quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Portugal | Jornalistas e liberdade

Fernanda Câncio* | Diário de Notícias | opinião

Normalmente não se escreve nos jornais sobre o que se passa com os jornais onde se escreve. Normalmente não se escreve nos jornais sobre os patrões dos jornais - e quando se escreve, é para dizer bem. Normalmente fazemos de mortos sobre tudo o que nos diz respeito. Normalmente, creio, estamos errados nisso tudo. 

“Gostava de ter um patrão que gostasse de jornalismo. Que gostasse de jornais. Acho que as pessoas que investem na Comunicação Social têm de gostar, perceber de jornalismo, entender o seu valor para a democracia e para a vida.” 

Isto foi dito por um de nós, jornalistas do DN, na reportagem que este sábado o DN publicou, online, sobre o DN e o que se tem vivido, no jornalismo em geral e no DN em particular, nos últimos tempos. É uma coisa que parece básica, claro, isto de patrões de jornais deverem perceber o que são jornais, mas que, quando o financiamento do jornalismo se tornou um assunto aflitivo e a gestão das empresas jornalísticas passou a ser sinónimo de “restruturações e cortes”, soa cada vez mais pungente. 

Daí que quando esta segunda-feira comecei a ler a entrevista concedida ao Público por Marco Galinha, empresário do Grupo Bel e chairman da Global Media Group (GMG), o grupo empresarial de media que detém, entre outros títulos, o DN, a TSF, o Jornal de Notícias, O Jogo, o Dinheiro Vivo e o Açoriano Oriental, tenha ficado agradada com algumas das suas afirmações. 

Antes de mais, recorde-se o contexto: de 2021 a 2023 Marco Galinha foi acionista maioritário do GMG, vendendo no segundo semestre de 2023 a um fundo internacional, o World Opportunity Fund (WOF). Porém ante o que se seguiu à entrada do fundo na empresa - anúncio de despedimento coletivo de cerca de metade dos trabalhadores, demissão da maioria das direções editoriais, salários em atraso, não pagamento do subsídio de Natal, greves, exigência, pela Entidade Reguladora da Comunicação Social, da identificação dos beneficiários do fundo  -, e tendo publicamente afirmado existir incumprimento das condições contratuais a que o WOF se teria obrigado, intentou, em janeiro, uma ação de arresto nos tribunais para retomar o controlo do GMG.

O empresário veio assim, em conjunto com outros “antigos acionistas” -  Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira - apresentar-se como um viabilizador daquilo que seja “a melhor solução para o GMG e para os jornalistas”, perspetivando a entrada de novos acionistas mas assegurando: “Não vou deixar cair o grupo, isso garanto. Se todas as propostas falharem, farei tudo para manter a sua sustentabilidade.” 

Para quem trabalha no GMG, e nomeadamente para os jornalistas, a intervenção destes acionistas, que têm mantido comunicação connosco, e que disseram tudo estar a fazer para pagar os salários em falta até esta quarta-feira, criou uma janela de esperança. Normal pois que esta entrevista de Marco Galinha seja vista à lupa.

Portugal | Ainda com dúvidas? O Setenta e Quatro e a extrema-direita

A manifestação neonazi deste sábado foi mais um sinal das ameaças à democracia que espreitam ao virar da esquina. Entre 100 a 150 neonazis, munidos com tatuagens assustadoras e muitos deles ligados a claques de futebol, marcharam por Lisboa com faixas e tochas.

O espetáculo cénico que montaram teve ampla repercussão na comunicação social, com diretos e diretos a serem feitos. Os neonazis adoraram a atenção que receberam, mas, sobretudo, o medo que despertaram entre a comunidade imigrante.

Mais uma linha vermelha foi ultrapassada este sábado: há muito que não víamos neonazis a perderem a vergonha em marchar pelas ruas gritando palavras de ódio. É uma consequência da normalização do ódio e da extrema-direita em amplos setores da sociedade portuguesa, mas há sempre quem resista.

Ao mesmo tempo, a pouco mais de um quilómetro, mais de duas mil pessoas juntavam-se no Intendente no combate ao ódio e ao fascismo, em solidariedade com a comunidade imigrante. O amor, o companheirismo e a solidariedade superaram o ódio.

O Setenta e Quatro tem feito da investigação à extrema-direita um pilar da sua linha editorial. Precisamos de um jornalismo que rejeite o discurso de ódio, que se recuse a promover a extrema-direita e se comprometa com os direitos e liberdades essenciais para a nossa vida democrática coletiva. Precisamos, acima de tudo, de um jornalismo consciente, comprometido com a democracia. É que a Democracia e o Jornalismo caminham juntos ou caem juntos.

Mas o jornalismo não o consegue fazer sozinho, precisa de ajuda. O Setenta e Quatro lançou uma campanha especial de subscrição. Quem o subscrever com valor de 50 euros ou mais receberá o livro Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis. Podes fazê-lo aqui.

Ainda estás com dúvidas sobre subscrever o Setenta e Quatro? Nós ajudamos. Vê abaixo alguns dos artigos que publicámos sobre a extrema-direita. 

Mais para ler e... pensar:

Anatomia de um homicídio: a noite do crime | Ricardo Cabral Fernandes e João Biscaia |

Polícias sem lei: o ódio de 591 agentes de autoridade -- Filipe Teles e Pedro Coelho

Licença para odiar: como nasce uma filial dos Proud Boys em Portugal -- Ricardo Cabral Fernandes |

Steven Forti: "A extrema-direita quer esvaziar a democracia radicalizando a direita tradicional e a opinião pública" -- João Biscaia

As organizações de extrema-direita em Portugal

Mapeámos pela primeira vez em Portugal o universo dos símbolos e das organizações de extrema-direita entre 1974 e 2021. Este wiki mostra como se organiza e organizou a extrema-direita em Portugal, quais as ligações entre as suas forças políticas, quem as liderava e como se financiava, quais as influências ideológicas e tendências. Mas também as suas rivalidades e atos de violência, de ameaça à democracia e a uma sociedade que se quer inclusiva e plural.

Setenta e Quatro 

Portugal | CHEGA... Os que que vos avisam vossos amigos são

Fazemos notar sobre texto de Salvador sobre a observação Chega que o diabólico Hitler também se moldou assim alegando resolver tudo para bem dos alemães até que ganhou eleições e constituiu o governo monstruoso e desumano que a história testemunha apesar de ter sido tão resumida e branqueada. Até parece que Ventura Chega estudou o melhor modo de enganar os papalvos, desavisados e inconscientes eleitores na esperança de o alcandorarem a esse feito da extrema-direita, do nazi-fascismo que já caminha a passos largos pela União Europeia, por Portugal e pelo mundo.

Tomem o texto do jornalista do Expresso na newsletter do Expresso Diário como um aviso. Recomendamos.

Os que que vos avisam vossos amigos são.

Redação PG

Chega “catches it all”

João Miguel Salvador, jornalista | Expresso Diário - newsletter

Olá,

E obrigado por se informar connosco.

Se “the winner takes it all”, como cantavam os ABBA, o Chega de hoje “catches it all”. É que o partido de André Ventura está atualmente muito longe daquilo que era, pelo menos na sua génese fundacional. É possível que esse seja o grande erro de percepção daqueles que continuam a olhar para o partido como uma organização de protesto, apenas colada à extrema-direita.

O Chega, que esta quinta-feira apresentou o seu programa eleitoral - o Expresso está a acompanhar ao minuto as eleições legislativas -, já não é apenas isso. Metamorfoseou-se e será um partido catch all, como defende Lourenço Pereira Coutinho. E esse é mesmo o nó ideológico que ainda não se desfez nas nossas cabeças. A verdade é que caracterizar o partido de Ventura é uma tarefa cada vez mais complexa. Perceber as motivações de quem nele vota também. Se não, vejamos.

Confrontado com as medidas mais sociais, Rui Rocha chamou “socialista” a Ventura e tentou colar o seu oponente de debate (disponível em podcast) ao PS. Mas quem hoje ouviu o líder do Chega teve uma percepção bem diferente: então o foco está no combate à corrupção e no controlo da imigração? Sim e não.

Tal como Otto Kirchheimer explanou quando cunhou o termo, um partido catch all é um partido que tenta reunir o máximo de apoio possível de vários grupos de uma mesma comunidade. Tomando as dores de várias franjas da população, Ventura consegue responder às suas inquietações com promessas impossíveis. Melhores pensões, salários mais altos, combater a corrupção, controlar a imigração, manter empresas estratégicas, baixar impostos, reverter leis progressistas e taxar grandes lucros: há propostas para os gostos dos eleitores de todo o espetro político.

É um produto político complexo com soluções para quase todos. Ao mesmo tempo, o anúncio de medidas populares junto de um eleitorado diverso ajuda a esbater as medidas mais polémicas que defende - e que poderiam afastar o eleitorado, algo que as últimas sondagens não parecem indicar. Sobre a forma como se apresenta em debates, Daniel Oliveira alerta que a visão da bolha mediática difere do olhar do eleitorado de cada candidato (“Ventura foi eficaz para quem quer ser eficaz”, defende) e esse desfasamento pode levar a erros de perceção quanto a quem vence em cada momento de confronto.

Dentro de poucas horas, pelas 23h, haverá nova edição semanal disponível para assinantes. Se ainda não subscreveu o Expresso, saiba como ter acesso à melhor informação antes da chegada do semanário às bancas esta sexta-feira.

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“Não percebem por que deve ser dada nos primeiros meses de vida”: pais portugueses resistem a vacinar os filhos contra a hepatite B

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Daniel Oliveira

A bolha acha que Ventura perdeu

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Debates de todos contra todos: uma maratona desgastante, mas democrática e esclarecedora

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Recolha de embalagens dos ecopontos estagnou em 2023 quando devia ter aumentado

A PRÓXIMA VAGA

“Oeiras vai ter um meio inovador de transporte de passageiros: um helicóptero sem piloto, a pessoa entra na aeronave e descola na vertical”

Economia

ECONOMIA

Governo aprova apoios de 320 milhões de euros para o sector agrícola

A NATO PREPARA-SE PARA ENTRAR NA GUERRA DEVIDO À DERROTA DE KIEV

Os militares russos mantêm a iniciativa em todas as linhas da frente. Enquanto as forças ucranianas tentam contra-ataques para abrandar o avanço russo na cidade de Avdeevka, perdem terreno em todas as outras direcções.

South Front | # Traduzido em português do Brasil – ver vídeo

No norte do Donbass, as tropas russas assumiram o controle das alturas dominantes a leste de Terny. Eles continuam seu ataque em uma frente ampla, avançando várias centenas de metros por dia. As unidades ucranianas em retirada encontraram-se em uma planície sob fogo pesado de aeronaves e artilharia russas. Dado que a área estava fortemente minada, as forças russas estão a atacar as posições ucranianas, a fim de impedir o inimigo de quaisquer operações, enquanto os sapadores limpam as derrotas para uma nova ofensiva.

Os militares russos também estão a afastar a artilharia ucraniana de Donetsk, a fim de reduzir os bombardeamentos contra civis na cidade.

O exército russo está se aproximando do grande reduto ucraniano em Kurakhovo vindo de três direções.

A nordeste, alcançaram novo sucesso tático na cidade de Pervomaiskoe. No último dia, avançaram cerca de 800 metros perto dos lagos, endireitando a linha de frente.

A leste, eles continuam o ataque a Georgievka.

Para sudeste, os militares russos avançam na parcialmente cercada Novomikhailovka. Como resultado de batalhas prolongadas, as forças russas romperam as defesas ucranianas e ganharam posição na parte oriental da cidade.

Os patronos da OTAN compreendem claramente a derrota dos militares ucranianos e estão a preparar uma nova escalada da guerra contra a Rússia.

Londres teria proposto aos seus aliados que considerassem o envio da Força Expedicionária da OTAN para a Ucrânia. O principal fomentador da guerra supõe transferir secretamente grandes forças da NATO altamente manobráveis ​​das zonas fronteiriças da Roménia e da Polónia para tomar a defesa ao longo do rio Dnieper. Isto permitiria a libertação das reservas militares necessárias do exército ucraniano para enviá-los para a frente.

A operação pode incluir um ataque preventivo das Forças Armadas da Moldávia e da Roménia na Transnístria, bem como o envio de militares da NATO no território da Noruega e da Finlândia para dispersar as forças russas e lançar ataques contra instalações de infra-estruturas estratégicas nas regiões do norte da Rússia.

Assim, de acordo com o plano de Londres, a NATO irá alegadamente minar as capacidades ofensivas da Rússia e Moscovo será forçada a iniciar negociações. A Grã-Bretanha pretende concluir a preparação de tal cenário até Maio deste ano.

Este plano não corresponde à vontade dos países europeus de combater a Rússia utilizando forças alheias; mas Londres está certa de que o avanço russo em curso na Ucrânia irá persuadi-los a tomar medidas decisivas.

Na verdade, os militares da NATO estão há muito tempo destacados na Ucrânia, disfarçados de mercenários e instrutores militares. Hoje, os fomentadores da guerra ocidentais estão apenas à procura de formas de legalizar a presença da NATO na Ucrânia.

Ler/Ver em South Front:

EUA brincam com fogo no Oriente Médio

A batalha por Avdeevka está esquentando

Da Ucrânia a Gaza, os EUA estão falhando

Kiev não consegue parar de perder terreno

Porque Medvedev está livre para se tornar completo 'Born to Be Wild'

Pepe Escobar* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Washington está a dividir activamente a UE em favor de um eixo furiosamente russofóbico Vilnius-Varsóvia-Kiev.

Sim, querido, vou fazer isso acontecer
Leve o mundo em um abraço de amor
Dispare todas as suas armas de uma vez
E exploda no espaço

Lobo da Estepe, Nascido para Ser Selvagem , 1967

O mundo tem de estar grato ao vice-presidente do Conselho de Segurança Russo, Dimitri Medvedev. Parafraseando aquela icónica série de anúncios da era da Guerra Fria  sobre uma cerveja que refresca as partes que outras cervejas não conseguem, Medvedev refresca aquelas partes – sensíveis – que o Kremlin e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, por razões diplomáticas, não conseguem alcançar.

Enquanto as surpreendentes mudanças tectónicas continuam a virar a geopolítica e a geoeconomia de cabeça para baixo, e o Anjo da História olha para o Leste enquanto os Estados Unidos, corroídos por dentro, agarram-se desesperadamente aos restos do seu domínio cada vez menor do Espectro Total , Medvedev não esconde o quanto ele gosta “ fumaça e iluminação”, sem falar no “trovão de heavy metal”.

A Exposição Um é algo para sempre. Merece uma citação completa – completa com uma tradução colorida em inglês:

“Os políticos ocidentais que cagaram nas calças e os seus generais medíocres na NATO decidiram mais uma vez assustar-nos. Lançaram os maiores exercícios militares desde a Guerra Fria.

Protestos na Europa podem levar a uma grande crise social

Lucas Leiroz* Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A insistência dos governos europeus em ignorar as reivindicações dos agricultores tende a gerar sérios problemas e desestabilizar o bloco.

Você pode acompanhar Lucas no X (antigo Twitter) e no Telegram

Os actuais protestos na Europa estão a levar vários países a uma grave crise social. Os governos europeus continuam relutantes em satisfazer as exigências dos camponeses e agricultores, gerando uma escalada nas manifestações e preocupações sobre a estabilidade da UE num futuro próximo.

Os trabalhadores rurais exigem a criação de mecanismos de proteção à produção nacional, reduzindo a importação de itens agrícolas, bem como mudanças nas políticas “verdes” que prejudicam fortemente os produtores. Os protestos decorrem desde Janeiro, com milhares de agricultores a sair às ruas em países como França, Alemanha, Bélgica, Itália, Polónia, Roménia e Países Baixos – bem como manifestações mais pequenas em alguns outros estados.

Há uma série de fatores que precisam ser compreendidos para analisar adequadamente a crise atual. Em primeiro lugar, é necessário lembrar que o setor agrícola europeu é tradicionalmente mais frágil do que outros segmentos económicos, como a indústria e as finanças. Os agricultores locais estão numa posição de desvantagem em relação às principais potências produtoras de alimentos fora da Europa Ocidental. Por esta razão, o setor sempre esteve fortemente dependente de incentivos estatais para se manter ativo, garantindo estabilidade e lucros aos agricultores.

No entanto, os estados europeus não estão a cumprir o seu dever como patrocinadores agrícolas. Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, a UE tem sofrido os efeitos colaterais da imposição de sanções ilegais contra Moscovo, uma vez que o comércio de energia e fertilizantes russos foi proibido. Além disso, para ajudar o regime neonazi, a UE começou a importar massivamente produtos agrícolas ucranianos, destruindo virtualmente o agronegócio interno dos estados da Europa Ocidental.

Agricultores protestam na Europa

Ramsés, Suíça | Cartoon Movement

Garçom, tem um trator no meu prato!

Um Estado Tecno-Bárbaro – O tempo acabou, Israel

Jeremy Salt* | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Sem mais opções pacíficas, o pêndulo oscila de volta para a guerra que já está a ser travada pelo “eixo da resistência” e que provavelmente se alargará para uma guerra regional a qualquer momento.

Não há como voltar atrás. Dezenas de milhares de civis palestinos assassinados, metade deles crianças, milhares de incontáveis ​​mortos sob os escombros, dezenas de milhares mutilados para o resto da vida.

Esta não é uma guerra contra o Hamas, mas sim uma guerra contra os civis, sendo o ataque militar de 7 de Outubro o pretexto usado por um comando político e militar genocida para aniquilar a Palestina de uma vez por todas.

Milhares de crianças foram mortas. Milhares de outras pessoas tiveram a vida mutilada. Seus membros danificados estão sendo cortados sem anestesia nos hospitais porque não há nenhuma. No entanto, no dia seguinte, ainda mais pessoas são mortas ou mutiladas. Não há como recuar. Não há indignação pública com o assassinato em massa de crianças.

Pelo contrário, a maioria dos judeus israelitas apoia o que os seus militares estão a fazer e muitos querem que isso vá ainda mais longe. Os palestinianos estão a morrer de fome, mas os manifestantes israelitas estão mesmo a bloquear as pequenas quantidades de ajuda que chegam a Gaza a partir da passagem de Nitzana. Isto sem contar com o bombardeamento de camiões de alimentos e de ajuda médica que chegavam a Gaza vindos do Egipto.

Isto não é apenas Netanyahu ou Gallant e o resto dos psicopatas/sociopatas no comando político e militar, mas o povo. Eles estão todos participando deste festival de sangue.

BLOG DE GAZA: Retirada do 271º Batalhão de Israel | Hospital Nasser bombardeado

A guerra de Israel contra a UNRWA | Noruega aumentará fundos | Escalada dos EUA no Iraque – DIA 125 

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Embora os Americanos insistam que procuram calma e estabilidade no Médio Oriente, levaram a cabo um grande ataque, que matou um alto comandante do exército iraquiano.

Entretanto, prosseguem as deliberações sobre a resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo. Embora Netanyahu insista que quer destruir a Resistência, as suas opções estão a tornar-se mais limitadas a cada dia.

O Hamas e outros grupos da Resistência estão a lutar em todas as frentes e parece que estão prontos para lutar durante muitos mais meses.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 27.840 palestinos foram mortos e 67.317 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Quinta-feira, 8 de fevereiro, 12h30 (GMT+2)

MÍDIA PALESTINA: Três palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense contra residentes palestinos na área de uma vila beduína ao norte de Gaza.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DE GAZA: 7.840 palestinos foram mortos e 67.317 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.

LAPID (para Blinken): Estamos determinados a devolver as pessoas sequestradas e eliminar o Hamas.

HAMAS: Uma delegação chefiada por Khalil al-Hayya, vice-chefe do movimento em Gaza, chegou à capital egípcia, Cairo, para concluir as negociações de cessar-fogo.

MAERSK: A situação no Mar Vermelho está a evoluir para um estado de incerteza.

RÁDIO DO EXÉRCITO ISRAELITA: Um oficial e dois soldados ficaram feridos quando o Hezbollah libanês atacou uma base militar em Kiryat Shmona.

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