segunda-feira, 23 de setembro de 2019

LER A CHINA


Henrique Burnay | Diário de Notícias | opinião

A Alemanha já fez saber que uma das prioridades da sua presidência rotativa da União Europeia, que acontece no segundo semestre do ano que vem, exactamente antes da portuguesa, é organizar uma cimeira com a China em que estejam sentados à volta da mesa, do lado europeu, não apenas as insituições europeias mas também cada um dos 27 (ou 28, nunca se sabe) Estados Membros. Esta originalidade - incluir todos e cada um dos países da UE - tem um significado externo e interno. O que Berlim quer é mostrar, aos chineses mas sobretudo aos restantes europeus, que o quadro das relações com a China se define a nível europeu e, é esse o ponto, compromete todos. O bilateralismo é só às vezes e só para alguns. Desta vez, querem os grandes Estados Membros (França pensa a mesma coisa), não é para ninguém.

Em Março deste ano, um mês antes da última cimeira UE - China, a Comissão Europeia publicou um documento que pretende ser um olhar estratégico para o futuro das relações entre ambos. O mais significativo desse documento é que define a China, simultaneamente, como "um parceiro de cooperação" com quem a Europa tem objectivos alinhados; um "parceiro negocial" com o qual é necessário encontrar equilíbrios na defesa dos respectivos interesses; "um competidor económico" que sabemos que procura liderança tecnológica; e "um rival sistémico" que promove modelos de governança alternativos. O que isto quer dizer é que, no mais relevante, na economia e nas relações internacionais, não lhe chama inimigo mas chama-lhe competidor e rival. E, expectável, diz que com um parceiro destes se tem de agir em comum.

Polícia dispara balas de borracha sobre manifestantes em Hong Kong


Hong Kong, 22 set 2019 (Lusa) -- A polícia disparou hoje balas de borracha em confrontos com manifestantes pró-democracia, em Hong Kong, perto de um centro comercial no qual causaram distúrbios.

Pelo décimo sexto fim de semana de mobilização, milhares de manifestantes reuniram-se hoje pacificamente num centro comercial localizado em Shatin, no norte da antiga colónia britânica, onde entoaram cânticos e fizeram origami.

"Apesar de estarmos muito cansados, não podemos abrir mão dos nossos direitos", explicou Ching, professora, à Agência France-Presse.

"Se o movimento durar 100 dias, 200 dias ou mesmo 1.000 dias e não conseguirmos o que queremos, continuaremos a sair às ruas", frisou.

Pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos em novos distúrbios na Indonésia


Jacarta, 23 set 2019 (Lusa) - Pelo menos 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em novos distúrbios que eclodiram hoje na Papua, província da Indonésia, atingida pela violência desde meados de agosto, anunciaram fontes militares.

"A maioria morreu num incêndio", indicou um porta-voz militar, Eko Daryanto, acrescentando que o "balanço pode aumentar, uma vez que muitas pessoas ficaram presas em lojas em chamas".

Depois dos incidentes racistas contra a população melanésia, protestos e tumultos, às vezes mortais, ocorrem na Papua desde 19 de agosto tendo sido também relançados os pedidos de um referendo para a independência.

Segundo as autoridades, 16 pessoas morreram hoje na cidade de Wamena, onde várias centenas de pessoas participaram numa manifestação durante a qual edifícios foram incendiados.

Violência em Timor-Leste | Um morto e dois feridos em confrontos em Díli


Díli, 23 set 2019 (Lusa) - Um jovem morreu e outros dois ficaram feridos em resultado de confrontos que ocorreram hoje em Díli por causas ainda não conhecidas, segundo fontes policiais.

Fonte policial confirmou à Lusa que os confrontos ocorreram no bairro Aimutin durante a tarde e envolveram grupos de jovens.

Os incidentes deram-se numa altura em que ocorriam em Díli vários encontros, incluindo encontros de grupos de jovens, alguns dos quais ligados a incidentes que ocorreram no passado, tanto na capital como na zona Ermera.

Vários vídeos e fotografias com imagens de parte dos incidentes, incluindo o do cadáver, estão a circular nas redes sociais em Timor-Leste.

A mesma fonte disse que a polícia não está ainda a confirmar as circunstâncias dos confrontos.

ASP // CSJ

Moçambique/Eleições | FRELIMO ACREDITA QUE MAPUTO APOIA NYUSI


Frelimo na cidade de Maputo entende que população desta parcela do país demonstra total apoio ao candidato Nyusi

O partido Frelimo, na cidade de Maputo, considera que os primeiros 15 dias da campanha eleitoral foram positivos e apela a todos os partidos políticos a não pautarem por actos de violência durante a campanha eleitoral, sempre que as caravanas se cruzarem ou em outros locais.

A formação partidária que fazia o balanço neste domingo, da campanha eleitoral nos primeiros dias, considera que o período foi caracterizado pela recepção da sua mensagem e a demonstração de total apoio ao candidato presidencial Filipe Nyusi.

Para a formação partidária, no período em alusão, a campanha eleitoral incluiu divulgação do manifesto eleitoral, contacto interpessoal em diversos bairros, caravanas e encontros com vários grupos sociais.

Olhando para realização do trabalho a cento e treze porcento e o alcance dos potenciais eleitores a trinta e nove porcento, a Frelimo assegura que a vitória é certa no dia 15 de Outubro.

Moçambique | “Aquilo que é nulo não é reestruturável”


“Aquilo que é nulo não é reestruturável” afirma professor de Direito constitucional sobre a nulidade da dívida da EMATUM

O argumento do Governo de Filipe Nyusi que não pode repudiar a dívida inconstitucional e ilegal da EMATUM e por isso está a reestrutura-la com os credores “não há que fazer isso, porque aquilo que é nulo não é reestruturável, não há volta a dar em relação” ao Acórdão do Conselho Constitucional (CC) explicou o professor de Direito Constitucional, António Leão. O docente da Universidade Católica de Moçambique assinalou o quão difícil foi o órgão de soberania “cumprir a sua missão com as armadilhas que tem na própria lei” e disse ao @Verdade que a fiscalização da constitucionalidade das dívidas da Proindicus e MAM pode ter outra jurisprudência pois em Moçambique não há espaço para a criação de precedentes.

O ministro da Economia e Finanças disse a jornalistas, no passado dia 23 de Agosto, que após ouvir vários especialistas de Direito o entendimento do Governo é que Moçambique tem que aceitar a lei que foi acordada para dirimir conflitos resultantes da dívida contraída em 2013 pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) mesmo violando a Constituição da República, que é a lei do Reino Unido.

“O que ficou claro é que nós temos que negociar, temos que negociar com os bondholders, temos que fechar, temos de negociar com os bondholders de boa-fé”, esclareceu o ministro Adriano Maleiane, num encontro informal com editores dos meios de comunicação em Moçambique, onde argumentou que pagar aos credores “de boa-fé” é um adiantamento para que o nosso país possa sair da situação de pais caloteiro que impede a retoma de um Programa financeiro com o Fundo Monetário Internacional, veda o acesso aos mercados de capitais e até limita os financiamentos de instituições multilaterais e os milhões serão recuperados através das acções que a Procuradoria-Geral da República está a encetar contra os moçambicanos que se beneficiaram das dívidas ilegais e também contra o Grupo Privinvest.

Angola | Teixeira Cândido advoga separação entre a mídia e o poder político


O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola (SJA), Teixeira Cândido, advogou ontem, a separação da mídia e do poder político, como forma de tornar a comunicação social mais forte, apartidária e plural.

Em declarações à imprensa, no final de um fórum sobre “Mídia livre, independente e pluralista para promover a paz e o desenvolvimento em África”, inserido no Programa da Bienal de Luanda, Teixeira Cândido frisou que os problemas da comunicação social são transversais na maioria dos países de África.

Apontou como exemplos positivos em termos de liberdade de imprensa de Cabo Verde, África do Sul, Gana e a Namíbia. “A mídia nesses países goza de independência do poder político e é independente porque o jornalista tem condição social que permite viver com alguma dignidade, que permite, na realidade, assumir a independência que tem”, esclareceu. Para o sindicalista, quando se estiver a falar de independência é falar do poder político, por um lado, mas também falar da condição social do jornalista.

Jornal de Angola

LUANDA DO SÉCULO XVII



- Há 300 anos...

Capital da escravatura!

A cidade alta em frente, ao seu lado num plano mais abaixo o Forte de S. Miguel de Loanda, (Luanda... depois) mais próximo à direita, a cidade baixa, vendo-se a igreja de Nª. Sª. dos Remédios, e que em 1716, passou a ser a sede da Diocese de Angola (Ndongo) e Congo, transferida de São Salvador do Congo para Luanda, o que terá levado eventualmente, a Igreja dos Remédios, a se transformar em Catedral.

- Em frente ficavam as Portas do Mar... na Baía de Luanda... e por um túnel subterrâneo os escravos caçados nas Lundas, e de outros sítios, através do agarra, agarra... a Guerra do Kuáta, Kuáta... caça aos nativos para a escravidão, que eram embarcados, mesmo depois do fim da escravatura.

Ao seu lado esquerdo, a zona onde nasceu a cidade baixa, junto ao local onde se situa a rua dos Mercadores, próximo dos Coqueiros.

Depois a cidade foi-se desenvolvendo para norte, (lado esquerdo da imagem onde se vê duas nativas de Angola) até ao Bungo, local onde se situava o maior solar de Angola, que passou a ser conhecido por Palácio Dona Ana Joaquina... a maior escravocrata de Angola e de uma poderosa frota de navios negreiros que atravessavam o Atlântico, nomeadamente para o Brasil.

E que no regresso carregavam pedras do Brasil, para fazer um lastro nos barcos para navegarem de novo de regresso até Luanda, com pedras que foram utilizadas na construção do sobrado... e que eu conheci também, em pavimento feito em parte do edifício onde está sediada a Associação 25 de Abril em Angola, de que fui seu vice-presidente.

Lamentavelmente, este grande Solar... um sobradão, o maior monumento visível da memória da escravatura existente em todo o território angolano, foi demolido pelos assimilados do poder... com poder até... de apagarem os registos da história da escravidão e do colonialismo... que imagine-se até... chegarem ao ponto de recusaram uma proposta da UNESCO, para a recuperação do grande e histórico edifício.

*António Jorge - editor e livreiro em Angola

O capitalismo como imensa coleção de perguntas


Petulante, o capital me interroga: Você é cliente Mais? Já conhece nossa promoção? Deseja fazer as atualizações? Que nota dá para o Victor? Exige senhas: você é você mesmo? Nada lhe escapa: Priscila, no que está pensando?

Priscila Figueiredo | Outras Palavras

Marx escreveu que a riqueza da sociedade burguesa se apresentava como “uma imensa coleção de mercadorias” — pois a lista de perguntas que elas no fazem hoje 24 horas, todos os dias, deve dizer algo da riqueza burguesa ou do próprio capitalismo tal como este se apresenta hoje, ao menos no Brasil. Uma hora vou verificar a duração de todos os instantes em que ouço e respondo a seus apelos e fazer a soma final de um ano. A coleção de perguntas, algumas bastante petulantes, é interminável, mas, sendo eu procrastinadora, algo com que não contam, sempre digo ou escrevo não ou depois (equivalentes a um não enche!); mesmo assim, isso me toma muito mais tempo que arrancar a erva inútil que cresce todo dia no jardim. Eis algumas:

– Você já é nosso cliente? ou: Você é cliente prata? Diamante? Você é cliente Mais? Extra? Único? A senhora quer fazer o cartão X? (se você for a três lojas, p.ex., serão três interrogações, claro), às vezes sob a variação Já é cliente fidelizado?

– A senhora já conhece a nossa promoção? (se estiver diante de pessoa insistente, você terá de lhe responder duas ou mais vezes, e, mesmo que seja monossilábico como eu nessas horas, precisará de um tempinho a mais.

– Se não quiser receber nossa newsletter/nosso email, clique aqui. Então você segue a recomendação, e a cortina se fecha (primeiro ato); responda sim ou não! (segundo ato); mas, quando você supõe que eles estão saindo de cena, eis que… Ora, mas por que você não quer receber mais nossa newsletter? Sua resposta é muito importante para nós! Não vou dizer que seja mentira, mas não vou lhe tirar também o seu tanto de eufemismo (“passivo-agressivo”, como diz o novo jargão psicológico) para o fato de que sem ela não saímos da grade que imediatamente se fecha em torno de nós, indicando o círculo infernal em que continuaremos a receber o email. Então pressionamos uma das quatro ou cinco opções oferecidas, que não deixam de exibir da parte deles uma percepção decantada e matizada dos dilemas da alma humana. No entanto a única coisa que estou dizendo intimamente, com o maxilar travado desde o começo do primeiro ato é: calhordas, calhordas, calhordas.

Brexit sem acordo trará controles de fronteira na Irlanda, adverte Juncker


Chefe da Comissão Europeia explica que defesa de interesses da UE obrigará a estabelecer "fronteira dura" entre duas Irlandas. Frisando não achar que Boris Johnson esteja brincando, ele diz ainda acreditar numa solução.

Controles de fronteira serão instalados entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, caso o Reino Unido saia da União Europeia sem um acordo, declarou o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, à emissora britânica Sky News, neste domingo (22/09).

O bloco deve "assegurar que os interesses seus e do mercado interno serão preservados", acrescentou. A fórmula para manter uma fronteira sem atritos entre a Irlanda, país-membro da UE, e a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido, é uma das discussões mais árduas em torno do Brexit.

A UE teme que uma "fronteira dura" possa causar conflitos na Irlanda do Norte, minando a frágil paz conferida pelo acordo de 1998, que deu fim a três décadas de violência entre os nacionalistas irlandeses, defensores de um país unido, e forças de segurança britânicas e unionistas pró-britânicos.

Macron confessa-se ou as angústias da burguesia francesa ...e alemã


"O fascismo não é o contrário da democracia burguesa, é a sua evolução em tempos de crise" -- B. Brecht

Daniel Vaz de Carvalho

1 - A burguesia no "fio da navalha" das crises

Em 27 de agosto o sr Macron proferiu um discurso perante os embaixadores franceses, em que fez praticamente o pleno sobre política internacional, economia, soberania, NATO, UE, interesses da França em África e no Médio Oriente, etc, afastando-se da habitual ortodoxia, porém praticamente ignorado pelos grandes media.

Macron, limita-se a ser porta-voz e um dos executantes dos interesses da burguesia francesa, em íntima ligação com as posições do governo alemão. Os últimos presidentes franceses limitaram-se a ser arautos de políticas decididas em Berlim. Por isso, é importante percebermos o que diz e por que o diz.

Em primeiro lugar, avaliemos os contextos deste discurso, que reflete as preocupações da burguesia francesa e por certo alemã. É significativo que Macron, que tem demonstrado ser uma nulidade intelectual e política, de repente se exprima de forma alheia à ortodoxia vigente, sobre política internacional, ordem mundial, globalização, soberania, economia de mercado.

A França está em estagnação desde a adoção do euro. Que surpresa! De 2000 a 2018 o crescimento médio anual foi inferior a 1,3%, mas de 2008 a 2018 apenas 0,86%. A BC de bens, positiva antes de 2000, atingiu em 2018 um défice de 76,7 mil milhões de euros! (dados AMECO) Acrescente-se o atraso tecnológico e industrial da França em muitas áreas face a parceiros/concorrentes e a perda de voz na cena internacional.

Na lista da Forbes entre os 50 primeiros ultraricos contam-se 25 dos EUA com a agravante de estarem nos primeiros lugares (8 entre os 10 primeiros), mas apenas dois franceses. A Alemanha conta com cinco. Esta classificação não agrada aos oligarcas.

A agitação social não cessou, o total descrédito dos políticos do sistema e da UE, a ascensão de uma direita mais radical, que em muitos aspetos coloca em causa os dogmas neoliberais e o federalismo da UE, conquistando largas camadas da "classe média", coloca a burguesia francesa e não só, no "fio da navalha", perante o avanço de nova crise económica e financeira.

Já antes das manifestações dos coletes amarelos as sondagens davam a Macron apenas uns 26% de apoio. Face a isto, não deixa de ser sintomático o esforço mediático desde então para promover Macron, "omnipresente em todas as suas facetas e em todos os canais" [1]

$UB$ERVIENTE$ CHEFE$ DE E$TADO REÚNEM EM NOVA IORQUE


Não aos peidos de vaca

O clima, a Greta, o amor dos hipies, as manifestações só de uns quantos por todo o mundo e a “coincidência” do Dia Mundial da Paz, entre mais matérias que pode ser a não perder, é a abertura (o principio), o meio e o fim da prosa que João Silvestre traz ao Expresso Curto.

Há problemas CO2 com os peidos das vacas que afetam as Alterações Climáticas e a isso andam a atirar-se como gato a bofe certos e incertos talibãs (radicais) – ao estilo daqueles que gostam tanto dos cães (gatos e afins) que nem conhecem as pessoas, nem delas se lembram. Os muitos milhões de automóveis, motos e manadas de máquinas a combustão até parecem estar esquecidas. O petróleo é verde nas notas de dólar, não é? Os peidos das vacas não. Está tudo dito. E as guerras, e a fome sistemática e assassina que é gerada pela ganância dos detentores às toneladas das tais notas verdes? E a exploração do capitalismo selvagem e desumano? E os imensos eteceteras que podiam aqui constar por serem razões da mesma causa? 

Mas disso parece que os Gretas não falam e se o fazem é contidamente. Convém, aos das notas verdes acondicionadas numa gigantesca fila de camiões TIR e respetivos contentores, que os Gretas se preocupem com os peidos de vacas que produzem o malvado CO2. “Que se distraiam e façam amor”, hão-de esses da ganância, da mentoria das guerras, do esclavagismo de milhões de trabalhadores (incluindo crianças), dizer do alto dos seus arranha-céus-caixas-fortes, sorrindo ao ver uns quantos (poucos) milhões em todo o mundo na contestação ao peidos de vacas e afins. Com um menu contestatário supérfluo em vez de essencial, primordial, urgente.

A fazer de conta no interesse pelo clima lá vem mais uma Cimeira de Chefes de Estado e outros nas ilhargas. O tema é capaz de ser “não aos peidos de vaca”. Em vez de não às guerras e todos os outros males que o capitalismo selvagem, a ganância, dos 1% e seguintes, causa à população mundial, ao ambiente...

Pano para mangas é o que daria esta ‘conversa’… Adiante.

Terminamos. Adeus à dita Cimeira que vai ser mais uma masturbação sem ejaculação. Adeus a vós, vítimas escravizadas do dito capitalismo selvagem que classifica de desenvolvimento tudo que trame os habitantes deste planeta mas que lhes recheie os expressivos e exagerados lucros. E esses, sempre, a contarem com as subserviências dos tais ditos Chefes de Estado e com as negociatas que decorrem e escorrem aos milhões só para uns quantos. Sim, só para os que até compram os média que pintam de negro os peidos de vaca e outros 'quadros' de que se lembrem para distraírem os milhões de Gretos e Gretas que há por esse mundo, circulando alienados com ares zumbis, sem quererem saber da força que teriam se quisessem uma liberdade a sério, uma vida a sério, um mundo a sério e próprio para os humanos que defendessem a natureza, a qualidade de vida, a abolição do esclavagismo, da miséria, da fome, de uns quantos gananciosos semeadores de guerras…

Bom dia, se conseguirem.

MM | Redação PG

Portugal | A "geringonça" salvou a Segurança Social?


Pedro Tadeu | Diário de Notícias | opinião

O PSD e o CDS propunham no programa eleitoral conjunto para as eleições de 2015 a seguinte modificação na Segurança Social: "Introdução, para as gerações mais novas, de um limite superior para efeitos de contribuição, que em contrapartida também determinará um valor máximo para a futura pensão. Dentro desse limite, a contribuição deve obrigatoriamente destinar-se ao sistema público e, a partir desse limite, garantir a liberdade de escolha entre o sistema público e sistemas mutualistas ou privados."

Esta proposta foi muito criticada por PCP e Bloco de Esquerda e, mais moderadamente, pelo PS, por significar uma quebra do financiamento do sistema.

A ideia do PSD e do CDS agravaria ainda mais as dificuldades financeiras da Segurança Social e abriria caminho para um reforço de um negócio de milhares de milhões de euros às seguradoras privadas.

Esta opção de dar aos privados uma fatia crucial do sistema de segurança social era, aliás, explicita: o programa do PAF também dizia que queria "a conclusão da convergência dos sistemas de pensões público e privado, prosseguindo o esforço que tem sido desenvolvido há mais de uma década", lembrando, na última frase, que o processo de privatização do sistema envolvera os governos do PS.

Portugal | Trabalho sempre ditou "conflito e separação entre esquerda e direita"


O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que as "leis laborais sempre foram um espaço de conflito e separação entre esquerda e direita", acusando o PS usar os "pronto-socorro" PSD e CDS-PP.

"Estas questões das leis laborais sempre foram um espaço de conflito e separação entre esquerda e direita. E por isso mesmo é que consideramos que o PS voltou a apresentar um eixo de política de direita, avançando com medidas gravosas para os trabalhadores, através de alterações à legislação laboral", disse hoje Jerónimo de Sousa num almoço-comício da CDU em Barcarena, Oeiras, distrito de Lisboa.

O secretário-geral referia-se às alterações à lei laboral aprovadas em votação final global, em julho, viabilizadas com os votos favoráveis do PS, abstenção de PSD e CDS-PP e voto contra das restantes bancadas.

"E o Partido Socialista fez isto. E fez isto como? Com os parceiros do costume, com o pronto-socorro do costume do PSD e do CDS".

Eleições/Madeira | Fim da maioria absoluta do PSD, resultado histórico do PS e queda do CDS


BE NÃO ELEGE E CDU PERDE UM DEPUTADO

Pela primeira vez desde 1976, o PSD perdeu hoje a maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Madeira, numas eleições em que o PS triplicou a votação e o CDS-PP ficou com menos de metade dos deputados.


Segundo os resultados provisórios das eleições regionais, os sociais-democratas obtiveram o pior resultado de sempre, 39,42%, ficando pela primeira vez desde 1976 abaixo da 'fasquia' dos 40%, nas segundas eleições de Miguel Albuquerque como líder do PSD/Madeira.

Apesar de ter recolhido praticamente o mesmo número de votos, 56.754 em 2015 e 56.448 agora, os sociais-democratas perderam três mandatos, ficando com 21 deputados.

Contudo, relativamente ao escrutínio de 2015, a abstenção baixou de 50,42% para 44,49%(há quatro anos votaram 127.539 eleitores e hoje os votantes foram 143.190).

Já em 2015, o PSD tinha segurado a maioria absoluta apenas por um deputado, ao passar de 25 para 24 mandatos, com 44,36%.

Parlamento Europeu promove o anticomunismo e a reescrita da história


Em nota os deputados do Partido Comunista Português (PCP) dizem que a maioria do Parlamento Europeu aprovou, com os votos favoráveis dos deputados do PS, PSD, CDS e PAN, uma grave e abjeta resolução, que constitui mais uma deplorável peça na estratégia de revisionismo histórico promovida pela União Europeia.

O texto agora aprovado promove as mais reacionárias concepções e falsificações da História contemporânea, numa deplorável tentativa de equiparar fascismo e comunismo, minimizando e justificando os crimes do nazifascismo e silenciando as coniventes responsabilidades das grandes potências capitalistas – como o Reino Unido ou a França – que abriram caminho ao início da Segunda Guerra Mundial na esperança de empurrar as hordas nazis contra a URSS, como efetivamente se veio a verificar, com os imensos custos humanos e materiais para a União Soviética, que nenhum outro país susteve.

Centrando essa despudorada equiparação no contexto do Pacto Ribbentrop-Molotov, escondendo o seu enquadramento histórico, a resolução adoptada pela maioria do PE omite importantes comportamentos de tolerância, cumplicidade e alinhamento das grandes potências capitalistas com o ascenso do fascismo em vários países europeus, motivados pelo combate ao ideal comunista e às enormes realizações e conquistas económico e sociais alcançadas pelos trabalhadores e os povos da URSS, que alentavam a luta e anseios dos trabalhadores e dos povos por toda a Europa.

Assim se compreende a intencional ausência de referências na resolução adoptada pela maioria do PE ao Pacto de Concórdia e Cooperação, de 15 de Julho de 1933, assinado entre Reino Unido, França, Alemanha e Itália, que abriu caminho ao rearmamento da Alemanha; ou o apoio militar de Hitler e Mussolini a Franco e ao golpe fascista que conduziu à guerra civil em Espanha, cujo governo fascista seria reconhecido por França e Reino Unido em Fevereiro de 1939; ou a Conferência de Munique, de que resultaria o Tratado com o mesmo nome, assinado a 30 de Setembro de 1938 entre Alemanha, França, Itália e Reino Unido, para o desmembramento da Checoslováquia, ocupada pelo exército nazi, com partes do seu território ocupados pela Polónia e Hungria. Ou a sabotagem dos governos francês e inglês aos esforços para negociar um pacto de assistência mútua entre os seus países e a URSS, que impedisse uma segunda guerra mundial, alentando aqueles governos a expectativa de um conflito germano-soviético.

O complô dos EUA para derrubar o Papa Francisco


Jornalista francês denuncia o círculo de interessados em uma conspiração no Vaticano, composto pelo setor de mega milionários ultraconservadores, que usa sua influência e poder econômico para assediar o sumo pontífice

“Para mim, é uma honra que os norte-americanos me ataquem”, disse o Papa Francisco quando o jornalista francês Nicolas Senèze, correspondente do diário católico La Croix em Roma, mostrou a ele o livro-reportagem sobre o complô estadunidense contra o seu papado, durante a viagem de avião que os levou a Moçambique. O título da obra é “Como a América atua para substituir o Papa” (o título original é “Comment l’Amérique veut changer de Pape”).

Os detalhes desse complô e os nomes dos protagonistas e dos grupos envolvidos estão claramente expostos nas páginas do livro, que descrevem, desde o seu início, a mecânica da hostilidade contra o papado atual. O operativo tem até o nome de “Relatório Chapéu Vermelho” (“The Red Hat Report”). Um círculo preciso que move dinheiro e influência e é organizado pelos setores ultraconservadores e de mega milionários dos Estados Unidos. As peças deste jogo de calúnias e poder se encaixam em um complexo quebra-cabeças, que os adversários do pontífice vêm armando nos últimos anos. O golpe começou a ser fomentado em Washington, no ano de 2018. O grupo de ultraconservadores se reuniu na capital norte-americana para fixar duas metas: atingir a figura de Francisco da forma mais destrutiva possível e adiantar sua sucessão, para escolher, entre os atuais cardeais, o mais adequado aos interesses conservadores.

O “Relatório Chapéu Vermelho” foi organizado por um grupo de ex-policiais, ex-membros do FBI (Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos), advogados, operadores políticos, jornalistas e acadêmicos que trabalharam no estudo da vida e das ideias de cada um dos cardeais, com o fim de destruir as carreiras dos que não interessam, ou beneficiar as daqueles que pretendem impor como substituto de Francisco, quando chegue o momento oportuno. E enquanto esse momento não chega, o grupo busca preparar o terreno para o que Senèze chama de “um golpe de Estado contra o Papa Francisco”.

Ágatha, a mais nova vítima da violência armada que já atingiu 16 crianças no Rio neste ano


Menina morreu na noite de sexta, com um tiro nas costas, quando estava dentro de uma kombi no Complexo do Alemão, zona norte da cidade

A morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, durante uma operação policial no Complexo do Alemão, voltou a despertar a indignação contra a violência que assola as periferias do Rio de Janeiro, onde traficantes, agentes policiais e milícias travam uma guerra que se arrasta há anos.

A menina estava dentro de uma Kombi junto com a avó, e voltava para casa na comunidade da Fazendinha, na sexta-feira à noite, quando foi baleada nas costas. Ágatha chegou a ser levada às pressas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu ao ferimento.

De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, Ágatha foi a 16º criança vítima de violência armada neste ano no Grande Rio, e a quinta que não resistiu aos ferimentos. "Vai chegar amanhã e [dizer] morreu uma criança num confronto. Que confronto? A mãe dele passou lá e viu que não tinha confronto. Com quem? Porque não tinha ninguém, não tinha ninguém. Atirou por atirar na Kombi. Atirou na Kombi e matou a minha neta. Foi isso. Isso é confronto? A minha neta estava armada por acaso para poder levar um tiro?", afirmou Airton Félix, avô da criança, em vídeo do Jornal Hoje.

Brasil | Uma mão lava a outra (a jato)


Passou quase despercebido, fora pequenas notas na imprensa, que a Associação Nacional dos Procuradores da República, a ANPR, contratou em fins de junho uma empresa de comunicação de Brasília, especializada em gestão de crises, para atender a força-tarefa da Lava Jato do Paraná após o Intercept e veículos parceiros começarem a publicar os diálogos travados entre a turma de Deltan Dallagnol no Telegram. 

Os diálogos, como sabemos, mostram que por trás das roupas de super-heróis que Dallagnol e Sergio Moro se apressaram a vestir havia conluio entre acusação e julgador, um procurador afoito para ganhar dinheiro fazendo palestras – inclusive, às escondidas, para banqueiros que deveriam ser alvos da Lava Jato – e com a mente atormentada por ambições eleitorais.

Mas também há segredos na relação entre a Lava Jato e a ANPR, uma espécie de sindicato dos procuradores da República. Soa curioso, afinal, que a entidade que em tese cuida dos interesses de centenas de procuradores (entre eles, certamente muitos críticos à Lava Jato e seus métodos) tenha contratado especialistas para tratar de problemas restritos a um grupo de menos de 20 de seus filiados – e causados por eles mesmos.

Desde a eclosão da Lava Jato, em março de 2014, que a ANPR se tornou defensora de primeira hora da operação. Nada haveria demais se a defesa ficasse restrita aos procuradores, razão de existir da entidade. Mas não foi o caso. Em dezenas de vezes, o então presidente da associação, José Robalinho Cavalcanti – ele deixou o cargo em maio passado – saiu a público também para defender Sergio Moro, à época juiz federal. Faça uma pesquisa no Google e constate – ou clique aquiaqui ou aqui.

Pelo Telegram, em março de 2016, Robalinho e Dallagnol trataram da redação de mais uma nota da ANPR em defesa de Moro e da Lava Jato – à época, para defender o então juiz por tornar públicos áudios de conversas entre a então presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, graças à #VazaJato, sabe-se que a ação de Moro teve motivação evidentemente política.

Mais lidas da semana