quinta-feira, 6 de julho de 2023

A CIDADE DAS SOMBRAS E O OURO DO LOBITO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Hoje vamos falar de sombras. Jenin é uma cidade da Palestina na Cisjordânia. Tem uma história de sombras, revoltas, massacres e mortes. Durante o “Mandato Britânico” a sua população sofreu horrores. Os colonialistas assassinaram, em 1936, o xeque Izz al-Din al-Qassam. A revolta dos palestinos foi afogada em sangue.  Em 25 de agosto de 1938, os ocupantes assassinaram um líder social. Nova revolta popular. As tropas britânicas invadiram a cidade e mataram milhares de civis. Os sobreviventes foram expulsos e milhares de casas foram arrasadas! Poucas ficaram de pé.

Em 1953, a ONU criou na cidade de Jenin um “campo de refugiados”. Na verdade eram civis expulsos das suas terras para nascer o Estado de Israel. Na Guerra dos Seis Dias, os israelitas ocuparam militarmente a cidade. Com os Acordos de Oslo, passou para a administração da Autoridade Nacional Palestiniana. 

Em 2002, Os israelitas lançaram a Operação Escudo Defensivo e ocuparam militarmente a cidade, depois de matarem centenas de civis. Desde então, quando o poder em Telavive está em dificuldades, as forças armadas matam palestinos em Jenin e particularmente no campo de refugiados da ONU, onde a esmagadora maioria da população tem menos de 15 anos. São crianças!

Israel está em plena “operação militar” na cidade de Jenin. A soldadesca já matou dezenas de civis. Joe Biden, Úrsula von der Leyen, Borrel, Charles Michel, o rato de sacristia António Guterres e os líderes do ocidente alargado não dizem que a Palestina foi invadida. Não consideram as agressões militares ilegais. Não dizem que está a ser violado o Direito Internacional. Tanta sombra, tanto sangue, tanta morte na Palestina ocupada!

O líder da Oposição, Adalberto da Costa Júnior discursou ante o seu Governo Sombra na Conferência sobre Geopolítica e Segurança Nacional. Dirigiu-se particularmente “a sua excelência o primeiro-ministro”. Sabem quem é? Raúl Tati, o padre excomungado e terrorista da FLEC.

Adalberto no seu discurso disse isto: “Trinta e um anos depois da realização das eleições multipartidárias de Setembro de 1992, a Democracia em Angola continua tão frágil, e isto constitui um dos maiores perigos com que a sociedade e o Estado se confrontam no presente momento – um espectro capaz de pôr em causa a unidade e a subsistência dos Angolanos. Mas é no actual e corrente ciclo, mais do que em qualquer outra época, que se nota uma maior e clara degenerescência do sistema político nacional e, até, do regime, suas políticas e da nomenclatura que o sustenta”.

Governo reconhece estagnação da economia no primeiro trimestre e descarta recessão

ANGOLA

Luanda, 06 jul 2023 (Lusa) – O Ministério da Economia e Planeamento angolano descartou hoje qualquer recessão económica em consequência da estagnação da economia do país no primeiro trimestre de 2023, devido à queda petrolífera, considerando que “programa estruturantes” devem inverter o curso.

O chefe do departamento para a Política e Gestão Macroeconómica do ministério, Martins Afonso, apresentou hoje a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2023 e referiu que declínio trimestral não é sintomático de recessão.

“Esse crescimento de menos 1,1% é uma taxa trimestral, mas a variação homóloga representa um crescimento de 0,3%, agora quando nós comparamos em relação ao quarto trimestre de 2022, ali nós vamos registar um declínio de 2,3 pontos percentuais”, respondeu o responsável à Lusa durante um “briefing” com a imprensa.

Segundo Martins Afonso, o registo do PIB dos primeiros três meses de 2023 não se traduz numa recessão: “Mas a economia estagnou por conta de uma queda abrupta que se registou no setor petrolífero”.

“E o que ocorreu neste setor é que a quantidade de produção aqui caiu significativamente e isso refletiu-se na queda das exportações e refletindo-se nessa queda tem uma forte influência na capacidade da entrada de recursos, ou seja, que são as divisas”, sustentou.

Estão morrendo. Trabalhadores sul-africanos protestam contra problemas económicos

A nação mais industrializada da África enfrenta apagões de eletricidade, altas taxas de desemprego e juros, além de crescente agitação social devido ao aumento do custo de vida.

Nkateko Mabasa | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Joanesburgo, África do Sul – Centenas de membros do Congresso do Sindicato Sul-Africano (COSATU), o maior sindicato do país, reuniram-se em sua sede na capital comercial Joanesburgo nesta quinta-feira para exigir cortes nas taxas de juros, reformas elétricas e acréscimos de empregos.

O sindicato também mobilizou trabalhadores nas nove províncias da África do Sul e nos principais centros urbanos, como Cidade do Cabo, Durban, Kimberly, Mafikeng e Rustenburg, para apresentar uma frente comum em todo o país.

Os protestos ocorreram na esteira da assinatura pelo presidente Cyril Ramaphosa de um aumento salarial de 3,8% para todos os titulares de cargos públicos, incluindo juízes e parlamentares, devido aos "sérios desafios econômicos que o país enfrenta", de acordo com um comunicado da presidência em 1º de julho.

As negociações entre a COSATU e o governo levaram a um aumento do salário mínimo nacional de 23,19 rands (US$ 1,21) por hora para 25,42 rands (US$ 1,33) por hora, conforme anunciado em 1º de março.

Mas autoridades sindicais disseram que as condições econômicas prevalecentes, incluindo altas taxas de juros, compensaram o efeito do último aumento que visa.

A economia da África do Sul expandiu 0,4% no primeiro trimestre de 2023, numa altura em que o sentimento público esperava uma recessão. À medida que a nação mais industrializada da África implementa sua estratégia de recuperação econômica pós-COVID-19, é atormentada por apagões de eletricidade, altas taxas de desemprego e juros, bem como crescente agitação social devido ao aumento do custo de vida.

Nos protestos de Joanesburgo, Duncan Luvuno, segundo vice-presidente da COSATU, disse que os trabalhadores têm de cobrir os aumentos nas despesas de assistência médica, empréstimos bancários, transporte e preços de alimentos.

"Como COSATU, nos unimos em apoio aos trabalhadores e queremos que eles façam parte da luta que acontece nas diretorias", disse ele.

Os manifestantes que se reuniram em frente à sede do sindicato vieram de diferentes partes da província e estavam vestidos com todas as cores vermelha, preta e amarela do sindicato. Os manifestantes entoaram canções de luta enquanto atravessavam as movimentadas ruas de Joanesburgo.

Os sindicalistas seguravam cartazes, incluindo alguns que diziam: "O direito de protestar é nosso direito constitucional!". "Cosatu exige fornecimento de energia confiável" e "Acabar com a pobreza, a perda de empregos e as desigualdades. Organize-se ou morra de fome!"

"O custo de vida dos trabalhadores é muito alto", disse à Al Jazeera Amos Monyela, presidente do sindicato para a província de Gauteng. "O governo e o setor privado precisam investir na economia em vez de depender da meta de inflação do Banco Central."

EUA ESTÃO MAL PREPARADOS PARA A ORDEM PÓS-OCIDENTAL

Um artigo recente na Foreign Affairs apontou que o mundo está entrando em uma "era pós-ocidental", e a China e outros países avançaram enquanto os EUA permanecem estagnados. A China está se preparando para a chegada da ordem pós-ocidental, enquanto os EUA não. O mundo atual está atolado em uma situação difícil.

Sun Xihui* | Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Desordem e fragmentação são características proeminentes que os observadores tendem a usar para defini-la. Nas últimas décadas, a China ressurgiu como uma grande potência, com a segunda maior economia e mostrando uma presença cada vez maior no cenário mundial. Muitos começaram a discutir o papel da China no mundo.

A atual ordem mundial foi estabelecida e desenvolvida segundo linhas de pensamento ocidentais. Com o declínio relativo da Europa e dos EUA em termos de força e influência, a ordem mundial está fadada a ser diferente do que antes. No contexto em que o mundo gradualmente se desloca para uma "ordem pós-ocidental", o mundo precisa de uma nova e racional "ordem". O compromisso de longa data da China com o desenvolvimento pacífico e os princípios diplomáticos lhe garantiu crescente credibilidade internacional, e muitos países veem a China como um grande impulsionador na promoção de uma ordem política e econômica internacional justa e razoável. No entanto, é evidente que o Ocidente tem dificuldade em ficar de braços cruzados, e os traços culturais do Ocidente também determinam que eles não podem tolerar a "dor" do desenvolvimento pacífico de outros países.

Os EUA aumentaram significativamente sua força militar e força nacional abrangente através de duas guerras mundiais. Especialmente após o fim da Segunda Guerra Mundial, as potências ocidentais tradicionais foram destruídas ou enfraquecidas pela guerra, resultando em um breve período de um "mundo unipolar" americano. Diante da rápida recuperação e ascensão da União Soviética, os EUA, contando com seu forte poder e influência, tentaram reconstruir o mundo ocidental, ou seja, concedendo ajuda à Europa e a outros países em desenvolvimento. Fê-lo não por um genuíno internacionalismo, mas para manter a sua posição dominante após a Segunda Guerra Mundial e responder aos desafios da União Soviética.

Navios de guerra russos iniciam visita para realizar exercícios militares com o ELP

Dois navios de guerra russos, as corvetas da Marinha russa RFS Sovershennyy (333) e RFS Gromkiy (335), chegaram ao porto de Xangai na quarta-feira para sua primeira visita amigável, a sétima dos navios da Marinha russa a Xangai. Os navios de guerra realizarão uma série de exercícios com seus homólogos chineses, informou o principal jornal do Exército de Libertação Popular (ELP) na quinta-feira.

Yang Sheng* | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

Os navios da Marinha russa permanecerão em Xangai até 11 de julho. Durante a estadia de sete dias, oficiais e soldados navais chineses e russos farão visitas aos navios de guerra das duas marinhas para realizar intercâmbios sobre tecnologias profissionais e também realizarão atividades como jogos amistosos de basquete, disse o relatório do PLA Daily. Após a visita, os dois navios de guerra russos realizarão uma série de exercícios com embarcações chinesas, incluindo movimento de formação, comunicação e busca e resgate marítimo, de acordo com o PLA Daily.

Analistas chineses disseram na quinta-feira que a cooperação e o intercâmbio entre os militares chineses e russos serão normalizados em meio à crescente pressão estratégica dos EUA na Europa e na região Ásia-Pacífico, enfatizando que a cooperação militar com a Rússia se baseia na responsabilidade compartilhada de salvaguardar a paz e a estabilidade regionais e não tem nada a ver com qualquer crise geopolítica em curso. e a postura neutra da China e os esforços de mediação sobre a crise da Ucrânia permanecem inalterados.

A TASS informou na quarta-feira que esta é a primeira visita de navios navais russos após o levantamento das restrições anti-coronavírus. As corvetas Gromkiy e Sovershennyy atracaram no cais da base naval chinesa localizada na confluência dos rios Huangpu e Yangtze. Os navios de guerra da Frota Russa do Pacífico foram recebidos em uma cerimônia solene para o acompanhamento da banda militar pelo chefe da base naval, um representante do Comitê de Xangai para Assuntos Externos e o cônsul-geral da Rússia em Xangai, Dmitry Lukyantsev.

Marinheiros navais chineses vestidos com uniformes brancos de desfile e segurando cartazes com saudações de boas-vindas em russo e chinês, fizeram fila no cais para receber seus colegas russos.

* Yang Sheng é repórter-chefe do Global Times cobrindo política, diplomacia e militares chineses.

Há muito a ver com o resultado das conversações militares germano-polacas

Alemanha e Polônia têm seus próprios interesses em finalizar acordos para fortalecer os laços militares entre eles. As da Alemanha são estratégicas e de longo prazo com o objetivo de manter uma Polônia cada vez mais nacionalista próxima, ao mesmo tempo em que preparam o terreno para uma possível reaproximação caso a oposição chegue ao poder. Por outro lado, as polonesas são de curto prazo e táticas, já que dizem respeito principalmente apenas aos interesses eleitorais do partido no poder antes da votação do outono.

Andrew Korybko* | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, conversou com seu homólogo polonês, Mariusz Blaszczak, nesta segunda-feira, enquanto visitava aquele país. Eles esperam finalizar um acordo nos próximos dez dias sobre um hub de tanques polonês, que teria sido adiado devido a diferenças sobre os custos, de acordo com a Der Spiegel. Também não está claro se a implantação anterior dos sistemas de defesa aérea Patriot da Alemanha no país será estendida, embora isso também provavelmente seja decidido nos dias que antecedem a cúpula da Otan na próxima semana.

Há muito sobre o resultado das negociações militares germano-polonesas devido ao que elas representam para a UE, bem como aos contextos domésticos e regionais em que estão ocorrendo. Em relação ao primeiro, o fortalecimento de tais laços entre esses dois antigos rivais mostraria que machadinhas antigas continuam a ser enterradas. Essas óticas poderiam tranquilizar os europeus médios sobre a unidade de seu continente em meio à preocupação de que ele esteja enfraquecido nos últimos anos, especialmente desde o início da especial operação da Rússia.

Quanto ao contexto doméstico, o partido no poder na Polônia "Lei e Justiça" (PiS) tem interesse em convencer os eleitores antes das eleições do outono de que sua postura linha-dura em relação à Alemanha e à Rússia valeu a pena. Ao finalizar os acordos descritos anteriormente com Berlim, eles poderiam alegar que o papel indispensável de seu país na garantia da segurança europeia foi reconhecido pelo líder de fato do bloco, apesar dos laços conturbados entre os dois. Isso poderia reunir a base nacionalista do PiS diante do desafio da oposição globalista.

Com base no exposto, o contexto regional relaciona-se com o interesse do PiS em apresentar a Polónia como uma grande potência, o que seria avançado se a Alemanha concordasse em reforçar os laços militares com ela e o partido no poder subsequentemente girasse isso como reconhecimento tácito de que a gravidade geopolítica está a deslocar-se para leste. A percepção de que o PiS restaurou o status de liderança há muito perdido de seu país pode dissuadir sua base nacionalista de votar em terceiros para protestar contra o apoio do partido no poder aos refugiados ucranianos.

Mentiram sobre o Afeganistão e o Iraque; Agora eles estão mentindo sobre a Ucrânia

O público dos EUA foi enganado, mais uma vez, a despejar bilhões em outra guerra sem fim

Chris Hedges* | Original para ScheerPost | Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

A cartilha que os da guerra usam para nos atrair para um fiasco militar atrás do outro, incluindo Vietnã, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e agora Ucrânia, não muda.

A liberdade e a democracia estão ameaçadas. O mal deve ser vencido. Os direitos humanos devem ser protegidos. O destino da Europa e da Otan, juntamente com uma "ordem internacional baseada em regras" está em jogo. A vitória está assegurada.

Os resultados também são os mesmos. As justificativas e narrativas são expostas como mentiras. O prognóstico alegre é falso. Aqueles em nome de quem supostamente lutamos são tão venais quanto aqueles contra quem lutamos. 

A invasão russa da Ucrânia foi um crime de guerra, embora tenha sido provocado pela expansão da OTAN e pelo apoio dos Estados Unidos ao golpe"Maidan" de 2014 , que derrubou o presidente ucraniano eleito democraticamente, Viktor Yanukovych.

Yanukovych queria a integração econômica com a União Europeia, mas não à custa dos laços econômicos e políticos com a Rússia. A guerra só será resolvida por meio de negociações que permitam aos russos étnicos na Ucrânia terem autonomia e proteção de Moscou, bem como a neutralidade ucraniana , o que significa que o país não pode ingressar na OTAN.

Quanto mais tempo esses impactos foram adiadas, mais os ucranianos sofrerão e morrerão. Suas cidades e infraestrutura continuarão a ser destruídas em escombros.

Mas esta guerra por procuração na Ucrânia foi concebida para servir aos interesses dos EUA. Enriquece os fabricantes de armas, enfraquece os militares russos e isola a Rússia da Europa. O que acontece com a Ucrânia é irrelevante.

"Primeiro, equipar nossos amigos na linha de frente para se defender é uma maneira muito mais barata - em dólares e vidas americanas - de degradar a capacidade da Rússia de ameaçar os Estados Unidos", explicou o líder republicano no Senado, Mitch McConnell .

"Em segundo lugar, a defesa efetiva da Ucrânia de seu território está nos ensinando lições sobre como melhorar as defesas dos parceiros que são ameaçados pela China. Não é surpresa que altos funcionários de Taiwan apoiem tanto os esforços para ajudar a Ucrânia a derrotar a Rússia .

Em terceiro lugar, a maior parte do dinheiro que foi apropriada para a assistência de segurança da Ucrânia não vai para a Ucrânia. Ele é investido na fabricação de defesa americana. Ele financia novas armas e munições para as forças armadas dos EUA para substituir o material mais antigo que fornecemos à Ucrânia.

Deixe-me ser claro: essa assistência significa mais empregos para os trabalhadores americanos e novas armas para os militares americanos."

Uma vez que a verdade sobre essas guerras intermináveis se infiltra na consciência pública, a mídia, que promove servilmente esses conflitos, reduz drasticamente a cobertura. Os escalabros militares, como no Iraque e no Afeganistão, continuam em grande parte for a de vista. No momento em que os EUA admitem uma derrota, a maioria mal se lembra de que essas guerras estão sendo travadas.

Os da guerra que orquestram esses fiascos militares migram de administração em administração. Entre as cargas, eles estão enclausurados em think tanks — Project for the New American Century, American Enterprise Institute, Foreign Policy Initiative, Institute for the Study of War, The Atlantic Council e The Brookings Institution — financiados por empresas e pela indústria bélica.

Quando a guerra da Ucrânia chegar ao seu inevitável fim, esses Dr. Strangeloves tentarão iniciar uma guerra com a China. A Marinha e os militares dos EUA já estão ameaçando e cercando a China. Deus nos ajude se não os impedirmos.

EUA: UM ESTADO FALIDO?

A definição de um Estado falido de acordo com alguns especialistas é: Um Estado falido é um corpo político que se desintegrou a um ponto em que as condições e responsabilidades básicas de um governo soberano não funcionam mais adequadamente. Outra característica de um Estado falido inclui um governo central tão fraco ou ineficaz que tem uma incapacidade de aumentar impostos ou outros apoios e tem pouco controle prático sobre grande parte de seu território... (isto não se aplica aos EUA) e, portanto, há uma não prestação de serviços públicos.

Chaitanya Davé*  | Global Research | # Traduzido em português do brasil

De acordo com Robert Longley:

"Um Estado falido é um governo que se tornou incapaz de fornecer as funções e responsabilidades básicas de uma nação soberana, como defesa militar, aplicação da lei, justiça, educação ou estabilidade econômica. Características comuns de Estados falidos incluem violência contínua, corrupção, crime, pobreza, analfabetismo e infraestrutura em ruínas. Mesmo que um Estado esteja funcionando corretamente, ele pode falhar se perder a credibilidade e a confiança do povo."

Exemplos desses Estados fracassados são: Síria, Somália, Mianmar, Chade, Iraque, Iêmen, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Iugoslávia, Líbano, Afeganistão e Sudão. Mas são países muito pobres. É compreensível que muitas das características acima possam ocorrer nesses estados. Mas você consegue imaginar que a maioria dessas características também se aplica ao país mais rico do mundo?

Pense nos Estados Unidos. Com exceção da defesa – na realidade armas de destruição em massa –, quase todas essas características também se aplicam aos Estados Unidos. Os Estados Unidos atendem a mais de 90% dos critérios para um "Estado falido". As estatísticas a seguir justificam essa afirmação:

Assassinatos: Entre 1990 e 2019, houve 531.349 assassinatos nos Estados Unidos. Uma das mais altas do mundo em um país "desenvolvido".

Estupros: Em 2019, foram 406.970 vítimas de estupro e agressão sexual no país. De acordo com o Departamento de Pesquisa Statista, em média, mais de 91.000 casos de estupro por ano ocorreram desde 2015 nos Estados Unidos. O número de estupros por 100 mil habitantes, EUA é o número 000 entre os países do mundo. Mas para uma nação desenvolvida, os EUA são o número 14 depois da Suécia, Austrália e Bélgica, de acordo com o relatório World Population Review de 4.

Crise dos opioides: No final da década de 1990, as empresas farmacêuticas tranquilizaram a comunidade médica de que os pacientes não se tornariam viciados em analgésicos opioides prescritos, e os profissionais de saúde começaram a prescrevê-los imprudentemente a pessoas inocentes. Logo a overdose de opioides começou a aumentar. De acordo com o NIH, quase 50.000 pessoas nos Estados Unidos morreram de overdoses envolvendo opioides em 2019. Desde 1999, quase 841.000 pessoas morreram de overdose de drogas. Em suma, enquanto nosso governo dormia, centenas de milhares de americanos morriam de drogas opioides agressivamente empurradas por algumas empresas farmacêuticas, como Johnson and Johnson e Purdue Pharma. Enquanto as pessoas morriam, esses executivos da empresa farmacêutica arrecadavam milhões de dólares.

Portugal | PEDRO NUNO SANTOS NÃO QUER SER O GRILO FALANTE

Rafael Barbosa, diretor adjunto | Jornal de Notícias | opinião

Pedro Nuno Santos está de regresso ao Parlamento e ao seu lugar de deputado. Nunca seria um regresso discreto e, apesar de ter falado pouco, deixou pistas suficientes sobre o seu futuro. Explicou, por exemplo, que não é candidato a nada, mas com o cuidado de acrescentar que só é assim “neste momento”. As suas ambições são, na verdade, de médio ou longo prazo, partindo do princípio que a atual legislatura segue até ao fim, ou seja, até outubro de 2026.

Disse também que é um deputado da maioria e, portanto, que apoia o Governo. Ou seja, não vai assumir um papel de líder da oposição interna. Nem o poderia fazer, se de facto mantém a ambição de ser candidato a líder. Se assumisse o papel de crítico, quando se aproxima um ciclo eleitoral exigente para o PS, com eleições europeias dentro de um ano, e autárquicas dentro de dois, seria visto como um franco-atirador.

Nada que, em si mesmo, tenha alguma coisa de errado. Um partido democrático pode e deve ter os seus grilos falantes. E há deputados socialistas, como Alexandra Leitão (que também já foi ministra), que fazem regularmente críticas duras ao seu partido e ao seu Governo. Mas esse não seria o melhor cartão de visita para quem ambiciona chegar à liderança. O PS não está na Oposição, está no Poder e quer mantê-lo. O mesmo é válido para Pedro Nuno Santos.

Note-se, no entanto, o facto de o regresso coincidir com a ponta final da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, concretamente com a apresentação da versão preliminar do seu relatório. É importante não esquecer que o que deu origem a esta comissão não foi o “deplorável” e mediático episódio do gabinete do ministro João Galamba (o seu sucessor nas Infraestruturas), mas a indemnização milionária a Alexandra Reis. Que, como agora todos sabemos, foi Pedro Nuno Santos a autorizar, e de forma displicente.

Esta será sempre a sua pedra no sapato, mesmo que as atenções se desviem entretanto para o processo de reprivatização da TAP. Um fantasma a pairar sobre as ambições políticas de Pedro Nuno Santos. O tempo dirá se a memória é assim tão curta.

Portugal | O MENINO DISCRETO

Henrique Monteiro | Henricartoon

Portugal desmaiado | "BADAGAIO" DO PRESIDENTE OU O PRESIDENTE "BADAGAIO"?

Os portugueses interessados, ontem, apanharam novo cagaço com o desmaio do presidente Marcelo. Que se saiba, oficialmente, é o segundo. Primeiro no Minho e ontem na Costa da Caparica, na Universidade daquele burgo às portas de Lisboa. Grande alarido mas afinal foi Nada - como disseram. É isso que abre o Curto de hoje de que temos andado arredados para fazer o gosto aos "enjoados".

Dito isto só resta abordar pela rama de que trata este Curto do prestimoso Expresso do tio Balsemão Bilderberg à Força Toda que nos faz o ninho atrás das orelhas. Pois. Adiante.

Adiante-se ainda sobre o "badagaio" do presidente Marcelo que ficámos a saber que ele não pode continuar a andar a meter-se nos copos. Não vai mais moscatel para a mesa do presidente. Cumpra-se o chavão: "Se presidir não beba!". As melhoras, caro "conservador", "moderador", "comentador". Saúde.

Lá vai a lista indiciativa:

Badagaio com todos, subida de juros nos EUA... Pois. Médicos em greve mas à prova de badagaios do presidente. Se for gente perrapada é que já não será bem assim. Pois. Pois. A direita em força por esta Europa dita da união (dos mais ricos), em Espanha também é o caso. Direita volver 'hermanos'. Conho. Portugal e o Relatório CPI à TAP, mais uma distração para este verão. Pode ser que assim os portugueses não sintam tanto a fome nem a miséria, nem que se lembrem que os ricos mais energúmenos estão ainda mais ricos, mais salafrários, mais prejudiciais à justiça que devia ser direito de todos mas que é só de uns quantos... A vida custa, Costa. Mas não para ti nem para esses tais energúmenos que apaparicas. Adiante.

Depois, neste Curto ainda vai poder conhecer: vem aí nova rede social, que é como quem diz Nova Lixeira e novo pivete à Elon Musk/Mark Zuckerberg, salafrários de primeira apanha. Ainda há mais. Vá ler.

Bom dia e bom quase fim-de-semana ou boas férias. Feliz natal. Boas misérias... E continuem a balir todos juntos mas cada um a pensar no seu umbigo. O costume.

Curto a seguir. Já! Vá ler.

MM/PG

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