sábado, 25 de março de 2017

MAOMÉ VI: Senhor absoluto do regime da carnificina e do terror infligido ao povo sahauri




REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUI A INDEPENDÊNCIA QUE TARDA MAS QUE É CERTA

Existe um país indevidamente ocupado no norte de África que passa desconhecido ou passou para o esquecimento das nações, incluindo a ONU. RASD - República Árabe Saharaui Democrática. Recorremos à Wikipédia para melhor fazer aqui constar o que muitos ignoram ou esqueceram. É que aquele povo, os saharauis, continua na sua luta de há décadas pela almejada liberdade. A luta é contra o reino de Marrocos. A luta é contra os torcionários ao serviço de (Mohammed) Maomé VI.

Recapitulemos, na Wikipédia:

“O Sahara Ocidental é um território na África Setentrional, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira marítima com a região autónoma espanhola das Canárias. A sua capital é El Aaiún. O Saara Ocidental está na lista das Nações Unidas de territórios não-autônomos desde a década de 1960. O controle do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário.

Em 27 de fevereiro de 1976, este movimento proclamou a República Árabe Saaráui Democrática (RASD, em árabeالجمهورية العربية الصحراوية الديمقراطيةtransl.: Al-Jumhūrīyyah Al-`Arabīyyah A-arāwīyyah Ad-Dīmuqrāīyyah), um governo no exílio. A RASD é reconhecida internacionalmente por 50 estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro da União Africana desde 1984, carecendo no entanto de representação na ONU. O primeiro estado que reconheceu a RASD foi Madagáscar em 28 de Fevereiro de 1976.”

A história e a responsabilidade do abandono da Espanha colonialista:

“Quando, em 1975, a Espanha abandonou a sua antiga colônia, deixou para trás um país sem quaisquer infra-estruturas, com uma população completamente analfabeta e desprovida de tudo. O vazio criado pela Espanha foi aproveitado pela Mauritânia (que assenhora-se de 1/3 do território) e por Marrocos (que fica com o restante) que, invocando direitos históricos, invadiram o território.

governo no exílio do Saara Ocidental tem o nome de República Árabe Saaraui Democrática (RASD). Foi proclamado pela Frente Polisário em 27 de fevereiro de 1976. O primeiro governo da RASD formou-se em 4 de março desse ano.

Os saaráuis haviam fundado a Frente Polisário, que iria expulsar do sul o pequeno exército da Mauritânia, forçando o país a abdicar seus direitos sobre o território em 1979. Frente a frente ficariam, nas areias do deserto, os guerrilheiros da Frente Polisário e as forças marroquinas de Hassan II. O exército marroquino retirou-se para uma zona restrita do deserto, mais próxima da sua fronteira e constituindo o chamado "triângulo de segurança", que compreende as duas únicas cidades costeiras e a zona dos fosfatos. Aí a engenharia militar construiu um imenso muro de concreto armado, por trás do qual os soldados marroquinos vivem entrincheirados, protegendo a extração do minério.

Desde então, a guerra, vista do lado da Frente Polisário, resume-se a uma série de ataques esporádicos à zona dos fosfatos tentando interromper o seu escoamento.

Em 1987, uma missão da ONU visitou a região para averiguar a possibilidade da realização de um referendo sobre o futuro do território. Uma iniciativa difícil, dado que grande parte da população é nómada. Marrocos e a Frente Polisário selam um cessar-fogo em 1988. Um plebiscito é marcado para 1992, mas não acontece porque não há acordo sobre quem tem direito a votar: Marrocos quer que seja toda a população residente no Saara Ocidental, mas a Frente Polisário só aceita que sejam os habitantes contados no censo de 1974. [5] Isso impediria o voto dos marroquinos emigrados para a região em disputa depois de 1974. Até 1993, foi impossível realizar o referendo. Em 2001, a África do Sul torna-se o sexagésimo país a reconhecer a independência do Saara Ocidental. Marrocos protesta.” – excerto da Wikipédia

Por algumas vezes o Página Global publicou e abordou a temática do povo da RASD, uma delas fomos repescar pelo propósito de relembrar a sistemática violação dos Direitos Humanos por parte do reino de Marrocos. Assim acontecia com o então rei Hassan II, como atualmente acontece com Maomé VI, seu filho e rei déspota de Marrocos, que mantém a ocupação do país dos saharauis, os assassina, tortura e persegue, perante uma comunidade internacional praticamente indiferente, à excepção de alguns países e povos.

Em Maio de 2015 o Página Global reproduziu um pequeno texto retirado de Pravda.ru, que pode ler e relembrar ou tomar conhecimento das violações praticadas por Marrocos contra os saharauis:

ATIVISTAS SAHARAUIS SEQUESTRADOS, TORTURADOS E AMEAÇADOS

A cidade de El Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as principais ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No passado dia 20 de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos, foi sequestrado e vendado por policias à paisana.

El Aaiun sob apertado cerco policial El Aaiun 21 de Maio - porunsaharalibre.org A cidade de El Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as principais ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No passado dia 20 de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos, foi sequestrado e vendado por policias à paisana, e levado num Toyota Prado para o exterior da cidade perto do rio, onde foi brutalmente espancado.

Em seguida a policia levou-o para a Comissária Central de El Aaiun onde continuou a ser espancado e interrogado. Segundo testemunho de Lili e outras testemunhas oculares os policias que o sequestraram são do grupo "Saaid", um grupo de policias à paisana conhecido pelos seus métodos brutais. Às 20h30 do mesmo dia foi posto em liberdade. Sidi Ahmed Alwat, presidente da Associação de Deficientes foi impedido pela policia de sair de sua casa, onde se encontrava com um grupo de amigos. A casa estava cercada impedindo a saída do conhecido activista, impedindo a sua participação em qualquer manifestação. - Pravda.ru

Ver: VISITA POR UN SAHARA LIBRE

Para os que desconhecem é importante fazer constar que o reino de Marrocos continua na sanha das perseguições, assassinatos e torturas dos cidadãos da RASD. Isso mesmo lhe trazemos aqui por compilação de peça do Jornal Tornado (ontem), que se segue:

Uma noite de horror em El Aaiun

Laayoune (El Aaiun), capital do Sahara Ocidental ocupado, atacado de forma selvagem pelas forças de ocupação marroquinas. Torturas no meio das ruas, invasão de casas e sequestros, milhares de saharauis em protesto nas ruas.

Jovens saharauis  desempregados de El Aaiun, capital dos territórios ocupados do Sahara Ocidental, encerram-se ontem ao final do dia num autocarro da empresa Fos Bucraa numa acção de protesto.

Fos Bucraa é a empresa de fosfatos que é uma das razões para a ocupação marroquina deste território desde 1975, uma das zonas mais ricas neste mineral do mundo.

Passado pouco tempo as autoridades marroquinas retiram os manifestantes à força do autocarro provocando mais de 50 feridos graves.

Esta acção desencadeou uma onda de protesto da população saharaui, que saiu em peso para a rua.

Toda a noite o contingente policial, militar, para-militar, auxiliar e os serviços de inteligência do mahjzen (estado marroquino) aterrorizaram os habitantes saharauis numa verdadeira “caçada” casa a casa.

Neste riquíssimo território com pescas, minérios, água, petróleo, vento, sol e areia o racio de autoridadades por habitante saharaui é de 15/1.

Os activistas de direitos humanos denunciam o sequestro e detenção arbitrária de centenas de pessoas.

Isabel Lourenço – Jornal Tornado

O REI CRIMINOSO: MAOMÉ VI

A legalidade democrática que Maomé VI teme com um referendo no país por si ocupado, que é pertença dos sahauris, tem para ele e para o seu regime autocrático uma só solução: “banhos de sangue, sequestros, assassinatos e prisões”. Tudo isso em nome do rei.

Perante este cenário não é difícil concluir que Maomé VI e Marrocos, por inerência, não cumprem os requisitos democráticos do respeito pelos Direitos Humanos e pelas leis internacionais que subscreveu. Autênticos crimes contra a humanidade e crimes de guerra vão ocorrendo contra o povo da RASD sob a indiferença da comunidade internacionais e das instituições internacionais. Até a ONU, perante as violações ordenadas por Maomé VI faz lembrar a seu modo um tigre de pelúcia que não sanciona devidamente o reino repressor e assassino de Hassan II. Mais e melhor faz a OUA, que reconhece a RASD e sanciona o reino do terror implantado por Marrocos, pelo seu rei, senhor absoluto e chefe da ordenação da carnificina e do terror.

Ver, ouvir e não calar, é o procedimento correto e humano, democrático, digno dos amantes das liberdades e da justiça, após a escuta e visionamento do que a seguir apresentamos. Afinal, o que Maomé VI já sabe é que pode retardar com vilania e crime a independência do povo vizinho de Marrocos mas não conseguirá impedir que venha a ser independente e soberano dos seus destinos, a RASD. (PG)

El Aaiun: protesto e testemunhos

Autodeterminação do Sahara Ocidental, um sonho ou realidade? O que será necessário acontecer para que a ONU e a comunidade internacional decida, realmente, fazer alguma coisa?  

Veja as images e ouça o testemunho dos acontecimentos violentos levados a cabo pela polícia marroquina, após acção de  protesto de jovens saharauis, em  El Aaiun, capital dos territórios ocupados do Sahara Ocidental. - Jornal Tornado



Nota: Este aglomerado de prosa é da autoria do Página Global e do Jornal Tornado, conforme o assinalado nos respetivos textos.

SOCIALISTAS TIMORENSES CONDENAM PRISÕES EM EL AAIUN


Azancot de Menezes, Secretário-Geral do Partido Socialista de Timor-Leste evidência as semelhanças entre o que se passa nos territórios ocupados do Sahara Ocidental e o passado não muito distante deste jovem país, e encorajam o Parlamento a enviar uma resolução à ONU em defesa de um referendo no Sahara Ocidental.

O Sahara Ocidental, como foi no passado Timor-Leste, é um território não-autónomo, nos termos da Resolução 1514 das Nações Unidas (1960).

Em 1975, com a retirada da colónia espanhola, o território foi invadido e anexado ilegalmente pelo regime de Marrocos e o povo saharaui tem sido barbaramente torturado e assassinado pelas forças de ocupação. A população em geral, e muito particularmente as mulheres, são torturadas, agredidas, violadas, presas, desaparecidas, exiladas e brutalmente discriminadas pelo facto de serem mulheres saharauis.

O regime de Marrocos, principalmente com a conivência de França, trabalha nos bastidores da ONU contra a autodeterminação do Sahara Ocidental. Com o consentimento desta organização internacional, vários países com interesses económicos no território exploram os enormes recursos naturais (pesca, fosfatos e petróleo) que pertencem ao martirizado povo saharaui e pactuam de forma hipócrita e criminosa com a violação dos direitos humanos ao serviço do regime de Marrocos.

NA PALESTINA, O CASO DAS CRIANÇAS PRESAS PELO GOVERNO ISRAELITA


Dani Ferreira, em CGN

Em primeira reportagem de série sobre violações aos direitos humanos na Palestina, Ponte entrevista menina de 14 anos que passou 4 meses numa prisão em Israel

Eu estava andando para a escola quando um carro da segurança do assentamento tentou me atropelar. Eu desmaiei. Quando acordei, havia uma faca do meu lado e eu estava cercada de pessoas perguntando porque eu tinha uma faca. Fizeram de um jeito que era para parecer que eu tinha uma faca. Eu estava algemada no chão e eles me chutavam e gritavam comigo o tempo todo. Eu falei para eles que eu não tinha uma faca.*

A menina K. tinha 14 anos quando isso aconteceu em uma manhã de dezembro de 2015. A criança foi detida e oito dias depois a corte militar israelense a condenou a 4 meses de prisão e pagamento de 5 mil shekels (cerca de R$ 4.300). Em 2015 houve um aumento no número de crianças palestinas presas após a onda de violência iniciada em outubro. Segundo a ONG Adameer, 156 menores foram presos em 2014 e outros 470 só em 2015; 2016 terminou com 400 menores palestinos presos por autoridades israelenses, meninos em sua maioria.

Levantamento de outra instituição, a ONG Defense For Children International – Palestina (DCI – Defesa de Crianças Internacional, em tradução livre) mostra que 2016 foi o ano com mais mortes de crianças palestinas por forças israelenses da última década: 32 mortos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

A Limpeza Étnica da Palestina, de Ilan Pappé, foi lançado na Livraria Antonio Gramsci


Aconteceu ontem, 24 de março, no Rio de Janeiro, mas é bom que se saiba

A Editora Sundermann e o Núcleo Piratininga de Comunicação - NPC convidam para lançamento e debate, com a participação de Soraya Misleh, do livro " A Limpeza étnica da Palestina", do historiador israelense Ilan Pappé.

A partir da abertura de arquivos oficiais israelenses, Pappé debruçou-se em reexaminar criticamente os acontecimentos de 1948 e o sionismo enquanto projeto político. Nesta obra, alia documentos oficiais à memória palestina para demonstrar que a criação de Israel como Estado judeu a escolha de suas lideranças foi promover limpeza étnica, ou seja, expulsão deliberada dos palestinos.

O autor é um dos mais importantes entre os chamados novos historiadores israelenses. Professor da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Filho de imigrantes judeus alemães, nasceu em Haifa em 1954, apenas seis anos após a criação do Estado de Israel - para os palestinos, a Nakba (catástrofe). Lecionou na Universidade de Haifa entre 1984 e 2007. Após a publicação de "A limpeza étnica da Palestina" e de expressar apoio ao movimento BDS (boicote, desinvestimentos e sanções) a Israel, passou a enfrentar pressão e ameaças, o que o levou a exilar-se na Inglaterra, onde vive hoje.

Pappé não reviu suas conclusões, como fizeram outros "novos historiadores". Abdicou dos privilégios que o silêncio cúmplice lhe traria e tem dedicado seu conhecimento à denúncia vigorosa da limpeza étnica do povo palestino e a que se faça justiça na tão maltratada Palestina. E vai além: afirma que sem o reconhecimento histórico da Nakba, não é possível haver uma solução justa, o que implica necessariamente assegurar o direito de retorno dos milhões de refugiados expulsos de suas terras.

Serviço:
Lançamento e debate do Livro A Limpeza Étnica da Palestina, de Ilan Pappé.
Editora Sunderman
Valor: R$ 60,00
Data: 24 de março de 2017
Hora: 19h
Local: Livraria Antonio Gramsci
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia, Rio de Janeiro.
Contatos: (21) 2220-4623 / livraria@piratininga.org.br


MUDANÇA DE HORA ESTA MADRUGADA. HORÁRIO DE VERÃO EM PORTUGAL


Avançar uma hora e dormir menos. Que aborrecimento

Quando for 01:00 de domingo (26.03) será preciso adiantar o relógio 60 minutos, para entrarmos no chamado “horário de verão”. Assim será até outubro. Em Portugal continental e na Madeira a alteração acontece à 01:00 (aumenta para 02:00), mas nos Açores a mudança é feita à meia-noite, passando a ser 01:00. 

O horário de verão vigorará até ao último domingo de outubro, dia 29, altura em que os relógios voltam a atrasar, de madrugada, 60 minutos, passando ao horário de inverno. 

Feitas as contas vai dormir menos uma hora. Se não quer perder essa hora de sono deite-se hoje uma hora mais cedo que o habitual e adormeça de imediato... se conseguir. Bom sono, com sonhos cor-de-rosa. (PG)

Boa ou má? Saiba toda a verdade estatística sobre a mudança de horário

Mais uma vez, os portugueses vão perder uma hora de sono e passar a ter um horário diferente nos meses de verão. Poucos são os que defendem a medida, mas o que dizem os estudos?

Se odeia perder um hora de sono em todos os meses de março para ficar com um horário diferente, saiba que está no grupo maioritário que se opõe ao famoso horário de verão. Se quiser saber os motivos da alteração, pode ler aqui a explicação; se quer perceber o que dizem os estudos, temos alguns dados interessantes para lhe mostrar.

Nos Estados Unidos, país onde as leis estaduais diferem de local para local, existe um 'case study' interessante: O Indiana, na costa oeste, apenas aderiu ao horário de verão em 2006 e ao contrário do que muitos pensavam, a alteração acabou por fazer aumentar os gastos energéticos. Outros estudos realizados nos Estados Unidos mostram que, nos dias que se seguem à noite em que se perde uma hora de sono, o número de acidentes aumenta, registam-se mais ataques cardíacos e AVC's.

Portugal. CENTENO ARRASOU




Pedro Silva Pereira * – Jornal de Notícias, opinião

Ao alcançar em 2016 um défice de 2,1% - o défice mais baixo dos últimos 40 anos - e ao cumprir folgadamente as metas fixadas por Bruxelas, Mário Centeno arrasou e conseguiu conquistar, logo à primeira, um lugar de destaque na história das finanças públicas portuguesas. A verdade é esta: muitos falam, bastantes tentaram, mas ninguém fez melhor do que ele. Nunca.

Este resultado, em si mesmo extraordinário, é ainda mais impressionante, nunca é demais lembrá-lo, porque acontece ao mesmo tempo que o Governo teve a ousadia de "virar a página da austeridade" e cumprir a promessa de devolver rendimentos às famílias, aumentando os salários, as pensões e as prestações sociais.

Ao conseguir o que tantos diziam impossível, o Governo socialista e a maioria de Esquerda - que no Parlamento, com elevado sentido de responsabilidade, aprovou o Orçamento que permitiu estes resultados - provaram que há uma alternativa viável à política de austeridade, mesmo cumprindo as exigentes - e em boa medida absurdas - regras do euro.

Vencidos, clamorosamente vencidos, ficam naturalmente todos aqueles que durante um ano inteiro não se cansaram de pressagiar os desastres mais diabólicos ao virar de cada esquina e ainda hoje, contra toda a evidência, resistem a reconhecer a realidade óbvia dos números. Sabemos quem são e pouco podemos fazer por eles.

Mais importante, porém, do que os vencidos são os convencidos: aqueles que, tendo tido inicialmente dúvidas quanto à estratégia económica e orçamental do Governo socialista, não recusam agora, diante dos resultados, reconhecer o sucesso do programa político de António Costa. São esses agora convencidos que, se for honrada a palavra dada, decidirão muito em breve livrar Portugal do procedimento por défice excessivo. E ao fazê-lo reconhecerão finalmente, diante da Europa inteira, uma verdade fundamental: uma alternativa política é possível no quadro do euro.

*Eurodeputado

"Não teria deixado o BES apodrecer tanto", afirma Murteira Nabo sobre Carlos Costa no BdP




NÃO PÕE AS MÃOS NO LUME POR ZEINAL BAVA, NA PT/OI. NEM SABE SE É CORRUPTO

Murteira Nabo não pede a demissão do Governador mas aponta-lhe o dedo no caso do BES e diz que ele devia ter atuado mais cedo.

Decisões erradas e tardias. É assim que Francisco Murteira Nabo, o novo membro do conselho consultivo do Banco de Portugal avalia a atuação do Banco de Portugal. No caso BES, como em vários outros casos que abalaram o setor financeiro. "Não foi uma inabilidade, foi uma opção", afirma Murteira Nabo quando confrontado com a forma como Carlos Costa geriu o dossier Espírito Santo. O atual presidente da Câmara de Comércio Luso-Brasileira, diz que, se estivesse no lugar de Carlos Costa, teria agido de forma diferente e "não teria deixado a situação apodrecer tanto".

Foram, opções, lembra Murteira Nabo, que levaram, também, à criação do Fundo de Resolução e, neste, como noutros casos, Murteira Nabo considera que Carlos Costa andou mal porque "era uma opção arriscada, que nunca tinha sido testada".

Entrevista a Murteira Nabo na íntegra

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