domingo, 12 de novembro de 2023

Portugal | O drama não é a instabilidade

Inês Cardoso* | Jornal de Notíicias | opinião

Seja com o foco nas consequências económicas, ou no receio da insuficiente solidez política que venha a resultar das eleições de março, não faltam avisos alarmistas quanto ao risco de entrarmos num ciclo de instabilidade. Não há que dramatizar a ida às urnas ou o cenário de minorias obrigadas a negociar. A natureza da democracia é exatamente essa e a criação de pontes um sinal de maturidade política.

O drama do país é outro. Independentemente da responsabilidade criminal que venha (ou não) a ser apurada no processo que envolve membros do Governo, o que se vai entrevendo na investigação é uma teia infindável de influências e pressões. Num país em que se acha normal meter cunhas e pedir favores, os organismos públicos e entidades reguladoras estão politizados, a circulação entre política e organismos que deviam ser independentes é permanente (veja-se a simplicidade com que é aceite o cenário de Mário Centeno voltar a saltitar entre o Banco de Portugal e o Executivo), e as portas giratórias entre cargos públicos e empresas privadas estão sempre ativas, é impossível não nos questionarmos sobre as debilidades do regime.

Se a isso somarmos o receio de descredibilização da justiça, temos um quadro preocupante. E não se trata apenas de problematizar o risco de estarmos a assistir a um excessivo condicionamento da política pela justiça, caso não venha a confirmar-se a prova robusta das suspeitas. Está em causa a forma como tantos processos envolvendo titulares de cargos públicos se têm arrastado longos anos, queimando os suspeitos em lume brando.

Sem cairmos em populismos nem generalizações ou juízos abusivos, é urgente que coletivamente agucemos o sentido crítico. Cabe-nos exercer uma cidadania ativa e atenta, valorizando o voto como momento de escolher quem pode protagonizar as melhores políticas. E essa cidadania plena tem de prosseguir para além das eleições, exigindo instituições sólidas e credíveis. A democracia é uma construção sempre inacabada.

* Diretora

Portugal | Agora a sério, Marcelo: ¿Por qué no te callas?

Tiago Franco [*]

Marcelo Rebelo de Sousa, o nosso Marcelo, Presidente dos Afectos e das Selfies, disse a um representante palestiniano, no Bazar Diplomático, que, “desta vez, foram vocês que começaram” e “têm que ser mais moderados”. Há muito que deixei de prestar atenção a MRS, não só por ser um presidente no qual não me sinto representado mas, principalmente, pela vergonha alheia que me causa.

Sempre achei o Marcelo, suposto ‘afilhado’ do outro Marcelo, um excelente actor. Alguém que, lá no íntimo, bebeu os ensinamentos do Estado Novo, maturou aquele conservadorismo ao longo das décadas e deu-lhe uma nova roupagem de modernidade nos comentários da TVI, até se tornar um suportável moderado para ganhar eleições.

No fundo, no fundo, Marcelo é aquele velhinho hiperactivo que não distingue proximidade da população com demagogia barata. Aquele que não separa a pose de Estado da piada barata. Aquele que pensa que estar à vontade e à vontadinha são a mesma coisa.

Marcelo é o homem profundamente sensível e preocupado que aparece na capa das revistas agarrado a outro ancião que chora, desesperado, a perda da casa e pertences engolidos pelo fogo de Pedrógão, mas que, depois das luzes das televisões se desligarem, o viu morrer alguns anos depois, ainda sem ter uma casa para viver.

Marcelo é o presidente que visita a comunidade portuguesa no Canadá e comenta o tamanho dos decotes alheios, ou é aquele que passa pelo Alentejo e faz questão de realçar a obesidade de uma das pessoas com quem tira fotografias. Marcelo é um homem que me envergonha, por estes dias, enquanto primeira figura da Nação.

Se enquanto o tema são decotes, ainda se pode mudar de canal e procurar temas fracturantes. Mas quando a gaffe acontece dirigida a Gaza, já é mais difícil de tolerar. Essencialmente, por uma questão: não é uma gaffe.

Não foi um deslize. Não foi uma inconveniência. Foi sim a demonstração de uma ideologia e de um pensamento profundamente enviesado, onde Marcelo não está sozinho neste chamado “Mundo Ocidental”, note-se. Mesmo sabendo ser nula a importância de Portugal nas decisões que contam para a política externa da União Europeia, eu fico, ainda assim, incomodado por ver que um Presidente, o do país onde nasci, dizer a um diplomata palestiniano que, “desta vez, eles é que começaram”.

De forma educada, o representante da Palestina ainda respondeu: “Senhor. Presidente, nós estamos a ser ocupados há 56 anos… Como é que começámos algo?” E Marcelo, como não é rapaz de se calar perante as asneiras, ainda retorquiu que precisam de mais moderação.

Faz sentido. De facto, tudo aquilo que precisa um povo a viver há décadas numa prisão, e a ser chacinado perante a aprovação do Ocidente, com uma tenebrosa regularidade, é de mais calma e de mais moderação. Como não pedir a pessoas que andam há 50 anos a retirar os filhos de baixo dos escombros de edifícios, que tenham mais calma e moderação perante o invasor?

Portugal | GOLPE PALACIANO OU DE FACA E ALGUIDAR DE LARANJAS MECÂNICAS?

PORTUGAL - pátria do opróbio

Ministério Público admite erro e confunde António Costa com o ministro da Economia na transcrição de uma escuta

Em causa está uma escuta entre Afonso Salema e Diogo Lacerda Machado em que é referido o nome de António Costa Silva, ministro da Economia. Na transcrição da conversa, o MP, por lapso, identifica-o apenas como António Costa, primeiro-ministro demissionário

O Ministério Público cometeu um erro na transcrição de uma escuta telefónica entre Diogo Lacerda Machado e Afonso Salema, consultor e administrador da Start Campus, respetivamente.

Segundo a CNN, o amigo do primeiro-ministro demissionário comprometeu-se a mover influências junto do Governo, apontando que ia abordar “António Costa”, como ficou transcrito no documento do MP. Mas, na verdade, Lacerda Machado referia-se a António Costa Silva, ministro da Economia.

Ainda de acordo com a CNN, o procurador João Paulo Centeno reconheceu o lapso durante o interrogatório a Lacerda Machado que decorreu esta semana no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

A escuta cita uma conversa entre Salema e Lacerda Machado em que o consultor se compromete a ver se é “Economia ou Finanças” o sítio certo para tratar junto da Comissão Europeia de uma “alteração de códigos de atividade económica para os data centers”. Se fosse Finanças, seria “Medina” a pessoa a contactar. Se fosse Economia, seria “António Costa”, o quase homónimo do primeiro-ministro que tem esta pasta.

Expresso

Plano de limpeza étnica Israel-americano para salvar o modelo do “novo médio oriente”

Á luz das evidências emergentes de uma conspiração israelita para limpar etnicamente cerca de 2,4 milhões de palestinianos da Faixa de Gaza, os EUA continuam a enviar reforços sem precedentes para o Mediterrâneo, ao mesmo tempo que rejeitam firmemente a consideração de uma pausa humanitária ou de um cessar-fogo. Além disso, as origens da ofensiva do Hamas de 7 de Outubro remontam a décadas, entrelaçadas com dinâmicas regionais contemporâneas que se estendem muito para além das fronteiras da Palestina ocupada.

Robert Inlakesh* | MintPress News| # Traduzido em português do Brasil

Em 7 de outubro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou formalmente guerra ao Hamas na Faixa de Gaza. Esta declaração foi acompanhada por uma declaração do ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, na qual mencionou que “não haverá electricidade, nem comida, nem combustível” para o povo de Gaza, e acrescentou: “Estamos a lutar contra os animais humanos, e estamos agindo de acordo.” Desde aquele dia, o líder israelita tem enfatizado consistentemente que esta guerra deverá ser “longa e desafiadora” e poderá prolongar-se por “meses”. Quando se lê nas entrelinhas, o corte do fornecimento de ajuda médica, água e alimentos à população civil de Gaza, uma situação observada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), não só se enquadra na jurisdição do tribunal como um crime potencial, mas também pode ser interpretado como uma tentativa de cometer genocídio.

No seu objectivo declarado de erradicar o Hamas, o governo israelita ainda não apresentou uma visão clara do que uma vitória implicaria. Portanto, devemos examinar as provas disponíveis das acções de Israel e das discussões em curso sobre como este conflito poderá acabar por terminar.

Segundo alguns números, mais de 9.000 palestinianos foram mortos por ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza, enquanto o Ministério da Saúde palestiniano (MS) informa que cerca de 70% das vítimas foram mulheres, crianças e idosos. Remédios, alimentos e água potável foram impedidos de entrar em Gaza, uma vez que o exército israelita ainda não fez uma redução significativa nas capacidades militares do Hamas. O governo dos Estados Unidos apoiou as ações de Israel usando o seu poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) para bloquear duas resoluções de cessar-fogo e fornecendo munições e assistência diplomática e logística aos militares israelitas. Além disso, Israel iniciou uma incursão terrestre que, até agora, tem sido limitada a áreas abertas e tem evitado em grande parte regiões densamente povoadas.

Angola | A Alma dos Macacos e os Heróis -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

António Guterres afirmou que 89 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) morreram na Faixa de Gaza. A Organização Mundial de Saúde revelou que até hoje 160 profissionais, entre os quais médicos, foram assassinados pelos nazis de Telavive com os seus bombardeamentos de extermínio dos palestinos. Hoje quatro hospitais foram bombardeados e há dezenas de mortos. Porque o ministro da Defesa de Israel diz que por baixo das unidades hospitalares há túneis onde se escondem os “terroristas”. Por isso, vai tudo à frente. Porquê? Explico.

Os colonialistas portugueses incutiam nos colonos que os angolanos não eram seres humanos. Não passavam de macacos falantes, aproveitáveis para o trabalho escravo. A vida dos negros não tinha qualquer valor. Eram corpos sem alma e sangue de galinha, bom para cabidela. O baixo nível escolar dos que vinham colonizar Angola (muitos eram presos de delito comum) facilitava a assimilação destas teses racistas. 

Os mentores do colonialismo até criaram um prémio extra para quem desembarcava nos portos de Luanda e do Lobito. Mal atravessavam a linha do Equador subiam logo na escala social. Todos os negros, mesmo “assimilados”, ficavam abaixo deles. Além de que tinham garantido o fim da fome e da miséria. Assim perpetuavam as políticas racistas e de opressão. 

O 4 de Fevereiro de 1961 marcou o início da Luta Armada de Libertação Nacional. Afinal os animais falantes, sem alma e com sangue de galinha lutavam pela Liberdade e a Dignidade, valores dos Humanos! Há que exterminá-los pela falta de respeito ao branco! 

Assim começou a Guerra Colonial com o apoio generalizado dos colonos. As excepções honrosas e corajosas confirmam a regra. As hordas de milícias (colonos civis armados) e as tropas despachadas à pressa de Portugal partiram para o genocídio. As operações militares no “mato” incluíam quase sempre a destruição das aldeias. A soldadesca tinha instruções para pegar fogo a todas as cubatas. 

A Igreja alinhou actvamente na Guerra Colonial. O Padre António Vieira explicou às lideranças políticas da época no Brasil e em Lisboa que “os índios e os negros têm alma como nós”. Séculos depois os sacerdotes  integravam as unidades militares que iam matar pretos para as colónias. Milhares de “padres capelões” deram cobertura à criminosa agressão armada aos civis em Angla, Guiné e Moçambique. Porque os pretos não têm alma e os portugueses são “uma raça superior”. Porque Nossa Senhora (deles) apareceu a três crianças numa serra e para não sujar os pés brancos de neve ficou em cima de uma árvore. Terra de Santa Maria. Povo escolhido. Numa mão a cruz e na noutra a espada.

Direito de Ataque aos Ocupantes -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Israel é a potência ocupante da Palestina. Ostenta esse estatuto. Por isso não tem o direito a defender-se dos ocupados. Pelo contrário, o Povo Palestino, oprimido, é que tem o dever de se libertar dos ocupantes. Mesmo que isso não esteja incluído no cardápio das regras impostas pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA).

O movimento de libertação HAMAS defende a luta armada contra o ocupante estrangeiro (Israel). Para isso criou um braço armado, as Brigadas Al-Qassam que enfrentam as tropas ocupantes há muitos anos. Muitas acções são indubitavelmente terrorismo. Não incluo os acontecimentos do dia 7 de Outubro passado, porque o governo de extremíssima direita de Telavive não permite que se saiba o que realmente aconteceu. É preciso saber quem permitiu a abertura na “muralha intransponível “ da Faixa de Gaza. Quem desligou os alarmes. Quem manietou as forças armadas de Israel durante horas. Quem matou quem e porquê.

Estas respostas podem ser dadas cabalmente por militares prisioneiros nas mãos das Brigadas Al-Qassam. E essa hipótese pode justificar os bombardeamentos diários, permanentes, a um território densamente povoado (colmeias humanas) onde há a certeza absoluta de que cada bomba vai matar dezenas de civis. Os bombardeadores (terroristas) querem mesmo matar. Exterminam seres humanos condenados a um regime de apartheid, além da ocupação estrangeira. Estamos seguramente a assistir ao genocídio dos palestinos em Gaza. Mas também à tentativa de matar testemunhas incómodas. Pelo menos 60 prisioneiros ou reféns já foram mortos à bomba por quem tinha o dever de libertá-los. Terrorismo!

A potência ocupante, Israel, não tem o direito a defender-se daqueles que oprime. Os palestinos têm o direito de atacar os opressores e ocupantes estrangeiros em nome da Dignidade Humana. Em nosso nome. Em nome de todos os que amam a Liberdade. Os palestinos estão a lutar em nome dos angolanos, retribuindo-lhes os longos anos de Luta Armada contra o colonialismo. Os anos de guerra contra o regime racista de Pretória até obrigá-lo à rendição nos Acordos de Nova Iorque. 

Enquanto a Palestina estiver ocupada, enquanto os palestinos forem vítimas do regime de apartheid imposto pelos nazis de Telavive, ninguém no mundo é livre. Ninguém. E quem não lutar ao lado dos palestinos é cúmplice do nazismo dos nossos dias. Benjamim Netanyahu é um Hitler pançudo, boçal, mas mais sanguinário e exterminador do que o original. Ele e todo o seu gabinete de assassinos cruéis.

O governo de Israel diz que no fim do genocídio vai ocupar a Faixa de Gaza “por tempo indefinido”. O governo do estado terrorista mais perigoso do nundo (EUA) diz que a ocupação é “por algum tempo”. Leia-se, mais 56 anos. O eixo nazi que sufoca a Humanidade já decidiu. Para EUA, Israel e seus aliados os palestinos são para exterminar e a Palestina não pode ser livre. É necessário obter muita força humana para derrotar o nazismo dos nossos dias.

O Presidente Putin sobre o genocídio na Palestina fez esta declaração no dia 30 de Outubro, que foi censurada no ocidente alargado: “Não há justificação para os terríveis acontecimentos em Gaza, onde centenas de milhares de pessoas estão a ser mortas indiscriminadamente, sem terem para onde fugir ou esconder-se dos bombardeamentos”. 

O Governo de Pequim segue o mesmo discurso. Do Brasil chegam as críticas mais contundentes aos nazis de Telavive. A África do Sul condenou o regime de apartheid imposto aos palestinos e o genocídio na Palestina. Chamou o seu embaixador em Telavive. Entre os fundadores do BRICS a Índia assumiu uma posição mais conciliadora. O ministério das Relações Exteriores divulgou a sua primeira declaração oficial sobre a guerra: “Existe uma obrigação universal de observar o direito humanitário internacional e há também uma responsabilidade global de combater o terrorismo”. 

O governo indiano alinhou com as posições do BRICS: “Apelamos a negociações directas para um Estado da Palestina Soberano, independente e viável, vivendo dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, lado a lado, em paz com Israel”.

A solução existe há muitos anos mas Israel boicota e sabota. Por isso ocupa a Palestina há 56 anos, ignorando todas as resoluções da ONU. Eis os termos da solução: “Um Estado Palestino independente tal como decidiu o Conselho de Segurança da ONU, dentro das fronteiras de 1967, que coexiste em paz e segurança com Israel”.

O governo nazi de Telavive está fora da solução. Enveredou pelo genocídio. O HAMAS está fora da solução ao não reconhecer a existência de Israel. Mas uns e outros só contam na medida em que os EUA, a União Europeia e o Reino Unido quiserem. Até agora provam diariamente que apostam no genocídio dos palestinos. Armam e apoiam os genocidas.

CORRUPÇÃO CHOCANTE NA UCRÂNIA: Kiev ‘pinta’ combustível para seus militares

South Front | # Traduzido em português do Brasil

A escala da corrupção na Ucrânia está a ameaçar as necessidades dos militares ucranianos na frente. Em resposta, as autoridades ucranianas obrigarão os fornecedores de combustível do exército a pintar gasolina e diesel para combater a sua revenda.

O Ministério da Defesa da Ucrânia terá que adicionar corante ao óleo diesel. O corante verde será utilizado na gasolina, destinada às Forças Armadas do país. As medidas são para combater a revenda e mistura do combustível.

“A marcação permitirá identificar e rastrear o combustível adquirido exclusivamente para as necessidades das Forças Armadas da Ucrânia e reduzir a possibilidade da sua venda ilegal”, afirmou o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado.

O Ministério da Defesa da Ucrânia planeja iniciar o fornecimento desse combustível na próxima semana, e ele será entregue às tropas até o final de novembro.

A decisão foi tomada logo após o chefe do gabinete do presidente ucraniano, Andriy Ermak, afirmar que não há corrupção na liderança do país, os parceiros estrangeiros do país também não têm negociações com Kiev sobre este tema. Tradicionalmente, ele afirmou que as alegações de que a Ucrânia é o estado mais corrupto são “narrativas russas espalhadas pela propaganda russa”.

Ler/Ver em South Front:

ATUALIZADO: A mídia aponta para o coronel ucraniano que coordenou o ataque ao Nord Stream

Ucrânia usando bombas coletivas no território indiscutível da Rússia

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 11 DE NOVEMBRO DE 2023 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Os UAV russos atingiram alvos na região de Odessa;

As forças russas atingiram a posição das Forças de Defesa Aérea Ucranianas em Ilyichevsk;

Na noite de 10 de novembro, as forças russas destruíram dois UAVs ucranianos nas regiões de Smolensk e Moscou;

Em 10 de novembro, um grupo de sabotagem ucraniano disparou contra um carro de guardas de fronteira russos, matando um deles, na região de Bryansk;

Em 11 de novembro, bombardeios ucranianos mataram dois civis em Donetsk e Gorlovka, mais dois civis ficaram feridos;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Sinkovka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Kleshcheevka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Novomikhailovka;

O exército russo repeliu os ataques ucranianos perto de Rabotino;

Os confrontos entre a AFU e o exército russo continuam perto de Avdiivka;

As forças russas eliminaram 50 militares, dois veículos blindados, duas picapes, dois sistemas de artilharia Krab, um sistema de artilharia Gvozdika, um obus D-30 na área de Kupyansk;

As forças russas eliminaram 80 militares, três veículos blindados e quatro veículos motorizados na área de Krasny Liman;

As forças russas eliminaram 305 militares, cinco veículos blindados, seis veículos motorizados, um sistema de artilharia Krab, um obus D-30 na área de Donetsk;

As forças russas eliminaram 140 militares, um M119 Paladin, dois Krab, dois obuses FH70, quatro sistemas de artilharia M777, um obus Msta-B na área de South Donetsk;

As forças russas eliminaram 50 militares, dois veículos motorizados, um sistema de artilharia Akatsiya e um obuseiro M119 na região de Zaporozhye;

As forças russas eliminaram 60 militares da AFU, um tanque, três veículos motorizados e um obus Msta-B na região de Kherson;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram 38 drones ucranianos no último dia;

Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram cinco projéteis HIMARS fabricados nos EUA no último dia;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram um MiG-29 perto de Zaporozhye.

Ler/Ver em South Front:

Resistência Iraquiana anuncia outro ataque contra a cidade de Eilat, em Israel (vídeo)

Os confrontos esquentam perto do Hospital Al-Shifa, em Gaza, enquanto as tropas israelenses se aproximam (vídeos)

Nova ofensiva russa começa na direção sul de Donetsk – relatórios

Israel ataca a Síria após ataque com foguetes nas Colinas de Golã

Ações da UE na Geórgia, Moldávia e Ucrânia: Preparadas para “Revoluções Coloridas”

As potenciais transformações no Sul do Cáucaso estão intimamente ligadas à estratégia de contenção da Rússia, tal como aconteceu na Ucrânia e na Moldávia.

Erkin Oncan* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A Geórgia, que tem sido objecto de discussões sobre a sua potencial adesão à União Europeia (UE), aguarda ansiosamente a decisão que será anunciada hoje relativamente ao seu estatuto de candidato. O Presidente do Parlamento georgiano, Irakli Kobahidze, expressou otimismo quanto ao facto de estar a ser tomada uma decisão positiva a favor do estatuto de candidata da Geórgia, enquanto o Primeiro-Ministro Irakli Garibashvili sublinhou o significado histórico desta decisão e as suas implicações para o futuro da Geórgia na Europa.

Como a decisão da Comissão Europeia é ansiosamente aguardada, o presidente georgiano, Salome Zurabishvili, apelou ao público para se reunir em Tbilisi após a decisão ser revelada. Ela afirmou: “Vamos reunir-nos amanhã e reiterar que o nosso destino não está na Rússia, mas na Europa, fazendo ouvir as nossas vozes”.

O Presidente Zurabishvili já tinha assumido uma posição firme contra o parlamento durante os debates sobre a “Lei de Transparência da Influência Estrangeira”, levando a que apoiantes pró-Ocidente saíssem às ruas do país. Ela anunciou durante sua visita aos EUA que apoia os ativistas e pretende vetar a lei.

Nos antigos países soviéticos como a Geórgia, as relações com o Ocidente não são apenas diplomáticas; envolvem frequentemente uma luta entre políticas pró-ocidentais, muitas vezes de extrema-direita, e aqueles que defendem laços estreitos com a Rússia.

O Presidente da Comissão dos Direitos Humanos do Parlamento da Geórgia, Mikheil Sarjveladze, referiu-se ao processo de adesão à UE como um meio de “libertar o país da ocupação russa”, sublinhando a competição política. É evidente que as crises políticas em curso na Geórgia não se limitam a várias leis e medidas políticas, mas também fazem parte de um esforço mais amplo para transformar o outrora promissor “Sonho Georgiano” num potencial pesadelo.

A Europa no fogo cruzado: todas as crises podem ser geridas simultaneamente?

As nações que defendem a multipolaridade, a estabilidade e a segurança enfrentam ameaças de cerco militar, golpes de estado e revoluções coloridas, escreve Erkin Öncan.

Erkin Oncan* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A operação militar da Rússia na Ucrânia não só desencadeou sanções anti-russas e ajuda financeira/militar à Ucrânia, mas também expôs as múltiplas ameaças que a Europa enfrenta. Enquanto o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, procura utilizar a Ucrânia, um produto das revoluções coloridas, como uma alavanca estratégica, a Europa suporta o peso das tensões políticas e económicas que se seguem.

Actualmente, a Europa enfrenta a escalada dos preços da energia resultante da crise ucraniana e das sanções anti-russas. Além disso, a agitação alimentada pelas restrições de cereais impostas pela Ucrânia aos países europeus, a deterioração da economia, a onda migratória em curso e os desafios que apresenta continuam a ser questões prementes que aguardam resolução. Entretanto, as acções de Israel em Gaza e as declarações de apoio dos EUA complicam ainda mais as coisas para a Europa.

Apesar das esperanças de que uma resolução do conflito Israel-Palestina possa tirar a Ucrânia da linha da frente, espera-se que os líderes europeus enfrentem ambas as crises simultaneamente, com poucas excepções como a Espanha. Citando o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, que observou: “É evidente que o conflito no Médio Oriente lança uma sombra sobre os acontecimentos na Ucrânia”, o Politico antecipa que os líderes da UE afirmarão a sua capacidade para enfrentar simultaneamente os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente. .

Não se limita apenas à Ucrânia e a Israel; também são revelados planos de revolução colorida no Kosovo-Sérvia, questões em curso na Geórgia, uma crise política antecipada na Arménia devido às ações do Azerbaijão em Karabakh e pressão política sobre os partidos da oposição na Moldávia, entre outras preocupações.

Guerra Israel-Hamas ao vivo: tanques israelenses cercam o Hospital al-Shifa de Gaza

"Uma criança foi morta e várias outras ficaram feridas depois que aviões de guerra israelenses bombardearam a casa da família Abu Shab em Bani Suhaila, a leste de Khan Younis."

Mersiha Gadzo,  Virginia Pietromarchi,  Priyanka Shankar,  Lyndal Rowlands  e  John Power | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil 

A OMS afirma ter perdido a comunicação com os seus contactos dentro do al-Shifa, o maior hospital de Gaza.

Vários hospitais na Cidade de Gaza e no norte de Gaza foram “atingidos diretamente” à medida que Israel intensifica os ataques em torno dos hospitais, afirma a ONU. Há receios para centenas de pacientes, incluindo 37 bebés prematuros no Hospital al-Shifa, devido à falta de electricidade em vários hospitais.

Grandes marchas pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza foram realizadas em cidades de todo o mundo, incluindo Nova Iorque, Londres, Paris, Bagdad, Carachi, Berlim e Edimburgo. Em Tel Aviv, os israelenses reuniram-se para pedir a libertação dos prisioneiros detidos pelo Hamas.

Pelo menos 11.078 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro. Esses números podem não ser os mais recentes, já que vários hospitais perderam contato no sábado, atrasando as atualizações do Ministério da Saúde de Gaza, segundo a ONU.

Em Israel, após uma revisão em baixa , o número de mortos ascende agora a mais de 1.200.

Mídia israelense relata possível progresso no acordo de cativos

Os três principais canais de notícias televisivos de Israel, sem citar fontes identificadas, disseram que houve algum progresso no sentido de um acordo para libertar os cativos detidos pelo Hamas em Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não discutiria detalhes de qualquer possível acordo, que, segundo o N12 News, envolveria a libertação de 50 a 100 mulheres, crianças e idosos em etapas durante uma pausa de três a cinco dias nos combates.

De acordo com os relatórios, Israel libertaria mulheres e prisioneiros palestinianos menores e consideraria deixar entrar combustível em Gaza, reservando-se ao mesmo tempo o direito de retomar os combates.

PRCS tenta ‘aliviar o sofrimento das crianças deslocadas’

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) compartilhou uma postagem no X mostrando um grupo de crianças palestinas amontoadas, assistindo a um vídeo, enquanto a equipe tenta distrair os jovens dos bombardeios israelenses lá fora.

“Apesar dos cortes de energia e da falta de bens essenciais à vida, as equipas do #PRCS esforçam-se por aliviar o sofrimento das crianças deslocadas no Hospital Al-Quds”, disse o PRCS.

“O seu objetivo é trazer sorrisos aos rostos destas crianças, apesar das cenas de dor e medo que experimentam devido ao bombardeamento israelita em curso nas proximidades do Hospital Al-Quds.”

Exército israelense anuncia corredor de evacuação e suspensão temporária dos combates em Jabalia

O exército israelense diz que os civis serão autorizados a fugir do norte de Gaza pela rua Salah al-Din das 9h [7h GMT] às 16h [14h GMT].

Além do corredor de evacuação, o exército disse que haverá uma “cessação tática temporária das atividades militares” de quatro horas em Jabalia, a partir das 10h [8h GMT].

“Apelamos aos residentes para que aproveitem esta suspensão temporária dos incêndios e se mudem para sul”, disse o exército no seu canal árabe no X.

Haverá também um corredor humanitário para as pessoas saírem do Hospital al-Shifa pela rua al-Wahda para chegar à rota Salah al-Din, disse o exército.

No entanto, testemunhos de dentro do hospital dizem que deixar o centro médico não é seguro, apesar do anúncio do exército israelita. Em mensagens separadas, Ahmad Mokhallalati, um cirurgião do al-Shifa, e Mustafa Sarsour, o único jornalista remanescente no hospital, disseram à Al Jazeera que testemunharam civis tentando sair do prédio sendo alvejados.

Israel intensifica ataques em Khan Younis, Rafah e centro de Gaza

Por Hani Mahmoud, reportando de Khan Younis, sul de Gaza

Um edifício residencial na parte oriental de Khan Younis foi atacado e destruído.

Até agora, três pessoas teriam sido mortas. Uma pessoa – foi muito gráfico de ver – seu corpo foi em pedaços em um saco plástico e levado diretamente para o necrotério.

Este ataque ocorreu após algumas horas de relativa calma na área. Mas nas primeiras horas desta manhã e nas últimas horas da noite passada, Rafah, Khan Younis e a parte central de Gaza foram repetidamente alvo de múltiplos ataques aéreos e bombardeamentos pesados.

Recapitular

Passa pouco das 10h (8h GMT) de domingo nos territórios palestinos ocupados e em Israel.

Se você acabou de se juntar a nós, aqui está uma recapitulação do que aconteceu até agora:

Os palestinos abrigados no Hospital al-Shifa de Gaza imploram por ajuda da comunidade internacional enquanto tanques cercam o hospital. O diretor do hospital, Muhammad Abu Salmiya, disse que os bebés nascidos prematuramente estão numa “situação precária” e que qualquer pessoa que se mova dentro do complexo hospitalar está a ser atacada por atiradores israelitas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma ter perdido comunicação com seus contatos dentro do Hospital al-Shifa.

Outros hospitais também estão sob ataque. Dois médicos foram mortos e vários deslocados ficaram feridos, na sequência dos bombardeamentos do exército israelita nas proximidades do Hospital Maternidade Mahdi, no bairro de Nasr.

O escritório do Programa de Desenvolvimento da ONU em Gaza foi bombardeado ontem à noite, disse Achim Steiner, chefe do PNUD, e acrescentou que houve relatos de mortes e feridos.

O grupo armado libanês Hezbollah elogiou o uso de novas armas contra Israel e prometeu que a frente contra o seu inimigo permanecerá “ativa”.

O Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, alertou o Hezbollah para não entrar no conflito, sugerindo que, se o fizesse, Beirute poderia parecer-se com Gaza.

Em Tel Aviv, milhares de pessoas manifestaram-se pedindo a libertação dos prisioneiros detidos pelo Hamas.

Grandes marchas pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza foram realizadas em cidades de todo o mundo, incluindo Nova Iorque, Londres, Paris, Bagdad, Carachi, Berlim e Edimburgo.

Forças israelenses matam palestinos ao norte de Nablus, Cisjordânia ocupada

As forças israelenses mataram outro palestino na Cisjordânia, elevando para 186 o número de mortos no território ocupado desde 7 de outubro, disse o Ministério da Saúde.

“Montaser Muhammad Amin Saif, 34 anos, foi baleado no domingo pelas forças de ocupação israelenses na vila de Burqa, ao norte de Nablus”, disse o ministério em comunicado.

As forças israelenses invadiram a cidade de Burqa e revistaram várias casas, segundo a agência de notícias palestina Wafa.

Durante a noite, as forças israelenses prenderam pelo menos 21 palestinos em ataques nas províncias de Ramallah, Hebron, Nablus e Tulkarm, informou Wafa, citando a segurança palestina e fontes locais.

‘Estamos no meio da zona de guerra’: Cirurgião do Hospital Al-Shifa

A situação dentro do Hospital al-Shifa está piorando e ninguém se sente seguro, disse um cirurgião do hospital à Al Jazeera.

“Dificilmente podemos tratar os pacientes dentro do hospital e estamos no meio da zona de guerra. Há ataques aéreos contínuos e os drones pairam na área do hospital”, disse o Dr. Ahmad Mokhallalati.

“Anteontem, por volta das 2 da manhã, a energia elétrica parou por causa de alguns problemas. O engenheiro que foi tentar consertar foi baleado por um drone e ferido no pescoço. Quatro de seus membros estão paralisados”, acrescentou.

Mokhallalati disse que o anúncio do exército israelense de que as pessoas podem usar a saída no lado leste do complexo hospitalar para sair “é uma grande mentira”.

“Vi diante dos meus olhos uma família de cinco pessoas que ontem tentou se mudar do leste e foi baleada. Então eles voltaram feridos”, disse ele.

Nove civis mortos em ataques aéreos israelenses à casa de uma família no norte de Gaza

À medida que o ataque militar israelita continua através da sitiada Faixa de Gaza, aqui está um resumo dos recentes assassinatos e destruições até agora, conforme relatado pela agência de notícias palestiniana Wafa:

Nove civis foram mortos e muitos feridos depois que ataques aéreos israelenses atingiram a casa da família Askari em Tal al-Zaatar, no norte de Gaza

Um ataque aéreo israelita atingiu as instalações do PNUD no bairro de Nasr, na cidade de Gaza, onde centenas de pessoas se refugiavam, causando mais vítimas.

Dois médicos foram mortos e vários deslocados ficaram feridos, na sequência de um bombardeamento do exército israelita nas proximidades do Hospital Maternidade Mahdi, em Nasr.

Muitas pessoas foram mortas quando um ataque aéreo israelita teve como alvo a casa da família Rantisi, no campo de refugiados de Shaboura, em Rafah, bem como a família Abu Abda, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza.

Dois bebês prematuros morreram no Hospital al-Shifa devido à falta de eletricidade.

Uma criança foi morta e várias outras ficaram feridas depois que aviões de guerra israelenses bombardearam a casa da família Abu Shab em Bani Suhaila, a leste de Khan Younis.

As forças israelenses atacaram um prédio residencial pertencente à família Farra na área de Sheikh Nasser, a leste de Khan Younis. Evacuado anteriormente, o prédio foi destruído.

AL JAZEERA

Funcionários indonésios no hospital de Gaza 'resignaram-se ao destino' enquanto os israelitas se aproximam

Enquanto os israelitas se aproximam

O voluntário médico indonésio em Gaza, Fikri Rofiul Haq, diz que permanecerá no hospital e não será evacuado.

Aisyah Llewellyn | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Medan, Indonésia – Nesta altura do ano, deveria ser a época dos morangos na Faixa de Gaza. Em vez disso, os campos tradicionalmente plantados com morangos em Setembro e colhidos a partir de Novembro são agora campos de batalha.

Uma das regiões mais férteis para os famosos morangos da Palestina é Beit Lahia, com o seu bom clima, solo rico e abastecimento de água de alta qualidade.

Localizada no norte de Gaza, Beit Lahia também abriga o Hospital da Indonésia, onde o voluntário médico da Indonésia Fikri Rofiul Haq está baseado na organização humanitária indonésia, o Comitê de Resgate de Emergência Médica (MER-C).

“As forças israelitas têm bombardeado campos em toda a Faixa de Gaza e muitas colheitas morreram”, disse Haq à Al Jazeera.

“Este ano não haverá produtos habituais como os morangos, apesar de ser inverno”, disse ele.

No meio do horror da guerra de Israel em Gaza, a destruição da colheita de morangos na Palestina pode parecer insignificante.

Mas para Haq – um dos três voluntários indonésios do MER-C baseados no Hospital da Indonésia – a memória dos morangos de Gaza ajuda-o a enfrentar a situação. Cada dia é agora uma questão de sobrevivência no território, onde Israel concentra agora os seus ataques aos hospitais.

“No início da guerra, ainda conseguíamos obter alguns produtos da área em redor do hospital, como vegetais e macarrão instantâneo, mas agora é impossível obter produtos frescos como cebolas, tomates e pepinos”, disse ele, falando à Al Jazeera por meio de mensagens de voz do WhatsApp.

“Agora, no Hospital da Indonésia, os funcionários só recebem uma refeição uma vez por dia, à hora do almoço, que é fornecida pelo Hospital [vizinho] Al-Shifa. No café da manhã e no jantar, os funcionários comem biscoitos ou tâmaras”, disse ele.

As condições nos hospitais indonésios e Al-Shifa , bem como em outros hospitais em Gaza, deterioraram-se seriamente desde a última vez que a Al Jazeera falou com Haq na sexta-feira.

O Dr. Mohammad Abu Salmiya, diretor do Hospital Al-Shifa, alertou no sábado que centenas de pessoas feridas, bem como bebês recém-nascidos, precisavam ser transportados com urgência para um centro médico operacional, pois seu hospital estava desmoronando sob a pressão da falta de combustível e medicina – bem como os bombardeamentos israelitas.

“É uma tragédia. Os cadáveres – não podemos colocá-los em freezers porque não estão funcionando, então decidimos cavar um buraco nas proximidades do hospital. É uma cena muito desumana. A situação está totalmente fora de controle. Centenas de corpos estão em decomposição”, disse Abu Salmiya à Al Jazeera.

Atef al-Kahlot, diretor do Hospital da Indonésia, disse que suas instalações estão operando apenas entre 30% e 40% da capacidade e fez um apelo para que o mundo ajude.

“Apelamos às pessoas honradas do mundo, se sobrar alguma delas, para que pressionem as forças de ocupação para abastecerem o Hospital Indonésio e o resto dos hospitais na Faixa de Gaza”, disse ele.

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