sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Portugal: A REFORMA DO ESTADO! PIM!

 


Pedro Bacelar de Vasconcelos – Jornal de Notícias, opinião
 
Importa descodificar o exercício discursivo a que o vice-primeiro-ministro se entregou com tanto afinco ao fim da tarde da passada quarta-feira, após longos meses - porventura curtos anos? - da paciente gestão de exuberantes silêncios. Para memória futura, recorde-se que "a reforma do Estado" foi uma incumbência confiada no verão passado ao então ministro dos Negócios Estrangeiros, irrevogavelmente demissionário e chefe de um dos partidos da coligação do Governo, juntamente com a vice--presidência do poder executivo, a representação deste junto da poderosa troika e a colocação de novas peças no tabuleiro do xadrez governamental. Foi essa a receita - polémica e insensata - para evitar uma nova antecipação de eleições legislativas o que, para a inteligência comum, se afigurava como sendo algo meridianamente inevitável.
 
A tais prendas e honrarias não corresponderam as manifestações de apreço e gratidão que logicamente se deveria esperar. Pelo contrário, seguiu-se um interminável mutismo só agora quebrado, justamente, no início do debate parlamentar do último Orçamento do Estado vinculado ao memorando de entendimento tão insistentemente reclamado pelos atuais governantes até conseguirem a sua definitiva concretização, pelo governo que o antecedeu, nesse ano já bem distante de 2011.
 
Houve até generosos "hermeneutas" a sugerir que o ansiado guião da reforma do Estado iria projetar, retroativamente, uma luz esclarecedora do sentido das políticas adotadas ao longo destes dois anos e meio de governação, como se o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros nos devesse alguma explicação acerca disso! Nem por sombras! Como bem sublinhou o seu autor, o guião agora dado à luz foi concebido como um exercício intemporal. Vá lá, como uma coisa de "médio prazo", condicionada à verificação incerta de condições futuras, tais como taxas de crescimento económico mínimo ou disponibilidades máximas para o "diálogo" e a concertação política. É um guião "multiusos". De momento, serve de aperitivo para os "cortes" prometidos pelo novo Orçamento do Estado, no futuro há de servir para tornar o Estado invulnerável a novos riscos de insolvência e até no passado poderia também ter servido para qualquer coisa, designadamente, para justificar, em 2009, um governo de coligação com o PS...
 
Deste guião da reforma do Estado nada mais havia a esperar do que aquilo que se viu:
 
- uma vingança traiçoeira, o acerto de contas por uma prenda envenenada, humilhação, mera intriga doméstica. Não o tenciono ler, nem dedicar-lhe mais atenção do que esta que até já me parece excessiva. BASTA PUM BASTA!
 
E em homenagem às tristes artes da política presente, neste "jardim à beira-mar plantado", permito-me rematar com a homenagem ao poeta a quem me encomendei, logo no título: - do MANIFESTO ANTI-DANTAS E POR EXTENSO por José de Almada-Negreiros, POETA D'ORPHEU FUTURISTA e TUDO: "O DANTAS EM GÉNIO NUNCA CHEGA A PÓLVORA SECA E EM TALENTO (......)" Passos e Portas! Pim-Pam-Pum!
 
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Portugal - OE2014: Maioria aprova proposta do Governo na generalidade

 


A proposta de OE2014 foi aprovada na generalidade pela maioria PSD/CDS-PP, com votos contra de toda a oposição e do deputado democrata-cristão eleito pela Madeira Rui Barreto.
 
Na votação estiveram presente 225 dos 230 deputados, 106 do PSD, 71 do PS, 24 do CDS-PP, 14 do PCP, 8 do BE e 2 do partido ecologista Os Verdes.
 
Votaram assim favoravelmente a proposta de Orçamento do Estado para 2014 130 deputados da maioria parlamentar.
 
No final da votação, o deputado do PSD Guilherme Silva anunciou que os quatro parlamentares sociais-democratas eleitos pelo círculo da Madeira irão apresentar uma declaração de voto (Guilherme Silva, Hugo Velosa, Correia de Jesus e Vânia Jesus).
 
O deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro anunciou igualmente a apresentação de uma declaração de voto.
 
O deputado democrata-cristão Rui Barreto, o único parlamentar da maioria que votou ao lado da oposição, já tinha votado contra o Orçamento do Estado para 2013.
 
Ao contrário de outras ocasiões, nenhum dos deputados da maioria aplaudiu a aprovação do Orçamento do Estado para 2014.
 
TSF – foto em cache da Lusa
 

ENGANADOS, PORTUGAL E O SUL DA EUROPA ENTREGOU OS PODERES A TRAIDORES

 


OE apresentado na AR é um logro servil aos Mercados e ao grande capital
 
O debate sobre o Orçamento de Estado vem demonstrar que o governo e o presidente da República continuam empenhados em servirem os mercados, o grande capital, as corporações nacionais e globais que estão apostados em dominar e explorar os povos e seus respetivos países. Portugal está entregue a agentes que relegam o patriotismo para a distância contrária à proximidade dos interesses do capital nacional e estrangeiro.
 
O esclavagismo do século XXI está em marcha e os povos adormecidos pelas mentiras, pelos enganos ditados por políticos sem escrúpulos quase nada mais fazem senão entregar-lhes os poderes. A Europa do Sul vive momentos terríveis a que Portugal não escapa nem tem escapado. Prova disso é este Orçamento de Estado que repetidamente exige sacrifícios aos portugueses recorrendo à política do medo, das chantagens. Até quando os portugueses, os povos da Europa do Sul vão permitir este avanço desumano dos traidores das suas nações?
 
Não basta interromper ministros nos Parlamentos (como hoje em Portugal), não basta ser dialogantes com os que traem os povos, alguma coisa deve ser feita com plenos resultados. Com resultados correspondentes à retoma das soberanias, da democracia, do cumprimento dos Direitos Humanos para a construção de uma Europa Livre da usura dos Mercados, dos banqueiros desonestos, dos políticos corruptos, dos traidores das nações europeias. O sul da Europa tem de avançar, e Portugal também. Este Orçamento de Estado, apresentado na AR é um logro servil aos Mercados e ao grande capital. Basta.
 
Redação PG – CT
 
Portas interrompido por protestos nas galerias
 
O discurso de encerramento do debate do Orçamento de Estado pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, foi interrompido por um grupo de manifestantes presentes nas galerias da Assembleia da República.
 
O grupo com alguns manifestantes reagiu ao início do discurso de Paulo Portas gritando "gatunos", "assassinos" e "fascista" tendo sido retirado das galerias pela Polícia.
 
Jornal de Notícias
 
"Dia nacional de indignação, protesto e luta marcado" para 26 de novembro
 
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou hoje a realização de uma manifestação para 26 de novembro, em frente à Assembleia da República, dia da votação final global do Orçamento do Estado para 2014.
 
Para a mesma data, a CGTP promove o "dia nacional de indignação, protesto e luta", com greves, paralisações e concentrações em todo o país.
 
o anúncio foi feito por Arménio Carlos numa intervenção feita durante o protesto que reúne hoje centenas de pessoas junto à Assembleia da República contra o Orçamento do Estado para 2014.
 
Lusa
 
O primeiro-ministro enganou os portugueses «sem pudor»
 
António José Seguro deixa claro que o «programa de empobrecimento tem apenas duas assinaturas: a do PSD e a do CDS»
 
O secretário-geral do PS, António José Seguro, não poupou críticas, acusações e comentários negativos às propostas do Governo, no âmbito do debate do Orçamento do Estado para o próximo ano. Seguro reiterou que o orçamento é um programa de «empobrecimento» e acusou o primeiro-ministro de enganar «sem pudor» os portugueses.

«O senhor primeiro-ministro enganou sem pudor os portugueses. Para apanhar os votos dos portugueses o primeiro-ministro fez juras de não aumentar impostos, de não cortar salários (...) e jamais cortar retroativamente nas pensões», declarou António José Seguro.
 
Lara Ferin – TVI
 
Quase 30% deixa de consumir algum alimento essencial por falta de dinheiro
 
Quase três em cada 10 pessoas inquiridas num estudo da Direção-Geral da Saúde assumiu ter deixado de consumir algum alimento considerado essencial por dificuldades económicas, segundo dados recolhidos em 2012.
 
Para compreender de que forma a crise económica e financeira poderia estar a afetar a saúde e escolhas alimentares dos portugueses, a Direção-Geral da Saúde (DGS) realizou um inquérito, através dos centros de saúde, a mais de 1.200 pessoas.
 
Segundo os resultados apresentados esta sexta-feira por Paulo Nogueira, responsável da DGS, 28,6% dos agregados familiares indicaram ter alterado o consumo de algum alimento essencial, nos últimos três anos, devido a dificuldades económicas.
 
Da amostra, quase 350 pessoas confirmaram esta alteração na sua vida alimentar e outras 845 pessoas disseram não se ter deixado de comer algo fundamental por falta de dinheiro.
 
Segundo o estudo da DGS, menos de metade das pessoas inquiridas em 2011 e em 2012 disse sentir algum tipo de insegurança alimentar, com apenas menos de 8% a indicarem uma insegurança alimentar grave, que pode corresponder a situações de fome ou privação.
 
Apesar de a maioria das pessoas não se queixar da falta de dinheiro para comprar os alimentos que deseja, 26% das pessoas dizem não poder adquirir os produtos que queriam consumir.
 
Dos dados do inquérito, Paulo Nogueira sublinhou que os fatores socioeconómicos, o grau de instrução e a situação de emprego parecem influenciar fortemente a disponibilidade de alimentos protetores para a saúde.
 
Do mesmo modo, parecem ser as pessoas obesas que indicam uma maior insegurança alimentar moderada e grave.
 
Aliás, o coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável tinha destacado recentemente que os dados portugueses mostram que quando o rendimento familiar diminuiu, a obesidade tende a aumentar.
 
Uma das explicações pode ser o facto de os alimentos que fornecem grandes quantidades de energia a custo baixo serem mais acessíveis e, paralelamente, terem a indústria alimentar que potencia o seu consumo através da publicidade.
 
Os dados da DGS agora divulgados permitem também perceber que nos anos avaliados (2011, 2012 e 2013 ainda em avaliação) não tem havido oscilações significativas no acesso aos alimentos por parte dos portugueses.
 
Jornal de Notícias
 

Portugal: MANIFESTAÇÃO JÁ SE FAZ OUVIR FRENTE À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

 


Enquanto os deputados debatem em plenário a aprovação do Orçamento do Estado para 2014, à porta da Assembleia da República ecoam gritos de revolta contra as medidas previstas no documento que traça o destino do País, e da carteira dos portugueses, para o próximo ano.
 
“Demissão, demissão!”. Estas são as palavras de ordem que podem ouvir-se neste momento junto à Assembleia da República, onde estão concentradas centenas de pessoas, em virtude de uma iniciativa organizada convocada pela CGTP, que visa protestar contra o Orçamento do Estado para 2014, que hoje será aprovado na generalidade.
 
O protesto começou pouco depois das 10h00, altura em que se concentravam junto ao Parlamento cerca de uma centena de pessoas, mas o número de manifestantes foi aumentando mais perto das 11h00, quando se juntaram duas colunas, uma proveniente da Rua de S. Bento e outra da Rua de S. Carlos.
 
Pouco antes, os estivadores anunciaram ruidosamente a sua chegada, descendo de punho no ar uma das escadas de acesso à Assembleia da República gritando: "Passos, escuta, és um ..." e "a escumalha de Portugal são vocês".
 
Vítor Alua, um professor reformado, de 68 anos, é um dos manifestantes que hoje quiseram marcar presença no protesto, porque é "contra os neoliberais que estão no Governo".
 
Envergando um chapéu de bruxa e uma foice, num traje alusivo ao Dia de Halloween, que se celebra de 31 de Outubro para 1 de Novembro, o antigo professor lamentou as políticas que lhe levaram parte substancial da reforma e prejudicaram outros membros da família.
 
A mulher, exemplificou, foi despedida do restaurante onde trabalhava "cujos patrões também estão aflitos", devido à subida do IVA e uma filha, com 40 anos, foi obrigada a emigrar para Cabo Verde.
 
Questionado sobre se espera que a sua presença pode contribuir para algumas mudanças, Vítor Alua sublinhou que o que conta não são as palavras, mas sim a intenção.
 
"Sou pela educação, mas admiro os 'sound bytes', o chavão político dos estivadores", rematou.
 
Os protestos de hoje são organizados pela CGTP numa iniciativa que tem como lema "Não ao Orçamento da Exploração e do Empobrecimento. Acabar com o roubo dos salários e dos feriados. Demitir este Governo, Eleições Antecipadas!".
 
Recorde-se que no dia do protesto da central sindical que se concentrou em Alcântara, Arménio Carlos chamou "todos à Assembleia da República”, no dia que se aprovará na generalidade o Orçamento do Estado para 2014.
 
Notícias ao Minuto, com Lusa
 

Portugal: O PAÍS “NORMAL” DE CAVACO SILVA

 
 
Daniel Vaz de Carvalho [*]
 
Aparentemente a lucidez do PR começa a levantar dúvidas. Será que sabe mesmo o que diz? Vejamos, diz que é necessário "prosseguir o programa de ajustamento, para ir aos mercados e permitir o crescimento e o emprego". Mas tudo isto é contraditório.

Dois anos e meio de ajustamento e o país está pior do que estava sob todos os aspetos. Os "mercados" puseram o país no "lixo" e não têm intenções de o tirar de lá, os juros são uma proporção cada vez maior do PIB e do défice; recessão, desemprego, falências são o resultado obtido com o "ajustamento".

Que diz o PR? Prosseguir…para regressar aos "mercados". Mas os "mercados" não são nenhuma solução, são o problema!

Para o PR, o país tem de parecer normal aos "mercados". Um país normal?! Um milhão de desempregados nos dados oficiais (milhão e meio efetivos), mais metade sem receber subsídio, emigração em larga escala, dezenas de falências de MPME por dia, défice e dívida descontrolados, sucessivas revisões do OE, retroatividade de cortes em reformas atribuídas, constante redução de salários e aumento de impostos sobre a população, generalizada precariedade, aumento da pobreza e desigualdades, montante dos juros superior ao défice previsto para 2014.

Normal é, pois, os sucessivos OE serem anticonstitucionais. Normal é o governo governar contra a Constituição, errar tudo o que prevê, mentir no que promete e não haver eleições que reponham uma real normalidade democrática.

E tudo isto é um êxito, é "normal" e tem de prosseguir…com serenidade. Isto é, as pessoas deixem de pensar, de exercer a sua cidadania e direitos, paguem e calem-se. Senão…ai os "mercados", o que será de nós!

A DIREITA POLITICAMENTE ATACADA DE DOENÇA BIPOLAR

A direita está como aqueles seres mentalmente perturbados daquelas tragédias de Shakespeare em que aparecem fantasmas, neste caso são os "mercados".

A direita tem sucessivos ataques de agorafobia, entra em pânico, vislumbrando ficar perdida em situações sem conseguir ajuda …dos "mercados".

Mais grave, são os sintomas de doença bipolar: ora estamos sem soberania, somos um protetorado devido ao programa da troika, temos que nos libertar da troika, ora se trata da "ajuda" pelos mesmos reclamada, negociada, aplaudida como a salvação para a qual era necessário fazer mais ainda. Ora é para cumprir custe o que custar, ora estamos a fazer sacrifícios, a ter medidas muito duras e, como dizia a ministra das Finanças, "queríamos ter um défice menor, mas os mercados não deixaram". Porém, no momento seguinte regressar aos mercados é apresentado como a via para o paraíso!

Os comentadores de serviço estão atacados da mesma doença, num momento há criticas ao governo, no outro dizem que está a fazer o que tem de ser feito.

O governo vive alternâncias ciclotímicas de euforia ora como o "sucesso" da ida aos "mercados" e de um sazonal acréscimo no PIB, ora transmitindo depressão e pânico pela ação do Tribunal Constitucional ou se for criada "instabilidade", que ele próprio nos dois casos origina.

As jornadas parlamentares do PSD-CDS, exaustivamente propagandeadas na TV, foram dos mais completos indícios de esquizofrenia vistos na cena política. O governo transmitiu durante um dia, como se não tivesse mais nada que fazer, perante uma plateia apática e seguidista, as suas alucinações, ilusões e crenças falseadas da realidade.

Estas "jornadas parlamentares", mais a normalidade que o PR assume, recordam-nos aquela frase de Shakespeare, no Hamlet: "Life is a tale, plenty of sound and fury told by an idiot and meaning nothing"…
 
[*] Engenheiro.

Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
 

HACKERS ATACAM SITE DO JORNAL DE ANGOLA

 

ATAQUE À LIBERDADE
 
Jornal de Angola, editorial
 
O site do Jornal de Angola na Internet sofreu um ataque fortíssimo de “hackers” durante as duas últimas madrugadas. Não conseguiram o seu intento mas acabaram por causar danos nos serviços da empresa portuguesa que é nossa parceira nas edições multimédia. Esta acção combinada internacionalmente vem na sequência de muitos outros ataques que diariamente sofremos por parte de políticos e jornalistas em Portugal e Angola. Esta extensão da coligação que destila ódio contra a liberdade de imprensa no nosso país mostra que os inimigos de sempre estão dispostos a tudo para fazer vingar as suas posições políticas e ideológicas.

O Jornal de Angola é hoje um modelo no panorama da Imprensa Mundial. Nestas páginas a opinião é absolutamente livre. Somos dos poucos grandes jornais no mundo completamente independentes do poder político e económico. Essa independência magoa e causa inveja a todos os que exercem o jornalismo pela trela do poder económico ou de maiorias políticas conjunturais. Imaginamos como sofrem aqueles que servem um e depois se colocam às ordens de outro, que conseguiu mais um punhado de votos.

Quem pede licença aos detentores do poder económico para escrever, falar ou pensar, merece compaixão e misericórdia. O cúmulo da baixeza moral é um jornalista produzir mensagens informativas de encomenda ou como moeda de troca para fugir à sopa dos pobres. O Jornal de Angola é um espaço de liberdade ancorado numa maioria qualificada de votos expressos nas últimas eleições. Somos uma instituição pública que serve com profissionalismo, zelo e dedicação os seus leitores. Foi esse contrato de honra que fizemos com o accionista Estado. E apenas esse.

A linha editorial do Jornal de Angola é definida pela Direcção e pelos seus jornalistas. A agenda é criada na Redacção Central e nas Redacções Provinciais. Há forças políticas e económicas que querem impor-nos o pensamento único que domina os Media. Mas todas as tentativas foram votadas ao fracasso. Aqui prevalece o primado da notícia e o único interesse atendível é o dos nossos leitores e anunciantes. Esta independência devia congregar à nossa volta boas vontades e o reconhecimento dos democratas de todas as latitudes. Mas o mundo moderno está viciado na censura das grandes auto-estradas da comunicação, no Big Brother, no ruído fabricado em quantidades industriais em forma de notícia, para nesses autênticos rochedos se despedaçar a informação que conta.

Para os controladores do pensamento único, o Jornal de Angola tem que se conformar a este mundo concentracionário, que balança entre Kafka e Orwell, mas nós recusamos isso. Somos um espaço de liberdade e não podemos aceitar as formas modernas de censura, que têm tanto de ardiloso como de criminoso. Não temos patrões nem mandantes. A nossa linha editorial é sufragada pela maioria dos angolanos que nos pedem para aumentarmos as tiragens. E esses, seguramente que rejeitam o bombardeamento informativo que não permite distinguir a notícia do lixo mediático. Querem um jornal livre, independente e orgulhosamente patriótico, sem mãos autorizadas que libertam para os consumidores apenas a informação que interessa aos senhores que controlam o mundo mediático.

O ataque que sofremos ontem e anteontem é um atentado gravíssimo à liberdade de imprensa. Resistimos. Vamos continuar a resistir, em nome do Jornalismo Angolano, que temos a obrigação de honrar.

Num momento em que uma coligação agressiva que faz ninho em Lisboa mostra cada vez mais abertamente o que quer de Angola, e agora até ataca a liberdade de opinião, temos o dever de viver entre as fronteiras da honra e da dignidade, sem qualquer hesitação.

Em Portugal este jornal e os seus jornalistas são diariamente atacados sem direito ao contraditório nem à defesa e, como se vê, há utilidade em amplificar isso. Em Angola esses dislates são repetidos. Mas o ataque que sofreu o Jornal de Angola importante para clarificar quem defende a democracia. Se há entre nós e no mundo activistas dos direitos humanos, observatórios, organizações que defendem as liberdades, ficamos à espera que se juntem a nós num protesto indignado contra os que nos quiseram silenciar e adulterar a nossa mensagem de verdade e transparência.

Não é por acaso que figuras da extrema-esquerda e da direita mais retrógrada em Portugal estão a lançar ataques violentos contra o nosso jornal. Ataques que são cruzados com ameaças e insultos grosseiros. Os da direita levaram uma lição com a Independência de Angola e agora com o rumo da paz. Os da extrema-esquerda estão tão desorientados que desperdiçam a oportunidade de conhecer Angola, ver o nosso país sem palas, falar com os angolanos de todas as cidades vilas e aldeias. Tiveram medo de ver como a liberdade está a viver aqui. Ainda bem. Assim, a comitiva da presidente da Assembleia da República Portuguesa, Assunção Esteves, vem mais construtiva.

*Título PG
 

POLÍCIA DE MOÇAMBIQUE OCUPA SEDE DA RENAMO NA BEIRA - populares

 


A Polícia antimotim invadiu esta quinta-feira a sede da Renamo, maior partido da oposição, no bairro da Pontangêa, cidade da Beira, Sofala, centro de Moçambique, para efetuar buscas, disseram à Lusa populares.
 
"O bairro acordou em susto quando agentes da FIR (Força de Intervenção Rápida) chegaram e entraram na sede da Renamo. Os agentes continuam com as buscas e o edifício está isolado", disse à Lusa, por telefone, uma residente.
 
"A polícia está ainda no interior e não se sabe o que buscam. A situação provocou susto a populares pois por detrás do edifício da sede da Renamo há vivendas com civis", descreveu um jornalista local.
 
Em declarações à Lusa, Joaquim Nido, comandante da polícia de Sofala, remeteu para mais tarde detalhes da operação de busca na sede da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) na Beira.
 
A força conjunta da FIR e exército governamental ocupou esta semana a sede da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) no distrito de Maringué (Sofala) e Rapale (Nampula), que agrupavam elementos armados do antigo movimento.
 
A Renamo repeliu na quarta-feira a tentativa de ocupação da sua base em Sitatonga (Manica).
 
O país atravessa o pior momento de tensão político-militar desde o Acordo Geral de Paz (AGP), assinado entre governo e Renamo em 1992 e que acabou com 16 anos de guerra civil.
 
A 21 de outubro, o exército moçambicano atacou e ocupou a base de Sadjundjira, na Serra da Gorongosa, cntro do país, onde se encontrava o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, desde então em parte incerta.
 
AYAC // VM – Lusa
 

EUA ARRASAM POLÍTICA ECONÓMICA DA ALEMANHA E DA UE

 


Um relatório do Tesouro dos EUA acusa a Alemanha de, com a sua política de expansão comercial, prejudicar a zona euro e a economia mundial. O documento sublinha que o “fardo do reajustamento” está a recair de forma “desproporcionada” nos países da periferia europeia, “agravando o elevado desemprego, particularmente entre os jovens desses países”.
 
O Tesouro dos EUA publicou, a 30 de outubro de 2013, o seu relatório semestral sobre a política económica internacional. (o documento pode ser acedido aqui, em pdf e em inglês).
 
Nesse relatório, os EUA criticam duramente a política económica da Alemanha e da União Europeia. O documento critica a Alemanha por manter um “crescimento anémico da procura interna” e por ter uma política económica “dependente das exportações”. As críticas não são novas, mas nunca tinham sido formuladas de forma tão forte.
 
“O ritmo anémico do crescimento da procura interna alemã e a dependência das exportações têm impedido o reequilíbrio numa altura em que muitos outros países da zona euro têm estado sob severa pressão para limitar a procura e comprimir as importações para promover o ajustamento”, refere o documento.
 
E sublinha: “O resultado tem sido um processo deflacionário para a zona euro, bem como para a economia mundial. Um crescimento da procura interna mais forte nas economias europeias com excedentes, particularmente na Alemanha, ajudaria a facilitar um reequilíbrio duradouro na zona euro”.
 
Salientando que “a Alemanha tem mantido um grande excedente da conta corrente durante toda a crise financeira e, em 2012, foi inclusive maior do que o da China”, o relatório aponta que “para facilitar o processo de ajustamento na zona euro, países com grandes e persistentes excedentes devem tomar medidas para acelerar o crescimento da procura interna e diminuir esses excedentes”.
 
Os EUA referem também que persistem “riscos de retrocessos políticos” na abordagem das “vulnerabilidades” das economias periféricas e “a estrutura institucional da zona euro e da UE”. E apontam que, “a médio prazo”, “os atrasos na integração financeira, económica e fiscal” poderão consolidar “as grandes disparidades económicas que se desenvolveram em toda a área do euro, deixando a região vulnerável a novos choques”.
 
A Alemanha já respondeu à crítica norte-americana. O ministério da Economia alemão, em comunicado, diz que as críticas “incompreensíveis”, justifica-se com o FMI que “não vê distorções na nossa política económica com base nos excedentes comerciais" e afirma que o “excedente da conta corrente é uma expressão da forte competitividade da economia alemã e da procura internacional por produtos de alta qualidade da Alemanha”.
 
Um deputado da CDU alemã e próximo de Angela Merkel, Michael Meister, disse ao “Wall Street Journal”: "O Governo dos EUA devia analisar de forma crítica a sua situação económica", considerando que a elevada dívida norte-americana "tem efeitos negativos na economia global".
 
 

CHEFE DA NSA DIZ QUE EUROPEUS COLABORAM NA ESPIONAGEM

 


O chefe da NSA, o general Keith Alexander, apontou a arma de volta contra os denunciantes e acusou seus amigos da Europa de serem cúmplices na espionagem.
 
Eduardo Febbro – Carta Maior
 
Paris - As bases do concurso estão abertas: quem é mais medroso, mentiroso ou ladrão? Europa e Estados Unidos se desgarram no imenso quadrilátero que se instalou com a espionagem em escala industrial e planetária realizada pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA. Após sucessivas revelações sobre a espionagem com que Washington presenteou seus queridos aliados da Alemanha, Espanha e França, o império se lançou ao contra-ataque. O chefe da NSA, o general Keith Alexander, apontou a arma de volta contra os denunciantes e acusou seus amigos da Europa de serem os responsáveis tanto pela espionagem de que são objeto seus cidadãos, como do envio a Washington das informações acessadas.

Com o cinismo cênico ao qual tem nos acostumado, o general Keith Alexander disparou o primeiro projétil quando assegurou, ante a comissão de inteligência do Congresso dos EIA, que os informes divulgados pelos jornais Le Monde e El Mundo “segundo os quais a NSA interceptou milhões de chamadas telefônicas são completamente falsos. Nem os jornalistas nem a pessoa que roubou essa informação sabem o que tem diante de si”. As palavras do general não são de todo falsas, nem de todo verdadeiras. O Le Monde confirmou que a França remeteu informação a NSA por meio de um acordo firmado pelos dois países no final de 2011.

Esse detalhe talvez explique em parte a tímida reação de Paris ante a suculenta massa de informações que os serviços secretos dos Estados Unidos subtraíram da França. O Le Monde revelou que entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013, a NSA interceptou mais de 70 milhões de chamadas e mensagens de texto de empresas e particulares na França. Keith Alexander precisou ante o Congresso que toda essa informação não corresponde a “cidadãos europeus”, mas sim que “se trata de informação que nós e nossos aliados da OTAN obtivemos conjuntamente para a proteção de nossos países e em apoio a nossas operações militares”.

Depois da espionagem, a rasteira. Em primeiro lugar, uma fonte anônima dos serviços secretos franceses, a DGSE, confirmou ao jornal francês a existência de um protocolo de intercâmbio de informações que entrou em funcionamento no início de 2012. No dia 28 de outubro, o diário alemão Süddeutsche Zeitung revelou que a agência norte-americana e a francesa colaboraram em um programa comum chamado “lustre”. No entanto, este acordo não justifica a elevada quantidade de interceptações operadas pela NSA no território francês.

A França tem, para os serviços de inteligência do mundo, um atrativo particular: os cabos submarinos por onde transitam a maioria dos dados oriundos da África e Afeganistão passam pelas regiões francesas de Marselha e Bretanha. Ambas as zonas são assim zelosamente vigiadas por Paris. A fonte de inteligência citada pelo Le Monde declarou que isso era “uma troca que se instaurou entre a direção da NSA e a DGSE. Damos a eles blocos inteiros sobre essas zonas e eles, em contrapartida, nos dão partes do mundo onde estamos ausentes”.

Deste formidável e hipócrita esquema de espionagem se depreende que os serviços de inteligência se repartem na vigilância do mundo. Segundo o artigo do Le Monde, os dados que Paris entrega a Washington correspondem a cidadãos franceses e estrangeiros residentes nas zonas sob controle francês. A troca entre França e EUA não é a única em vigor. Existe uma espécie de círculo de amigos integrado, entre outros, por Israel, Suécia e Itália onde chegam cabos submarinos de valor estratégico. Há, então, uma clara geografia submarina de cabos grampeados pelos serviços de inteligência das grandes potências.

Isso quer dizer que as comunicações que passam através deles, e que dizem respeito à vida de pessoas e empresas, estão ao alcance dos países centrais. Por conseguinte, todo o jogo comercial e das relações internacionais está grampeado. Fica claro que o presidente socialista François Hollande não fez mais do que uma pura encenação quando interpelou o governo dos EUA sobre a espionagem de que seu país foi objeto. Todos aliados, ao mesmo tempo traidores e vassalos. Le Monde afirma em seu artigo que estes “novos esclarecimentos colocam em questão, antes de tudo, a responsabilidade das autoridades políticas francesas”. A porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, considerou “pouco verossímeis” as alegações do general Alexander.

A controvérsia não desculpa em nada a NSA. Muito pelo contrário. Com os documentos entregues pelo ex-agente da CIA e da NSA, Edward Snowden, como prova, Le Monde sustenta que os objetivos de Washington eram, sim, seus próprios aliados. Uma fonte hierárquica da DGSE francesa refuta a ideia de que seus serviços tenham conseguido entregar, em apenas um mês, “70,3 milhões de dados a NSA”. O volume é demasiado alto para esse período. Além disso, o documento fornecido por Snowden diz claramente “contra esse país em particular”.

Contra a França ou outro, dá no mesmo. As potências rivalizam hoje, mas amanhã voltarão a dar as mãos para seguir explorando em benefício próprio os dados do planeta. Comércio, desenvolvimento, negociações internacionais, acesso aos mercados, licitações internacionais, tudo está contaminado pelos intrusos que governam o mundo, governam a rede e os cabos submarinos. É uma autêntica declaração de guerra contra as nações que dispõem de menos recursos, uma metódica e covarde condenação à desigualdade.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer
 
Créditos da foto: Le Monde
 

FÁBRICAS DE ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA FORAM DESTRUÍDAS

 

João Ruela Ribeiro - Público
 
No limite do prazo definido no início da missão, a Organização para a Proibição de Armas Químicas revela ter conseguido destruir os equipamentos declarados pelo regime de Assad. Dois locais não foram inspeccionados por razões de segurança.
 
A Síria destruiu as unidades onde eram produzidas armas químicas, “tornando-as inoperáveis”, anunciou nesta quinta-feira a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). Desta forma, a missão dá por concluída a primeira fase da operação, no último dia do prazo previsto, ainda que dois dos 23 locais identificados pelo regime sírio não tenham sido inspeccionados por razões de segurança.
 
“A missão conjunta [entre a OPAQ e as Nações Unidas] está satisfeita por ter verificado – e visto ser destruídas – todos os equipamentos de produção e mistura declarados críticos da Síria”, revelou a organização através de um comunicado.
 
A OPAQ refere que, “dado o progresso feito pela missão conjunta, ao atingir os objectivos da primeira fase de actividades, não estão planeadas mais inspecções”. Até 15 de Novembro a OPAQ deverá aprovar um plano para a destruição das armas químicas armazenadas pela Síria.
 
Os 27 inspectores da organização, premiada neste ano com o Nobel da Paz, visitaram 21 dos 23 locais identificados por Damasco que produziam armamento químico e confirmaram a destruição de 39 dos 41 equipamentos nesses locais. “Os restantes dois locais não foram visitados devido a preocupações relativas à segurança”, justifica a OPAQ, adiantando que as unidades se situam na província de Alepo, no Norte, e na região de Damasco.
 
“Mas a Síria definiu esses locais como abandonados e assegurou que os elementos do programa de armas químicas que eles continham foram movidos para outros locais, que foram inspeccionados”, garantem os peritos.
 
A lista entregue por Damasco em Setembro incluiu 23 unidades de produção e armazenamento de armas químicas, tendo sido declarada credível ainda que os serviços secretos ocidentais apontem para a existência de meia centena de locais associados ao programa. O Presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou possuir mil toneladas de armas químicas - sobretudo gás mostarda e sarin -, mas alguns desertores afirmam que a quantidade real se aproxima das 2500 toneladas.
 
O Governo de Assad aceitou a presença da missão da OPAQ no seu território na sequência de um acordo mediado pelos EUA e pela Rússia. Depois do ataque que matou centenas de pessoas nos arredores de Damasco, a 21 de Agosto, em que foi confirmada a utilização de gás sarin, Washington ponderou intervir na guerra civil síria. O recuo norte-americano foi feito após negociações com a Rússia que conseguiu que Assad permitisse a inspecção e destruição do armamento químico.
 
A resolução 2118 do Conselho de Segurança da ONU prevê que as armas sejam destruídas até Junho de 2014, naquela que é considerada uma das mais arriscadas missões de desarmamento da história. Nunca a OPAQ teve de operar num cenário de guerra.
 

INDONÉSIA PROTESTA CONTRA ALEGADA ESPIONAGEM

 


Banguecoque, Tailândia, 31 out (Lusa) -- O Governo da Indonésia enviou uma carta de protesto aos Estados Unidos pela alegada espionagem realizada a partir da embaixada norte-americana em Jacarta, informou hoje a imprensa local.
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio, Marty Natalegawa, indicou que o tema foi abordado com o responsável pelo departamento de Negócios dos Estados Unidos na Indonésia.
 
"A Indonésia não pode aceitar e protesta contra os relatos que indicam a existência de instalações para escutas telefónicas na embaixada dos Estados Unidos em Jacarta", disse Natalegawa, citado em comunicado.
 
O ministro alertou que estas ações, caso se confirmem, serão uma "grave violação da ética e normas diplomáticas" que minarão as relações entre os dois países.
 
O diário australiano The Sydney Morning Herald publicou uma reportagem, segundo a qual os Estados Unidos espiam chamadas telefónicas através das suas embaixadas em Banguecoque, Kuala Lumpur, Phnom Penh, Rangum e Jacarta.
 
A embaixada dos Estados Unidos em Jacarta não comentou estas informações.
 
PNE/ PNE - Lusa
 

Tertúlia junta secretário executivo da CPLP e comunidade lusófona residente em Macau

 


Macau, China, 31 out (Lusa) - O secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, participa, na próxima segunda-feira, numa tertúlia com membros de comunidades de países de língua portuguesa residentes em Macau, a decorrer na Fundação Rui Cunha, foi hoje anunciado.
 
A tertúlia/palestra é uma iniciativa organizada pela Fundação Rui Cunha, pelo Centro de Reflexão, Estudos e Difusão do Direito (CRED-DM) e pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
 
De acordo com uma nota publicada no portal da Fundação Rui Cunha, no encontro, que "se pretende o mais alargado possível a toda a comunidade", procurar-se-á "fazer uma apresentação transversal, a qual passará por apontamentos musicais, sessão de poesia e uma pequena conferência", com o secretário executivo da CPLP como orador principal".
 
"Num tempo em que a Lusofonia é uma das grandes apostas políticas internacionais e atendendo à cada vez maior importância das relações entre a República Popular da China e os Países de Língua Portuguesa, Macau assume, neste contexto, um papel muito especial, não apenas porque tem o português como uma das línguas oficiais, mas sobretudo porque é parte integrante de um conjunto de nações com a mesma matriz jurídica identitária", é referido na mesma nota.
 
O encontro, de entrada livre, agendado para a tarde de segunda-feira, surge numa altura em que a lusofonia marca o ritmo da cidade, quer no plano cultural, quer no económico e também político, ao mais alto nível.
 
Na passada segunda-feira arrancou a 5.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, enquanto na sexta-feira é dia da abertura oficial do 16.º Festival da Lusofonia.
 
Já na próxima terça e quarta-feira, 05 e 06, Macau acolhe a 4.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), iniciativa que vai reunir no território governantes do universo lusófono.
 
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que celebra assim o 10.º aniversário do seu estabelecimento, o qual reúne a nível ministerial de três em três anos.
 
DM // VM - Lusa
 

VICE-PRESIDENTE BRASILEIRO INICIA SEGUNDA-FEIRA VISITA À CHINA

 


Pequim, 01 nov (Lusa) - O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, inicia na segunda-feira uma visita de sete dias à China, a convite do homólogo chinês, Li Yuanchao, anunciou hoje a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.
 
O programa de Michel Temer inclui a participação na abertura do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa, que decorrerá em Macau nos dias 5 e 6 de novembro.
 
Na terça-feira, em Cantão, Michel Temer e um vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang, copresidirão à 3.ª ronda da Comissão de Alto Nível Sino-brasileira (COSBAN).
 
O vice-presidente brasileiro visitará a seguir Pequim, onde vai também encontrar-se com o secretário-geral do Partido Comunista Chinês e Presidente da Republica, Xi Jinping.
 
AC // PMC - Lusa
 

INDONÉSIA CHAMOU EMBAIXADOR AUSTRALIANO DEVIDO A ALEGADA ESPIONAGEM

 


Jacarta, 01 nov (Lusa) -- A Indonésia chamou hoje o embaixador australiano, Greg Moriarty, para se pronunciar sobre as acusações de espionagem alegadamente realizada na embaixada da Austrália em Jacarta.
 
Moriarty reuniu-se durante 20 minutos com o secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros indonésio para abordar as atividades reportadas pela imprensa australiana.
 
"Na minha perspetiva, foi um bom encontro e agora tenho de ir reportar diretamente ao meu governo", declarou o representante australiano à saída da reunião.
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio, Marty Natalegawa, comentou o assunto com a homóloga australiana, Julie Bishop, em Perth, durante a cimeira ministerial da Cooperação Regional do Oceano Índico.
 
Natalegawa indicou que o seu governo está "obviamente muito preocupado" com as informações publicadas, sobretudo por se tratar de um assunto referente à confiança entre os dois países.
 
Um especialista australiano em informações declarou a um programa do canal ABC, no início da semana, que a Austrália espiava em vários países da Ásia Pacífico para depois partilhar informação com os Estados Unidos.
 
PNE // PNE - Lusa
 

Arbitragem que opõe petrolífera a Timor-Leste marcada para junho de 2014

 


Díli, 31 out (Lusa) - O governo timorense anunciou hoje que a arbitragem da ConocoPhilips, na sequência de um processo apresentado pelo Estado contra a petrolífera para recuperar dinheiro de impostos proveniente do petróleo, foi marcada para junho de 2014.
 
"A audiência da arbitragem sobre as alegações da ConocoPhillips está marcada para junho de 2014 e aguardamos com expectativa por uma decisão célere e imparcial sobre esta matéria", afirma em comunicado o governo timorense.
 
No comunicado refere-se também que o governo apresentou no passado dia 25 a declaração de contestação em resposta à arbitragem iniciada pela ConocoPhilips.
 
"Timor-Leste respondeu de forma completa a cada uma das reivindicações da ConocoPhillips, apresentando, pela primeira vez, os antecedentes e factos históricos completos sobre as operações da ConocoPhillips no Mar de Timor", disse.
 
Segundo o comunicado do governo, "Timor-Leste está a defender o seu direito soberano de interpretar e aplicar a sua própria legislação fiscal e acredita que as liquidações fiscais das quais a ConocoPhillips reclama representam o exercício adequado da soberania fiscal".
 
O ministro do Petróleo de Timor-Leste, Alfredo Pires, anunciou em setembro que o Estado timorense tem processos contra 49 empresas para recuperar dinheiro de impostos provenientes do petróleo.
 
"Temos um pacote de 49 casos sobre impostos que temos de resolver. O Governo já recuperou até agora mais de 300 milhões de dólares", disse.
 
Em julho de 2012, o Governo timorense anunciou que estavam em curso várias ações judiciais contra multinacionais petrolíferas para recuperar dinheiro de impostos.
 
Na altura, as autoridades timorenses pediram à Austrália para realizar auditorias para saber se as petrolíferas estavam a pagar os impostos devidos.
 
Entre as empresas processadas judicialmente, no âmbito dos contratos de produção relativos à Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto, está a multinacional petrolífera Conoco-Phillips.
 
O processo para recuperar dinheiro de impostos relativos ao petróleo foi entregue ao advogado e antigo embaixador norte-americano Pierre-Richard Prosper, que foi contratado pelas autoridades timorenses para "aconselhar e representar" o país em matérias relacionadas com investimentos e desenvolvimento de infraestruturas do setor petrolífero.
 
MSE // APN - Lusa
 

Moçambique: DESCANSA EM PAZ…

 

Verdade (mz) - Editorial
 
Sangra o país por todos os lados. Não há medicamentos e também segurança. Na Beira uma criança de 13 anos foi raptada, torturada e abandonada sem vida. Como um animal. O retrato do país é macabro. Porém, facílimo de desenhar. É melhor começarmos por aquilo que ninguém vê, mas que resulta nefasto ao futuro dos 22 milhões de cidadãos que preenchem este rochedo à beira-mar. É um facto que no país não há medicamentos. O que é grave, mas mais grave ainda, é compreender que os medicamentos, para chegarem aos hospitais, centros e postos de saúde, precisam de circular pelas estradas nacionais.
 
A retórica oficial que dá conta da distribuição de medicamentos não procede. @Verdade entrou em contacto com 113 distritos e atestou, através dos médicos e enfermeiros, que não existem medicamentos e que, dizem, devido ao exaltar das armas na zona centro é melhor esquecer os hospitais, postos e centros de saúde. Portanto, quando se fala de vítimas civis destes ataques no centro é preciso engordar os dados e analisar profundamente o problema. O condicionamento do tráfego obriga a uma engenharia de distribuição de medicamentos que o país, por força da rotina, se desabituou de trilhar. É preciso contar estes mortos.
 
A falta de medicamentos não é assunto dos dias que correm. É tão antigo como o teatro de enganos que teve lugar no Centro de Conferências Joaquim Chissano. Portanto, é um facto que o país não só não tem medicamentos como também não goza de estrutura logística para os distribuir. Mas a ausência de fármacos causa apenas mortes invisíveis, aquelas que nem a Renamo, nem a Frelimo e muito menos a sociedade civil contam.
 
Esses continuam anónimos num país e numa sociedade que trilham por outros caminhos e escolheram prioridades igualmente outras. Esses permanecem na vala comum do nosso esquecimento. Contamos um, dois, três e 58 mortos e julgamos que o sangue derramado é muito pouco. Ignoramos os desterrados quando urdimos, aqui e ali, de que lado mora a razão. O povo moçambicano não pode continuar a fazer o papel de África na reedição de uma conferência de Berlim neste teatro da arrogância que montaram na zona centro do país.
 
Se um eventual conflito político-militar só tem como vítimas os paupérrimos civis de um país onde ser pobre é o mais normal é porque as coisas estão realmente pretas. É isso que nos transmite a morte de um miúdo de 13 anos na cidade da Beira. Vítima de raptores que habitam covis e movem-se nas sombras e morto da forma mais cobarde por esta cambada de biltres. Uma morte que, na verdade, representa o cartaz da inoperância das instituições de justiça e da falência de um país, 38 anos depois do seu nascimento.
 
Descansa em paz, Moçambique.
 

Moçambique: CHEGA!

 

Marcha contra tensão e raptos em Maputo
 
Sheik Ássimo - Comunidade Muçulmana
 
“Estamos cansados de promessas sem acções. Os raptos estão a criar terror em todos nós e o Governo não faz nada. Já não confiámos no Estado porque a polícia, a PGR, os tribunais estão completamente associados aos criminosos. Preferimos um presidente deixa-andar do que um que não deixa nada andar.”
 
Comunidade Hindu
 
Cada dia que passa, mais moçambicanos morrem devido à tensão militar que se está a viver. Repudiámos veementemente a escalada da violência no centro do país e exigimos uma acção do governo para pôr fim à guerra, retomando o diálogo com a contra-parte da Renamo. Os moçambicanos estão cansados de tanta violência!”
 
Dom Adriano - Bispo de Inhambane/Católico
 
“Penso que é sentimento de todos os moçambicanos esta indignação perante a intolerância política que estamos a viver e a violente criminalidade. Estou aqui para me associar a outros irmãos nesta marcha de repúdio, para dizer não à guerra, não à violência e basta os raptos.”
 
Alice Mabota - Presidente da LDH
 
“Queremos dizer basta a este clima de insegurança, de abandono, de violência, de raptos e derramamento de sangue, sobretudo o silêncio do Governo. Votamos um governo para nos defender e resolver os problemas, mas não está a acontecer. Queremos que resolvam os raptos já.”
 
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»
 

GRAÇA MACHEL DENUNCIA CLIMA DE TERROR EM MOÇAMBIQUE

 


Há "polícias e estrangeiros" envolvidos na onda de raptos, diz a presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique.

Manuela Goucha Soares - Expresso

A antiga primeira-dama de Moçambique, Graça Machel denuncia o clima de terror que se vive no país e diz que os centros urbanos estão a viver "um ambiente de grande tensão, enorme insegurança, medo e terror".
 
Em declarações ao jornal moçambicano "O País", Graça Machel diz que as autoridades moçambicanas são incapazes de responder com eficácia à onda de raptos. "Os cidadãos não sentem e não vêem de uma maneira clara e directa um posicionamento do Governo. Os cidadãos não se encontram na forma como o Estado está a responder aos raptos", disse Graça Machel a "O País".
 
Ativista pelos direitos humanos, Graça Machel, casou em 1976 com Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique. Em 1986, Samora morreu num acidente aéreo. Em 1998, Graça casou Nelson Mandela.
 
"Marcha pela paz e contra os raptos"
 
Maputo foi hoje palco de uma marcha que reuniu "milhares de pessoas numa manifestação pacífica, em protesto contra a onda de raptos e o espetro da guerra que ameaça Moçambique, acusando o Governo de estar 'mudo' e a polícia de 'corrupção', noticia a agência Lusa.
 
"Além da polícia, estrangeiros estão envolvidos nos raptos que mexem com o país", disse a presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote, citada por "O País".
 
"Sabes qual é a quantidade de gente traficante que entra no aeroporto? Há muitos destes envolvidos nos raptos, e não são pessoas quaisquer", acrescentou Alice Mabote.
 
Pela primeira vez, os moçambicanos marcharam contra o Governo. Temos um líder-chefe que deve cuidar de cada um de nós. Não deve existir nenhuma diferença no tratamento de cada moçambicano que nós possamos ser, gritou Mohamed Asif, um dos organizadores da marcha.
 
A "Marcha pela paz e contra os raptos" foi organizada pela Liga dos Direitos Humanos, em conjunto com outras organizações da sociedade civil e confissões religiosas, numa reação à onda de raptos e ao clima de instabilidade político-militar que Moçambique atravessa.
 
Leia mais em Expresso
 

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