune reçoit le ministre luxembourgeois des Affaires étrangères et européennes – https://www.aps.dz/algerie/144039-le-president-tebboune-recoit-le-ministre-luxembourgeois-des-affaires-etrangeres-et-europeennes

A IMPUNIDADE DOS ESTADOS TERRORISTAS DE ISRAEL E DOS EUA

100 dias após o assassinato de Shireen: Israel escapa impune novamente

É tão lamentável imaginar que seu sangue, sua morte não importa

Issam Adwan* | Aljazeera | opinião

É apenas um sistema de impunidade que Israel pratica. Israel até testa até que limites a comunidade internacional poderia ignorar, até que limites o governo dos Estados Unidos poderia ajudar e apoiar crimes de guerra.

#Traduzido em português do Brasil

Lembro que acordei de manhã lendo no Twitter que Shireen estava morta . Eu pensei que era uma piada. É tão lamentável imaginar que seu sangue, sua morte não importa.

Sempre que a Autoridade Palestina tenta criminalizar Israel, no Tribunal Penal Internacional, por exemplo, a administração dos EUA intervém para protegê-los. Como se fossem seus filhos ou seus bebês crescendo cada vez mais com cada violação dos direitos humanos.

Lembro-me de Joe Biden ter dito (em 1986): “Se não houvesse um Israel, os Estados Unidos da América teriam que inventar um Israel”.

É por isso que estamos vendo um apoio contínuo, uma violência contínua de impunidade: US$ 3,8 bilhões fornecidos a Israel , apesar do reconhecimento do governo dos EUA de que Gaza é inabitável.

Quantos anos mais? Quantas crianças deveriam morrer, deveriam ser massacradas durante esses bombardeios? Quantos jornalistas devem morrer? Quantos mais? Essa é a pergunta que ecoa em meu coração.

*Issam Adwan é um jornalista e ativista de direitos humanos baseado em Gaza que trabalha no Centro Palestino para Democracia e Resolução de Conflitos como oficial de mídia. Ele era o gerente de projeto de We Are Not Numbers.

VER VÍDEO YouTube

Secretário de Estado dos EUA Blinken retorna de mãos vazias do passeio por África

Abayomi Azikiwe* | Global Research, 24 de agosto de 2022

Secretário de Estado viajou para três países buscando minar a influência da China e da Rússia

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitou três estados membros da União Africana (UA) no início de agosto, na tentativa de aumentar a presença de Washington no continente.

Esta turnê ocorreu em meio a uma escalada de tensões entre a Federação Russa e a República Popular da China em relação às suas relações com Washington.

#Traduzido em português do Brasil

Blinken visitou pela primeira vez a República da África do Sul, onde teve um encontro conjunto com Naledi Pandor, seu homólogo diplomático. Pandor reiterou as opiniões do governo do Congresso Nacional Africano (ANC), que se recusou a denunciar Moscou sobre sua operação militar especial na Ucrânia.

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa afirmou que os EUA deveriam encorajar uma resolução diplomática para a guerra na Ucrânia. Essa visão está em extrema divergência com a do governo do presidente Joe Biden , que enviou bilhões de dólares em equipamentos militares e outros apoios destinados a continuar a guerra.

Biden e o secretário de Estado Lloyd Austin pediram o enfraquecimento e a remoção do governo do presidente russo Vladimir Putin . O governo Biden impôs sanções draconianas sem precedentes contra Moscou, forçando empresas sediadas nos EUA a deixar o país e tornando ainda mais difícil para nações de todo o mundo realizarem comércio com a Rússia.

Historicamente, durante o período da União Soviética, o estado socialista apoiou os movimentos de libertação nacional e governos progressistas no continente durante os anos 1950 até os anos 1980. Os estados da Europa Oriental que eram aliados dos soviéticos também participaram do fornecimento de bolsas de estudo, treinamento militar e projetos econômicos conjuntos.

Como centenas de corporações sediadas nos EUA e o Pentágono forneceram apoio econômico, de inteligência e militar direto ao sistema racista do apartheid antes do avanço democrático de abril de 1994, os países socialistas, incluindo a União Soviética, o setor Comecon, China, Cuba, Iugoslávia, entre outros, reforçavam diplomática e materialmente a luta pela independência e pelo desenvolvimento não capitalista.

Desde a ascensão do ANC ao poder na África do Sul em maio de 1994, sucessivas administrações têm procurado reconstruir e manter relações normais com Washington e seus aliados. No entanto, há questões que continuam a dividir Pretória e Washington.

A Ucrânia não é o único ponto de desacordo envolvendo posições geopolíticas. A África do Sul manteve-se como uma firme defensora da libertação palestina, juntamente com os apelos à saída do Reino de Marrocos, que ocupou o Saara Ocidental por mais de quatro décadas. Em contraste, as administrações dos EUA desde 1948 forneceram apoio diplomático, material, militar e de relações públicas incondicional ao Estado de Israel. No que diz respeito à questão do Sahara Ocidental, a anterior administração do Presidente Donald Trump reconheceu a “soberania” de Marrocos sobre o controlo político, militar e económico da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), o governo provisório que representa o Sahara Ocidental, anteriormente um colônia da Espanha até a década de 1970.

Em um artigo de autoria de Elliot Smith publicado pela CNBC , observa que:

“O objetivo subjacente da viagem – a segunda de Blinken desde que o governo do presidente Joe Biden assumiu o cargo – será tentar conter a influência geopolítica russa e chinesa no continente, de acordo com Alex Vines, diretor do programa África da Chatham House. 'A África do Sul é um país que não tem uma boa relação com os Estados Unidos. O partido do governo, o Congresso Nacional Africano, emite regularmente comunicados de declaração criticando os Estados Unidos e, portanto, o esforço é como melhorar o relacionamento e pelo menos ter um diálogo mais construtivo com a África do Sul', disse Vines à CNBC na segunda-feira (8 de agosto). . 8). Ele sugeriu que esta é a razão pela qual a África do Sul é o primeiro porto de escala de Blinken, e que atenção especial será dada ao alinhamento das perspectivas dos dois países sobre a guerra da Rússia na Ucrânia.

Ler em Global Research: Congresso aprova projeto de lei anti-Rússia que reforça o neocolonialismo na África

Além da ênfase no comércio econômico entre os dois países, não houve progresso no sentido de convencer a África do Sul a se aproximar das políticas de Washington em relação à Palestina e à Ucrânia. Pretória é membro da Cúpula Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), que se reúne regularmente para aprimorar a cooperação diplomática e econômica independente do domínio completo de Washington e Wall Street.

Angola | MPLA: "O JOGO ACABOU, AGORA É GOVERNAR"

Após vencer as eleições, o Movimento Popular de Libertação de Angola minimiza as queixas da oposição sobre os resultados e promete melhorar o país. "Quem reclama, tem de apresentar provas", afirma o porta-voz Rui Falcão.

O porta-voz do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) minimizou as queixas da oposição sobre os resultados eleitorais e prometeu melhorar a governação do país após a perda de 25 deputados na Assembleia Nacional. 

"A nós compete-nos fazer a leitura ponderada de tudo quanto aconteceu do percurso que fizemos nestes últimos cinco anos e, em função disso, redirecionar algumas ações e melhorar a nossa prestação de serviço público", afirmou Rui Falcão, instantes depois de a CNE anunciar que o MPLA ganhou as eleições com maioria absoluta mas perdeu, pelo menos em três províncias, e deixou de ter uma maioria de dois terços na assembleia, passando de 150 para 124 deputados no Parlamento.

Para o MPLA, trata-se de uma vitória "significativa": "Temos uma maioria absoluta, não devemos estar preocupados" e "vamos governar o país com essa maioria absoluta", afirmou Rui Falcão, que não quis encontrar uma justificação para o fraco resultado do partido, particularmente em Luanda. 

"São contingências da política" e o "povo entendeu que devia ser assim", disse, acrescentando: "Nós vamos fazer a análise de forma ponderada e concluir onde é que errámos e onde é que fomos menos felizes".

"O MPLA é um jogador, não é árbitro"

Sobre as queixas do maior partido da oposição, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que passou de 51 deputados para 90 lugares na Assembleia Nacional, Rui Falcão minimizou: "Sabemos que a UNITA, antes de iniciar o jogo, já dizia que havia fraude, pelo que não vai mudar o discurso".

"A UNITA não muda e nós vamos continuar a fazer o nosso trabalho, aquilo que nos compete fazer. Eu continuo a dizer a democracia é isso mesmo, um dia ganha-se, no outro dia perde-se", afirmou.

Segundo a contagem das atas síntese das votações feita pela UNITA, os dados apontam para uma vitória eleitoral da oposição, embora, na conferência de imprensa, os dados apresentados aos jornalistas ainda indicassem uma vitória curta do MPLA.

"Quem reclama tem que apresentar provas e tem que tratar o assunto com quem tem competência para o fazer. O MPLA é um jogador, não é árbitro, o árbitro é a CNE [Comissão Nacional Eleitoral] e à CNE compete dirimir as dúvidas que existirem", explicou Rui Falcão.

MPLA espera que oposição aceite resultados

Da parte do MPLA, "vamos esperar tranquilamente, como o fizemos até agora", acrescentou, esperando que a UNITA também aceite os resultados oficiais de modo a desmobilizar os seus apoiantes, nomeadamente na zona de Luanda.

"Eu creio que agora, com a divulgação dos resultados, tudo vai serenar", afirmou o dirigente, concluindo: "O jogo acabou, agora é governar".

O MPLA, liderado pelo Presidente angolano, João Lourenço, venceu as eleições gerais de Angola com 51,07%, seguido da UNITA com 44,05% dos votos, divulgou a CNE, quando estavam escrutinadas 97,3% das mesas de voto.

Os resultados provisórios foram divulgados esta quinta-feira (25.08) pelo porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, numa altura em estavam escrutinadas 97,3% das mesas de voto, pelo que não deverá haver alterações substanciais, adiantou.

A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido de Renovação Social e o estreante Partido Humanista de Angola, único liderado por uma mulher (Bela Malaquias), elegem dois deputados cada um e a coligação CASA-CE deixa de ter representação parlamentar.

Deutsche Welle | Lusa

Angola | 54% de abstenção nas Eleições Gerais de 2022

Apesar do grande apelo dos partidos à participação na festa da democracia, os números apontam para 54% de abstenção nas eleições de 24 de Agosto.

De acordo com os dados escrutinados pela CNE, que representam 86,41% do total de 12,443,118, que corresponde a 45,69% de cidadãos eleitores, o que equivale a 5,686,016 de 12,443,118 de votos.

Já a nível de  quem teve menos participação eleitoral, constam os nomes das províncias, Lunda-Norte com 35,36% e com 34,44%, o Cunene. 

Jornal de Angola

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