sábado, 20 de julho de 2013

Portugal: PRESIDENTE DA REPÚBLICA FAZ COMUNICAÇÃO AO PAÍS NO DOMINGO



RTP - Lusa

O Presidente da República, Cavaco Silva, vai fazer no domingo uma comunicação ao País, pelas 20:30, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

A declaração do Presidente da República é muito aguardada depois do anúncio feito sexta-feira à noite pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, dando conta do fim das negociações, sem acordo, entre os três partidos para um "compromisso de salvação nacional". 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, cancelou a sua participação hoje, no 39. aniversário da Juventude Social-democrata (JSD), no Vimeiro, através de comunicação do partido, sem explicações. 

Na sede do CDS-PP, no Largo do Caldas, vai ser feita uma declaração de um dirigente do partido, hoje, pelas 20:15, disse à Lusa fonte do CDS/PP. Pelas 17:45, os dirigentes do partido entravam para os trabalhos da comissão política nacional, marcada para as 17:30, para "analisar o processo de diálogo entre PSD, PS e CDS". 

O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou sexta-feira à noite o PSD e o CDS de terem "inviabilizado" o acordo de "salvação nacional" proposto pelo Presidente da República. 

"O PSD e o CDS inviabilizaram um 'compromisso de salvação nacional'. Este processo demonstrou que estamos perante duas visões distintas e alternativas para o nosso país: Manter a direção para que aqueles que, como o PSD e o CDS, entendem que está tudo bem; ou dar um novo rumo a Portugal para aqueles que, como nós, consideram que portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar os resultados pretendidos", justificou o secretário-geral do PS. 

Já hoje, o PSD, pela voz do primeiro vice-presidente e coordenador da direção nacional social-democrata, Jorge Moreira da Silva, numa declaração aos jornalistas, na sede do seu partido, em Lisboa, sugeriu que foi o "irrealismo" do PS que impediu o acordo de médio prazo proposto pelo Presidente da República, manifestando-se "de consciência absolutamente tranquila", quanto ao seu empenho neste processo. 

"Estávamos disponíveis para fazer concessões políticas ao PS, para a conclusão dessa assistência económica e financeira e para um quadro de sustentabilidade financeira, económica de longo prazo, mas isso pressupunha do PS uma posição realista e não, pelo contrário, uma abordagem que, pelo irrealismo, nos faria prolongar a ajuda externa durante mais anos", afirmou. 

Por sua vez, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, responsabilizou o Presidente da República pelo "arrastamento" da crise política para "salvar" um Governo "ilegítimo", reiterou a necessidade de eleições antecipadas e voltou a incitar o PS a abraçar uma "política de esquerda". 

"Após uma intervenção que só acrescentou crise à crise, o Presidente assume, mais do que antes, a inteira responsabilidade de todas as consequências do prosseguimento da ação do Governo e do rumo para o abismo económico e social", afirmou Jerónimo de Sousa, na sede comunista, em Lisboa. 

A crise política arrasta-se há duas semanas, depois das demissões do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a 01 de julho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia seguinte. 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não aceitou a demissão de Portas -- que justificou o pedido por ser contra a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Gaspar -- e a maioria PSD/CDS-PP apresentou ao Presidente da República e publicamente a 06 de julho um compromisso até ao final da legislatura, que passaria, nomeadamente, por uma remodelação com Paulo Portas a vice primeiro-ministro. 

A 10 de julho, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, fez uma comunicação ao país onde não se referiu à solução que lhe foi proposta pela maioria e na qual propôs um 'compromisso de salvação nacional' entre PSD, PS e CDS, que inclui eleições a partir de junho de 2014. 

Na sequência desta proposta, os três partidos iniciaram as conversações no passado domingo, que culminaram no anúncio de sexta-feira, por António José Seguro, de que não houve acordo. 

Foto: Rafael Marchante, Reuters

Portugal: PELA DIGNIDADE DE UM POVO




Carvalho da Silva – Jornal de Notícias, opinião

Esta semana, enquanto os partidos do "arco do poder" andaram com grande afã nas negociações com vista à obtenção de um "acordo de salvação nacional", sob a égide do presidente da República (PR), fomos confrontados com uma catadupa de informações que convergem no pior sentido: são desastrosos os resultados das políticas seguidas e perspetiva-se agravamento dos problemas económicos, sociais e políticos com que o país se depara.

O povo português não merece os vexames a que vem sendo sujeito em resultado das conceções retrógradas e reacionárias, da tacanhez, da incompetência, das práticas de traição política dos "estadistas" que nos governam.

O acordo que o PR sugeriu para ser construído debaixo da obrigação do cumprimento do memorando da troika até ao fim, a concluir-se, consubstanciar-se-ia num ato de humilhação, de submissão aos interesses dos credores e de quem se move por detrás deles, de entrega da soberania nacional, de retrocesso irreparável da sociedade portuguesa.

O memorando não é exequível! Aceitá-lo e submeter o povo português às consequências dessa aceitação significaria abrir caminho a novos resgates que se perspetivam, seja qual for o nome com que os designem. O "acordo" visava, no imediato, consumar, com a chancela do Partido Socialista (PS), formas de aplicar o roubo aos portugueses de mais de 4 mil milhões de euros, que os partidos do Governo sentem difícil imporem sozinhos, e, para o futuro, prosseguir e aprofundar políticas de austeridade.

Quem, conscientemente, propagandeia que este "acordo" visava evitar um segundo resgate sabe que está a mentir, pois a prossecução das políticas do memorando vão-nos tornando mais pobres e com menos capacidades para cumprir compromissos. Esta via apenas serve os objetivos dos credores e os interesses de alguns trutas nacionais, parasitários e instalados no centrão de poderes, que nem perante o rebentamento de bombas (elas podem rebentar no plano social e não só) se disponibilizam a partilhar riqueza e a ceder poder.

O Governo, os partidos que o sustentam e o PR atuam, há muito tempo, como grupo de submetidos. É muito importante que o PS não se associe a esse caminho desastroso. Que este ato signifique, no PS, mudança de rumo!

Passos Coelho diz que o "êxito prossegue", quando esta semana:

i) O Banco de Portugal alertou para os perigos de "declínio económico estrutural" e previu, para 2014, pior comportamento da economia do que já havia projetado;

ii) A OCDE confirmou que a quebra nos nossos salários é do mesmo nível dos gregos, e quase quatro vezes mais que a descida dos salários irlandeses, apesar de sermos dos que mais horas trabalhamos na Europa;

iii) Diversos estudos credíveis mostram-nos que os portugueses empobreceram aceleradamente e os pobres estão cada vez mais pobres; que houve forte quebra no consumo de bens de primeira necessidade; que o investimento, o privado incluído, caiu para níveis baixíssimos; que o emprego total desceu para o patamar de 1995; que o desemprego vai aumentar; que os buracos financeiros dos BPN se aprofundam.

Quando se fala na necessidade de compromissos é com razão que o povo reclama aos partidos e a outras instituições: entendam-se!

É preciso um entendimento, sim! Mas, um entendimento para afirmação da dignidade e do futuro.

Portugal precisa de um acordo feito por protagonistas sérios, por democratas, por forças progressistas, pela participação ativa dos partidos da esquerda. Um acordo para um programa de governação, que, nomeadamente, assuma a denúncia do memorando, dado várias das suas componentes não serem aplicáveis; que construa uma estratégia de renegociação da dívida com todos os credores, a ser feita por um governo que se apresente de cabeça erguida, apoiado pela mobilização dos portugueses, a exigir condições para que o país não consuma todos os seus recursos no pagamento de juros e na amortização da dívida e possa recuperar; que priorize a criação de emprego.

É hora de forçar este entendimento e os compromissos a ele inerentes. E é indispensável a convocação de eleições.

Portugal - Alberto Martins: GOVERNO QUER “CONTINUAR NA MESMA”



Diário de Notícias - Lusa

O dirigente socialista Alberto Martins responsabilizou o PSD pelo fracasso das negociações para um acordo de "salvação nacional", acusando os sociais-democratas de "desastre de análise política", "falta de realismo" e de quererem "continuar tudo na mesma".

"Estas negociações são umas negociações que se concluíram desta forma porque o governo quer continuar na mesma e continuar na mesma para nós é um desastre nacional", afirmou Alberto Martins, que presidiu às negociações para um acordo de salvação nacional, pedido pelo Presidente da República, à margem de uma ação de campanha do PS em Matosinhos.

Alberto Martins explicou que o PS apresentou propostas "para um novo rumo para Portugal" na mesa de negociações, mas que "o PSD quer continuar tudo na mesma".

"Os portugueses só podem responsabilizar o PSD por estes dois anos de desastre, o PS queria sair disto, o presidente da República também queria sair disto. O PSD não quer, quer continuar onde está", assinalou.

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Portugal: PSD ACREDITA QUE PR NÃO INVIABILIZARÁ A CONTINUIDADE DO EXECUTIVO



Diário de Notícias

Governo confia que, havendo "estabilidade e coesão" na coligação, Cavaco Silva não inviabilizará a continuidade do executivo. Não há "por enquanto", segundo Belém, indicação sobre a data ou a hora de uma comunicação do Presidente da República ao País.Passos Coelho anulou agenda prevista para esta tarde.

O Governo confia que havendo "estabilidade e coesão" na coligação, tal como hoje referiu Jorge Moreira da Silva primeiro vice-presidente e coordenador da direção nacional do PSD, que Presidente da República Cavaco não irá inviabilizar a continuidade do executivo, aceitando sem reservas, a nomeação de Paulo Portas como vice-primeiro-ministro - Passos Coelho, recorde-se, insistiu nessa proposta de remodelação durante o debate da moção de censura na passada quinta-feira - e mantendo o normal calendário eleitoral de forma a que possa ser concretizada, referiu fonte do executivo ao DN, a conclusão do Programa de Assistência Económica e Financeira em junho de 2014, as condições de sustentabilidade das contas públicas e a transição para o pleno acesso ao financiamento de mercado.

A resposta de Cavaco Silva ao fracasso nas negociações PSD, CDS e PS é aguardada com expectativa, não havendo, como garantiu fonte de Belém ao DN, "por enquanto" indicação sobre a data ou a hora de uma comunicação do Presidente da República ao País.

Jorge Moreira da Silva reforçou esta tarde a ideia da continuidadedo Governo - "mais importante do que o desacordo entre os três partidos, é a garantia de estabilidade, de coesão e de empenhamento da coligação PSD/CDS-PP no cumprimento de objetivos celebrados por Portugal e na criação de condições para o crescimento e emprego que importa destacar" - e apontando as responsabilidades do fracasso para o Partido Socialista: "Estávamos disponíveis para fazer concessões políticas ao PS para a conclusão dessa assistência económica e financeira e para um quadro de sustentabilidade financeira, económica de longo prazo, mas isso pressupunha do PS posição realista e não, pelo contrário, uma abordagem que, pelo irrealismo, nos faria prolongar a ajuda externa durante mais anos".

Passos Coelho, na quinta-feira, já tinha deixado avisos sobre o risco de eleições antecipadas - que o próprio Presidente considerou perante o atual cenário de crise política.

"Não há coisa mais incerta, por definição, do que eleições (...) quando, a um ano de distância, se cria incerteza com o que pode resultar de eleições, essa incerteza é antecipada para hoje", afirmou o primeiro-ministro que de imediato alertou para as consequências que uma decisão desse tipo poderia acarretar para o País: "Se não tivermos cuidado a lidar esse tópico específico, nós podemos estar a criar condições para que a incerteza acabe por comprometer os esforços que queremos realizar de regressar a mercado com confiança dos investidores".

Fotografia © Orlando Almeida/Global Imagens

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Portugal - Zeca Afonso: 50 ANOS DE “OS VAMPIROS” (com vídeo)



TSF

Neste sábado em que se completam 50 anos de "Os Vampiros" de Zeca Afonso, a Aula Magna de Lisboa recebe hoje, às 21:00, um concerto comemorativo da data. (ver mais no original TSF)

50 ANOS DEPOIS A DIREITA CAVAQUISTA TORNA ATUAL “OS VAMPIROS” - opinião PG

Se Zeca Afonso fosse ainda fosse vivo e não tivesse criado “Os Vampiros” há 50 anos certamente que os criaria agora. O tema aplica-se à atualidade e à vampiragem nacional e internacional com o seu principal defensor Cavaco Silva, que agora já não se pode mais abrigar à sombra do seu governo PSD-CDS, nem da sua Troika, nem dos Mercados de que é tão servilista.

Comemoremos os 50 anos de “Os Vampiros”, comemoremos Zeca com as suas propostas e luta por uma sociedade onde a vampiragem não caiba. Derrotemos os vampiros da atualidade lutando pela justiça e pela democracia sem dar tréguas aos vampiros de agora, que através da democracia tomaram os poderes para a destruir renegando eleições por temerem as decisões do eleitorado que os escorraçaria do panorama político como se de sarna que ataca a sociedade portuguesa se trate. (Redação PG-AV)

ESTÁ NA HORA DE CAVACO SILVA RENUNCIAR E SE DEIXAR DE MAIS PALHAÇADAS



António Veríssimo

Portugal não se conforma nem se habitua por nada deste mundo às palhaçadas de Cavaco Silva, comprovam-no as sondagens de opinião que o brindam abaixo de zero, ou seja, muito negativamente. E cada vez pior. Cada vez ele faz mais palhaçadas horrendas que prejudicam o país e aumentam a crise. Cada vez mais a figura e o desempenho de Cavaco na Presidência da República é reprovada pelos portugueses. Num individuo minimamente transparente, honesto, patriota, que não guardasse nas suas entranhas sentimentos de vingança e de sede de poderes a decisão acertada seria a renúncia ao cargo, mas isso é decisão que não cabe na mentalidade ultraconservadora, quase ditatorial e semelhante à salazarista do individuo que contra a vontade dos portugueses se mantém no Palácio de Belém a arrasar e descredibilizar a República.

Esta manobra de Cavaco na aparente busca de um Acordo de Salvação Nacional não é mais nem menos que a tentativa de salvação dele próprio, do PSD, da sua família partidária e sua clientela. O sujeito da triste figura que ocupa Belém está com índices de descredibilidade como não há memória, é o suporte de um governo que está com índices piores que os seus, mas teima em manter tudo assim apesar do prejuízo que causa aos portugueses e a Portugal. Tem muita sorte Cavaco Silva da prática de brandos costumes dos portugueses, que somente o apupam quando sai à rua. Não mais que isso. Contudo Cavaco deve lembrar-se que a paciência dos portugueses tem limites e esses limites já há muito foram ultrapassados. O que detém os portugueses é o respeito à República e à instituição que ele ocupa imerecidamente contra a vontade da maioria dos que nele votaram e lhe renovaram o mandato presidencial. Na atualidade Cavaco representa-se somente a ele próprio, às suas mesquinhas vinganças, às suas clientelas, sendo o símbolo do desrespeito que a maioria dos portugueses nutrem por ele.

Está na hora de se deixar de palhaçadas, de demitir o seu governo (dissolvendo a AR), convocar eleições e ele próprio renunciar. A bem de Portugal e da Democracia. Basta de imbecilidades e jogadas sujas vindas de Belém! Basta de afundar Portugal nesta fossa cavaquista com tanta perda de soberania, tanta fome, tanta miséria!

Imagem retirada do We Have Kaos in tne Garden, "a pedido de um amigo"

Portugal: TIREM-NOS DESTE FILME



Tiago Mota Saraiva – Jornal i, opinião

"(?) Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer. (?) O primeiro-ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo. (?) ficar no governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível (?) a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no governo torna, efectivamente, dispensável o meu contributo. (?)", Paulo Portas, carta de demissão - há 18 dias.

"Só um primeiro ministro distante da realidade pode pretender perpetuar-se no cargo que exerce. Este primeiro ministro não percebeu que perdeu, não apenas, a confiança do seu ministro das finanças, a confiança do seu ministro dos negócios estrangeiros e líder do segundo partido da coligação, mas essencialmente, o primeiro ministro e o governo perderam a confiança dos portugueses. (?) O primeiro ministro perdeu, definitivamente, o mínimo de autoridade política para governar Portugal. (?) Chega de fingir, chega de fazer de conta. (?) Arrastar esta situação penosa causará ainda mais prejuízos aos portugueses e enormes danos à credibilidade e reputação internacional do nosso país (? )", António José Seguro, comunicação lida ao país - há 18 dias.

"Aqueles que acham que a situação do país se resolve com murros na mesa, com voluntarismos, com declarações de intenção, talvez percebam, com a recente incerteza que foi introduzida na vida política portuguesa, como não teríamos chegado aqui se tivéssemos feitos estes dois anos com essa propensão", Pedro Passos Coelho, Conselho Nacional do PSD - há 2 dias.

Escreve ao sábado

Portugal - Seguro: PSD E CDS VÃO ENSAIAR JOGO DE “PASSA CULPAS”



TSF

O secretário-geral do PS advertiu, na sequência do fim das negociações com a maioria, que o PSD e CDS vão agora ensaiar um jogo de «passa culpas».

Na intervenção que fechou a Comissão Política do PS, António José Seguro avisou o partido sobre a possibilidade do PSD utilizar a recusa do PS de uma nova reunião para acusar os socialistas de fugirem ao diáologo, considerando que a maioria vai ensaiar um jogo de «passa culpas».

António José Seguro congratulou-se com o clima de «união» no PS, afirmando que recusa trocar as suas propostas por eleições antecipadas.

Como já tinha feito uma declaração ao país, António José Seguro sublinhou a «bondade» das propostas do PS que considerou mais estruturadas em relação ao documento apresentado pelo PSD.

Segundo relatos da reunião, o secretário geral do PS fez duras criticas à esquerda, em especial ao PCP, acusando este partido de ter tentado isolar os socialistas com a moção de censura ao Governo, apresentada na última quinta-feira pelo partido Os Verdes, vista como sendo dirigida ao PS.

Entretanto, espera-se agora com expetativa a declaração de Cavaco Silva. A TSF já contatou a Presidência da República. Belém não avança até agora com uma data e uma hora para a reação do chefe de Estado.

Portugal: PSD divulga proposta de bases para um compromisso de salvação nacional



TSF - ontem

O PSD diz que divulga o documento por uma questão de transparência e que o mesmo contraria a versão dos factos apresentada por António José Seguro.

Os sociais-democratas divulgaram hoje na sua página da Internet a versão final da sua proposta de bases para um «compromisso de salvação nacional», depois de o secretário-geral do PS, António José Seguro, ter feito uma intervenção pública, na qual acusou a maioria PSD/CDS-PP de ter inviabilizado um entendimento.

Trata-se de uma versão final da proposta social-democrata para o Compromisso de Salvação Nacional, tem a data de 18 de Julho e é apresentada como a versão final para as negociações.

No documento está expresso que, tal como tem sido feito até à data, mas agora de forma conjunta com o PS, os partidos da maioria comprometem-se a forçar o Governo a que este continue empenhado em realizar todas as diligências junto da troika que permitam fazer ajustamentos aos memorandos, nomeadamente ao nível da revisão da trajetória do défice orçamental e da dívida pública.

Neste documento lê-se também que o PSD aceitaria a substituição de medidas com igual valor e qualidade, na medida do necessário ao cumprimento de eventuais novas metas orçamentais desde que isso não implicasse um aumento da carga fiscal.
Estes são alguns dos pontos que o PSD quer sublinhar como sendo suficientemente claros para contrariar a versão dos acontecimentos divulgada por António José Seguro.

O documento está disponível na íntegra na página eletrónica do PSD.

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