sábado, 25 de agosto de 2012

CAVACO SILVA – E SE FOSSE LAMBER SABÃO?

 

BATEMOS PALMAS A ESTA PEÇA
 
José Martins – Aqui Tailândia
 
Como vai sendo uso dizer-se, o diabo está nos detalhes. Convenhamos que a mais recente borrada, ou burrada, se preferirem, da autoria do cidadão Aníbal Cavaco Silva é um primor no que ao detalhe diz respeito... ainda que tenha conseguido passar algo despercebida. Senão vejamos:
 
Quando lhe perguntaram o que tinha a comentar sobre o esperado corte de mais duzentos milhões de euros no orçamento da saúde pública, respondeu que não fazia comentários... por estar de férias.
 
O “detalhe” é que, quando bolsou esta resposta, Cavaco Silva estava exactamente a interromper as benditas férias para inaugurar um hospital privado, logo, um estabelecimento comercial, propriedade de uns senhores que fazem fortuna com a doença alheia... praticamente “subsidiados” pelos sucessivos cortes com que os bandalhos do seu partido estão a arruinar o Serviço Nacional de Saúde, empurrando os cidadãos que ainda podem pagar, para os braços dos negociantes da morte, negociantes que já empregaram, empregam à socapa e voltarão, certamente, a empregar o lacaio que têm no Governo a fazer o papel de Ministro da Saúde.
 
Decididamente, aquilo que seria o prestigiado e prestigiante lugar de Presidente da República... está vago! O cidadão que o ocupa, não presta! Começou a sua vida activa «perfeitamente integrado no actual regime», isto no tempo do fascismo... e pouco avançou desde então.
 
Ah... e não vale a pena cansarem-se (como eu fiz) a procurar atalhos que levem até à ficha da PIDE em que ele se declarou "perfeitamente integrado"... pois todos os links que tentei estão apagados e as páginas "não existem". Acidente informático muito conveniente!
 
Já não se trata de ter ou não vergonha na cara. Trata-se, desgraçadamente, de alguém que nem cara tem para ter vergonha!
 
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Imagem Escolhida do Página Global: Cavaco a lamber sabão
 
Na secção do Página Global, Imagem Escolhida, inserimos a imagem possível e a prosa que a acompanha retirada do blogue Aqui Tailândia. Pedimos desculpa por não publicarmos uma imagem de acordo com o título onde poderíamos ver Cavaco Silva a lamber sabão. Não encontrámos tal imagem mas convidamos a darmos largas à imaginação e então sim ver tal quadro: Cavaco a lamber sabão e em vez de fazer as tão lindas bolas de sabão exibir pelo ar euros € e cifrões $, montanhas de títulos exponencialmente, escandalosamente, misteriosamente, lucrativos – oferta do amigo Oliveira Costa e de mais quem vier. 
 
E mais, muito mais. Aqueles valores e "aplicações", tudo belo e a evadirem-se das barras de sabão. Ooooh, e a dona Maria, prazenteira, olhos brilhantes, sôfrega, a guardar tudo muito bem guardadinho, num cofre, debaixo do colchão, no penico e em locais secretos… Sim, não fosse algum daqueles valiosos mas voláteis símbolos voar, desaparecer. É que com as míseras reformas do casal e mais uns rendimentozinhos de “aplicações” está difícil sobreviverem. Tudo que contribua para o pé-de-meia aumentar merece sacrifício. Até lamber sabão. Boa imaginação de tais avaros. (Redação PG)
 

Isaías Samakuva e a UNITA acreditam que Angola é o que não é: um Estado de Direito

 


Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*
 
O líder da UNITA, Isaías Samakuva, continua a acreditar – apesar das evidências que até os cegos vêem – que Angola é o que não é: um Estado de Direito democrático.
 
Então não é que hoje, em Luanda, quando falava a milhares de apoiantes (o MPLA garante que não chegaram a mil) que participaram na manifestação de protesto, Samakuva disse estranhar a ausência de observadores da União Europeia (UE) nas eleições gerais em Angola?
 
Francamente. A esmagadora maioria dos observadores, a começar pelos da UE, estão ou estarão em Angola para subscrever as teses do regime do MPLA, sejam elas quais forem. E para isso, convenhamos, não precisam de estar no país. Já hoje podem dizer que as eleições do dia 31 de Agosto foram justas e transparentes.
 
Como se isso não fosse bastante, Isaías Samakuva voltou a acusar o Governo angolano de recusar a emissão de vistos a observadores estrangeiros. e referiu-se à ausência da União Europeia.
 
Há muito tempo que Isaías Samakuva mostrou ao mundo que as democracias ocidentais estão a sustentar um regime corrupto e um partido que quer perpetuar-se no poder. E de que lhe valeu isso?
 
Embora reconheça que o 4 de Abril de 2002 representou "o início de uma nova etapa do processo político angolano", a UNITA lamenta que continuem por se cumprir "os objetivos políticos preconizados no âmbito da democratização e da reconciliação nacional".
 
Para o maior partido da oposição, as reformas previstas nos vários Acordos de Paz, para a criação de "um verdadeiro Estado de Direito Democrático em Angola e para o estabelecimento de um sistema de Governo realmente democrático, apenas conheceram passos muito tímidos".
 
Pois é. As liberdades fundamentais dos angolanos, constitucionalmente consagradas, continuam coartadas com a intensificação, nos últimos tempos, de actos de intolerância política praticados em quase todo o país, de forma coordenada, por elementos afectos ao partido no poder que, perante o silêncio conivente das autoridades do país, destroem propriedades, símbolos partidários e causam desaparecimentos, ferimentos e perda de vidas humanas entre militantes e membros de partidos na oposição, sobretudo os da UNITA.
 
Creio que pouco, ou nada, adianta hoje continuar a defender que a UNITA deve ser salva pela crítica e não assassinada pelo elogio. Apesar disso, tenho um compromisso moral com o que Jonas Savimbi me disse, em 1975, no Huambo: “a UNITA, tal como Angola, não se define – sente-se”. Por isso...
 
Alguém se lembra de que, como estão as coisas, nunca será resgatado o compromisso de Muangai?
 
A UNITA mostrou até agora, é verdade, que sabe o que é a democracia e adoptou-a, embora nem sempre da forma mais transparente. Tê-lo-á feito de forma consciente? Tenho algumas dúvidas, sobretudo depois das manipulações e vigarices eleitorais de que foi vítima, que já não esteja arrependida.
 
Depois da hecatombe eleitoral de 2008, provocada também pela ingenuidade da UNITA acreditar que Angola caminha para a democracia, Samakuva alterou os jogadores, a forma de jogar e prometeu pôr o Galo Negro a voar.
 
Creio, contudo, que o líder da UNITA conseguiu juntar alguns bons jogadores mas esqueceu-se que não bastam bons jogadores para fazer uma boa equipa. Dia 31 ver-se-á quem tem razão.
 
Muitos desses craques, tal como queria o MPLA, não conseguem olhar para além do umbigo, do próprio umbigo. Ou seja, olham para o mensageiro e não para a mensagem. Habituaram-se à lagosta e esqueceram a mandioca.
 
Em 2008 o mundo ocidental esteve de olhos fechados (nem sequer vale a pena falar de Portugal porque esse só vê o que o MPLA deixa) para o enorme exemplo que a UNITA deu. Em 2003, abriu bem os olhos porque esperava o fim do partido. Em 2012 adoptou as leis do MPLA: só os cegos podem manifestar-se sobre o que vêem em Angola.
 
Agora estamos a ver que ao Ocidente basta uma UNITA com 10% dos votos para dar um ar democrático à ditadura do MPLA. Aliás, por alguma razão o Ocidente não reagiu às vigarices, às fraudes protagonizadas pelo MPLA. E não reagiu porque não lhe interessa que a democracia funcione em Angola. É sempre mais fácil negociar com as ditaduras.
 
A democracia, quando existe, tem parâmetros que a definem. E esses não existem em Angola. Alguém vê os tribunais a julgar? Não. Alguém vê o Parlamento a legislar? Não. Alguém vê o Governo a governar? Não.
 
Quem manda, quem se substitui aos tribunais, à Assembleia Nacional e ao Governo é uma entidade não eleita que dá pelo nome de Presidente da República.
 
Segundo a UNITA, o Presidente da República “é apenas um dos vários poderes constituídos da República”. Errado. Seria assim se, de facto e de jure, Angola fosse o tal Estado de Direito Democrático.
 
Como não é, o Presidente (da República e do MPLA) é o único poder existente. Ele tem o poder absoluto que, aliás, tem a cobertura da comunidade e instituições internacionais, mau grado não ter sido eleito.
 
Ao acreditar na democracia, ao querer para Angola um Estado de Direito, a UNITA dá um bom exemplo que, contudo, não tem impacto interno e muito menos externo.
 
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
 
Título anterior do autor, compilado em Página Global: UM EXEMPLO PARA ÁFRICA E PARA O MUNDO!
 

Angola: ELEIÇÕES, RECONCILIAÇÃO NACIONAL E “TERCEIRA ALTERNATIVA

 

Marcolino Moco* – À Mesa do Café
 
Voltasse o tempo para trás, e revivesse o 4 de Abril de 2002, não me imaginaria hoje a escrever este texto, em pleno período eleitoral, dez anos depois do reacender de esperanças que aquele dia trouxe, após cerca de 40 anos de guerras de libertação nacional, umas, e fratricidas, outras. Neste momento imaginar-me-ia calmo e sereno a espera do dia de colocar o meu boletim de voto numa urna, a favor do candidato da minha preferência para presidenciais, ou do meu partido em legislativas, nos termos duma constituição resultante de anteriores consensos nacionais, arduamente reunidos.
 
Mas não. Tenho de acordar por essas horas, abandonados os projectos de outros de tipos de literatura, para estar aqui debruçado sobre estas eleições ensombradas com perspectivas de manifestações contra correntes e possíveis fraudes; e por outras legítimas manifestações, por problemas sociais não resolvidos em tempo oportuno, devido a prioridades castiças;
 
com compatriotas meus a pedir-me “um conselho de mais velho” no facebook e nas conversas do dia-a-dia, sobre se vale a pena ou não permanecer nesta ou naquela cidade, no dia 31 de Agosto e proximidades. E um panfleto electrónico cobarde a invocar discursos de “somalizações de Angola” proferidos há vinte anos, em contextos completamente ultrapassados.
 
É agora que se vê tão claro, como vejo este laptop em que teclo, a falha rotunda da “arquitectura da paz” do Presidente José Eduardo dos Santos, ele próprio envolvido numa campanha anti-reconciliatória, com a necessidade premente de voltar à gastíssima tecla da invocação inconsequente, quiçá, perigosa dos que “partiram o país”. Uma campanha em que, por razoabilidade histórica, em inícios da segunda década do século XXI, ao perfazer 70 anos de vida e 33 anos de poder efectivo, até por respeito à sua própria palavra, já não devia participar. E tudo estaria muito muito bem, sem qualquer tipo de colapso daqueles que vaticina o autor do barato e anacrónico panfleto electrónico, caso a oposição tenha um bom resultado nestas eleições que se realizam num escandaloso “ plano inclinado” a seu desfavor.
 
É hoje que vivemos, de facto, as consequências da partida prematura de Neto que, apesar dos erros, em contextos em que dificilmente um homem do seu tempo e carácter contornaria, nos deixou um sinal claro de uma liderança criativa; e mesmo um sinal de arrependimento sobre os seus equívocos humanos, em direcção a uma verdadeira reconciliação nacional.
 
Não partisse Neto tão cedo, acredito hoje que com Holden Roberto (que cedo entendeu que nada se ganhava com lutas fratricidas) e mesmo com Jonas Savimbi, cujas motivações do tumultuado pensamento e acção política começam agora a ser reavaliados, teríamos hoje uma Angola diferente daqui temos hoje, onde nenhuma liderança consegue erguer-se acima sequer de meros interesses familiares, num país onde tudo chegaria para todos. E é pena!
 
Como é que é ainda hoje necessário que um partido tão grande, como o MPLA, tenha de rebuscar discursos incendiários do passado, para ganhar eleições, criando pretextos para que a oposição faça o mesmo, renovando ódios e desestabilizando o futuro?
 
Mas nunca “tudo está perdido”. Lideranças abertas e criativas hão-de acontecer em Angola.
 
Terão de acontecer. Por isso já consegui recupera-me da recaída de Benguela para escrever este texto. Nem voltei a soçobrar, quando jovens do Huambo me apresentaram aqueles semblantes derreados numa aparentemente insuperável incredulidade no futuro, em conferência que lhes proferia sobre “O perfil económico e social da província do Huambo”, com as minhas ideias optimistas sobre o ulterior desenvolvimento do Província, com a reabilitação do CFB e requalificação da Barragem do Gove.
 
Por isso escrevi “Angola: a terceira alternativa”, deixando a minha contribuição para o reencontrar de caminhos perdidos, em direcção a uma Angola verdadeiramente reconciliada na sua diversidade e unidade desejadas e possíveis.
 
Em “Angola: a terceira alternativa” falo sobretudo do que se pode e deve fazer, independentemente do que resultar destas eleições, para nos libertamos do autoritarismo por vezes “sorridente” que vivemos hoje em Angola. Mas falo também do que ainda assim se pode e deve fazer nestas eleições para, quanto mais não seja, aliviarmos este regime que muitos,
 
com toda a razão, já chamam, no mínimo, de ditadura de disfarçada terminologia democrática.
 
O meu conselho de “mais velho” aos que mo pedem, é que não abandonemos cidade nenhuma e votemos contra o que demais grave aconteceu neste país depois das eleições legislativas de 2008: um golpe jurídico-constitucional contra a paz e a reconciliação nacional, que fora antecipado de outro golpe espectacular, contra a debutante democracia dentro do próprio MPLA, dez anos antes, no seu Congresso de Dezembro de 1998.
 
Tenho garantias informais para vos dizer que a haver confusão, ela não virá da oposição e nem mesmo do verdadeiro MPLA, mas da escassa minoria que quer amedrontar algum eleitorado incómodo, que poderia evitar o reforço de um golpismo que já nos trouxe tantas surpresas desagradáveis:
 
- Jovens e seus apoiantes de braços e cabeças partidas em manifestações pacíficas;
 
- Míngua de água e luz em cidades, bairros e povoações, enquanto somas enormes de dinheiro são desviadas para excentricidades colectivas e individuais;
 
- Compra e ou destruição dos maiores símbolos da nossa consciência ético-moral, cívica e religiosa;
 
- Banalização da Lei, da Justiça e dos magistrados, que já haviam atingido um alto grau de honradez e profissionalismo, mesmo nos tempos em que cantavam as armas;
 
- Usurpação superiormente comandada de terras ancestrais de muita gente, destruição do seu património habitacional em troca de tendas (em tempo de paz!) ou pura mata;
 
Tudo reforçado com o monopólio da comunicação social em todos os sentidos, até o controlo de cada uma das nossas vidas, através de familiares e exclusivas redes telefónicas;
 
Entre tantas e algumas delas indizíveis desgraças.
 
Huambo, aos 20 de Agosto de 2012
 
* Marcolino Moco é ex-primeiro-ministro de Angola
 
Ler também:
 

Angola: EX-MILITARES DESISTIRAM, “POLÍTICA MAIS JUSTA”, GANGSTER E POLÍTICOS

 


Ex-militares desistiram de sair à rua
 
RTP - Lusa
 
A anunciada manifestação não autorizada dos ex-militares para hoje em Luanda foi cancelada, e a razão invocada pelos organizadores foi para que não houvesse "acusações de ligação à da UNITA".
 
Segundo o coordenador da Comissão de Ex-Militares Angolanos (COEMA), general na reforma Silva Mateus, a decisão visou "não dar motivos ao regime para relacionar a luta dos ex-militares com as reivindicações da UNITA".
 
A COEMA pretendia com o protesto de hoje chamar a atenção para os atrasos, nalguns casos de 20 anos, do pagamento de pensões, subsídios e vencimentos.
 
A concentração dos ex-militares estava marcada para o cemitério de Santana, defronte do edifício do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, o mesmo local escolhido pela UNITA para a manifestação que decorreu hoje em Luanda.
 
Os ex-militares protagonizaram já duas manifestações na capital, a 7 e 20 de junho, tendo nessas duas ocasiões surpreendido as autoridades, ao aproximarem-se da Cidade Alta, onde estão sedeados vários ministérios e a Presidência da república,
 
Desta vez, foi montado um dispositivo junto ao cemitério de Santana, com unidades de polícia a cavalo e, no Largo da Maianga, no início da rua que conduz à Cidade Alta.
 
Registe-se ainda o facto de ao longo do dia, a agência Angop ter apresentado várias notícias sobre o pagamento em curso a antigos combatentes.
 
Líder do MPLA reconhece necessidade de "política mais justa" para antigos combatentes
 
RTP - Lusa
 
Angola precisa de uma política "mais realista e justa" de apoio aos antigos combatentes, defendeu hoje em Menongue, sudeste do país, o líder do MPLA, durante um comício integrado na campanha eleitoral para as eleições gerais do próximo dia 31.
 
"É um reconhecimento merecido, necessário, mas não suficiente aos antigos combatentes", disse José Eduardo dos Santos.
 
"Sem o seu contributo à causa da Pátria, hoje nós não estaríamos aqui. A situação atual mostra que o país precisa de uma política mais realista e justa de apoio aos verdadeiros antigos combatentes e é isso que nos propomos fazer", acrescentou.
 
Nesta deslocação às chamadas "terras do fim do mundo", como eram designadas no período colonial e que José Eduardo dos Santos disse querer transformar em "terras de progresso e de esperança no futuro", o líder do MPLA e Presidente da República chamou a atenção para a obra feita pelo seu Governo.
 
"O prometido é devido, como se diz. Disse há alguns meses atrás que viríamos inaugurar a estação central do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes e aqui estamos. Viemos de Luanda com uma delegação importante para participar na festa do povo alusiva a esta grande vitória", afirmou.
 
Além da recuperação da linha ferroviária, José Eduardo dos Santos citou como exemplos do programa de investimentos públicos em infraestruturas a inauguração, na sexta-feira, de um terminal de derivados de petróleo e gás, que servirá toda a região, incluindo a Zâmbia e a Namíbia.
 
"Estas duas obras mostram que o país está a avançar também nesta província", defendeu.
 
As novas estradas e aeroportos foram outros exemplos citados por José Eduardo dos Santos, que anunciou para o próximo mandato o aumento da oferta de energia elétrica e água.
 
"São intensas as relações comerciais entre Angola e a Namíbia e entre Angola e a Zâmbia, através da fronteira comum e nessa atividade está envolvido um significativo número de agentes económicos que prestam importantes serviços para as nossas comunidades", acrescentou.
 
José Eduardo dos Santos referiu-se depois ao facto da província de Cuando-Cubango ter sido palco da "agressão estrangeira e da guerra imposta pelos seus aliados internos", e destacou as minas como "uma das consequências mais graves".
 
"Graças à liberdade e à paz conquistadas, hoje já podemos participar em pé de igualdade, com os nossos vizinhos da Zâmbia, Zimbabwe, Botswana e Namíbia num grandioso projeto, o KAZA ou Okavango-Zambeze, que vai transformar esta região austral de África na maior área transfronteiriça de conservação do mundo", sublinhou.
 
A importância daquele projeto foi evidenciada com a possibilidade da região vir a tornar-se "um dos maiores destinos turísticos do mundo", afirmou.
 
Fantasmas, um muçulmano gangster e alguns políticos em protesto da UNITA
 
RTP - Lusa
 
A manifestação convocada hoje pela UNITA em Luanda reuniu várias formas de descontentamento na sociedade angolana contra a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), num protesto que começou num cemitério, teve dois fantasmas e terminou com alertas à caça ao homem.
 
A ação do maior partido de oposição angolano teve início a meio da manhã com centenas de `motards` junto ao cemitério de Santana, na saída norte de Luanda, em frente do Comando Provincial da Polícia Nacional, que pouco teve de se mostrar.
 
As cores vermelha e verde do partido do Galo Negro dominaram a larga avenida que liga Luanda e Viana, num cortejo pacífico no mesmo dia e local para onde estava prevista uma manifestação não autorizada dos ex-militares, que não apareceram.
 
"Os cadernos eleitorais estão demorados, das atas [síntese das secções do voto] não sabemos. Os delegados dos partidos não têm cartões. Eu sou delegado e não tenho cartão. Em 1992, foi assim, em 2008 foi assim, em 2012 não vai ser assim", afirmou Domingos Coragem, 28 anos, seguindo as críticas da liderança da UNITA à CNE, à frente de um grupo de jovens cheios de vontade de falar.
 
"Para fazer estradas, partem casas e metem as pessoas em tendas", acusa um. "E depois há as casas evolutivas, que chegam a ser partilhadas por quatro famílias", prossegue outro, "não há empregos", "não temos dinheiro para a universidade", "os professores são obrigados a ser do MPLA"... "Não somos malucos, é a frustração", resume Coragem, enquanto os seus "maninhos" continuam a desfilar o rol de críticas ao partido no poder.
 
À frente de um tosco bailado, ergue-se um retrato do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, que surge, dez anos após a sua morte em combate, como uma assombração, embalada pelo cântico "queremos um angolano", em alusão ao velho fantasma são-tomense de José Eduardos dos Santos, a outra figura essencial da história recente angolana,
 
Pela manifestação circulam muitas fotocópias que ligam o Presidente da República a São Tomé e Príncipe, embora a biografia oficial informe que o chefe de Estado nasceu no bairro do Sambizanga, em Luanda, e o grito "queremos um angolano" será ouvido muitas mais vezes.
 
Apesar de convocada pela UNITA, várias formas de descontentamento, abrigaram-se do guarda-chuva do maior partido de oposição e do seu slogan "unidos pela mudança".
 
"Nem todos os que estão aqui são da UNITA, mas todos estão aqui pela frustração", afirma José Alberto, um engenheiro mecânico de 33 anos que garante não ter filiação partidária. "É um ato voluntário, não viemos para ouvir cantar ou beber, mas porque esperamos pela mudança há 37 anos."
 
Vários artistas entoam no palco da concentração final os seus poemas antirregime: "Até na Bíblia está escrito que o pouco é para todos, mas aqui em Angola é só para eles", canta um "rapper" que se identifica como Muçulmano Gangster. A jelaba branca mostra o nome Bin Laden sobre uma cruz cristã, a frase "Xtou Vivo" e ainda "32 é muito", o `slogan" dos jovens da sociedade civil que promoveram manifestações contra o Governo, numa alusão aos anos de poder de José Eduardo dos Santos.
 
As frases chave estão em toda a parte: "A intimidação é a arma dos fracalhotes", "O arquiteto da Fraude", "onde estão Cassule e Kamulingue?", dois militares veteranos desaparecidos num protesto recente e também recordados por Isaías Samakuva, líder do partido, quando finalmente sobe ao palco para fazer o seu discurso contra a CNE e pedir "coragem" para novos possíveis protestos.
 
No Largo da Família, estão poucos milhares de pessoas, numa mobilização bem distante das multidões arrastadas pelo MPLA, e o líder da UNITA usa a quantidade como um argumento: "Vocês não precisam que vos metam nos autocarros à força." E um aviso: "Podem andar estar aí para nos caçar, não aceitem provocações, estão a compreender?" Alguns disseram que preferiam ficar.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
 

Angola: LUNDA TCHOKWE CRIA ORGANIZAÇÃO JUVENIL DO MOVIMENTO

 


MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE CRIA ORGANIZAÇÃO JUVENIL DO MOVIMENTO
 
Partido da máxima, a de que a meta de cada dia deve ser melhorar um pouco, aperfeiçoando o progresso do dia seguinte, traçando um bom percurso em processo preparatório que dá a viagem a melhor condição de êxitos sobre os fracassos passado, certamente para não se voltar a errar muitas vezes.
 
Com esta máxima, a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, reuniu extraordinariamente no passado dia 12 de Agosto de 2012, sob a Presidência do seu Líder Eng.º José Mateus Zecamutchima numa das Unidades Hoteleiras da Capital Angolana, com a presença da maioria dos Membros do Comité Executivo Nacional com o objectivo da criação da Organização Juvenil do Manifesto.
 
Esta estrutura organizativa há muito fazia falta para a mobilização generalizada da Juventude Lunda Tchokwe, tanto no interior da Nação (Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte), como aqueles que se encontram na diáspora, que por sua acutilância tem estado a interagir nas redes sociais com projectos como Lunda Tchokwe Debates e Reflexões sobre cultura e a história do nosso Reino.
 
A Juventude como um dos grandes recursos humanos, determinam o potencial do nosso Movimento e a ela cabe um papel importante para a condução das futuras gerações, e tudo que hoje estamos a fazer, só tem sucesso se esta Juventude se envolver com determinação, com abnegação, entrega, com coragem e sobretudo com muita disciplina, trabalho e estudo, para podermos virar a página da história.
 
Para a nossa Juventude, o nosso Movimento Reivindicativo de Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica da Nação Lunda Tchokwe, já traçou o curso da estratégico e foi fixada o plano de acção, as metas e prioridades, vocês são as pessoas-chaves para o êxito dessa meta.
 
Nós subscrevemos a tese Gandhi: “A não-violência é a maior força á disposição da humanidade. É mais poderosa do que a mais potente arma de destruição concebida pelo engenho humano”. A nossa luta vencera o mal e a besta, o Sol para sempre brilhará numa só força de milhões de braços, retumbante voz de séculos de dor e esperança e a verdade ultrapassará as mais altas nuvens entre as nações.
 
A Estrutura da Organização Juvenil do Manifesto é a seguinte:
 
1.- Secretario Nacional da Juventude do Manifesto; Lungaumue Zola Baptista
2.- Segundo Secretario Nacional; Zola Adelino Keshimalunga
3.- Secretario para Mobilização e Informação; Almeida Alberto Kayambu
4.- Secretaria para Administração e Finanças; Beatriz Helena da Costa
5.- Secretario para Juventude na Diáspora; Patrício K. Morais
6.- Secretario para Cultura, Desporto e Recreação; Carlos Manuel Keshikuiva
7.- Secretario para Marketing e Tecnologias da Informação; Victor M. Helder
 
A esta equipe de Jovens dispostos, se o líder não conseguir navegar e conduzir as pessoas em águas bravias, corre o risco de afundar a embarcação, as barreiras são muitas, a ignorância, a incerteza a cerca do futuro e a falta de imaginação de muitos Jovens, a inculturação que nos foi imposta, são alguns ingredientes que temos a ultrapassar com muito sacrifício.
 
A esta equipa ajunta-se outros membros na diáspora que não podemos citar os seus nomes publicamente, é o movimento Juvenil a crescer, rumo a vitória da nossa Autonomia, a quem desejamos sucesso e êxitos.
 
Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe
 
 

UM EXEMPLO PARA ÁFRICA E PARA O MUNDO!

 


Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*
 
O MPLA quer transformar Angola num país desenvolvido e de referência em África e no Mundo, afirma o secretário-geral do partido, Julião Mateus Paulo (“Dino Matross”).
 
Não percebo. Se Angola é, por força da impoluta governação do MPLA que já dura desde 1975, uma referência em todo o Mundo e arredores, para onde quererá “Dino Matross” que o reino vá?
 
É que Angola é mesmo uma nobre e incólume referência mundial, graças exclusivamente ao MPLA e à liderança do “querido líder” José Eduardo dos Santos.
 
Com 70% da população afectada pela pobreza, com uma taxa de mortalidade infantil que é a terceira mais alta do mundo, com 250 mortes por cada 1.000 crianças, Angola é uma referência em África e no Mundo.
 
Outros indicadores, basilares para que Angola seja a tal referência, revela que apenas 38% da população angolana tem acesso a água potável e que somente 44% dispõe de saneamento básico, que apenas um quarto da população tem acesso a serviços de saúde que, na maior parte dos casos, são de fraca qualidade.
 
Mas há mais dados que revelam toda a capacidade que Angola tem, graças ao MPLA e ao seu líder – “o escolhido de Deus”- tem para ser um paradigma pelo menos africano e mundial: 12% dos hospitais, 11% dos centros de saúde e 85% dos postos de saúde existentes no país apresentam problemas ao nível das instalações, da falta de pessoal e de carência de medicamentos.
 
Esta semana, por exemplo, ficou a saber-se que os centros de saúde dos bairros Bula-Matady, Nabamby e o Hospital Municipal do Lubango, no bairro da Mitcha, na capital da província de Huíla, têm estado a solicitar às parturientes que se façam acompanhar de velas para a sua assistência, devido às falhas de energia e falta de geradores.
 
Mas em abono dessa divina governação do MPLA jogam outros factores que fazem de Angola a tal referência africana e mundial: a taxa de analfabetos é bastante elevada, especialmente entre as mulheres, uma situação que é agravada pelo grande número de crianças e jovens que todos os anos ficam fora do sistema de ensino, 45% das crianças angolanas sofrerem de má nutrição crónica, sendo que uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos.
 
“Dino Matross” poderia igualmente, no âmbito dos mais altos valores patrióticos do MPLA, falar da dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens que é o método oficial do regime para amordaçar os angolanos ou, ainda, que 80% do Produto Interno Bruto angolano é produzido por estrangeiros; que mais de 90% da riqueza nacional privada é subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5% de uma população; que 70% das exportações angolanas de petróleo tem origem na sua colónia de Cabinda.
 
Também não seria descabido “Dino Matross” lembrar que o acesso à boa educação, aos condomínios, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, aos grandes negócios, às licitações dos blocos petrolíferos, está limitado a um grupo muito restrito de famílias ligadas ao regime no poder.
 
“Dino Matross” lembrou-se, contudo, de dizer que a aposta do Executivo é na diversificação da economia para que o país deixe de depender exclusivamente do petróleo e doe diamantes e, mais importante do que tudo isso, que o MPLA, ao longo da sua trajectória, cumpriu os seus princípios ideológicos, enraizando-se no povo e tornou-se “numa força respeitada em Angola, em África e no Mundo”.
 
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
 
Título anterior do autor, compilado em Página Global: TODOS AO LADO DO “ESCOLHIDO DE DEUS”
 

Angola: UNITA DENUNCIA ELEIÇÕES À MODA DO MPLA, SEM CREDIBILIDADE

 


Samakuva disponível para adiar eleições para cumprir a Lei Eleitoral
 
25 de Agosto de 2012, 16:28
 
Luanda, 25 ago (Lusa) - O líder da UNITA disse hoje no final da manifestação promovida pelo seu partido em Luanda que está disponível para o adiamento das eleições em uma semana ou um mês, para garantir o cumprimento da Lei Eleitoral.
 
"Se for necessário mais uma semana, mais um mês, porque não? Mas a lei deve ser cumprida", disse Isaías Samakuva.
 
A manifestação da UNITA, que decorreu no Largo da Família e juntou alguns milhares de pessoas, visou protestar contra a forma como a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) está a organizar o escrutínio.
 
A iniciativa decorreu sem incidentes.
 
EL.
 
Líder da UNITA estranha ausência de observadores da União Europeia
 
25 de Agosto de 2012, 16:45
 
Luanda, 25 ago (Lusa) -- O líder da UNITA estranhou hoje numa ação de protesto do partido em Luanda a ausência de observadores da União Europeia (UE) nas eleições gerais em Angola e pediu à comunidade internacional para não ter medo do seu partido.
 
Num discurso para alguns milhares de pessoas, centrado nas denúncias do maior partido de oposição angolano às alegadas irregularidades no processo eleitoral de 31 de agosto, Isaías Samakuva voltou a acusar o Governo angolano de recusar a emissão de vistos a observadores estrangeiros e referiu-se à ausência da União Europeia.
 
"Nem aceitaram que viessem observadores e os observadores, sobretudo os da União Europeia, decidiram que já não valia a pena mandar alguém", declarou o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), acrescentando que a "União Europeia manda gente para todo o lado, mas não mandou para Angola."
 
- Foto em Lusa
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 

BILL GATES: O MUNDO PRECISA DE MENOS PESSOAS

 

Julio SeveroDebates Culturais
 
Gates se une a abortistas para realizar conferência de “planejamento familiar” sobre eugenia
 
Bill Gates, bilionário da indústria de software que anteriormente defendeu a redução da população humana mediante o uso de vacinas, e sua esposa Melinda marcaram os 100 anos desde o Primeiro Congresso Internacional de Eugenia em Londres com uma cúpula de “planejamento familiar” com abortistas e a ONU.
 
O evento de 11 de julho, co-patrocinado pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional da Inglaterra, incluía organizações como a Federação de Planejamento Familiar, Marie Stopes International e o Fundo de População da ONU assim como a Fundação Bill e Melinda Gates.
 
Os críticos apontaram para o fato de que a cúpula foi realizada 100 anos depois da conferência de eugenia de 1912 dirigida por Leonard Darwin, filho de Charles Darwin, e dedicada a Francis Galton, meio-primo de Darwin.
 
Galton inventou o termo eugenia para promover a ideia de que uma procriação estratégica melhoraria a humanidade.
 
De acordo com a Voz Cristã, um ministério que analisa os atuais eventos e atos sobre as instruções bíblicas para “um melhor jeito, o jeito de Deus”, o evento de 1912 promoveu a “noção de que a economia pode ser melhorada mediante a redução do excesso populacional”, com base nas teorias de Thomas Malthus.
 
O célebre pastor do século XVIII sugeriu que os pobres estavam “drenando os recursos do mundo”, e uma solução seria “introduzir políticas especificamente designadas para trazer morte para grandes números de pessoas”.
 
A Voz Cristã apontou para o fato de que Malthus “incentivava as pessoas a se mudarem para locais próximos de pântanos, pois ele sabia que elas pegariam doenças ali e começariam a morrer em massa”.
 
O relatório observou que a cúpula de 2012 “não incluía nenhuma exigência de esterilização forçada, mas Bill e Melinda Gates prometeram milhões de dólares para melhorar o acesso à contracepção no mundo em desenvolvimento”.
 
Tanto Bill quanto Melinda Gates repetidamente disseram que há gente demais na terra.
 
“Melinda Gates deixou isso muito claro em 2011 quando comentou que ‘os líderes governamentais… estão agora começando a compreender que prover acesso a contraceptivos é um jeito barato de promover crescimento econômico’”, disse a Voz Cristã.
 
O relatório disse: “Então qual é exatamente a relação entre contracepção e crescimento econômico? A conexão é simples: menos pessoas = mais recursos”.
 
No entanto, ideias polêmicas não são novidade para a família Gates. Em reportagem recente, WND divulgou que Natural News disse que dezenas de rianças no Malauí foram vacinadas contra o sarampo sob a mira de armas da polícia.
 
Quem foi o parceiro nessa campanha de vacinação forçada? A Fundação Bill e Melinda Gates, de acordo com Natural News.
 
Duas reportagens independentes da imprensa disseram que os pais levaram seus filhos para o país vizinho, Moçambique, para evitar a campanha obrigatória de vacinação contra o sarampo por vários motivos religiosos. Contudo, quando as famílias retornaram para o Malauí, viram que os assistentes de saúde e a polícia os estavam esperando, e as crianças foram forçadas a receber as vacinas.
 
O relatório da Voz Cristã disse que os pais e as crianças pertenciam às igrejas Sião e Atumwe e criam que receber as vacinas viola seus princípios religiosos.
 
De acordo com o relatório da Voz Cristã, Medison Matchaya, secretário de saúde local, fez questão de que os médicos que deram as vacinas tivessem escolta policial.
 
O elo para o conceito de que menos pessoas fariam o mundo melhor apareceu quando Gates recomendou vacinas como um método para reduzir a população mundial.
 
Gates fez esse comentário na Conferência de Tecnologia, Entretenimento e Design de 2010 em Long Beach, Calif. A conferência só estava aberta a participantes especialmente convidados
 
Ele apresentou um discurso sobre aquecimento global, declarando que as emissões de CO2 têm de ser reduzidas a zero até 2050. Gates disse que toda pessoa no planeta produz em media cerca de cinco toneladas de CO2 por ano.
 
“De certo modo temos de fazer mudanças que trarão reduções até chegar a zero”, disse ele. “[A população] está constantemente crescendo. Foi somente com várias mudanças econômicas que esse crescimento chegou a parar. Por isso, temos de fazer esse crescimento cair e cair até chegar a zero”.
 
Gates apresentou a seguinte equação: CO2 (total de emissões de CO2 da população por ano) = P (pessoas) x S (serviços por pessoa) x E (energia média por serviço) x C (emissão média de CO2 por unidade de energia).
 
“Vamos examinar cada um desses componentes e ver como podemos reduzir até chegar a zero”, disse ele. “Provavelmente, um desses números vai ter de chegar bem perto de zero. Isso é um fato que vem da álgebra do ensino secundário”.
 
Discutindo o “P”, ou fração populacional da equação, ele declarou: “Vamos dar uma olhada. Primeiro, temos a população. O mundo hoje tem 6,8 bilhões de pessoas, e vai chegar a cerca de 9 bilhões. Agora, se realmente fizermos um grande trabalho com novas vacinas, assistência de saúde e serviços reprodutivos, poderemos reduzir a população em talvez 10 ou 15 por cento”.
 
Além disso, ele disse que não seria difícil manter o rastreamento das crianças, as vacinas que tiveram e quando tiverem de receber outra.
 
Ele disse que a tecnologia de telefone celular poderia ser usada para registrar todo nascimento no mundo inteiro e para rastrear as crianças para garantir que sejam vacinadas conforme os desejos dos assessores governamentais.
 
A campanha em massa foi discutida por Gates numa Cúpula de Saúde, que se aprofundou nas questões de tecnologia e saúde.
 
De acordo com Natural News, Gates disse na conferência que a meta é uma população menor, e o uso das vacinas para melhorar a saúde dos bebês é um passo nessa direção.
 
“Isso soa paradoxal”, disse ele. “O fato é que dentro de uma década de resultados de melhoria da saúde, os pais decidem ter [menos] filhos”.
 
“Se conseguirmos registrar todos os nascimentos pelo telefone celular, obter digitais e endereços, então poderemos levar o sistema onde as pessoas estão e garantir que todos sejam vacinados”, disse ele. “Temos de fazer tudo da forma mais eficiente”.
 
Numa reportagem de maio de 2009, o WND revelou quando Gates se juntou a alguns dos homens e mulheres mais ricos do mundo que se encontraram secretamente em Nova Iorque para conversar sobre usar sua vasta riqueza para controlar o crescimento da população do mundo.
 
Além de Gates, o encontro incluiu alguns dos maiores nomes no “clube dos bilionários”, de acordo com o jornal London Times, inclusive David Rockefeller, Ted Turner, Oprah Winfrey, Warren Buffett, George Soros e Michael Bloomberg.
 
Em fevereiro de 2009, Gates também discutiu controle populacional.
 
“As projeções oficiais dizem que a população mundial chegará ao ponto máximo de 09,3 bilhões [que hoje está em 06,6 bilhões hoje], mas iniciativas de caridade, tais como melhor assistência de saúde reprodutiva, achamos que podemos reduzir para 08,3 bilhões”, disse ele.
 
No site American Thinker, pouco antes da recente conferência, Andressen Blom e James Bell escreveram que Melinda Gates disse que a conferência deste ano não deveria envolver “nenhuma polêmica”.
 
Mas eles escreveram que a “única diferença entre a conferência de um século atrás e a conferência deste ano” é que a deste ano “nunca reconhecerá que a eugenia é sua ideia motivadora”.
 
“A eugenia é a ideia infame de que os governos têm de decidir quais tipos de cidadãos devem ser considerados desejáveis… e quais tipos de cidadãos devem ser considerados indesejáveis… e empregar o poder do Estado para incentivar aumentos dos cidadãos desejáveis (eugenia positiva) e incentivar reduções dos cidadãos indesejáveis (eugenia negativa)”, escreveram eles.
 
Eles citaram a declaração de Melinda Gates de que os líderes governamentais “estão agora começando a compreender que fornecer acesso a contraceptivos é um jeito barato de promover crescimento econômico”.
 
“Os governos deveriam fornecer a todas as mulheres acesso a ferramentas de planejamento familiar que são seguras e eficientes”, disse ela.
 
A Voz Cristã disse que o significado é o mesmo, ainda que as palavras usadas hoje sejam diferentes.
 
Em maio, a Voz Cristã disse, a Fundação Gates deu uma verba de 100.000 dólares para pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, para desenvolverem um novo tipo de ultrassom descrito como uma “forma não invasiva e reversível de controle da natalidade para homens”.
 
O ultrassom tornaria um homem infértil por até seis meses.
 
Margaret Sanger, fundadora da Federação de Planejamento Familiar, era uma antiga defensora da eugenia que esperava “ajudar a raça humana a eliminar os indignos”, comentou a Voz Cristã. A fundadora da entidade Marie Stopes International, com sede na Inglaterra, apontou para o fato de que Sanger cria que a esterilização para os “indignos de serem pais e mães” deveria ser “compulsória”.
 
“Certamente, ninguém no Ocidente ainda acha que os pobres e pessoas de ‘mente fraca’ devem ser sujeitos à esterilização compulsória, certo?” disse a Voz Cristã.
 
Mas então citou que:
 
* A Fundação Gates está em parceria com a ONU, que já apoia o limite da China de um filho por família. As campanhas citam o “aquecimento global” como motivo para limitar o número de pessoas.
 
* A Fundação Gates é um “Parceiro Chave” da Organização Mundial de Saúde e seu histórico mundial de esterilizar mulheres a força.
 
* A conferência do mês passado teve ajuda do Departamento de Desenvolvimento Internacional da Inglaterra, “que tem dado dinheiro de assistência para a Índia apesar de avisos de que seria processada a fim de esterilizar mulheres a força”.
 
*A Inglaterra já inclui, em seus pacotes de assistência externa, políticas de aborto.
 
*E a Fundação Gates apoia a organização Save the Children (Save as Crianças), “que tem sido uma grande promotora da agenda de controle populacional”.
 
Reportagem do jornal Guardian de Londres disse que a conferência foi o início do plano de Gates de levantar 4 bilhões de dólares para suas campanhas.
 
Escrito por Bob Unruh
 
Traduzido por Julio Severo do artigo do WND: Bill Gates: World needs fewer people
 
Fonte: www.juliosevero.com
 
*Julio Severo é cristão e atua como ativista pró-vida e pró-família, colaborando para blogs e sites com seus textos. Atualmente, Julio Severo vive com a família no exterior.
 

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